Resolver o Simulado Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - FGV - Nível Médio

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Matemática

1

A figura a seguir foi construída a partir de dois quadrados iguais, cada um deles com lados de medidas iguais a x cm:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A área do triângulo ABC, em cm2 , é
  • A x2
    3
  • B 2x2
    3
  • C 3x2
    2
  • D x2
    2
  • E x2
2

Um colégio tem 280 alunos. Sabe-se que 60% dos alunos desse colégio são meninas e que, no final do ano letivo, 20 meninas foram transferidas.

Quantas meninas permaneceram na escola?

  • A 148.
  • B 128.
  • C 118.
  • D 108.
  • E 98.
3

Somando-se três números inteiros dois a dois, obtêm-se os seguintes resultados: 12, 26 e 48.

O maior desses três números inteiros é

  • A 28.
  • B 29.
  • C 30.
  • D 31.
  • E 32.
4

Carla faz doces caseiros de diversos sabores vendidos em potes de 1 litro e Dalva faz tortas, também de diversos tipos, mas todas com o mesmo tamanho. Carla vende cada pote de doce por R$24,00 e Dalva vende cada torta por R$36,00. Certa semana elas venderam 108 unidades dos seus produtos (total de potes e tortas) e Dalva arrecadou R$288,00 a mais que Carla.

O número de potes de doce que Carla vendeu foi:

  • A 36;
  • B 42;
  • C 48;
  • D 50;
  • E 60.
5

Em uma oficina há um pote com 18 parafusos e 22 porcas. Todos os parafusos têm o mesmo peso, todas as porcas têm o mesmo peso e o peso total de todas as peças é de 214g. Quando uma porca é colocada em um parafuso, o peso do conjunto é de 11g.

O peso de um parafuso é de:

  • A 4g;
  • B 5g;
  • C 6g;
  • D 7g;
  • E 8g.
6

Laura trabalha apenas quatro dias por semana: segundas, terças, quintas e sextas-feiras.
Em um mês sem feriados e com 31 dias, o dia 1ª caiu numa terça- feira.

Nesse mês, o número de dias que Laura trabalhou foi

  • A 16.
  • B 17.
  • C 18.
  • D 19.
  • E 20.
7
Em uma repartição, para conferir todos os processos arquivados do ano anterior, três pessoas com o mesmo ritmo de trabalho e trabalhando juntas demorariam 20 dias. Essas três pessoas iniciaram o trabalho e, com 1/4 do total do trabalho concluído, duas outras pessoas com o mesmo ritmo de trabalho das anteriores se juntaram ao grupo. Então, essas cinco pessoas terminaram o trabalho.
O número total de dias utilizados nesse trabalho foi:
  • A 13;
  • B 14;
  • C 15;
  • D 16;
  • E 17.
8

Levantamento estatístico de uma empresa constatou que 70% dos funcionários eram do sexo masculino. Ainda de acordo com esse levantamento, a média salarial mensal dos funcionários do sexo masculino era de R$ 3.000,00 e a média salarial mensal dos funcionários do sexo feminino era de R$ 4.500,00.

Considerando todos os funcionários dessa empresa, a média salarial mensal é de:

  • A R$ 3.950,00
  • B R$ 3.750,00
  • C R$ 3.650,00
  • D R$ 3.450,00
  • E R$ 3.250,00
9

Um banco colocou uma máquina para distribuir as senhas de atendimento. A senha tomada por cada pessoa é o número sucessor do tomado pela pessoa anterior. Aldo chegou depois de Maria e a senha de Maria foi o número 109.

A senha de Aldo será

  • A 101.
  • B 108.
  • C 110.
  • D 111.
  • E 119.
10

O número complexo z satisfaz a equação 3z = 4z + 2, onde z é o conjugado de z.

A imagem do número z no plano complexo está situada no

  • A primeiro quadrante.
  • B segundo quadrante.
  • C quarto quadrante.
  • D semieixo real positivo.
  • E semieixo real negativo.
11
A média do número de páginas de cinco processos que estão sobre a mesa de Tânia é 90. Um desses processos, com 130 páginas, foi analisado e retirado da mesa de Tânia.
A média do número de páginas dos quatro processos que restaram é:
  • A 70;
  • B 75;
  • C 80;
  • D 85;
  • E 90.
12
A média das idades dos cinco jogadores mais velhos de um time de futebol é 34 anos. A média das idades dos seis jogadores mais velhos desse mesmo time é 33 anos.
A idade, em anos, do sexto jogador mais velho desse time é:
  • A 33;
  • B 32;
  • C 30;
  • D 28;
  • E 26.
13

Em uma noite de tempestade, Newton observou um relâmpago e 15 segundos após ouviu o barulho da trovoada.

A velocidade do som é, aproximadamente, 340 metros por segundo.

A distância de Newton ao local do relâmpago era, em quilômetros, aproximadamente:

  • A 10
  • B 8
  • C 6
  • D 5
  • E 3
14

Em um cubo de aresta a, a distância do centro do cubo ao ponto médio de uma aresta é

  • A a√3
  • B a√3
    2
  • C a
    2
  • D a√2
  • E a√2
    2
15

Em uma urna há apenas bolas brancas, bolas pretas e bolas vermelhas. Exatamente 17 bolas não são brancas, 29 não são pretas e 22 não são vermelhas.

O número de bolas na urna é:

  • A 32;
  • B 34;
  • C 36;
  • D 38;
  • E 40.

Português

16

TEXTO 1 - História Dos Medicamentos Genéricos No Brasil

O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a respeitar o direito de patentes, em 1996. Após apenas 4 anos da criação dessa lei, os genéricos já se encontravam disponíveis em mais de 4 mil apresentações, abrangendo as principais classes terapêuticas, atendendo a mais de 60% das necessidades de prescrições médicas. Atualmente temos mais de 21 mil apresentações, sendo possível tratar, com medicamentos genéricos, a maioria das doenças conhecidas.

Absolutamente seguros e eficazes, além de mais baratos que os chamados medicamentos inovadores, os genéricos, ao longo destes anos, trouxeram uma nova realidade para os consumidores do país, principalmente no que diz respeito à qualidade. (Associação Brasileira de Genéricos) “O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a promulgação da Lei 9787...”;

TEXTO 1 - História Dos Medicamentos Genéricos No Brasil

O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a respeitar o direito de patentes, em 1996. Após apenas 4 anos da criação dessa lei, os genéricos já se encontravam disponíveis em mais de 4 mil apresentações, abrangendo as principais classes terapêuticas, atendendo a mais de 60% das necessidades de prescrições médicas.

Atualmente temos mais de 21 mil apresentações, sendo possível tratar, com medicamentos genéricos, a maioria das doenças conhecidas.

Absolutamente seguros e eficazes, além de mais baratos que os chamados medicamentos inovadores, os genéricos, ao longo destes anos, trouxeram uma nova realidade para os consumidores do país, principalmente no que diz respeito à qualidade. (Associação Brasileira de Genéricos)

“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a respeitar o direito de patentes, em 1996”.

Segundo o que se pode inferir desse segmento do texto 1, o programa de medicamentos genéricos:

  • A deixou de ocorrer antes porque o Brasil não respeitava o direito de patentes;
  • B ocorreu em 1999 porque só poderia ter sido criado após três anos do reconhecimento de patentes;
  • C podia ter sido criado antes porque o Brasil não reconhecia o direito de patentes;
  • D ocorreu em 1999 porque o país reconheceu, pela primeira vez, o direito de patentes;
  • E foi criado embora o Brasil tenha voltado a reconhecer o direito de patentes.
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Texto 1 – Facebook

Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria avançada, de ponta, em que são feitos altos investimentos. Mas, às vezes, uma simples ideia pode valer mais do que muita tecnologia. É o caso da maior rede social do mundo, o Facebook.
Segundo o seu criador Mark Zuckerberg, em seu segundo ano da Universidade de Harvard (2004), ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos, o que estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas que os amigos curtem. Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19 anos de idade – a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede social.
Mas há quem diga que a história inicial não foi tão sublime, mas que tudo começou como uma brincadeira: Mark teria colocado as fotos das garotas da Universidade na internet, à revelia, para que os colegas escolhessem qual a mais bonita. Outro detalhe não menos importante seria que o desenvolvimento do Facebook contou com a colaboração de mais colegas, entre eles o brasileiro Eduardo Saverin, reconhecido como o co-fundador do site.
De qualquer forma, e intrigas à parte, inovação e agilidade transformaram esse pequeno projeto/brincadeira em uma empresa extremamente lucrativa, com mais de 500 milhões de usuários, faturamento bilionário e um valor de 50 bilhões de dólares, estimado pelo Banco Sachs em janeiro de 2011, maior do que o da Time Warner. (Paulo Roberto Moraes, Urbanização e Metropolização, São Paulo, 2011)

“... ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos, o que estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas que os amigos curtem".
Da forma como está redigido, a expressão “de que gostavam" se refere a(ao):

  • A tudo o que antes foi referido;
  • B ato de estudar;
  • C todas as coisas que apreciavam;
  • D fotos aludidas anteriormente;
  • E lazer da época estudantil.
18

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Observe, agora, a charge 2 a seguir; comparando-se essa imagem com a da charge 1, a afirmativa adequada é:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • A a bala à esquerda tem por alvo a Torre Eifell;
  • B a imagem da Torre Eifell transfere a França para os Estados Unidos;
  • C os lápis aqui representam as indústrias modernas;
  • D a Torre Eifell situa os atentados na cidade de Paris;
  • E as folhas de papel no meio da fumaça mostram a relatividade da arte
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Valores democráticos

Deu no Datafolha: para 62% dos brasileiros, a democracia “é sempre melhor que qualquer outra forma de governo". Folgo em saber que a imagem da democracia vai bem, mas a frase é verdadeira?
Eu não faria uma afirmação tão forte. Como Churchill, acho melhor limitar a comparação ao universo do conhecido."Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito.Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais que têm sido experimentadas de tempos em tempos", proclamou o estadista britânico.
Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num valor religioso. Ela deve ser defendida por suas virtudes práticas. Para descobri-las, precisamos listar seus defeitos.
Já desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto mais avançamos no conhecimento do cérebro e da psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras de influenciar os eleitores, que usam muito mais a emoção do que a razão na hora de fazer suas escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender-se, mas, demodo geral, são os marqueteiros que têm a vantagem.
Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A democracia até tende a limitar o radicalismo nas situações em que os eleitores se dividem bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente no assuntos em que vieses cognitivos estão em operação, como é o caso da fixação de políticos e eleitores por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência econômica.
Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das controvérsias, ela oferece um caminho para grupos antagônicos disputarem o poder de forma institucionalizada e pouco violenta. É menos do que sonhavam os iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, isso não é pouco.

(Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 01/04/2014)
"Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das controvérsias, ela oferece um caminho para grupos antagônicos disputarem o poder de forma institucionalizada e pouco violenta. É menos do que sonhavam os iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, isso não é pouco".

A alternativa que indica corretamente o valor semântico de um dos conectivos sublinhados é
  • A Se – concessão.
  • B por que – explicação.
  • C além de – adição.
  • D para – finalidade.
  • E mas – conclusão.
20

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Utopias e distopias

Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua origem um defeito que as condenava. A primeira, que deu nome às várias fantasias de um mundo perfeito que viriam depois, foi inventada por sir Thomas Morus em 1516. Dizem que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo Mundo, e mais especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal, que significaria um renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo antigo. Na Utopia de Morus o direito à educação e à saúde seria universal, a diversidade religiosa seria tolerada e a propriedade privada, proibida. O governo seria exercido por um príncipe eleito, que poderia ser substituído se mostrasse alguma tendência para a tirania, e as leis seriam tão simples que dispensariam a existência de advogados. Mas para que tudo isso funcionasse Morus prescrevia dois escravos para cada família, recrutados entre criminosos e prisioneiros de guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as mulheres tinham menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita da palavra grega para “lugar nenhum”, o que de saída já significava que ela só poderia existir mesmo na sua imaginação.

Platão imaginou uma república idílica em que os governantes seriam filósofos, ou os filósofos governantes. Nem ele nem os outros filósofos gregos da sua época se importavam muito com o fato de viverem numa sociedade escravocrata. Em “Candide”, Voltaire colocou sua sociedade ideal, onde havia muitas escolas mas nenhuma prisão, em El Dorado, mas “Candide” é menos uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana. Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor em que a emancipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O sonho acabou no totalitarismo soviético e na sua demolição. Até John Lennon, na canção “Imagine”, propôs sua utopia, na qual não haveria, entre outros atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da violência, enquanto no mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se matam por elas.

Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível. No futuro previsto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer inédito em estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista. Isso se os carros não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em cada garagem. Nada disso aconteceu. Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos em meio à sua negação, em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que só aumenta, sem solução à vista. Mais uma vez, deu distopia.

Assinale a alternativa que estabelece uma relação entre a charge e o texto de Veríssimo.

  • A A crítica ao atraso do país.
  • B A utopia vendida pelo governo no cartaz.
  • C A utopia infantil de um passeio à Disneylândia.
  • D A presença da violência social no cotidiano.
  • E A ausência de expectativa dos brasileiros.
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O texto a seguir, sobre um tipo de palavra interessante: o palavrão, refere-se às questões 07 e 08.

“Os palavrões existem em todas as culturas, em todos os tempos, por serem as palavras que melhor conseguem exprimir emoções de raiva, ofensa ou (por que não) humor. Eles são controlados pelo ‘porão’ do cérebro – o sistema límbico, responsável pela nossa parte mais primitiva (por isso que os palavrões sempre se referem à base da existência: sexo e excrementos), e influenciam desde sempre no nosso relacionamento social. Eles mudam de tempos em tempos, dependendo da polêmica da época. Na peça Romeu e Julieta, ‘que a peste invada a casa de ambos’ é usado como ofensa. Hoje não surtiria muito efeito.”


(Daniel Alves)

O texto utiliza duas expressões semelhantes: “em todos os tempos” e “de tempos em tempos”.

Essas duas expressões equivalem, respectivamente, aos advérbios
  • A atemporalmente e paulatinamente.
  • B extemporaneamente e demoradamente.
  • C eternamente e intermitentemente.
  • D progressivamente e anacronicamente.
  • E cronologicamente e temporariamente.
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CIDADE URGENTE

Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de comunicação.
Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90% ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?
Parece incrível, mas os grandes operadores do sistema econômico e político tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados os incômodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente seus negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns movimentos populares e organizações civis - Passe Livre, Nossa São Paulo e outros - insistem em plataformas, debates e campanhas para enfrentar os problemas e encontrar soluções sustentáveis.
A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos arranjos eleitorais.
A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão para as grandes obras de fachada, transporte inviabilizado por um século de submissão ao mercado do petróleo. A fragmentação vem do descompasso entre União, Estados e municípios, desunidos por um pacto antifederativo, adversários na disputa pelos tributos que se sobrepõem nas costas dos cidadãos.
(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda os problemas, ajuda a achar soluções.

Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014.


Sobre a estrutura sintática do período “Quem vive e estuda problemas, ajuda a achar soluções” a única alternativa com uma afirmação correta é

  • A o período é composto por coordenação.
  • B o pronome “quem” exerce a função de sujeito.
  • C o termo “problemas” exerce a função de predicativo.
  • D o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto.
  • E os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes.
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Volta à polêmica sobre patente de remédios

Patentes de medicamentos geralmente são reconhecidas pelo prazo de dez anos, de acordo com regras internacionais aceitas por muitos países. Esse prazo inclui a fase final de desenvolvimento dos medicamentos, chamada pipeline no jargão técnico. Muitas vezes, esse período até o lançamento comercial do produto pode levar até quatro anos, de modo que em vários casos o laboratório terá efetivamente cerca de seis anos e proteção exclusiva para obter no mercado o retorno do investimento feito.

A partir da perda de validade da patente, o medicamento estará sujeito à concorrência de produtos similares e genéricos que contenham princípios ativos encontrados no original. Por não embutirem os custos de pesquisa e desenvolvimento do produto original, os genéricos e similares podem ser lançados a preços mais baixos do que os dos medicamentos de marca, que, no período de proteção exclusiva, tiveram a oportunidade de conquistar a confiança do consumidor e dos médicos que os prescrevem para seus pacientes.

A pesquisa para obtenção de novos medicamentos comprovadamente eficazes envolve somas elevadíssimas. Daí que geralmente as empresas que estão no topo da indústria farmacêutica são grandes grupos internacionais, ficando os laboratórios regionais mais voltados para a produção de genéricos e similares.

A necessidade de se remunerar o investimento realizado faz com que, não raramente, os remédios sejam caros em relação à renda da maioria das pessoas, e isso provoca conflitos de toda ordem, em especial nos países menos desenvolvidos, onde se encontram também as maiores parcelas da população que sofrem de doenças endêmicas, causadas por falta de saneamento básico, habitação insalubre, deficiências na alimentação etc.Muitas vezes para reduzir o custo da distribuição de medicamentos nas redes públicas os governos investem em laboratórios estatais, que se financiam com subsídios e verbas oficiais, diferentemente de empresas, que precisam do lucro para se manterem no mercado. Esse conflito chega em alguns momentos ao ponto de quebra de patente por parte dos países que se sentem prejudicados. O Brasil mesmo já recorreu a essa decisão extrema em relação ao coquetel de remédios para tratamento dos pacientes portadores do vírus HIV e dos que sofrem com a AIDS, chegando depois a um entendimento com os laboratórios.

O tema da quebra de patente voltou à tona depois que a Corte Superior da Índia não reconheceu como inovação um medicamento para tratamento do câncer que o laboratório suíço Novartis considera evolução do seu remédio original, Glivec. A patente foi reconhecida nos Estados Unidos e em outros 39 países, o que provocou a polêmica. O Brasil hoje é cauteloso nessa questão. Optou por uma atitude mais pragmática, que tem dado bons resultados e permitido, inclusive, o desenvolvimento de novos medicamentos no país. A quebra de patente não pode ser banalizada.


(O Globo, 07/04/2013)

A polêmica sobre o medicamento, referida no último parágrafo do texto, se concentra entre

  • A necessidade X custo.
  • B público X privado.
  • C inovação X continuidade.
  • D criação X plágio.
  • E investimento X subvenção.
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Remédios e Venenos

No início do século XX, a indústria farmacêutica propagandeava as virtudes do ópio e da cocaína, puros e em vários remédios, para diversas finalidades, que eram consumidos livremente pela população, de crianças a idosos. Mas assim como não há registros da eficácia curativa dos remédios, também não há notícias de intoxicações e overdoses, e a ideia de "dependente de drogas" não existia.

Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido legalmente no Brasil até 1937.

(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados americanos. Como no início do século XX.

No Uruguai, ela será comercializada pelo Estado, a preços populares (um terço da cotação atual na rua), mas sujeita a inúmeras, e inúteis, restrições. Estrangeiros não podem comprar, só fumar, e os usuários locais têm cota mensal de 40 gramas, mas podem vender a um amigo. Só 30% da população apoiam, mas o tabu foi quebrado e a experiência deles será uma pesquisa valiosa para nós.

(MOTTA, Nelson. O GLOBO, 13/12/2013)
"Aracy de Almeida contava que, (1) nos anos 30, se reunia com Noel Rosa, (2) Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, (3) quando a noite avançava e o cansaço chegava, (4) mandavam um moleque à farmácia buscar 'um bujãozinho de cocaína da Merck suíça', (5) que era vendido legalmente no Brasil até 1937".

No parágrafo destacado, há cinco ocorrências do emprego da vírgula, devidamente numerados.

Assinale a alternativa em que o emprego da vírgula está corretamente justificado.
  • A no caso (1) para marcar a intercalação de um adjunto.
  • B no caso (2) para indicar uma enumeração.
  • C no caso (3) para mostrar a presença de uma oração reduzida.
  • D no caso (4) para indicar a supressão de um verbo.
  • E no caso (5) para destacar a presença de uma oração restritiva
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A Nova Praga

Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

(....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

(Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

Assinale a alternativa em que a substituição do termo sublinhado foi feita de forma adequada.

  • A “Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que trazia latente a sua loucura final..." / ainda.
  • B “...pelo menos o termo era totalmente apropriado" / assim mesmo.
  • C “...o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia" / teatral.
  • D “...deve estar se revirando no túmulo" / tumba
  • E “...via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma" / assassinatos.
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Estudo indica que meditação ajuda a diminuir ânsia por cigarro

Fumantes que participaram de uma técnica de meditação denominada "treino integrativo de corpo e mente" conseguiram reduzir a ânsia pelo cigarro e diminuíram em 60% o hábito de fumar, segundo artigo publicado pela revista Proceedings da National Academy of Sciences.

A dependência do tabaco e de outras substâncias envolve um conjunto particular de áreas cerebrais relacionadas com o autocontrole. Os pesquisadores questionaram se um treino destinado a influir na dependência poderia ajudar os fumantes a reduzir o consumo de tabaco, inclusive quando essa não era a intenção do fumante.

Os estudos sobre tabagismo normalmente recrutam quem deseja diminuir ou livrar-se do hábito de fumar. Neste caso, os pesquisadores optaram por outro método: buscaram voluntários interessados em diminuir o estresse e melhorar o desempenho nas atividades diárias.

Entre os voluntários havia 27 fumantes, com uma idade média de 21 anos, e que fumavam uma média de dez cigarros por dia. O grupo experimental que recebeu o treino durante cinco horas, por duas semanas, tinha 15 deles.

O "treino integrativo de corpo e mente" (IBMT) envolve o relaxamento de todo o corpo, imagens mentais e instrução sobre "consciência plena" oferecida por um instrutor qualificado, praticada há muito tempo na China.

Os coautores do estudo, Yi-Iuane Tang, da Universidade Técnica do Texas, em Lubbock, e Michael Posner, da Universidade do Oregon, colaboraram em uma série de estudos de IBMT.

"Descobrimos que os participantes que receberam a instrução IBMT também experimentavam uma diminuição significativa na vontade de fumar", disse Tang. "Dado que a meditação de consciência plena promove o controle pessoal, que tem um efeito positivo sobre a atenção e a percepção de experiências internas e externas, acreditamos que poderia ajudar no manejo dos sintomas de dependência".

Muitos dos participantes só se deram conta que tinham reduzido o consumo de cigarros depois que uma prova objetiva, que mede o monóxido de carbono exalado, mostrou a redução, acrescentou Tang

(noticias.uol.com.br, 06/08/2013)

Assinale a alternativa em que o verbo sublinhado poderia ser flexionado em outro número (singular ou plural).

  • A "A dependência do tabaco e de outras substâncias envolve um conjunto particular de áreas cerebrais".
  • B "Os pesquisadores questionaram se um treino destinado a influir na dependência poderia ajudar os fumantes a reduzir o consumo de tabaco"
  • C "Os estudos sobre tabagismo normalmente recrutam quem deseja diminuir ou livrar-se do hábito de fumar".
  • D "Entre os voluntários havia 27 fumantes, com uma idade média de 21 anos, e que fumavam uma média de dez cigarros por dia"
  • E "Muitos dos participantes só se deram conta que tinham reduzido o consumo de cigarros".
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“As melhores e as mais lindas coisas do mundo não se podem ver nem tocar. Elas devem ser sentidas com o coração. Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam, e do caos nascem as estrelas.

Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza dos seus ideais.”


(Charles Chaplin)

Na sua argumentação, Chaplin, na frase “Até os planetas se chocam, e do caos nascem as estrelas.” apela para
  • A a intimidação.
  • B o sentimentalismo.
  • C o senso comum.
  • D a comparação.
  • E a generalização.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A imagem da charge é composta por uma série de elementos com diferentes significados. A relação equivocada entre elementos visuais e sua significação é:
  • A o símbolo de radioatividade está no lugar do sol, como para indicar um novo guia em nossos dias;
  • B a presença de uma única figura humana indica a mortandade geral de nossa espécie em uma catástrofe nuclear;
  • C a destruição geral dos objetos mostra a desvalorização dos bens num momento de catástrofe nuclear;
  • D a situação da imagem sobre o mar mostra o protesto contra a falta de cuidado com o meio ambiente;
  • E os pássaros à esquerda podem indicar um sinal de esperança a respeito da continuidade da vida na Terra.
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A Nova Praga

Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

(....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

(Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

Assinale a alternativa em que o elemento sublinhado representa o paciente (complemento nominal) e não o agente (adjunto adnominal).

  • A Aula de Latim
  • B Comentaristas de futebol.
  • C Campos de futebol.
  • D Transmissões de nossa televisão.
  • E Étimo de nosso substantivo
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Texto 1 – Advogado do diabo

Márcio Cotrim

A expressão vem da Igreja Católica. Sempre que é iniciado um processo de canonização – ou seja, de avaliar a santificação de uma pessoa -, a Igreja nomeia oficialmente alguém que procura descobrir-lhe os defeitos. Em latim, esse cidadão é o Advocatus Diaboli, Advogado do Diabo e terá como oponente aquele que é a favor da canonização, o chamado Advocatus Dei, Advogado de Deus.

Instalado o processo – que passa por várias etapas e pode levar anos, até séculos para ser concluído -, trava-se discussão minuciosa e circunstanciada. De um lado, a busca da prova indiscutível dos milagres do candidato à santidade. Do outro, aquele que traz a público as informações de que ele não era tão santinho como parecia...

O segmento do primeiro parágrafo do texto 1 – ou seja, de avaliar a santificação de uma pessoa – realiza a seguinte função textual:

  • A corrigir uma informação confusa;
  • B justificar a causa de algo antes mencionado;
  • C informar algo a mais sobre o processo de canonização;
  • D concluir um raciocínio anterior;
  • E explicar um vocábulo considerado obscuro.
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Um texto sobre a modernidade traz a seguinte frase: “Em janeiro de 2000, estimava-se que mais da metade dos computadores conectados à Internet pertenciam a norte- americanos. A linguagem dominante no ciberespaço? O inglês”.

A frase abaixo que mantém uma relação lógica adequada, tendo em vista o que é escrito no texto, é:

  • A Mesmo que a linguagem dominante no ciberespaço seja o inglês, isso não prova que mais da metade dos computadores conectados à Internet sejam de norte-americanos
  • B Já que o inglês é a língua dominante no ciberespaço, mais da metade dos computadores conectados à Internet pertencem a norte-americanos.
  • C Mais da metade dos computadores conectados à Internet pertencem a norte-americanos, embora a língua dominante no ciberespaço seja o inglês.
  • D Se mais da metade dos computadores conectados à Internet pertencem a norte-americanos, a linguagem dominante no ciberespaço deve ser o inglês.
  • E Já que mais da metade dos computadores conectados à Internet pertencem a norte-americanos, o inglês talvez passe a ser a linguagem dominante no ciberespaço.
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“Votei  pela  primeira  vez  para  presidente  em  1989,  quando  já  tinha  46  anos. Meus  filhos  também  votaram  pela  primeira  vez  naquela  ocasião,  o  que  significa  que  uma  geração  inteira  teve  capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais”. 

Infere-se desse segmento do texto que
  • A o  autor  do  texto  deve  ter  enfrentado  problemas  políticos  durante a ditadura.
  • B a  ditadura  foi  um  momento  político  de  frequentes  atos  subversivos.
  • C a “geração capada” aludida no texto é a dos  jovens filhos do  autor.
  • D o vocábulo “já” indica o atraso no ato de votar.
  • E a “parte essencial da cidadania” aludida é a possibilidade de  candidatar-se.
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País precisa racionalizar consumo de eletricidade?

Há previsão de chuvas para a maior parte das regiões do país nos próximos dias. Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste e o Centro-Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido o volume de chuvas não ultrapasse 67% da média histórica nas áreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétricas.

No Sudoeste, o volume de água acumulada nos reservatórios caiu para o mesmo patamar registrado em igual período em 2001 (34%), ano em que o país teve de recorrer a um programa de racionamento de eletricidade. Desde então muita coisa aconteceu para reduzir a necessidade de um novo racionamento.

Linhas de transmissão foram instaladas, aumentando a capacidade de transferência de eletricidade de uma região para outra (em 2001, de fato, a energia que sobrava no Sul ou no Norte não pôde ser transferida para o Sudeste e o Nordeste). O parque gerador também recebeu considerável reforço de usinas termoelétricas e há uma crescente contribuição da energia eólica, ainda que em termos relativos essa participação não ultrapasse 1% da eletricidade consumida.

Mas a verdade é que a oferta de energia depende agora dos humores de São Pedro. A hidroeletricidade responde por mais de 70% da capacidade de geração, e praticamente todas as novas usinas hidráulicas operam a fio d’água, ou seja, dependem da vazão dos rios. Se estivessem concluídas, as usinas de Jirau e Santo Antônio, no Madeira, e Belo Monte, no Xingu, poderiam estar operando a plena capacidade em face da grande cheia dos rios que as abastecem.

Os reservatórios remanescentes não mais asseguram o suprimento de eletricidade do país por vários anos, e sim por meses.

Em pleno período úmido, quando a ocorrência de chuvas abundantes ainda é possível, talvez não faça sentido a adoção já de um plano de racionamento de energia. Com a economia crescendo pouco, o racionamento precipitado poderia ter impacto negativo desnecessário sobre a produção, já debilitada por outros fatores. No entanto, como a situação dos reservatórios está em ponto crítico e a previsão de chuvas é incerta, o mínimo que se deveria esperar das autoridades seria um esforço em prol da racionalização do uso de energia, como primeira iniciativa. No passado, a população e os setores produtivos deram provas de que respondem com presteza aos estímulos à racionalização do consumo de eletricidade. E, se preciso for, todos estariam preparados para o racionamento, em um segundo momento.

O que não pode é o governo ficar de braços cruzados, por causa do ano eleitoral, fingindo que não há qualquer risco de desabastecimento. Por causa de seus interesses políticos, o governo não deveria jogar com a sorte e expor a população a uma situação com consequências muito sérias se o país tiver de ser submetido, mais tarde, a um forte racionamento de energia.

(Opinião, O Globo, 07/03/2014)
“Há previsão de chuvas para a maior parte das regiões do país nos próximos dias. Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste e o Centro-Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido o volume de chuvas não ultrapasse 67% da média histórica...”.

Nesse segmento inicial do texto, o termo “ainda assim” tem valor semântico de
  • A oposição, equivalendo a “mas”.
  • B concessão, equivalendo a “apesar de”.
  • C tempo, equivalendo a “logo que”.
  • D comparação, equivalendo a “assim como”.
  • E finalidade, equivalendo a “para que”.
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Texto 1 – Alterar o ECA independe da situação carcerária

(O Globo, Opinião, 23/06/2015)


Nas unidades de internação de menores infratores reproduzem-se as mesmas mazelas dos presídios para adultos: superpopulação, maus-tratos, desprezo por ações de educação, leniência com iniciativas que visem à correição, falhas graves nos procedimentos de reinclusão social etc. Um levantamento do Conselho Nacional do Ministério Público mostra que, em 17 estados, o número de internos nos centros para jovens delinquentes supera o total de vagas disponíveis; conservação e higiene são peças de ficção em 39% das unidades e, em 70% delas, não se separam os adolescentes pelo porte físico, porta aberta para a violência sexual.

Assim como os presídios, os centros não regeneram. Muitos são, de fato, e também a exemplo das carceragens para adultos, locais que pavimentam a entrada de réus primários no mundo da criminalidade. Esta é uma questão que precisa ser tratada no âmbito de uma reforma geral da política penitenciária, aí incluída a melhoria das condições das unidades socioeducativas para os menores de idade. Nunca, no entanto, como argumento para combater a adequação da legislação penal a uma realidade em que a violência juvenil se impõe cada vez mais como ameaça à segurança da sociedade. O raciocínio segundo o qual as más condições dos presídios desaconselham a redução da maioridade penal consagra, mais do que uma impropriedade, uma hipocrisia. Parte de um princípio correto – a necessidade de melhorar o sistema penitenciário do país, uma unanimidade – para uma conclusão que dele se dissocia: seria contraproducente enviar jovens delinquentes, supostamente ainda sem formação criminal consolidada, a presídios onde, ali sim, estariam expostos ao assédio das facções.

Falso. A realidade mostra que ações para melhorar as condições de detentos e internos são indistintamente inexistentes. A hipocrisia está em obscurecer que, se o sistema penitenciário tem problemas, a rede de “proteção” ao menor consagrada no Estatuto da Criança e do Adolescente também os tem. E numa dimensão que implica dar anteparo a jovens envolvidos em atos violentos, não raro crimes hediondos, cientes do que estão fazendo e de que, graças a uma legislação paternalista, estão a salvo de serem punidos pelas ações que praticam.

Preservar o paternalismo e a esquizofrenia do ECA equivale a ficar paralisado diante de um falso impasse. As condições dos presídios (bem como dos centros de internação) e a violência de jovens delinquentes são questões distintas, e pedem, cada uma em seu âmbito específico, soluções apropriadas. No caso da criminalidade juvenil, o correto é assegurar a redução do limite da inimputabilidade, sem prejuízo de melhorar o sistema penitenciário e a rede de instituições do ECA. Uma ação não invalida a outra. Na verdade, as duas são necessárias e imprescindíveis.

No texto 1, há duas oportunidades em que o autor empregou dois pontos(:):


1 – “...as mesmas mazelas dos presídios para adultos: superpopulação, maus-tratos, desprezo por ações de educação...”;


2 – “...para uma conclusão que dele se dissocia: seria contraproducente enviar jovens delinquentes...”.


Sobre essas duas ocorrências desses sinais de pontuação, a afirmação correta é: 

  • A as duas ocorrências precedem enumerações;
  • B as duas ocorrências introduzem exemplificações;
  • C as duas ocorrências mostram explicações;
  • D só a primeira ocorrência introduz uma explicação;
  • E só a segunda ocorrência prepara uma explicitação.

Geografia

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A mineração e o garimpo são atividades que exercem forte interferência no ambiente natural do território brasileiro desde o período colonial.
Sobre a ocorrência e a exploração de recursos minerais no território brasileiro, assinale a opção incorreta.

  • A Grandes reservas petrolíferas são encontradas nas bacias sedimentares oceânicas, nas áreas de plataforma continental.
  • B A extração de ferro, na província mineral de Carajás, aplica tecnologias modernas, mas ainda assim, interfere no ecossistema.
  • C O garimpo do ouro é feito nos leitos dos rios e nos depósitos de sedimentos dos terraços e das planícies fluviais.
  • D As principais reservas de minério de carvão, atualmente conhecidas, são encontradas na bacia sedimentar amazônica.
  • E A extração de areia, espacialmente difundida, desempenha papel importante na indústria da construção civil.
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As crianças possuem uma percepção inata das relações de proporção e localização. O trabalho dos docentes deve desenvolver a percepção natural das crianças desde os anos inicias di Ensino Fundamental. Daí a importância de estimular a confecção de desenhos por parte dos alunos. Para isso, o professor propõe a uma turma do 3º ano do Ensino Fundamental a seguinte atividade: desenhar a sala de aula vista de cima, ou seja, a partir do ponto de vista vertical.
O docente pretende, com essa atividade, introduzir o conteúdo de

  • A legenda.
  • B curva de nível.
  • C projeção cartográfica.
  • D coordenadas cartográficas.
  • E representação cartográfica.
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“Principalmente a partir da II Guerra Mundial (1939-1945), o Brasil modernizou o processo produtivo da agricultura, com a incorporação de máquinas e implementos agrícolas, e também passou a usar adubos sintéticos e agrotóxicos em suas lavouras. Isso tornou o setor agrícola mais dependente dos setores urbano e industrial, que fornecem as máquinas e os produtos químicos que os produtores rurais utilizam.”
(Marafon, Glaucio José. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.)

Assinale a opção que indica uma das consequências do processo descrito no fragmento acima.

  • A O aumento da concentração fundiária.
  • B A expansão da área destinada à produção de alimentos.
  • C A diminuição da erosão dos solos.
  • D A redução do emprego de trabalhadores temporários.
  • E A fixação de uma nova fronteira agrícola.
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O conceito de território é utilizado de maneira bastante ampla tanto na ciência geográfica como na linguagem comum. Todavia, muitos autores vêm contribuindo para que este conceito seja definido melhor, discutindo os seus principais aspectos.
Sobre o conceito de território na Geografia, assinale a opção correta.

  • A O território é o resultado de um processo de classificação de unidades espaciais.
  • B O território é um conceito associado, exclusivamente, à escala dos estados nacionais.
  • C O território é o resultado das mudanças na morfologia do meio natural, ao longo do tempo.
  • D O território é um espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder.
  • E O território é definido pela apreciação estética do espaço a partir de uma longa vivência.
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“O lixo eletroeletrônico é mais um desafio que se soma aos problemas ambientais da atualidade. O consumidor raramente avalia as consequências do consumo crescente desses produtos, preocupando-se em satisfazer suas necessidades.”
(http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2014/314/lixo-eletroeletronico)

Com relação aos problemas, do ponto de vista ambiental, causados pela produção cada vez maior e mais rápida de novos eletroeletrônicos, analise as afirmativas a seguir.
I. O consumo de recursos naturais para fabricação desses produtos é superior ao de produtos como carro e geladeira, uma vez que o produto final equivale a uma ínfima parte dos insumos utilizados.
II. A ação de fatores climáticos (calor, frio, chuva, vento) e de microrganismos sobre o lixo eletroeletrônico leva à liberação de elementos e compostos tóxicos nas águas naturais, na atmosfera e no solo.
III. Em aterros sanitários, o lixo eletroeletrônico é fonte de liberação (por reações químicas) de metais tóxicos e de retardantes de chama, que se acumulam na cadeia alimentar, causando danos à saúde dos seres vivos atingidos.

Assinale:
  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente a afirmativa III estiver correta.
  • D se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas.
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Em 2007-2008 ocorre a maior crise financeira mundial desde a Grande Depressão dos anos 30 do século XX. Trata-se de uma crise sistêmica, iniciada nos Estados Unidos. Com relação ao sistema financeiro mundial, analise as afirmativas a seguir.

I. Crises e recessões são a norma da história do capitalismo mundial. Estas ocorrem tanto em economias emergentes quanto em economias industrialmente avançadas.
II. Como os mercados financeiros são interligados, aumenta a transmissão de riscos entre eles. Uma crise em um desses centros pode atingir outros mercados financeiros.
III. Os paraísos fiscais são utilizados em esquemas de evasão fiscal e em operações consideradas ilegais por muitos países. Neles existe uma variedade de serviços à disposição de instituições e agentes bancários e financeiros que operam em escala global.
Assinale:

  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa III estiver correta.
  • C se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • D se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
  • E se todos as afirmativas estiverem corretas.
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As diferenças de interesse entre os Estados nacionais, essenciais para as concepções da geopolítica clássica, perdem importância diante da configuração de uma "nova" geopolítica da segurança, relacionada com as ameaças globais.

Entre as ameaças globais não é correto incluir as redes de

  • A terrorismo não-estatais.
  • B narcotráfico transnacionais.
  • C espionagem de informações.
  • D tráfico de armas e munições.
  • E órgãos intergovernamentais.
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De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 2007), as alterações climáticas, decorrentes de variações naturais e da ação antrópica, devem aumentar as pressões sobre os recursos hídricos do planeta.
Sobre os impactos previstos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos, analise as afirmativas a seguir.

I. Nas latitudes altas do globo terrestre, o escoamento superficial de água deve aumentar.
II. Nas áreas semiáridas deve ocorrer um aumento da disponibilidade de recursos hídricos.
III. Nas regiões abastecidas por água de degelo, deve ocorrer uma mudança na sazonalidade dos fluxos hídricos.

Assinale:

  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente a afirmativa I e II estiverem corretas.
  • D se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas.
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O território brasileiro situa-se em sua quase totalidade nos segmentos das baixas latitudes. É atravessado pela linha do Equador e pelo Trópico de Capricórnio, indicando que as marcas da tropicalidade se manifestam em quase todo o espaço nacional.
Sobre as características do ambiente tropical e seu papel no espaço geográfico brasileiro, assinale a opção correta.

  • A As diferenças sazonais marcadas pelo regime de chuvas ocorrem em uma pequena porção do território brasileiro.
  • B A vegetação arbórea só aparece onde a temperatura média do verão atinge 10º C e a amplitude térmica é elevada.
  • C A circulação atmosférica controlada pela Zona de Convergência Intertropical afeta apenas o extremo norte do território brasileiro.
  • D As baixas amplitudes térmicas anuais são registradas desde o extremo norte até, aproximadamente, 20º de latitude sul.
  • E A fraca intensidade da radiação solar produz temperaturas médias baixas e baixos índices pluviométricos.
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A partir do final do século XIX, a invenção do pneu e a popularização do automóvel tornaram a borracha um produto de grande valor e de grande procura pelas indústrias.
No início do século XX, metade da borracha consumida no mundo saía da Amazônia e, logo, o extrativismo do látex tornou-se o motor do processo de organização do espaço na região ao estimular

  • A a construção de rodovias, que integraram a região amazônica ao restante do país.
  • B os investimentos em construção de usinas hidrelétricas, para atender à demanda de energia.
  • C a construção dos portos de Belém e de Manaus, para exportar a produção de borracha.
  • D a incorporação de Rondônia ao território brasileiro e a fundação da cidade Porto Velho.
  • E a instalação de indústrias de base, que realizavam a transformação do látex em borracha.
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Na década de 1970, na França, Yves Lacoste lança a revista Hérodote e publica sua obra intitulada La géographie ça sert d’abord à faire la guerre (A Geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra).

Nesta publicação, numa posição mais radical do que a da então Nova Geografia, Lacoste apresenta

  • A uma defesa da chamada Nova Geografia por se constituir, ideologicamente, como um discurso científico puro e neutro.
  • B um destaque para a Geografia Regional de Vidal de la Blache, já que esta ressalta o papel do capitalismo como a força fundamental da organização do espaço.
  • C uma denúncia à face ideológica oculta da Geografia tradicional praticada pelos professores nas escolas francesas.
  • D um argumento que demonstra como a dimensão espacial sempre foi um elemento central na reflexão marxista clássica.
  • E um enquadramento da Geografia francesa, da década de 1970, ao domínio econômico em detrimento do viés político.
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A Terceira Revolução Industrial, conhecida como revolução tecnocientífica e informacional, iniciada nas últimas décadas do século XX, impôs ao mundo novas técnicas, novas maneiras de produzir e novos produtos. Uma das principais características desse novo contexto foi o crescente desenvolvimento de empresas de alta tecnologia, cujas inovações permitiram que elas se libertassem das restrições locacionais tradicionais.
Assinale a opção que indica o fator locacional que atua, de modo decisivo, na estratégia de localização das empresas de alta tecnologia.

  • A A concentração de mercado consumidor.
  • B A presença de mão de obra de menor custo.
  • C A proximidade com as fontes de matérias primas.
  • D A legislação ambiental mais rigorosa.
  • E A qualidade da infraestrutura educacional e cultural.
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“A sensação térmica pode chegar a 38°C neste sábado (5) na capital de Rondônia. De acordo com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o tempo deve ser firme em todo o estado no final de semana".

A previsão é de céu claro sem chuvas em todo o centro sul. Já nas demais regiões, incluindo Porto Velho, céu claro a parcialmente nublado com pancadas de chuvas e trovoadas em áreas isoladas, podendo ser acompanhada de rajadas de ventos no período da tarde e noite.

(Fonte: http://g1.globo.com/, 05/09/2015. Acesso em 20/09/2015).

A descrição do tempo apresentada na notícia revela características de temperatura e pluviosidade comuns na região norte do Brasil, onde predomina o clima:

  • A equatorial, com baixa amplitude térmica anual e estações bem diferenciadas em termos de precipitação;
  • B tropical úmido, mesotérmico em termos de temperatura e de pluviosidade irregular;
  • C tropical semiúmido, de baixa amplitude térmica anual e duas estações pluviométricas bem definidas;
  • D equatorial, com pequena variação de temperatura ao longo do ano e total pluviométrico anual elevado;
  • E tropical, com temperaturas médias elevadas ao longo do ano e precipitação distribuída de forma irregular ao longo do ano.
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“A Comissão Pastoral da Terra documenta, desde a década de 1980, as ocorrências de conflitos e violências no campo brasileiro, cujos dados são publicados desde 1984 no “Caderno conflitos no campo”. Paralelamente aos dados, a pastoral ligada à igreja católica também publica manifestos e relatos de diversos casos de violência contra a pessoa, posse e propriedade de camponeses e trabalhadores rurais. Os relatos e fotos que retratam a barbárie no campo brasileiro mostram uma população pobre, submetida a toda sorte de privação e exploração (...)”

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

(Girardi, Eduardo Paulon. A violência no campo. In Atlas da Questão Agrária Brasileira. Disponível em http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/violencia.htm)

De acordo com o mapa, os casos registrados de violência no campo se concentram
  • A em regiões onde há o predomínio de pequenas propriedades de agricultura familiar.
  • B em regiões de agricultura moderna integradas ao mercado externo.
  • C em regiões onde os movimentos socioterritoriais são mais atuantes.
  • D em regiões de vastas terras disponíveis cobertas por florestas.
  • E em regiões de maior concentração de infraestrutura de transportes.
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Na primeira década do século XXI, a geógrafa Bertha Becker, em um artigo intitulado Geopolítica da Amazônia (2005), afirmou que a Amazônia não deveria mais ser vista apenas como uma área de expansão da fronteira móvel, mas como uma região em si, em razão dos avanços econômicos, sociais e políticos observados nas últimas década.
Sobre as mudanças ocorridas na Região Amazônica, nas últimas décadas, analise as afirmativas a seguir.

I. A criação de unidades de conservação e a demarcação de terras indígenas ampliaram consideravelmente as áreas protegidas do território amazônico.
II. A expansão do plantio de soja e a melhoria das pastagens e dos rebanhos concorreram para a consolidação do povoamento no chamado Arco de Fogo.
III. A sociedade civil passou a ser um ator fundamental especialmente pelas suas reivindicações de cidadania, influindo, inclusive, no desenvolvimento urbano.

Assinale:

  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • D se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas.