Resolver o Simulado FGV - Nível Médio

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Português

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Dificuldades no combate à dengue

A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da doença, segundo dados da Prefeitura.

As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem isso que acontece.

(Saúde Uol)

A forma verbal “tem feito” mostra uma ação que
  • A começou e terminou no passado.
  • B começou no passado e continua no presente.
  • C começou no passado e terminou no presente.
  • D começou e terminou no presente.
  • E vai começar no futuro próximo.
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Dia do Trabalho

Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves, nas quais os operários reivindicavam jornada de trabalho de oito horas diárias. Essa reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples: se o dia tem 24 horas, deveria ser dividido logicamente em três partes de oito horas - uma para o trabalho, outra para descanso e lazer e outra para o estudo.
Em 1° de maio do mesmo ano, milhares de trabalhadores de Chicago iniciaram uma greve geral. Três dias depois, a praça Haymarket, na cidade, foi ocupada por operários anarquistas reunidos em um grande comício para protestar contra a morte de grevistas na porta de uma fábrica no dia anterior. Quase no fim da manifestação, a polícia ordenou que os operários abandonassem imediatamente a praça. Nesse momento uma bomba foi atirada na direção dos policiais, matando um deles e ferindo vários outros. Seguiu-se um tiroteio, no qual foram mortos vários manifestantes.
Os anarquistas foram acusados de atirar a bomba, o que motivou uma grande campanha na imprensa para reprimir o movimento. Alguns dias depois, oito lideres foram presos e julgados rapidamente. Sete deles foram condenados a morte sem provas conclusivas sobre seu envolvimento no atentado. Ao final do processo, dois condenados à morte tiveram a pena transformada em prisão perpétua, um se suicidou na prisão e quatro foram enforcados em praça pública.
Esses manifestantes passaram a ser lembrados como os "mártires de Chicago” . Em homenagem a eles, a partir de 1890 correntes ideológicas do movimento operário internacional e organizações sindicais passaram a comemorar em 1° de maio o Dia do Trabalho, realizando grandes manifestações em todo o mundo, exceto nos Estados Unidos. Curiosamente, no país onde ocorreu o massacre de Chicago, o Dia do Trabalho é comemorado oficialmente na primeira segunda-feira de setembro, desde 1894.

(Marcos Napolitano e Mariana Villaça)


"Alguns dias depois, oito líderes foram presos e julgados rapidamente". O advérbio "rapidamente" indica
  • A uma crítica a um trabalho mal feito.
  • B um elogio à eficiência da justiça.
  • C uma satisfação aos sindicatos de operários.
  • D uma alusão ao poder da imprensa.
  • E uma provocação pela comparação com os nossos processos penais.
3
Não éramos cordiais?

A morte do cinegrafista Santiago Andrade não configura um atentado à liberdade de imprensa, ao contrário do que tantos apregoam.
É muito pior que isso: é um atentado ao convívio civilizado entre brasileiros, um degrau a mais na escalada impressionante de violência que está empurrando o país para um teor ainda mais exacerbado de barbárie.
O incidente com o cinegrafista é parte de uma coreografia de violência crescente que se dá por onde quer que se olhe.
Nunca se matou com tanta facilidade em assaltos. Nunca se apertou o gatilho com tanta facilidade. É até curioso que as estatísticas policiais no Estado de São Paulo apontem uma redução no número de homicídios dolosos, como se fosse um avanço, quando aumenta o número de vítimas de latrocínio, que não passa de homicídio precedido de roubo.
De fato, em 2013, o número de latrocínios (379) foi o mais alto em nove anos, com aumento de 10% em relação aos 344 casos do ano anterior.
Mas a violência não é um fenômeno restrito à criminalidade. A polícia age muitas vezes com uma violência desproporcional.
A vida nas cidades e, cada vez mais, no interior, é de uma violência inacreditável. O trânsito é uma violência contra a mente humana. O transporte público violenta dia após dia. Não é um atentado aos direitos humanos perder às vezes três horas entre ir e voltar do trabalho?
A saúde é uma violência contra o usuário. A educação violenta, pela sua baixa qualidade, o natural anseio de ascensão social.
A existência de moradias em zonas de risco é outra violência.
A contaminação do ar mata ou fere de maneira invisível os habitantes das cidades em que o nível de poluição supera o mínimo tolerável.
Não adianta, agora, culpar o governo do PT ou a suposta herança maldita legada pelo PSDB, ou os crimes praticados pela ditadura militar ou a turbulência que precedeu o golpe de 1964. O país foi sendo construído de maneira torta, irresponsável, sem o mais leve sinal de planejamento, de preparação para o futuro.
Acumularam-se violências em todas as áreas de vida. A explosão no consumo de drogas exacerbou, por sua vez, a violência da criminalidade comum. Não há “coitadinhos” nessa história. Há delinquentes e vítimas e há a incompetência do poder público.
É como escreveu, para Carta Capital, esse impecável humanista chamado Luiz Gonzaga Belluzzo:
“O descumprimento do dever de punir pelo ente público termina por solapar a solidariedade que cimenta a vida civilizada, lançando a sociedade no desamparo e na violência sem quartel”.
Antes que o desamparo e a violência sem quartel se tornem completamente descontrolados, seria desejável o surgimento de lideranças capazes de pensar na coisa pública, em vez de se dedicarem a seus interesses pessoais, mesmo os legítimos.
Alguém precisa aparecer com um projeto de país, em vez de projetos de poder. Não é por acaso que 60% dos brasileiros querem mudanças, ainda que não as definam claramente. A encruzilhada agora é entre ideias e rojões.
(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/02/2014)

É até curioso que as estatísticas policiais no Estado de São Paulo apontem uma redução no número de homicídios dolosos, como se fosse um avanço, quando aumenta o número de vítimas de latrocínio, que não passa de homicídio precedido de roubo”. Nesse fragmento do texto, o autor exemplifica um caso de

  • A estatística enganosa.
  • B avanço no combate à violência.
  • C transparência nas informações.
  • D serviço de inteligência policial.
  • E aumento da violência no Estado de São Paulo.
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Texto I

Só falta a política de redução de riscos

Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.

A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos.

Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou-se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força-Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou-se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos.

Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica nos municípios de pequeno porte.

Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida "cotidiana", não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto.

(Carlos Machado - O Globo, 01/04/2013)

"Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos".

Com relação aos dois períodos desse segmento do texto, o segundo deles, em relação ao primeiro, indica

  • A uma retificação.
  • B uma explicação.
  • C uma consequência.
  • D uma conclusão.
  • E uma concessão.
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Fora de foco

Deve-se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá-los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.

(O Globo, 21/11/2013)

Assinale a alternativa que indica a palavra que só pode ser empregada com acento gráfico.

  • A Científico.
  • B É.
  • C Até.
  • D Físico.
  • E Vítima.
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Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
O brasileiro adia, logo existe.
A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

Palavras

Hier: ontem
Aujourd’hui: hoje
Demain: amanhã
A única palavra importante é “amanhã”.
Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“...na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá”.

Nesse segmento, a expressão “isto é” tem a função de:

  • A acrescentar uma informação que confirma algo dito anteriormente;
  • B apresentar uma informação que contrasta com outra anterior;
  • C corrigir uma informação já passada;
  • D explicar uma informação anteriormente dada;
  • E expressar uma oposição parcial a uma informação dada antes.
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A Nova Praga

Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

(....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

(Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

"Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim 'arena'".

O comentário correto sobre um dos componentes desse segmento do texto é
  • A o pronome relativo "que" - sublinhado no segmento - tem por antecedente o substantivo "Latim".
  • B a forma do demonstrativo "essa" se justifica porque o autor se refere a algo que ocorre no momento presente.
  • C o pronome relativo "cuja" tem por antecedente o substantivo "escolas".
  • D o substantivo "desastre" indica que o fato citado ocorreu repentinamente.
  • E as aspas empregadas na palavra "arena" se justificam por se tratar de um vocábulo pertencente a um outro idioma.
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Retrato da violência

A entrega do Relatório Final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência Contra a Mulher (CP‐MIVCM) à presidente Dilma Rousseff, em sessão solene do Congresso Nacional, foi um marco na luta das mulheres brasileiras pela garantia de seus direitos, principalmente, o enfrentamento à violência de gênero.

O relatório se constitui no mais completo diagnóstico sobre a situação das políticas públicas de enfrentamento a esse tipo de violência no Brasil, e o ato de sua entrega representou o compromisso dos poderes Executivo e Legislativo com a luta das mulheres brasileiras, por igualdade nas relações de gênero em todos os espaços da vida em sociedade.

A presidente Dilma Rousseff assumiu o compromisso de adotar as propostas da CPMI na implementação de políticas públicas para combater a violência doméstica e sexual no país. No Senado, já estão em tramitação os projetos apresentados pela CPMI. Na semana passada, foram aprovados quatro, que seguem, agora para a Câmara dos Deputados. São eles:

- o que classifica a violência doméstica como crime de tortura;

- o que garante o atendimento especializado no SUS às vítimas de violência;

- o que assegura benefício temporário da Previdência às vítimas, e,

- o que exige rapidez na análise do pedido de prisão preventiva para os agressores.

Outros três projetos já estão em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCI) do Senado.

Decorrente da preocupação com o fato de o Brasil ocupar o 7º lugar entre os 84 países que mais matam mulheres em todo o mundo, com uma taxa de homicídios de 4,6 assassinatos em cada grupo de 100 mil mulheres, a CPMI faz 73 recomendações aos três poderes constituídos e aos estados visitados.

Todas as recomendações se fazem procedentes. A sociedade brasileira conhece o incômodo problema de violência contra a mulher. Pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e o Data Popular revela que 54% das pessoas entrevistadas disseram conhecer uma mulher que já foi agredida por um parceiro, enquanto 56% afirmaram que conhecem um homem que já agrediu uma companheira.

Fragmentos desta realidade estão nas 1.045 páginas do relatório final da CPMI com o panorama da violência doméstica e sexual que é praticada contra as mulheres em todos os estados brasileiros, por companheiros, namorados ou ex‐maridos.

Com base no texto, analise os quatro projetos citados:

I. o que classifica a violência doméstica como crime de tortura;

II. o que garante o atendimento especializado no SUS às vítimas de violência;

III. o que assegura benefício temporário da Previdência às vítimas, e,

IV. o que exige rapidez na análise do pedido de prisão preventiva para os agressores.

Os projetos que certamente protegem a mulher contra novos atos de violência são

  • A I, II, III e IV.
  • B somente I, II e III.
  • C somente I e III.
  • D somente II, III e IV.
  • E somente I e IV.
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Texto 1 – A locomotiva desacelera
Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia mundial. Agora, porém, a locomotiva desacelera, talvez bruscamente, encerrando um longo ciclo que se caracterizou pelo boom das commodities e, ainda, por uma expansão acelerada das chamadas “economias emergentes”. Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica.
Sob o impacto da desaceleração chinesa, os “emergentes” enfrentam baixas taxas de crescimento ou, como nos casos extremos da Rússia e do Brasil, profundas recessões. Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos estrangeiros mudam de direção, trocando os “emergentes” pelos Estados Unidos. No longo “ciclo das commodities”, desenvolveu-se a tese de que os Brics constituiriam um polo econômico e político capaz de contrabalançar o poder dos Estados Unidos. Tal tese é uma vítima ilustre da transição global que está em curso. (Mundo, outubro de 2015)

O texto 1 pode ser classificado como:

  • A informativo;
  • B publicitário;
  • C didático;
  • D instrucional;
  • E normativo.
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Texto 1

Invasões Bárbaras


A arte de rua ganha status e abre salas e galerias
para as obras de ex-office-boys, metalúrgicos e motoboys.

Zezão, 34, coleciona algumas passagens pela polícia, a última em 2004. Pego em flagrante quando grafitava um muro no bairro do Pacaembu, ficou preso por oito horas, até que seu advogado negociasse a soltura.
Titi Freak, 31, foi enquadrado quando desenhava “umas estrelas” na rua e ficou nas garras da lei por três horas.
Boleta, 28, então, foi freguês com direito a tratamento especial; uma vez, teve o corpo todo pintado com sua própria tinta; em outra, o carão policial incluiu uma “brincadeira” de roleta russa.
A punição podia variar, mas a lei era – e é – a mesma: pichação e grafite são considerados crimes no Brasil. Ambos se
enquadram na categoria de “danos patrimoniais”, sujeitos a pena entre três meses e um ano, mais multa. Mas o tempo passa e, como sempre, a transgressão acaba sendo absorvida pelos bacanas. O vandalismo de outrora agora é chique e, em vez de celas, seus autores frequentam salas e salões.

(Nina Lemos – Folha de São Paulo. 26/03/2006.)




Texto 2

A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feito em paredes. Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.
O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.
O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.
Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo.

(Brasil-escola, novembro de 2014.)

“A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes.”

Sobre essas duas definições, assinale a afirmativa correta.

  • A a segunda definição é mais completa que a primeira.
  • B a segunda definição é expressa em linguagem coloquial.
  • C a primeira definição contém uma ambiguidade.
  • D a segunda definição exclui a marca artística do grafite.
  • E a primeira definição limita o grafite no tempo e no espaço.

Raciocínio Lógico

11
A sequência 2, 2, 1, 5, 5, 5, 5, 5, 2, 2, 1, 5, 5, 5, 5, 5, 2, ... mantém o padrão apresentado indefinidamente.
A soma dos 2015 primeiros termos dessa sequência é:
  • A 7560;
  • B 7555;
  • C 7550;
  • D 7545;
  • E 7540.

Matemática

12
Um tabuleiro de damas tem 32 quadradinhos pretos e 32 quadradinhos brancos.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
Um desses 64 quadradinhos é sorteado ao acaso.
A probabilidade de que o quadradinho sorteado seja um quadradinho preto da borda do tabuleiro é:
  • A Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


  • B Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


  • C Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


  • D Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


  • E Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


13

Para executar um serviço de escavação, carga e transporte (ECT) de material de primeira categoria a uma distância média de 2.500 km, um engenheiro optou por utilizar uma equipe com tratores de esteiras, motoniveladoras, carregadeiras de pneus e caminhões basculantes de 16 m3 (20 t).

O volume total a ser escavado na área de empréstimo (corte) é de 8.400 m3 , o percentual de empolamento é de 20% e o grau de compactabilidade ou contração entre o material na jazida e o material compactado no aterro após o serviço de ECT é de 0,90.

Se cada caminhão fará 21 viagens, a quantidade de caminhões necessária é:

  • A 29;
  • B 30;
  • C 31;
  • D 32;
  • E 33.
14

Um aluno assiste a uma aula sobre matéria nova. Se, nos dias seguintes, não fizer nenhuma revisão dessa matéria, ele esquecerá rapidamente o conteúdo da aula.
O gráfico a seguir representa a curva do esquecimento. Ela mostra a porcentagem do conteúdo total que ainda permanece na memória depois de certo número de dias.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Segundo esse gráfico, dois dias após a aula, o aluno deve ainda lembrar, do conteúdo total, cerca de
  • A 10%.
  • B 20%.
  • C 35%.
  • D 45%.
  • E 60%.
15

A figura a seguir mostra três polígonos regulares todos com lados do mesmo tamanho e com os vértices A, B, F e I sobre a reta r.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

O ângulo GJH = α mede
  • A 54°.
  • B 57°.
  • C 60°.
  • D 63°.
  • E 66°.
16
Na educação infantil, para limitar o número de alunos em sala, a lei obriga que cada aluno ocupe, pelo menos, 1,5 m2 da área da sala.
Se uma sala retangular possui 6,8 m de comprimento e 5,0 m de largura, o número máximo de crianças que ela pode comportar é
  • A 22.
  • B 23.
  • C 24.
  • D 25.
  • E 26.
17

Um comerciante aumentou, no primeiro dia de agosto, o preço da unidade de determinada mercadoria em 10% comparado com o mês anterior (julho) e observou que, ao final daquele mês, o número de unidades vendidas daquela mercadoria tinha sido 10% menor do que no mês anterior.

Comparado com o faturamento daquela mercadoria em julho daquele ano, o faturamento de agosto foi:

  • A o mesmo;
  • B 1% menor;
  • C 1% maior;
  • D 10% menor;
  • E 10% maior.
18

A média das idades de cinco agentes é 28 anos.
O mais velho desses cinco agentes é Marcos, que tem 40 anos.
A média das idades dos outros quatro agentes, em anos, é:

  • A 26;
  • B 25;
  • C 24;
  • D 23;
  • E 22.
19

Mônica, Vera e Jair são pediatras em um mesmo hospital. Em uma determinada semana, a razão entre o número de pacientes atendidos por Mônica e por Vera foi de 2:3 e a razão entre a quantidade de pacientes atendidos por Vera e por Jair foi de 6:5. Na citada semana, Mônica atendeu 36 pacientes.

A quantidade de pacientes atendidos por Jair nessa semana foi

  • A 40.
  • B 45.
  • C 50.
  • D 55.
  • E 60.
20
Um lojista ofereceu em uma liquidação um desconto de 30% sobre o preço de todas as mercadorias. No último dia da liquidação ele resolveu dar um novo desconto de 20% sobre os preços da liquidação.
Com esse novo desconto, uma mercadoria cujo preço antes da liquidação era de R$ 150,00 passou a ser vendida por:
  • A R$ 75,00;
  • B R$ 80,00;
  • C R$ 84,00;
  • D R$ 92,00;
  • E R$ 100,00.

Raciocínio Lógico

21
Em um conjunto de 100 objetos, todo objeto do tipo B também é dos tipos A ou C. Apenas um objeto é simultaneamente dos tipos A, B e C. Há 25 objetos que são somente do tipo A e 9 objetos são simultaneamente dos tipos A e B. Vinte objetos não são o de nenhum dos tipos A, B ou C
A quantidade de objetos do tipo C é
  • A 46.
  • B 47.
  • C 48.
  • D 49.
  • E 50.
22

Três amigos, André, Bernardo e Carlos, combinaram de se encontrar ao meio-dia em um restaurante.
Bernardo chegou 5 minutos atrasado e ainda esperou 15 minutos até André chegar.
André chegou 5 minutos depois de Carlos. Carlos chegou às

  • A 12h.
  • B 12h5min.
  • C 12h10min.
  • D 12h15min.
  • E 12h20min.
23

André, Lucas e Mateus estão conversando sobre futebol. Dois deles são colegas de trabalho e o outro ainda não trabalha. Cada um torce por um time diferente; um torce pelo Penarol, outro pelo Nacional e o outro pelo Fast.

São dadas as seguintes informações:

- O colega de trabalho de André torce pelo Fast.

- Quem não trabalha torce pelo Nacional.

- Lucas não torce pelo Nacional.

André, Lucas e Mateus torcem, respectivamente, pelos times

  • A Fast, Penarol e Nacional.
  • B Nacional, Fast e Penarol.
  • C Nacional, Penarol e Fast.
  • D Penarol, Nacional e Fast.
  • E Penarol, Fast e Nacional.
24

Cinco amigos precisavam de R$ 15.000,00 para iniciar um negócio juntos. Um deles resolveu entrar com R$ 4.600,00, desde que os outros quatro dividissem o resto em partes iguais.
Se os outros quatro amigos concordaram com a proposta, cada um deles entrou no negócio com

  • A R$ 2.300,00.
  • B R$ 2.350,00.
  • C R$ 2.450,00.
  • D R$ 2.550,00.
  • E R$ 2.600,00.
25

José tem em sua microempresa três empregados cujos salários são proporcionais ao número de horas que trabalham por dia.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

José paga mensalmente R$ 5.200,00 pelos salários desses três empregados.

O salário de Caio é:

  • A R$ 1.300,00;
  • B R$ 1.820,00;
  • C R$ 2.080,00;
  • D R$ 2.220,00;
  • E R$ 2.340,00.
26

O prefeito de certo município exerceu seu mandato nos anos de 2009 a 2012. Em cada um dos anos de 2010, 2011 e 2012 as despesas de custeio da administração municipal aumentaram em 20% em relação ao ano anterior.

Então, as despesas em 2012 superaram as de 2009 em, aproximadamente,

  • A 60%.
  • B 68%.
  • C 73%
  • D 80%.
  • E 107%.
27

Os amigos Carlos, Marcio e Fabio estão em lugares seguidos de uma fila e vestem camisetas de cores diferentes: verde, azul e branca.

Sabe-se que:

— Aquele que está de camiseta verde está imediatamente atrás de Fabio.

— Carlos não está de camiseta azul nem é vizinho de quem está de camiseta azul.

— Marcio e Carlos são vizinhos na fila.

Assim, é correto afirmar que

  • A quem veste camiseta azul está atrás de quem veste camiseta verde.
  • B Carlos está com camiseta branca.
  • C Marcio está de camiseta azul.
  • D quem está de camiseta verde está imediatamente à frente de Fabio.
  • E Fabio está com camiseta branca.
28
Para estimar a diferença A - B entre as áreas de dois salões da Assembleia Legislativa, o encarregado de uma reforma arredondou o valor A de uma pequena quantidade para cima e arredondou o valor B da mesma quantidade para baixo, fazendo a diferença entre os resultados obtidos.

A estimativa feita pelo encarregado da reforma é necessariamente
  • A menor que A - B.
  • B maior que A - B.
  • C igual a A - B .
  • D igual a B - A .
  • E menor que B - A .
29

Considere verdadeiras as seguintes afirmações:

• Se vou ao clube, então não almoço em casa.
• Todo domingo vou ao clube.

Pode-se concluir que:

  • A se não é domingo então não vou ao clube
  • B se almoço em casa então não é domingo
  • C se não vou ao clube então almoço em casa
  • D se vou ao clube então é domingo.
  • E se não almoço em casa então vou ao clube.
30

Caetano sai de casa todo dia à mesma hora e vai de bicicleta até a  escola.  Quando  vai  a  uma  velocidade média  de  12  km/h,  chega  cinco  minutos atrasado. 

Quando  vai  a  uma  velocidade média  de  18  km/h,  chega  cinco  minutos adiantado. 

A distância da casa de Caetano até a escola, em km, é de:

  • A 4
  • B 6
  • C 8
  • D 9
  • E 12