Resolver o Simulado IDECAN

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Noções de Informática

1
O Microsoft Office é um pacote de aplicativos para escritório. São aplicativos que fazem parte do pacote Office 2010, EXCETO:
  • A Excel .
  • B Word.
  • C Outlook.
  • D Silverlight.
  • E PowerPoint.
2
Na ferramenta Microsoft Office Outlook 2007 (configuração padrão - idioma português Brasil), o procedimento para iniciar um envio/recebimento para a pasta atual, recuperando itens completos (cabeçalho, item e quaisquer anexos), é pressionar a(s) tecla(s)
  • A F7.
  • B F8.
  • C F10.
  • D Shift + F8.
  • E Shift + F9..
3
Utilizando a ferramenta Microsoft Office Word 2007 (configuração padrão), o procedimento para que o usuário digite uma lista de compras e depois crie uma lista numerada de forma automática é: selecionar o texto e, na guia
  • A Ferramentas, no grupo Definições Página, clicar em Lista Numerada.
  • B Layout da Página, no grupo Configurar Página, clicar em Lista Numerada.
  • C Layout da Página, no grupo Parágrafo, clicar em Marcadores ou Numeração.
  • D Página Inicial (Início), no grupo Parágrafo, clicar em Marcadores ou Numeração.
  • E Página Inicial (Início), no grupo Área de Transferência, clicar em Marcadores ou Numeração.
4

Na ferramenta Microsoft Office Word 2007 (configuração padrão), um determinado usuário selecionou todo o texto e, em seguida, clicou no botão Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas. É correto afirmar que tal procedimento é utilizado para

  • A iniciar uma lista de vários níveis.
  • B diminuir o nível do recuo do parágrafo.
  • C alterar o estilo de formatação do texto.
  • D aumentar o nível do recuo do parágrafo.
  • E alterar o espaçamento entre as linhas do texto.
5
O colaborador do escritório do CRA-MA possui a seguinte imagem armazenada no computador:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


O coordenador do setor solicitou que fosse digitada uma correspondência oficial com a ferramenta Microsoft Office Word 2007 (configuração padrão) e adicionasse a imagem com a logomarca do CRA-MA, que está armazenada no computador. O procedimento para realizar tal operação é clicar no local onde a imagem será adicionada e, na guia
  • A Inserir, no grupo Ilustrações, clicar em Imagem e selecionar a imagem com a logomarca do CRA-MA.
  • B Inserir, no grupo Figura, clicar em Adicionar Imagem e selecionar a imagem com a logomarca do CRA-MA
  • C Exibição, no grupo Figura, clicar em Adicionar Imagem e selecionar a imagem com a logomarca do CRA-MA
  • D Exibição, no grupo Imagem, clicar em Adicionar Figura e selecionar a imagem com a logomarca do CRA-MA
  • E Layout da Página, no grupo Formatação, clicar em Adicionar Figura e selecionar a imagem com a logomarca do CRA-MA.
6
Observe a imagem de uma planilha do BrOffice Calc. Assinale o valor gerado em G1, resultado da fórmula =CONT.SE(A1:F1;”F”).

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
  • A 2.
  • B 4.
  • C F.
  • D 4F.
  • E F; F; F; F.
7
No painel de controle do Sistema Operacional Microsoft Windows 7 (configuração padrão), as opções que têm a função de impedir que hackers ou programas mal-intencionados obtenham acesso ao computador e realizar alterações na conta do usuário são, respectivamente:
  • A Windows Update e Sistema.
  • B Firewall do Windows e Contas de usuário.
  • C Central de ações e Gerenciador de credenciais.
  • D Ferramentas administrativas e Central de Rede.
  • E Segurança do Windows e Configurações de usuário.
8

No Sistema Operacional Microsoft Windows 7 (configuração padrão), a ferramenta que tem como funcionalidade a criação de desenhos simples e edição de imagens é

  • A Paint.
  • B WordPad.
  • C WinDesignX.
  • D Bloco de notas.
  • E Windows Explorer.
9
Na  ferramenta  Microsoft  Office  Word  2007  (configuração  padrão),  pode-se  criar  uma  mala  direta  que  permite  automatizar processos como o envio de uma carta padrão para diversos clientes. Um recurso muito útil é o “assistente  de mala direta passo  a passo”, que orienta o usuário de  forma detalhada no processo de montagem de uma mala  direta. Para acessar este recurso na ferramenta em questão, o usuário deve 
  • A na guia Inserir, no grupo Criar Macro, clicar na opção Assistente de Mala Direta Passo a Passo.
  • B na guia Correspondências, no grupo Macro, clicar na opção Assistente de Mala Direta Passo a Passo.
  • C na guia Referências, no grupo Criar, clicar na opção Mala Direta e, em seguida, clicar na opção Assistente de Mala Direta Passo a Passo.
  • D na guia Revisão, no grupo Opções de Macro, clicar na opção Mala Direta e, em seguida, clicar na opção Assistente de Mala Direta Passo a Passo.
  • E na guia Correspondências, no grupo Iniciar Mala Direta, clicar em Iniciar Mala Direta e, em seguida, clicar na opção Assistente de Mala Direta Passo a Passo.
10
Um usuário que utilizou a ferramenta Broffice Writer para realizar a digitação do seu trabalho de conclusão de curso, após concluir a digitação, verificou que existiam diversas palavras erradas em seu texto que necessitavam ser corrigidas. O procedimento que executado para acionar o corretor ortográfico da ferramenta em questão é: clicar no menu
  • A Formatar e clicar na opção corretor ortográfico.
  • B Formatar e clicar na opção Verificação ortográfica.
  • C Ferramentas e clicar na opção Verificação ortográfica.
  • D Editar, apontar para Opções e clicar na opção corretor ortográfico.
  • E Arquivo, apontar para Verificações e clicar na opção corretor ortográfico.
11

Considere a seguinte situação hipotética: “Um usuário, ao navegar na internet utilizando o navegador Internet Explorer 8 (configuração padrão – idioma português Brasil), acidentalmente pressionou a tecla F5 do seu computador”. Diante do exposto, é correto afirmar que

  • A uma nova guia foi aberta.
  • B a página atual foi fechada.
  • C a página atual foi atualizada.
  • D o histórico de navegação foi aberto.
  • E a página atual foi adicionada aos favoritos.
12
De acordo com o Sistema Operacional Microsoft Windows 7 (configuração padrão), para alterar o plano de fundo da  área de trabalho, o usuário deverá: clicar no botão Iniciar; clicar em 
  • A Ferramentas; na caixa de pesquisa, digitar plano de fundo da área de trabalho; clicar em Configurar área de trabalho; e, selecionar a imagem a ser utilizada como plano de fundo da área de trabalho.
  • B Ferramentas; na caixa de pesquisa, digitar plano de fundo da área de trabalho; clicar em Gerenciar área de trabalho; e, selecionar a imagem a ser utilizada como plano de fundo da área de trabalho.
  • C Painel de Controle; na caixa de pesquisa, digitar plano de fundo da área de trabalho; clicar em Gerenciar área de trabalho; e, selecionar a imagem a ser utilizada como plano de fundo da área de trabalho.
  • D Configurações; na caixa de pesquisa, digitar plano de fundo da área de trabalho; clicar em Modificar plano de fundo da área de trabalho; e, selecionar a imagem a ser utilizada como plano de fundo da área de trabalho.
  • E Painel de Controle; na caixa de pesquisa, digitar plano de fundo da área de trabalho; clicar em Alterar plano de fundo da área de trabalho; e, selecionar a imagem a ser utilizada como plano de fundo da área de trabalho.
13

Neste tipo de impressora, a impressão é feita por meio de gotículas de tinta que são emitidas por pequenas aberturas da cabeça de impressão. Essa afirmação faz referência ao seguinte modelo de impressora.

  • A Matricial.
  • B Laser.
  • C Jato de tinta.
  • D Térmica.
  • E Plotter.
14
No Sistema Operacional Microsoft Windows 7 (configuração padrão), o procedimento para alterar o tamanho máximo de armazenamento da lixeira é na área de trabalho, clicar com o botão direito do mouse em lixeira e, em seguida, clicar em
  • A Propriedades e na caixa “Tamanho da Lixeira” digitar o tamanho de armazenamento (em megabytes) para a lixeira. Para finalizar o procedimento deve-se clicar no botão OK.
  • B Opções e na caixa “Configurar Tamanho” digitar o tamanho de armazenamento (em megabytes) para a lixeira. Para finalizar o procedimento deve-se clicar no botão OK.
  • C Opções, em “Selecionar Lixeira” clicar no local da lixeira que deseja alterar, clicar em “dimensões da lixeira” e na caixa “Configurar Tamanho” digitar o tamanho de armazenamento (em megabytes) para a lixeira. Para finalizar o procedi- mento deve-se clicar no botão OK.
  • D Configurações, em “Local da Lixeira” clicar no local da lixeira que deseja alterar, clicar em “tamanho da lixeira” e na caixa “Tamanho Máximo (MB)” digitar o tamanho de armazenamento (em megabytes) para a lixeira. Para finalizar o procedimento deve-se clicar no botão OK.
  • E Propriedades, em “Local da Lixeira” clicar no local da lixeira que deseja alterar, clicar em “tamanho personalizado” e na caixa “Tamanho Máximo (MB)” digitar o tamanho de armazenamento (em megabytes) para a lixeira. Para finalizar o procedimento deve-se clicar no botão OK.
15
Para criar o atalho de um arquivo localizado na pasta Minhas Imagens na Área de Trabalho deve-se
  • A localizar o arquivo / clicar com o botão direito / criar atalho.
  • B localizar o arquivo / clicar com o botão esquerdo / criar atalho
  • C dar duplo clique sobre o arquivo / enviar para / área de trabalho (criar atalho).
  • D localizar o arquivo / clicar com o botão direito / enviar para / área de trabalho (criar atalho).
  • E localizar o arquivo / clicar com o botão esquerdo / enviar para / área de trabalho (criar atalho).
16

O assistente administrativo de um determinado escritório de contabilidade utiliza a ferramenta Microsoft Office Excel  2007 (configuração padrão) para produzir os relatórios contábeis dos seus clientes. Considerando que foi selecionada  apenas uma área de uma planilha, o procedimento para definir essa seleção como a área de impressão é clicar na guia

  • A Inserir e no grupo Texto clicar em Definir Área de Impressão e, em seguida, clicar na opção Selecionar Área de Impressão.
  • B Inserir e no grupo Propriedades de Página clicar em Área de Impressão e, em seguida, clicar na opção Definir Área de Impressão.
  • C Layout da Página e no grupo Configurar Página clicar em Área de Impressão e, em seguida, clicar na opção Definir Área de Impressão.
  • D Início e no grupo Configurar Página clicar em Propriedades de Impressão e, em seguida, clicar na opção Selecionar Área de Impressão.
  • E Layout da Página e no grupo Propriedades de Página clicar em Área de Impressão e, em seguida, clicar na opção Selecionar Área de Impressão.
17
As teclas de atalho utilizadas para exibir o histórico de navegação no navegador Internet Explorer são
  • A Alt + D.
  • B Alt + H.
  • C Ctrl + H.
  • D Ctrl + J.
  • E Ctrl + Alt + H.
18
Um aluno que utiliza o Sistema Operacional Microsoft Windows 7 (configuração padrão), realiza a apresentação de um  trabalho na faculdade. A ferramenta deste Sistema Operacional que permite a execução de um vídeo é o Window
  • A Explorer.
  • B Movie Plus.
  • C Show View.
  • D Home Player.
  • E Media Player.

Português

19
Texto
Retrato falado

Uma das coisas que não entendo é retrato falado. Em filme policial americano, no retrato falado sai sempre a cara do criminoso, até o último cravo. Mas na vida real, que nada tem de filme americano, o retrato falado nunca tem o menor parentesco com a cara do cara que acaba sendo preso.

- Atenção. Aqui está um retrato falado do homem que estamos procurando. Foi feito de acordo com a descrição de dezessete testemunhas do crime. Decorem bem a sua fisionomia. Está decorada?
- Sim, senhor.
- Então, procurem exatamente o contrário deste retrato. Não podem errar.
Imagino os problemas que não deve ter o artista encarregado dos retratos falados na polícia. Um homem sensível obrigado a conviver com a imprecisão de testemunhas e as rudezas da lei.
- O senhor mandou me chamar, delegado?
- Mandei, Lúcio. É sobre o seu trabalho. Os seus últimos retratos falados...
- Eu sei, eu sei. É que estou numa fase de transição, entende? Deixei o hiper-realismo e estou experimentando com uma volta as formas orgânicas e...
- Eu compreendo, Lúcio. Mas da última vez que usamos um retrato falado seu, a turma prendeu um orelhão.
O pior deve ser as testemunhas que não sabem descrever o que viram.
- O nariz era assim, um pouco, mais ou menos como seu, inspetor.
- E as sobrancelhas? As sobrancelhas são importantes.
- Sobrancelhas? Não sei... como as suas, inspetor.
- E os olhos?
- Os olhos claros, como os...
- Já sei. Os meus. O queixo?
- Parecido com o seu.
- Inspetor, onde é que o senhor estava na noite do crime?
- Cala a boca e desenha, Lúcio.
E há os indecisos.
- Era chinês.
- Ou era chinês ou tinha dormido mal.
E deve haver a testemunha literária!
- Nariz adunco, como de uma ave de rapina. A testa escondida pelos cabelos em desalinho. Pelos seus olhos, vez que outra, passava uma sombra como uma má lembrança. A boca de uma sensualidade agressiva mas ao mesmo tempo tímida, algo reticente nos cantos, com uma certa arrogância no lábio superior que o lábio inferior refutava e o queixo desmentia. Narinas vívidas, como as de um velho cavalo. Mais não posso dizer porque só o vi por dois segundos.
Os sucintos:
- Era o Charles Bronson com o nariz da Maria Alcina.
- Tipo Austregésilo de Athayde, mas com bigodes mexicanos.
- Uma miniatura de cachorro boxer, comandante da Varig e beque do Madureira.
- Bota aí: a testa do Jaguar, o nariz do Mitterrand, a boca do porteiro do antigo Fred's e o queixo da Virgínia Woolf. Uma orelha da Jaqueline Kennedy e a outra, estranhamente, do neto do Getty.
- A Emilinha Borba de barba depois de um mal voo na ponte aérea com o Nélson Ned. E há as surpresas.
- Bom, era um cara comum. Sei lá. Nariz reto, boca do tamanho médio, sem bigode. Ah, e um olho só, bem no meio da testa.
O ciclope ataca outra vez!
Experimente você dar as características para o retrato falado de alguém.
- Os olhos de Sandra Brea. Um pouco menos sobrancelha. O nariz de Claire Bloom de 15 anos atrás. A boca de Cláudia Cardinale. O queixo da Elizabeth Savala. Um seio de Laura Antonelli e outro da Sydne Rome. As pernas da Jane Fonda.
- Feito. Mas quem é essa?
- Não sei, mas se encontrarem, tragam-na para mim depressa. E vival

(Luis Fernando Veríssimo. Retrato falado. In: PINTO, Manuel da Costa. Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Salamandra, 2008.)

Releia o seguinte trecho da crônica e analise a validade das afirmações: "Em filme policial americano, no retrato falado sai sempre a cara do criminoso, [...]" (1°§).

I. Os termos que compõem esse trecho estão ordenados, do ponto de vista sintático, na ordem indireta.
II. A expressão "retrato falado" desempenha a função sintática de sujeito do verbo "sair".
lII. A vi'rgula foi usada depois da expressão "em filme policial americano" para isolar uma informação deslocada.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

  • A I, II e III.
  • B I, apenas.
  • C I e II, apenas.
  • D I e III, apenas.
  • E II e III, apenas.
20

Texto

Pregos

Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.

Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco, chamado Novecentos, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. "No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?"

Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.

Nascemos, ficamos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço, mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa definição para felicidade: ser leve para si mesmo.

Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente fixos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.

(Martha Medeiros. Disponível em: http://www.dihitt.com/barra/pregos-de-martha-medeiros. Adaptado.)

Analisando o trecho "Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço (69§), é correto afirmar, sobre o verbo em destaque, que

  • A refere-se a "eles"
  • B deveria ficar no singular.
  • C o seu sujeito é oracional.
  • D foi atribuído a todos os núcleos do sujeito
  • E encontra-se incorreto, visto que a forma correta seria "sejam"
21
50 anos depois

[ ...] No cinquentenário da República, ninguém questionava a quartelada que derrubou o Império em 1889. Nos 50 anos do Estado Novo, poucos deram atenção ao período que transformou a economia e a sociedade brasileiras. Pois hoje, dia 31 de março de 2014, 50 anos depois do golpe militar, o Brasil é tomado de debates inflamados e de um surto incomum de memória histórica. [ ...]
Houve avanços em quase todas essas áreas. Estabilizamos a moeda, distribuímos renda, pusemos as crianças na escola. As conquistas não são poucas, vieram aos poucos e estão longe de terminadas. Todas elas são fruto do ambiente livre, em que diferentes ideias podem ser debatidas e testadas. Todas são fruto, numa palavra, da democracia.
Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais. Se há pensamento autoritário no país, ele é minoritário. Nossas instituições democráticas deram prova de vitalidade ao promover o impeachment de um presidente, a condenação de corruptos poderosos no caso do mensalão e ao manter ampla liberdade de opinião e de expressão. A cada eleição, o brasileiro gosta mais da democracia.
Nada disso significa, porém, que possamos considerá-la uma conquista perene e consolidada. Democracias jovens, como Venezuela, Argentina ou Rússia, estão aí para mostrar como o espectro do autoritarismo pode abalar os regimes de liberdade. A luta pela democracia e pelas liberdades individuais precisa ser constante, consistente e sem margem pa ra hesitação.

(Helio Gurovitz. Época, 31 de março de 2014. Adaptado.)


De acordo com a estrutura e os recursos utilizados no texto na construção das ideias, é correto afirmar que se trata de um texto, predominantemente,
  • A apelativo.
  • B instrutivo.
  • C expositivo.
  • D informativo.
  • E argumentativo.
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Mobilidade urbana

Por Fernando Rebouças

A qualidade de vida, principalmente, de um trabalhador que necessita utilizar o transporte público e as vias de acesso, diariamente, tem sido alvo de debate em todo mundo. Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas estruturas de transporte?

Esse desafio ganhou um termo, a “mobilidade urbana”, uma das principais questões das cidades de todo o mundo, e interfere diretamente sobre o acesso a diferentes pontos das cidades (incluindo o local de trabalho), aos serviços públicos e ao meio ambiente. Durante o século XX, o uso do automóvel foi uma resposta eficaz para se ter autonomia na mobilidade diária, mas, no início do século XXI, o aumento dos engarrafamentos nas grandes cidades tem gerado a necessidade de pensar em novas alternativas de transportes sustentáveis para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade.

Hoje, com o crescimento da população, da maior oferta de carros e do inchaço urbano, ter um carro não é mais sinônimo de autonomia, velocidade e conforto. Ficar parado num trânsito se tornou uma perda de tempo e de qualidade de vida.

Nos últimos dez anos, a frota de veículos no Brasil aumentou em 400%. Esse quadro tem exigido uma nova postura por parte das prefeituras e da sociedade para a busca de soluções. A solução mais cabível é o investimento em transportes coletivos integrados, de qualidade e não poluentes, como primeiro passo para uma mobilidade urbana sustentável em todos os sentidos.

O transporte coletivo envolve a instalação de veículos sobre trilhos, como trens, metrôs e bondes com nova tecnologia, além da melhoria dos ônibus, os tornando não poluentes. Sendo necessário integrar o transporte de uma cidade com ciclovia, elevadores de alta capacidade, e sistemas de bicicletas públicas.
É necessário incentivar a população a utilizar o transporte coletivo e deixar o carro em casa, e respeitar o espaço do pedestre, também necessitado de calçadas mais confortáveis e seguras, protegidas por sinalização, sem buracos ou qualquer tipo de obstáculo.

(Disponível em: http://www.infoescola.com/transporte/mobilidade-urbana/. Adaptado.)

No trecho “A solução mais cabível é o investimento em transportes coletivos integrados, de qualidade e não poluentes, como primeiro passo para uma mobilidade urbana sustentável em todos os sentidos.” (4º§), a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por

  • A evoluída.
  • B renovada.
  • C suficiente.
  • D adequada.
  • E sustentável.
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Assinale a alternativa em que os vocábulos pertençam, respectivamente, às classes de palavras: pronome, verbo, substantivo.

  • A nós – dessa – gripe
  • B o que – pegar – dessa
  • C se – cuidar – governo
  • D até – vamos – dengue
  • E isso – cuidou – dengue
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Texto II
Até que o beneficiário do plano complete 18 anos, os pais, como responsáveis pelos aportes, têm liberdade para interromper as contribuições e realizar saques. Mas essas medidas vão distanciá-los do objetivo inicial.
“É importante que o compromisso seja mantido. Certa vez um cliente nos disse que resgatar o valor investido seria o mesmo que assaltar o cofrinho do filho”, lembra João Batista Mendes Angelo, da Brasilprev.
(Veja, 9 de maio 2012. Com adaptações)

A respeito da oração: “Mas essas medidas vão distanciá- los do objetivo inicial.”, analise as afirmativas.

I. “- los” pode ser substituído por “- lhes” preservando- se a correção da norma culta.

II. “- los” atua como elemento de coesão textual retomando referente anterior.

III. O termo “mas” pode ser substituído por “porém” sem prejuízo de sentido.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

  • A I, II
  • B II, III
  • C I, III
  • D I
  • E I, II, III
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Não vivemos sem monstros

Os monstros fazem parte de todas as mitologias. Os havaianos acreditam em um homem com uma boca de tubarão nas costas. Os aborígines falam de uma criatura com corpo humano, cabeça de cobra e tentáculos de polvo. Entre os gregos, há relatos de gigantes canibais de um olho, do Minotauro, de uma serpente que usa cabeças de cachorros famintos como um cinto.
Não importam as diferenças de tamanho e forma. Os monstros têm uma característica em comum: eles comem pessoas. Expressam nossos medos de sermos destruídos, dilacerados, mastigados, engolidos e defecados. O destino humilhante daqueles que são comidos é expresso em um mito africano a respeito de uma ave gigante que engole um homem e, no dia seguinte, o expele. Além de significar a morte, este tipo de destino final nos diminui, nos tira qualquer ilusão de superioridade em relação aos outros animais.
Para os homens de milhões de anos atrás esta era uma realidade. Familiares, filhos, amigos eram desmembrados e devorados. Passamos muito tempo da nossa história mais como caça do que caçador. Tanto que até hoje estamos fisiologicamente programados para reagir a situações de estresse da mesma forma com que lidávamos com animais maiores – e famintos.
O arquétipo do monstro, tão recorrente em nossa história cultural, expressa e intensifica nosso medo ancestral dos predadores. A partir do momento em que criamos estes seres e os projetamos no reino da mitologia, nos tornamos capazes de lidar melhor com nossos medos. Em sua evolução no plano cultural, os monstros passaram a explicar a origem de outros elementos que nos assustam e colocam nossas vidas em risco, em especial fenômenos naturais como vulcões, furacões e tsunamis.
Mais que isso, esses seres fictícios nos permitiram lidar com a mudança de nossa situação neste planeta. Conforme nos tornamos predadores, passamos a incorporar os monstros como forma de autoafirmação. E, diante do imenso impacto que provocamos nos ecossistemas que tocamos, também de autocrítica. De certa forma, nos tornamos os monstros que temíamos. Isso provoca uma sensação dupla de poder e culpa.
Começamos com os dragões, os primeiros arquétipos de monstros que criamos, e chegamos ao Tubarão, de Steven Spielberg, e ao Alien, de Ridley Scott. Nessas tramas, o ser maligno precisa ser destruído no final, mesmo que para voltar de forma milagrosa no volume seguinte da franquia.
Precisamos dos monstros. Eles nos ajudam há milênios a manter nossa sanidade mental. É por isso que os mitos foram repetidos através dos séculos, alimentaram enredos literários e agora enchem salas de cinema. Não temos motivo nenhum para abrir mão deles.

(Paul A. Trout. Revista Galileu. Março de 2012, nº 248 I. Editora Globo.)

Em “... esses seres fictícios nos permitiram lidar com a mudança de nossa situação neste planeta.” (5º§), a palavra que possui o sentido oposto de “fictício” é

  • A real.
  • B falso.
  • C aparente.
  • D enganoso.
  • E fantástico.
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Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

Ao se referir ao uso do aparelho celular na atualidade em relação à máquina de fotografar, a autora
  • A assegura que há fatores que se opõem quanto a aspectos positivos e negativos
  • B suaviza a banalização da fotografia mediante a confirmação de sua democratização.
  • C sobrepõe a democratização como fator positivo ao que ela considera uso inadequado.
  • D potencializa a democratização da máquina fotográfica através do uso do aparelho celular
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Procuradorias comprovam necessidade de rendimento satisfatório para renovação do FIES

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) não pode ser obrigado a prorrogar contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) a estudantes com baixo rendimento acadêmico. Essa foi a defesa da Advocacia-Geral da União (AGU) acatada pela Justiça para impedir o aditamento indevido aos financiados, sem observar as regras do Ministério da Educação (MEC).
Em duas ações, as estudantes pediam a prorrogação do financiamento estudantil, independentemente do baixo rendimento acadêmico por elas apresentado. Uma das autoras alegava que enfrentou problemas pessoais, pois sua filha estaria doente, o que a levou a ter um baixo rendimento na universidade.
A Procuradoria Federal no estado da Bahia (PF/BA) e a Procuradoria Federal junto ao Fundo (PF/FNDE) esclareceram que a Portaria Normativa MEC nº 15/2011, que dispõe sobre o Fies, estabelece que o não aproveitamento acadêmico em pelo menos 75% das disciplinas cursadas pelo estudante impede a manutenção do financiamento.
Os procuradores destacaram que ficou comprovado, no caso da primeira autora, que os documentos anexados para comprovar a enfermidade da filha se referiam a uma outra pessoa sem qualquer relação de parentesco com a estudante, além de serem de datas posteriores aos semestres que a universitária teve baixo rendimento.
No caso da segunda estudante, a AGU reiterou os mesmos argumentos, pois ela foi aprovada em apenas duas das seis matérias cursadas no primeiro semestre de Engenharia Civil do Centro Universitário Estácio da Bahia, e também usufruiu do aditamento excepcional concedido pela Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CSPA) da instituição, mas teve novamente aproveitamento acadêmico insatisfatório no 1º semestre de 2013.
As procuradorias destacaram, ainda, que a legislação atribui à CSPA a competência de excepcionalmente autorizar, por uma única vez, a continuidade do financiamento, quando há baixo rendimento acadêmico do aluno. Como a estudante obteve rendimento inferior pela segunda vez, ela perdeu qualquer direito a prorrogação do financiamento pelas regras do Fies.
Acolhendo os argumentos da Advocacia-Geral, tanto a 5ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia quanto a 9ª Vara Federal do estado reconheceram ser legal a decisão do FNDE de rejeitar o pedido de prorrogação das estudantes.

A PF/BA e a PF/FNDE são unidades da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU. Ref.: Ação Ordinária nº 40279-03.2013.4.01.3300 - 5ª Vara Federal/BA e Ação Ordinária nº 36536-82.2013.4.01.3300 - 9ª Vara Federal/BA.

(Leane Ribeiro. Disponível em: http://www.agu.gov.br.)

A coesão textual é o instrumento através do qual os vários segmentos de um texto estão interligados e relacionam-se entre si. Dentre os termos destacados nos trechos a seguir, assinale a correta relação identificada.

  • A “[…] pois sua filha estaria doente […]” (2º§) / estudantes
  • B “[…] baixo rendimento acadêmico por elas apresentado.” (2º§) / duas ações
  • C “[…] o que a levou a ter um baixo rendimento na universidade.” (2º§) / uma das autoras
  • D “[…] pois ela foi aprovada em apenas duas das seis matérias cursadas […]” (5º§) / argumentação
  • EEssa foi a defesa da Advocacia-Geral da União (AGU) acatada pela Justiça […]” (1º§) / prorrogação dos contratos do FIES
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A partir da década de 70, tendo como marco histórico a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e diante dos problemas oriundos da degradação ambiental, iniciou-se no mundo uma crescente consciência de que seria necessária uma forma diferenciada do ser humano se relacionar com a natureza, e de gerar e distribuir riquezas.

Por outro lado, em paralelo a este movimento chamado “verde", a desigualdade social foi nas últimas décadas expandindo numa velocidade vertiginosa e com ela crescendo a exclusão social e a violência.

Em decorrência destes dois fatores deparamo-nos, na década de 90, com um novo fenômeno social, qual seja a proliferação do 3º setor: a esfera pública não-estatal. Somado a isto, ganharam força os movimentos da qualidade empresarial e dos consumidores. De agente passivo de consumo, o consumidor passa a ser agente de transformação social, por meio do exercício do seu poder de compra, uso e descarte de produtos, de sua capacidade de poder privilegiar empresas que tinham valores outros que não somente o lucro na sua visão de negócios. Assim, sociedade civil e empresas passam a estabelecer parcerias na busca de soluções, diante da convicção de que o Estado sozinho não é capaz de solucionar a todos os problemas e a responder a tantas demandas

É diante desta conjuntura que nasce o movimento da responsabilidade social. Movimento este que vem crescendo e ganhando apoio em todo o mundo, e que propõe uma aliança estratégica entre 1º, 2º e 3º setores na busca da inclusão social, da promoção da cidadania, da preservação ambiental e da sustentabilidade planetária, na qual todos os setores têm responsabilidades compartilhadas e cada um é convidado a exercer aquilo que lhe é mais peculiar, mais característico. E, para que essa aliança seja possível, a ética e a transparência são princípios fundamentais no modo de fazer negócios e de relacionar-se com todas as partes interessadas.

À sociedade civil organizada cabe papel fundamental pelo seu poder ideológico - valores, conhecimento, inventividade e capacidades de mobilização e transformação.
A responsabilidade social conclama todos os setores da sociedade a assumirem a responsabilidade pelos impactos que suas decisões geram na sociedade e meio ambiente. Nesse sentido, os setores produtivos e empresariais ganham um papel particularmente importante,
pelo impacto que geram na sociedade e seu poder econômico e sua capacidade de formular estratégias e concretizar ações.

Essa nova postura, de compartilhamento de responsabilidades, não implica, entretanto, em menor responsabilidade dos governos, ao contrário, fortalece o papel inerente ao governo de grande formulador de políticas públicas de grande alcance, visando o bem comum e a equidade social, aumentando sua responsabilidade em bem gerenciar a sua máquina, os recursos públicos e naturais na sua prestação de contas à sociedade. Além disso, pode e deve ser o grande fomentador, articulador e facilitador desse novo modelo que se configura de fazer negócios.

(Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/contextualizacao.asp. Acesso em dezembro de 2014.)

De acordo com o texto, a sociedade civil possui um papel fundamental diante de seu “poder ideológico”; a partir do efeito de sentido produzido pelo termo em destaque, é correto afirmar que a sociedade

  • A age de forma excludente.
  • B sustenta convicções e interesses do grupo.
  • C sobrepõe os ideais a considerações práticas.
  • D legitima o poder econômico da classe dominante.
  • E expressa interesses revolucionários da classe dominada.
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Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

A autora nos diz, no início do texto, que “Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, [...]" (1º§); com essa frase, a autora quer dizer que a selfie
  • A mostra-se original.
  • B é vista como uma revolução tecnológica.
  • C demonstra o amadorismo de seus usuários.
  • D supre necessidades próprias da atualidade.
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                                         Crônica da vida que passa

      Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a tristeza da celebridade.

      A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade.

      Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição. Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás ou se desdiz.

      E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também. Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê‐lo. Deixar‐se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo‐instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos.

      Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem de gênio desconhecido” é o mais belo de todos os destinos, torna‐se‐me inegável; parece‐me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos destinos.

(PESSOA, Fernando. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa: Edições Ática, [s.d.]. p. 66‐67.)

Considerando a adequação da concordância à variedade padrão do idioma, indique a opção em que a substituição do termo em destaque pelo vocábulo indicado NÃO provoca alteração da forma verbal.
  • A “[...] sabe que não vale a pena sê‐lo." (4º§) – esforços
  • B “[...] é sempre como se fosse excessivo o seu traje; [...]" (2º§) – aparência
  • C “[...] côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes [...]" (2º§) – olhares
  • D “[...] com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças." (2º§) – mais de uma pessoa
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Texto I 
Consumo e consumismo: pela consciência em primeiro lugar 
 
Não  há  como  fugir  do  consumo.  Ele  representa  nossa  sobrevivência  e  não  é  possível  passar  um  único  dia  sem 
praticá-lo. Precisamos adquirir bens para suprir nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer, educação, abrigo. 
Associado ao termo consumo sempre surge a  ideia do consumismo e cuja diferenciação não é tão simples quanto 
parece. Muito mais  do  que  pessoas  que  compram muito  e  adquirem  bens  que  não  precisam,  o  consumismo  é  um 
retrato do modelo atual de sociedade, do desperdício e dos valores que imperam. O consumismo refere-se a um modo 
de  vida  orientado  por  uma  crescente  busca  pelo  consumo  de  bens  ou  serviços  e  sua  relação  simbólica  com  prazer, 
sucesso,  felicidade, que  todos os  seres humanos almejam, e  frequentemente é observada nas mensagens  comerciais 
dos meios de comunicação de massa. 
Em meio às suas rotinas de consumo, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em perceber o que é necessário e o 
que é supérfluo e avaliar o tamanho do seu consumo. E é natural que o que é essencial para uma pessoa seja dispensável 
para outra devido à complexidade e à diversidade do ser humano. Qual é, afinal, o consumo ideal para uma pessoa ou uma 
família? Podemos mensurar as necessidades do outro? E seus desejos? Mais do que focar nos consumidores, podemos ter 
a percepção do tamanho do consumismo observando o culto ao consumo que impera em todos os meios. O nosso sistema 
de produção e  toda a engrenagem que alimenta o sistema capitalista são  impulsionados pelo consumo excessivo. Basta 
verificarmos como produzimos bens para serem pouco usados e logo descartados, com enorme impacto ambiental, gasto 
de água, recursos, energia e trabalho humano, para sentirmos como nossos processos não são sustentáveis, por mais que 
tentem  pintá-los  de  verde.  Enquanto  convivermos  com  o  bombardeio  publicitário  incentivando  o  consumismo,  com  a 
obsolescência programada não apenas de produtos tecnológicos mas também de pessoas, suas roupas e demais objetos, e 
um modelo de produção linear, que produz grande volume de resíduos, estamos vivenciando o consumismo. [...] 
Para que as pessoas possam entender como elas vivem em um processo de consumo sem consciência é importante 
um entendimento individual acerca das necessidades reais e fabricadas. O condicionamento ao consumo pode acontecer 
de várias formas, mas a comunicação mercadológica que chega a homens, mulheres e crianças tem um papel decisivo. Os 
modismos chegam por novelas, desfiles, comerciais, incentivando hábitos que não eram comuns a determinado grupo. 
E com isso cria-se, então, um consumo que não existia. 
Como resistir aos comportamentos consumistas? Quando pensamos na consciência antes do consumo temos como 
objetivo justamente entender o que é necessidade para o ser humano hoje. É tirar o foco do consumo e colocar em um 
entendimento de nossas necessidades e desejos e nos  impactos pessoais, sociais e ambientais de nossas escolhas. Em 
meio  a  suas  rotinas  estressantes de  trabalho,  a uma  corrida para  ganhar dinheiro  e pagar  as  contas no  fim do mês, 
estamos perdendo a essência da vida. Qual seria um olhar com consciência da relação trabalho e obtenção de renda e 
estilo de  vida e de  consumo? Ocupamos nosso  tempo,  fazemos  tarefas que não  gostamos, nos afastamos de nossas 
famílias por longas horas para consumir coisas que a gente não precisa ou não precisaria e que são, inclusive, maléficas
à nossa saúde física e mental. Mas estamos mergulhados em uma comunicação mercadológica que diz que aquele item 
é importante para que a gente se sinta bem e que pertença a determinados grupos. O consumo é visto como algo que 
credencia as pessoas e dá acesso a um mundo ilusório de perfeição e felicidade. 
Mais grave ainda é a situação vivida pelas crianças e adolescentes, nos dias de hoje, que crescem em meio a valores 
extremamente materialistas e consumistas. Como falar em sustentabilidade se não cuidamos da infância em um sentido 
amplo,  não  oferecemos  proteção  contra  todo  tipo  de  abuso,  inclusive  a  exploração  comercial,  e  a  disseminação  de 
comportamentos  insustentáveis?  Estamos  garantindo  as  condições para que no  futuro  as pessoas possam  viver  com 
qualidade. 
Comerciais abusivos que falam direto para as crianças, promoções que nos ofertam brindes e descontos tipo leve 6 e 
pague  5,  campanhas  sedutoras  e  estratégias  de  venda  com  profundo  conhecimento  do  comportamento  humano. 
Armadilhas para um mundo consumista. Conseguir se desvencilhar deste grande emaranhado de recursos que  induzem 
ao consumismo é hoje uma tarefa que exige um redescobrir do que é o ser humano, do nosso papel, e da nossa condição 
acima  de  “sujeitos-mercadorias”,  como  coloca  o  escritor  Zygmunt  Bauman.  Será  que  conseguimos?  Um  desafio  que 
engloba uma tomada de consciência, uma nova comunicação midiática, mudança de valores, educação ambiental e para 
o consumo e, sobretudo, uma educação para a vida. 
(Disponível em: http://conscienciaeconsumo.com.br/artigos/consumo-e-consumismo-pela-consciencia-em-primeiro-lugar.) 
  
“... que aquele item é importante para que a gente se sinta bem...” (5º§) Nessa frase, a oração sublinhada traz uma ideia de
  • A tempo.
  • B oposição.
  • C finalidade.
  • D conclusão.
  • E concessão.
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50 anos depois

[ ...] No cinquentenário da República, ninguém questionava a quartelada que derrubou o Império em 1889. Nos 50 anos do Estado Novo, poucos deram atenção ao período que transformou a economia e a sociedade brasileiras. Pois hoje, dia 31 de março de 2014, 50 anos depois do golpe militar, o Brasil é tomado de debates inflamados e de um surto incomum de memória histórica. [ ...]
Houve avanços em quase todas essas áreas. Estabilizamos a moeda, distribuímos renda, pusemos as crianças na escola. As conquistas não são poucas, vieram aos poucos e estão longe de terminadas. Todas elas são fruto do ambiente livre, em que diferentes ideias podem ser debatidas e testadas. Todas são fruto, numa palavra, da democracia.
Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais. Se há pensamento autoritário no país, ele é minoritário. Nossas instituições democráticas deram prova de vitalidade ao promover o impeachment de um presidente, a condenação de corruptos poderosos no caso do mensalão e ao manter ampla liberdade de opinião e de expressão. A cada eleição, o brasileiro gosta mais da democracia.
Nada disso significa, porém, que possamos considerá-la uma conquista perene e consolidada. Democracias jovens, como Venezuela, Argentina ou Rússia, estão aí para mostrar como o espectro do autoritarismo pode abalar os regimes de liberdade. A luta pela democracia e pelas liberdades individuais precisa ser constante, consistente e sem margem pa ra hesitação.

(Helio Gurovitz. Época, 31 de março de 2014. Adaptado.)


Pode-se afirmar que o autor encerra o 2º§ transcrito com a oração "Todas são fruto, numa palavra, da democracia." em que pode ser identificado(a) um(a)
  • A afirmação através de um conceito.
  • B citação de autoridade como recurso argumentativo.
  • C afirmação associada ao desenvolvimento de uma ideia.
  • D conceito objetivo e claro através de uma exemplificação.
  • E determinado ponto de vista que será desenvolvido no texto.
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Texto I

Energia nuclear: ontem e hoje

Guerra e paz

O sucesso do primeiro reator nuclear pode ser comparável em importância à descoberta do fogo, à invenção da máquina a vapor, do automóvel ou avião ou, mais modernamente, à difusão da internet pelo mundo - afinal, tornou possível usar a enorme quantidade de energia armazenada no núcleo atômico.
As circunstâncias daquele momento fizeram com que essa energia fosse primeiramente empregada na guerra, com a produção de três bombas atômicas - duas lançadas sobre o Japão, em agosto de 1945, pondo fim ao conflito. Mas, terminada a “guerra quente" - e iniciada a Guerra Fria -, os reatores nucleares, já a partir de 1950, passaram a ser construídos com propósitos pacíficos.
Mais potentes e tecnologicamente avançadas, essas máquinas começaram a produzir diversos elementos radioativos (molibdênio e iodo, por exemplo) que eram incorporados em quantidades adequadas a produtos farmacêuticos (radiofármacos), que passaram a ser usados na medicina nuclear para diagnóstico e tratamento de doenças.
Na década de 1950, surgiram vários reatores para gerar eletricidade, trazendo bem-estar e conforto às populações. O pioneiro foi Obminsk (Rússia), em 1954, e, dois anos depois, Calder Hall (Reino Unido), primeira usina nuclear de larga escala, que funcionou por 50 anos.

(Odilon A. P. Tavares. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/. Adaptado.)

O destaque dado pelo enunciador em “guerra quente” apresenta como razão discursiva 
  • A marcação de duplo sentido da expressão.
  • B destaque de um fato histórico citado no texto.
  • C indicação de uma expressão inadequada ao contexto.
  • D intensificação de uma informação referente à guerra citada.
  • E destaque de denominação atribuída pelo enunciador à guerra mencionada.
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O analfabetismo no Brasil não deveria ser tratado apenas na base dos números

A Unesco está celebrando hoje, dia 8, o Dia Internacional da Alfabetização. O especialista em educação de jovens e adultos da Unesco no Brasil, Timothy Ireland, deu declaração avaliando que, no Brasil, o analfabeto continua sendo, em sua maioria, nordestino, negro, de baixa renda e com idade entre 40 e 45 anos.

Segundo Ireland, “A questão do analfabetismo sempre foi minimizada como um direito, mas ela é fundamental para que o cidadão participe de forma democrática. Hoje vivemos na sociedade da informação e do conhecimento, a pessoa que não tem acesso à escrita e à leitura acaba excluída de informações que são necessárias para garantir todos os outros direitos, a saúde, a participação política na sociedade”.

Em 2006, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, apresentou números nada animadores sobre o analfabetismo no Brasil. Segundo aquele levantamento, 10,38% da população brasileira se declarou analfabeta absoluta. Esse percentual representa 14,3 milhões de brasileiros.

Entre os que se declararam negros e pardos, o analfabetismo é duas vezes maior do que os que se declararam brancos. Esse relatório também mostrou que nas áreas rurais o índice mais que dobra, indo para 25%.

A quantidade de analfabetos no Brasil acima de 15 anos (14 milhões de pessoas) coloca o país no grupo das 11 nações com mais de 10 milhões de analfabetos, ao lado do Egito, Marrocos, China, Indonésia, Bangladesh, Índia, Irã, Paquistão, Etiópia e Nigéria.

Os dados educacionais são sempre alarmantes no Brasil. No entanto, outra preocupação que não deve escapar das avaliações mais aprofundadas, que não se limitem aos dados, é o tipo de alfabetização que estamos buscando como desafio para os próximos anos.

Em 2000, durante a Conferência Mundial de Educação em Dacar, o Brasil assinou o compromisso Educação para Todos. Desde então, os índices parecem ter melhorado um pouco, embora de forma superficial e insuficiente.

Segundo o compromisso assinado em Dacar, o objetivo do Brasil seria reduzir o analfabetismo para 6,7% até 2015. A avaliação da Unesco é que no ritmo que as coisas estão caminhando, será praticamente impossível atingir essa meta.

Minha avaliação é de que a educação no País não pode ser baseada apenas em números quantitativos. É preciso levar em conta, sobretudo, a qualidade das ações contra o analfabetismo.

Pouco adiantará reduzirmos drasticamente o analfabetismo, se não levarmos em consideração um outro lado da moeda, que parece escapar aos números: o analfabetismo funcional. A redução dos números apenas agradará os organismos internacionais e o governo brasileiro. A quantidade de indivíduos que sabem ler, mas não conseguem entender o que o texto lido diz é grande e preocupante.

Se a meta numérica preocupa a Unesco e os brasileiros, fico imaginando se nos concentramos não nos números apenas, mas na qualidade do Ensino Público, a que ponto chegará nossas preocupações.

Assinale, a seguir, a afirmativa transcrita do texto que exprime circunstância de tempo.

  • A “Esse relatório também mostrou que nas áreas rurais o índice mais que dobra, indo para 25%.” (4º§)
  • B “A redução dos números apenas agradará os organismos internacionais e o governo brasileiro.” (10º§)
  • C “A avaliação da Unesco é que no ritmo que as coisas estão caminhando, será praticamente impossível atingir essa meta.” (8º§)
  • D “A questão do analfabetismo sempre foi minimizada como um direito, mas ela é fundamental para que o cidadão participe de forma democrática.” (2º§)
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50 anos depois

[ ...] No cinquentenário da República, ninguém questionava a quartelada que derrubou o Império em 1889. Nos 50 anos do Estado Novo, poucos deram atenção ao período que transformou a economia e a sociedade brasileiras. Pois hoje, dia 31 de março de 2014, 50 anos depois do golpe militar, o Brasil é tomado de debates inflamados e de um surto incomum de memória histórica. [ ...]
Houve avanços em quase todas essas áreas. Estabilizamos a moeda, distribuímos renda, pusemos as crianças na escola. As conquistas não são poucas, vieram aos poucos e estão longe de terminadas. Todas elas são fruto do ambiente livre, em que diferentes ideias podem ser debatidas e testadas. Todas são fruto, numa palavra, da democracia.
Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais. Se há pensamento autoritário no país, ele é minoritário. Nossas instituições democráticas deram prova de vitalidade ao promover o impeachment de um presidente, a condenação de corruptos poderosos no caso do mensalão e ao manter ampla liberdade de opinião e de expressão. A cada eleição, o brasileiro gosta mais da democracia.
Nada disso significa, porém, que possamos considerá-la uma conquista perene e consolidada. Democracias jovens, como Venezuela, Argentina ou Rússia, estão aí para mostrar como o espectro do autoritarismo pode abalar os regimes de liberdade. A luta pela democracia e pelas liberdades individuais precisa ser constante, consistente e sem margem pa ra hesitação.

(Helio Gurovitz. Época, 31 de março de 2014. Adaptado.)


O termo "se" pode apresentar significados e efeitos de sentido diversos de acordo com a construção em que está inserido. Em "Se há pensamento autoritário no país, ele é minoritário.", o efeito produzido revela
  • A dúvida.
  • B condição.
  • C comparação.
  • D determinação.
  • E conformidade.
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Relacione adequadamente as classes gramaticais às respectivas classificações das palavras destacadas.
1. Vocativo.
2. Aposto.
3. Adjetivo.
4. Adjunto adverbial.

( ) “Na próxima vez que você, leitor do sexo masculino, disputar espaço com uma mulher no trânsito, pense duas vezes antes de soltar aquela frase machista:...” (1º§)
( ) “Incluem-se aqui aquelas práticas execráveis como dirigir embriagado, abusar da velocidade e andar colado ao veículo da frente.” (2º§)
( ) “Vai pra casa, dona Maria!” (1º§)
( ) “Muitos dos acidentes envolvendo mulheres acontecem porque as motoristas tentam virar à direita ou à esquerda repentinamente,...” (3º§)

A sequência está correta em
  • A 1, 2, 3, 4.
  • B 2, 1, 4, 3.
  • C 2, 3, 1, 4.
  • D 3, 2, 1, 4.
  • E 3, 4, 1, 2.
37

O analfabetismo no Brasil não deveria ser tratado apenas na base dos números

A Unesco está celebrando hoje, dia 8, o Dia Internacional da Alfabetização. O especialista em educação de jovens e adultos da Unesco no Brasil, Timothy Ireland, deu declaração avaliando que, no Brasil, o analfabeto continua sendo, em sua maioria, nordestino, negro, de baixa renda e com idade entre 40 e 45 anos.

Segundo Ireland, “A questão do analfabetismo sempre foi minimizada como um direito, mas ela é fundamental para que o cidadão participe de forma democrática. Hoje vivemos na sociedade da informação e do conhecimento, a pessoa que não tem acesso à escrita e à leitura acaba excluída de informações que são necessárias para garantir todos os outros direitos, a saúde, a participação política na sociedade”.

Em 2006, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, apresentou números nada animadores sobre o analfabetismo no Brasil. Segundo aquele levantamento, 10,38% da população brasileira se declarou analfabeta absoluta. Esse percentual representa 14,3 milhões de brasileiros.

Entre os que se declararam negros e pardos, o analfabetismo é duas vezes maior do que os que se declararam brancos. Esse relatório também mostrou que nas áreas rurais o índice mais que dobra, indo para 25%.

A quantidade de analfabetos no Brasil acima de 15 anos (14 milhões de pessoas) coloca o país no grupo das 11 nações com mais de 10 milhões de analfabetos, ao lado do Egito, Marrocos, China, Indonésia, Bangladesh, Índia, Irã, Paquistão, Etiópia e Nigéria.

Os dados educacionais são sempre alarmantes no Brasil. No entanto, outra preocupação que não deve escapar das avaliações mais aprofundadas, que não se limitem aos dados, é o tipo de alfabetização que estamos buscando como desafio para os próximos anos.

Em 2000, durante a Conferência Mundial de Educação em Dacar, o Brasil assinou o compromisso Educação para Todos. Desde então, os índices parecem ter melhorado um pouco, embora de forma superficial e insuficiente.

Segundo o compromisso assinado em Dacar, o objetivo do Brasil seria reduzir o analfabetismo para 6,7% até 2015. A avaliação da Unesco é que no ritmo que as coisas estão caminhando, será praticamente impossível atingir essa meta.

Minha avaliação é de que a educação no País não pode ser baseada apenas em números quantitativos. É preciso levar em conta, sobretudo, a qualidade das ações contra o analfabetismo.

Pouco adiantará reduzirmos drasticamente o analfabetismo, se não levarmos em consideração um outro lado da moeda, que parece escapar aos números: o analfabetismo funcional. A redução dos números apenas agradará os organismos internacionais e o governo brasileiro. A quantidade de indivíduos que sabem ler, mas não conseguem entender o que o texto lido diz é grande e preocupante.

Se a meta numérica preocupa a Unesco e os brasileiros, fico imaginando se nos concentramos não nos números apenas, mas na qualidade do Ensino Público, a que ponto chegará nossas preocupações.

De acordo com as informações do texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) No Brasil, o analfabeto continua sendo, em sua maioria, nordestino, negro, de baixa renda e com idade entre 40 e 45 anos.

( ) Segundo dados do IBGE, entre os que se declararam negros e pardos, o analfabetismo é duas vezes maior do que os que se declararam brancos.

( ) Durante a Conferência Mundial de Educação em Dacar, o Brasil assinou o compromisso Educação para Todos.

A sequência está correta em

  • A V, V, V.
  • B F, V, V.
  • C V, V, F
  • D F, F, V.

Administração Pública

38

A Constituição de 1988 contém, no Título III que trata da "Organização do Estado", um capítulo específico sobre Administração Pública - o capítulo VII. No primeiro dispositivo (art. 37) institucionalizou, em âmbito constitucional, a classificação da Administração Pública em duas modalidades: administração direta e indireta. A Administração Pública Direta inclui os serviços desempenhados pelos(as)

  • A Autarquias, que são serviços autônomos, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios
  • B Entes da Federação (União, Estados e Municípios), que possuem personalidade jurídica própria e patrimônio próprio
  • C Empresas Públicas, que são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, para a exploração de atividades econômicas que o governo seja levado a exercer.
  • D Fundações, que são dotadas de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, com autonomia administra- tiva, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
  • E Sociedades de Economia Mista, que são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, para exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da administração indireta
39
“Joaquim é motorista de uma sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos, integrante da administração pública municipal. Em determinada manhã, durante o horário de trabalho, em razão de uma distração enquanto trafegava com o veículo de trabalho, Joaquim acaba por abalroar o veículo de Antônio, causando-lhe prejuízos de ordem patrimonial.” Neste caso, considerando as regras sobre responsabilidade civil constitucionalmente previstas, assinale a alternativa correta.
  • A Para que Antônio tenha o dano ressarcido, terá que demonstrar que Joaquim agiu de forma imprudente, ou seja, deverá comprovar a existência de culpa.
  • B Neste caso, a sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, responderá objetivamente pelos prejuízos causados por Joaquim.
  • C No caso em tela, não há que se falar em responsabilidade objetiva, vez que, embora seja integrante da administração pública municipal, a sociedade de economia mista não é pessoa jurídica de direito público.
  • D Antônio só poderá exigir o ressarcimento do prejuízo em face de Joaquim, pois no caso em apreço verificou-se que o dano decorreu de imprudência do motorista, e não da atividade de prestação de serviço público.
  • E Caso a sociedade de economia mista seja condenada a ressarcir os prejuízos de Antônio, não poderá demandar o valor pago em face de Joaquim, já que a sociedade deve arcar com os riscos de sua atividade econômica.

Direito Administrativo

40
Atendendo ao Princípio da Publicidade, a legislação prevê que para a modalidade de licitação denominada Convite, o prazo para a divulgação dos procedimentos licitatórios será de
  • A 5 dias.
  • B 8 dias.
  • C 10 dias.
  • D 12 dias.
  • E 15 dias.

Administração Pública

41
O servidor público deve desempenhar suas funções com zelo, justiça e integridade e demais obrigações com a função que exerce. Entretanto, a lei elenca algumas vedações ao mesmo. Assinale a alternativa INCORRETA com relação às vedações do servidor público.
  • A O uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem.
  • B Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material.
  • C Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão.
  • D Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.
  • E Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim.
42
O servidor Y ingressou no serviço público na data de 10 de março de 2009. Ocorre que o seu superior ingressou com pedido de exoneração do mesmo na data de 30 de maio de 2013. Com relação à possível exoneração do referido servidor, assinale a alternativa correta.
  • A O servidor público estável perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
  • B O servidor público estável perderá o cargo em virtude de sentença judicial, mesmo que esta esteja em grau de recurso.
  • C Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, sem remuneração até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
  • D Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração integral até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
  • E Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade sem remuneração proporcional ao tempo de serviço.
43

A Lei Federal nº 9.784/99 dispõe sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. Quanto à contagem de prazos prevista na norma, analise as afirmativas, considerando que as datas apresentadas sejam dias úteis.

I. Um prazo de um ano, que comece a correr em 13.03.2014, vencerá em 12.03.2015.

II. A contagem do prazo de um mês equivale à contagem do prazo de 30 dias.

III. Um prazo de um mês, que comece a correr em 31/01/2015, vencerá em fevereiro de 2015.

IV. Os prazos nos processos administrativos, em regra, ficam suspensos nas férias de janeiro.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

  • A III.
  • B I e II.
  • C I e IV
  • D II e IV.
  • E III e IV.

Direito Administrativo

44
Para que a licença requerida pelo servidor seja deferida é necessário que este preencha requisitos exigidos pela lei. Diante do exposto, é correto afirmar que
  • A a licença para acompanhar o cônjuge será por prazo determinado e sem remuneração.
  • B ao servidor convocado para o serviço militar não será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica.
  • C o servidor não terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
  • D poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
  • E no deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, não poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.

Direito Penal

45

O art. 319 do Código Penal brasileiro, que trata sobre os tipos de conduta que configuram crime contraa Administração pública, dispõe um dos referidos crimes: “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. A pena prevista no Código Penal para a prática do crime descrito anteriormente é:

  • A Reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.
  • B Reclusão, de 3 a 8 anos, e multa
  • C Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
  • D Detenção, de 3 meses a um ano, e multa.
  • E Detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa.

Ética na Administração Pública

46
Nos termos do Decreto Federal nº 1.171/94, assinale a alternativa que NÃO descreve um dos deveres fundamentais dos servidores públicos.
  • A Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função.
  • B Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo.
  • C Ser, em função do espírito de solidariedade e companheirismo que deve permear as relações internas do serviço público, conivente com erro ou infração ao Código de Ética de sua profissão.
  • D Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.
  • E Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos.

Administração Pública

47

A Constituição de 1988 contém, no Título III que trata da “Organização do Estado”, um capítulo específico sobre Administração Pública – o capítulo VII. No primeiro dispositivo (art. 37) institucionalizou, em âmbito constitucional, a classificação da Administração Pública em duas modalidades: administração direta e indireta. A Administração Pública Direta inclui os serviços desempenhados pelos(as)

  • A Autarquias, que são serviços autônomos, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios.
  • B Entes da Federação (União, Estados e Municípios), que possuem personalidade jurídica própria e patrimônio próprio.
  • C Empresas Públicas, que são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, para a exploração de atividades econômicas que o governo seja levado a exercer.
  • D Fundações, que são dotadas de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
  • E Sociedades de Economia Mista, que são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, para exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da administração indireta.
48

A Lei Federal nº 9.784/99 dispõe sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. Considerando essas normas, analise as afirmativas ea relação proposta entre elas.

I. “Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.”

PORQUE

II. “Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.”

Assinale a alternativa correta.

  • A As duas afirmativas são falsas.
  • B A primeira afirmativa é falsa e a segunda, verdadeira.
  • C A primeira afirmativa é verdadeira e a segunda, falsa.
  • D As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda é uma justificativa da primeira
  • E As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira.
49

Considere a hipótese de um servidor federal vir a ser condenado pela prática de ato de improbidade administrativa que configure enriquecimento ilícito. Nos termos da Lei Federal nº 8.429/92, dentre outras penalidades, o servidor estará sujeito a

  • A suspensão dos direitos políticos por 8 a 10 anose multa civil de até cem vezes a remuneração do agente.
  • B suspensão dos direitos políticos por 5 a 8 anos e proibição de contratar com o poder público por 8 a 10 anos
  • C ressarcimento integral do dano, multa civil de até três vezes o acréscimo patrimonial e perda da função pública.
  • D perda dos direitos políticos e proibição de contratar ou receber incentivos creditícios do poder público por10 anos.
  • E ressarcimento ao erário, multa civil de até duasvezes o dano ao erário e proibição de contratar com o poder público por 5 anos.

Administração Financeira e Orçamentária

50
A  classificação  institucional  agrupa  as  despesas  conforme  as  instituições  autorizadas  a  realizá-las,  relacionando  os órgãos da administração pública direta ou indireta responsáveis pela dotação aprovada. São consideradas vantagens  dessa classificação institucional, EXCETO: 
  • A Refere-se ao ponto de partida para a contabilização de custos dos vários serviços.
  • B Permite identificar a unidade responsável pela execução das despesas de determinado programa.
  • C Permite comparação entre os diversos órgãos, quanto ao volume de despesa autorizada/executada.
  • D Combinada com a Classificação Funcional e com a Estrutura Programática, focaliza em detalhes a responsabilidade pela execução do programa.
  • E Tende a gerar rivalidades entre as diferentes instituições na obtenção de recursos quando da preparação do orçamento e da sua aprovação pelo Legislativo.
51
“No orçamento público, a publicidade dos quadros orçamentários não é imperativo suficiente para aprovação por parte do Poder Legislativo. Sem descuidar das exigências da técnica orçamentária, especialmente em matéria de classificação das receitas e despesas, o orçamento deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo.” Trata‐se do Princípio do(a)
  • A Clareza.
  • B Unidade.
  • C Equilíbrio.
  • D Exclusividade.
  • E Universalidade.

Administração Pública

52

A Constituição Federal vigente, nos termos dos arts. 37 ao 41, estabelece normas de observância obrigatória pela Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Considerando essas normas, avalie as seguintes afirmativas e a relação proposta entre elas.

I. “A Comissão Nacional de Energia Nuclear sujeita-se aos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência."

PORQUE

II. “A Comissão Nacional de Energia Nuclear é um órgão público integrante da Administração Pública Federal Direta."

Assinale a alternativa correta.

  • A As duas afirmativas são falsas.
  • B A primeira afirmativa é falsa e a segunda, verdadeira.
  • C A primeira afirmativa é verdadeira e a segunda, falsa
  • D As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda é uma justificativa da primeira.
  • E As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira.
53
Na diferenciação entre administração pública e privada, se destaca o imperativo de o gestor ser sensível e observar, em cada caso, especificidades dos campos. Ao tratar do tema da distinção entre administração pública e privada, está se referindo ao aspecto de que
  • A o interesse público não difere do privado, já que os dois devem atender ao interesse de qualquer grupo.
  • B os dirigentes de organizações públicas prestam contas aos cidadãos e eleitores, e não a um grupo específico.
  • C a Constituição Federal garante o tratamento seletivo que é essencial para sustentar a lucratividade das empresas.
  • D o governo existe para atender aos interesses individuais, ao passo que as empresas visam os interesses da sociedade.
  • E o governo detém a autoridade suprema dentro da administração pública e as empresas detêm a autoridade suprema no setor privado.

Direito Penal

54

O Código Penal brasileiro trata dos tipos de conduta que configuram crime contra a administração pública, como o disposto no art. 317: “Solicitar ou receber, para siou para outrem, direta ou indiretamente, ainda quefora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”. O tipo penal descrito anteriormente refere-se ao crime de

  • A peculato.
  • B prevaricação.
  • C corrupção ativa.
  • D corrupção passiva.
  • E excesso de exação.

Administração Pública

55

A Lei Federal nº 8.112/90 dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Considerando as normas relativas ao regime disciplinar, analise as afirmativas e a relação proposta entre elas.

I. “Ao servidor federal, é vedado participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, e exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário."

LOGO

II. “É vedada a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros."

Assinale a alternativa correta.

  • A As duas afirmativas são falsas.
  • B A primeira afirmativa é verdadeira e a segunda, falsa.
  • C A primeira afirmativa é falsa e a segunda, verdadeira.
  • D As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda é uma consequência da primeira.
  • E As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não é consequência da primeira.
56

A Comissão Nacional de Energia Nuclear deve observar as normas previstas na Constituição Federal vigente, no que tange ao Capítulo referente à administração pública. De acordo com o texto constitucional, a remuneração do servidor público federal deve limitar-se a um teto constitucional. Considerando esse teto constitucional remuneratório, analise as afirmativas.

I. Os servidores públicos efetivos da Comissão Nacional de Energia Nuclear não podem receber remuneração maior que o subsídio do Presidente da República.

II. A verba que o servidor público efetivo receber a título de indenização será computada para fins de limitação ao teto constitucional remuneratório.

III. Caso um servidor público acumule licitamente dois cargos efetivos federais, as remunerações de ambos os cargos serão computadas para fins do limite constitucionalremuneratório.

IV. Um professor federal aposentado, que acumule os proventos com a remuneração de um cargo de Analista na Comissão Nacional de Energia Nuclear, estará sujeito ao teto remuneratório de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

  • A II
  • B I e III.
  • C I e IV.
  • D II e IV
  • E III e IV.

Direito Administrativo

57
Como regra geral, o texto constitucional veda a acumulação de cargos públicos. Isso significa que determinada pessoa não pode tomar posse em dois cargos, mesmo tendo compatibilidade de horários. Vale ressaltar que é vedada também a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas. Ocorre que a Constituição Federal admite algumas exceções. Assinale a alternativa que admite as referidas exceções.
  • A A de três cargos de professor.
  • B A de um cargo de profissional de saúde com outro técnico.
  • C A de um cargo de professor com outro técnico ou científico.
  • D A de dois cargos de professor com outro técnico ou científico.
  • E A de três cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.