Resolver o Simulado Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Auxiliar em Administração - IDECAN - Nível Fundamental

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Português

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Texto I

Visão comunicativa


Até pouco tempo atrás, a qualificação de empresários, headhunters, executivos e CEOs e dos mais variados profissionais se fundava no domínio de outro idioma - o inglês em particular. Num mundo globalizado, saber outra língua é signo e condição competitiva.
Décadas recentes demonstraram, no entanto, que já é digna de atenção a maneira como nossos recursos humanos buscam reciclar o próprio português. Aumenta a necessidade de usar o idioma de forma refinada, como ferramenta nos negócios, ou pelo menos de modo a não pôr a perder um negócio.
O mercado brasileiro avança em seus próprios terrenos, não só os globalizados. Vivemos hoje num país em que mais de 800 milhões de mensagens eletrônicas diárias são trocadas, muitas das quais enviadas para tratar de questões empresariais. Há mais relatórios, encontros entre empresários, almoços de negócios, apresentações em reuniões de trabalho. Cresce o número de situações em que as pessoas ficam mais expostas por meio da escrita e da retórica oral, expondo a fragilidade de uma má formação em seu próprio idioma. Não por acaso, cresce também a procura por aulas de língua portuguesa, destinadas a executivos, gerentes e os mais diversos tipos de profissionais.
A velocidade da mensagem eletrônica não perdoa desatenção. Texto de correio eletrônico, de redes sociais com fins corporativos e de intranets deve ser simples, mas exige releitura e cuidado para acertar o tom da mensagem. Se por um lado a popularização da tecnologia nos ambientes de trabalho fez com que as pessoas passassem a ter contato diário com a língua escrita, por outro a enorme quantidade de mensagens trocadas nem sempre deixa claro onde está o valor da informação realmente importante. As mensagens eletrônicas do mundo empresarial dão ainda muita margem a mal-entendidos, com textos truncados, obscuros ou em desacordo com normas triviais da língua e da comunicação corporativa.
Quem se comunica bem no mundo profissional não é quem repete modelinhos e regras, ideias e frases feitas aprendidas em cursos prêt-à-porter de comunicação empresarial. Saber interagir num ambiente minado como o das organizações ajuda a carreira, mas para ter real efeito significa dar voz ao outro, falar não para ouvir o que já sabia, mas descobrir o que não se percebia por pura falta de diálogo.

(Luiz Costa Pereira Junior. Língua Portuguesa. Ed. Segmento. Janeiro de 2014.)

Mantém-se a correção gramatical da paráfrase do trecho “[...] a enorme quantidade de mensagens trocadas nem sempre deixa claro onde está o valor da informação realmente importante."(4º§), em

  • A [...] as mensagens trocadas nem sempre deixa claro onde está o valor da informação realmente importante.
  • B [...] as mensagens trocadas nem sempre deixam claro onde estão o valor da informação realmente importantes.
  • C [...] as muitas mensagens trocadas nem sempre deixam claro onde está o valor da informação realmente importante
  • D [...] a grande quantidade de mensagens trocadas deixam claras onde está o valor da informação realmente importantes.
  • E [...] a enorme quantidade de mensagens trocadas nem sempre deixam claras onde está o valor da informação realmente importante.
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Texto II 
O novo consumidor engajado 
 
Descrever  o  novo  consumidor,  sob  a  dimensão  do marketing  é  relativamente  fácil,  basta  buscar  uma  pesquisa 
bibliográfica mínima. São homens e mulheres de qualquer idade, com mentalidades independentes, individualistas, com 
maior  grau  de  informação  e  que  ambicionam  obter,  por meio  de  suas  aquisições,  a  sensação  de  autenticidade,  de 
exclusividade. 
Este conceito vai além da aquisição. Comprando produtos com a imagem de socialmente justos e ambientalmente 
responsáveis, os consumidores desejam ser percebidos desta forma dentro da sociedade em que vivem. 
Desejam  fazer da sua atitude de consumo, um gesto que seja percebido como de engajamento nos princípios de 
eficiência econômica, preservação ambiental e equidade social que caracterizam os princípios da sustentabilidade. 
Essas mudanças  vêm  acontecendo  desde  o  final  da  década  de  60  e  são  o  tema  central  de  “A  Alma  do  Novo 
Consumidor”, um  livro de David  Lewis e Darren Bridges. Este novo  consumidor valoriza aspectos mais  subjetivos nos 
produtos  e  a  informação  subliminar  que  a  aquisição  do  produto  transmite  aos  demais  membros  da  comunidade. 
Compreender os fatores que o motivam pode significar o futuro de uma empresa e do seu trabalho. 
No  caso  ambiental  isto  é  bem  claro.  A  nítida  ênfase  das  propagandas  das  organizações  financeiras,  setor mais 
pujante e  lucrativo da atual economia não deixam dúvidas. Todas as  instituições, em maior ou menor grau, optam por 
uma estratégia de comunicação que valoriza a responsabilidade sócio-ambiental em suas mídias. 
Como se não bastasse a diversidade de produtos nas prateleiras, multiplica-se a  isto a diversidade de conceitos que 
cada um deles transmite. Os bancos mostram claramente que a opção pela responsabilidade sócio-econômica veio para 
ficar. Algumas empresas de petróleo e fabricantes de automóveis mais ousados também aderiram a esta comunicação. [...] 
Assistir a estratégia de comunicação destes grupos, nos variados tipos de mídia não deixa dúvidas. 
O livro de Lewis e Bridges (A Alma do Novo Consumidor) desvenda, ainda, as estratégias dos cool hunters, aqueles 
que “adivinham” as tendências de consumo, ou seja, os denominados conhecedores. 
Este  grupo  influencia  o  consumidor  por  estar  “próximo”  a  ele,  ainda  que  sejam  celebridades.  A  tradicional 
propaganda boca a boca continua existindo e sendo imposta e, atualmente, versão high tech, se vale muito da internet 
para  impulsionar  ou  jogar  um  produto  na  lama.  São  eles, muitas  vezes,  os  responsáveis  pela  formação  de  um  novo 
mercado consumidor. 
Dentro deste contexto, a adoção dos novos valores, que sejam eticamente comprometidos, socialmente  justos e 
ambientalmente  responsáveis,  ganham  uma  dimensão  nunca  imaginada,  pois  além  da  influência  pessoal,  existe  a 
poderosa ferramenta da internet, ainda não bem dimensionada, que faz uma grande diferença. 
A  internet é particularmente relevante nas faixas de consumo mais elevadas e no público com acesso a rede, que 
cresce em proporção logarítmica dentro da sociedade. 
Portanto não esquecer ou negligenciar o novo consumidor, cujas características são bem conhecidas e no qual as 
influências éticas, sociais e ambientais são claras,  já existe, não é só de alta  renda como argumentam os simplórios e 
não pode ser manipulado pela primariedade de mídias descomprometidas. 
 
Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental.  Integrante do Corpo Docente do Mestrado e 
Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale. 
(Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2014/12/04/o-novo-consumidor-engajado-artigo-de-roberto-naime/.)
A alternativa em que a substituição dos vocábulos sublinhados NÃO é adequada, em função do significado não ser coerente, é:
  • A “No caso ambiental...” (5º§) / de ambiente
  • B “... pesquisa bibliográfica...” (1º§) / de livros
  • C “... a informação subliminar...” (4º§) / de leve
  • D “... valoriza aspectos mais subjetivos...” (4º§) / do sujeito
  • E “... mentalidades independentes, individualistas,...” (1º§) / do indivíduo
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Texto I

Energia nuclear: ontem e hoje

Guerra e paz

O sucesso do primeiro reator nuclear pode ser comparável em importância à descoberta do fogo, à invenção da máquina a vapor, do automóvel ou avião ou, mais modernamente, à difusão da internet pelo mundo - afinal, tornou possível usar a enorme quantidade de energia armazenada no núcleo atômico.
As circunstâncias daquele momento fizeram com que essa energia fosse primeiramente empregada na guerra, com a produção de três bombas atômicas - duas lançadas sobre o Japão, em agosto de 1945, pondo fim ao conflito. Mas, terminada a “guerra quente" - e iniciada a Guerra Fria -, os reatores nucleares, já a partir de 1950, passaram a ser construídos com propósitos pacíficos.
Mais potentes e tecnologicamente avançadas, essas máquinas começaram a produzir diversos elementos radioativos (molibdênio e iodo, por exemplo) que eram incorporados em quantidades adequadas a produtos farmacêuticos (radiofármacos), que passaram a ser usados na medicina nuclear para diagnóstico e tratamento de doenças.
Na década de 1950, surgiram vários reatores para gerar eletricidade, trazendo bem-estar e conforto às populações. O pioneiro foi Obminsk (Rússia), em 1954, e, dois anos depois, Calder Hall (Reino Unido), primeira usina nuclear de larga escala, que funcionou por 50 anos.

(Odilon A. P. Tavares. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/. Adaptado.)

Dentre as expressões em destaque nos trechos a seguir, há um efeito de sentido diferente dos demais, indicado em 
  • A “[...] que funcionou por 50 anos.” (4º§)
  • B “[...] primeira usina nuclear de larga escala, [...]” (4º§)
  • CNa década de 1950, surgiram vários reatores [...] ” (4º§)
  • D “[...] duas lançadas sobre o Japão, em agosto de 1945, [...]” (2º§)
  • E “[...] já a partir de 1950, passaram a ser construídos com propósitos pacíficos.” (3º§)
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Depois dos táxis, as ‘caronas’

No princípio era o táxi.Dezenas de aplicativos de celular para chamar amarelinhos proliferaram no ano passado, seduzindo passageiros e incomodando cooperativas.Agora,a nova onda de soluções móveis para o trânsito tenta abolir taxistas por completo em busca de objetivo mais ambicioso: convencer motoristas a aderirem, de vez, às caronas.
Um dos modelos é inspirado em softwares que fazem sucesso - e barulho - em São Francisco e Nova York, a exemplo de Uber e Lyft. A primeira experiência do tipo no Brasil atende pelo nome de Zaznu - gíria em hebraico equivalente ao nosso “partiu?” - e começou pelo Rio, mês passado.
Por meio do app, donos de smartphones solicitam e oferecem caronas a desconhecidos. Tudo começa com o passageiro, que aciona o programa para pedir uma carona. Com base na localização e no perfil da pessoa, motoristas cadastrados que estiverem nas redondezas decidem se topam ou não pegá-lo. Quando a carona é aceita, os dois conversam por telefone para combinar o ponto de encontro.
Para garantir a segurança dos passageiros, o Zaznu diz entrevistar os motoristas cadastrados,além de checar antecedentes criminais. Já os passageiros precisam registrar um cartão de crédito para pagamentos “voluntários”.
É justamente por não ser gratuito que o aplicativo já faz barulho.Tão logo surgiu, taxistas abriram a página no FacebookZaznu, a farsa da carona solidária”, que denuncia “o crime que é oferecer serviço de transporte em carro particular”,como explicou o criador do grupo, Allan de Oliveira. O sindicato da categoria no Rio concorda.
- É irregular,iremos à Justiça.Mas temos certeza de que a prefeitura vai detê-lo - disse o diretor José de Castro.
Procurada por duas semanas, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio não se manifestou.
Em sua defesa,Yuri Faber,fundador do Zaznu,alegou que o aplicativo não constitui um serviço pago de transportes porque seus termos de uso classificam o pagamento como “doação opcional”. A sugestão de preço equivale a 80% do preço que seria cobrado por um táxi no mesmo trajeto. A Zaznu fica com um quinto do valor, o resto vai para o motorista.
- O passageiro tem todo o direito de decidir se paga,e quanto paga. O app só sugere um valor - justificou.
(O Globo,20/04/2014.)
Em “[...] convencer motoristas a aderirem, de vez, às caronas.” (1º§)a ocorrência do fenômeno da crase justifica-se mediante a exigência da regência do verbo acrescida da ocorrência de artigo diante de palavra feminina. Tal justificativa, quanto à ocorrência de crase, NÃO se aplica ao exemplo:
  • A Dedico-me às artes há muito tempo.
  • B À direita ficava o quartinho de despejos.
  • C Refiro-me à obra machadiana em sua essência.
  • D Temos de ir à diretoria requerer nossos direitos.
  • E Ele devolveu a mercadoria à loja assim que percebeu o engano.
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Não vivemos sem monstros

Os monstros fazem parte de todas as mitologias. Os havaianos acreditam em um homem com uma boca de tubarão nas costas. Os aborígines falam de uma criatura com corpo humano, cabeça de cobra e tentáculos de polvo. Entre os gregos, há relatos de gigantes canibais de um olho, do Minotauro, de uma serpente que usa cabeças de cachorros famintos como um cinto.
Não importam as diferenças de tamanho e forma. Os monstros têm uma característica em comum: eles comem pessoas. Expressam nossos medos de sermos destruídos, dilacerados, mastigados, engolidos e defecados. O destino humilhante daqueles que são comidos é expresso em um mito africano a respeito de uma ave gigante que engole um homem e, no dia seguinte, o expele. Além de significar a morte, este tipo de destino final nos diminui, nos tira qualquer ilusão de superioridade em relação aos outros animais.
Para os homens de milhões de anos atrás esta era uma realidade. Familiares, filhos, amigos eram desmembrados e devorados. Passamos muito tempo da nossa história mais como caça do que caçador. Tanto que até hoje estamos fisiologicamente programados para reagir a situações de estresse da mesma forma com que lidávamos com animais maiores – e famintos.
O arquétipo do monstro, tão recorrente em nossa história cultural, expressa e intensifica nosso medo ancestral dos predadores. A partir do momento em que criamos estes seres e os projetamos no reino da mitologia, nos tornamos capazes de lidar melhor com nossos medos. Em sua evolução no plano cultural, os monstros passaram a explicar a origem de outros elementos que nos assustam e colocam nossas vidas em risco, em especial fenômenos naturais como vulcões, furacões e tsunamis.
Mais que isso, esses seres fictícios nos permitiram lidar com a mudança de nossa situação neste planeta. Conforme nos tornamos predadores, passamos a incorporar os monstros como forma de autoafirmação. E, diante do imenso impacto que provocamos nos ecossistemas que tocamos, também de autocrítica. De certa forma, nos tornamos os monstros que temíamos. Isso provoca uma sensação dupla de poder e culpa.
Começamos com os dragões, os primeiros arquétipos de monstros que criamos, e chegamos ao Tubarão, de Steven Spielberg, e ao Alien, de Ridley Scott. Nessas tramas, o ser maligno precisa ser destruído no final, mesmo que para voltar de forma milagrosa no volume seguinte da franquia.
Precisamos dos monstros. Eles nos ajudam há milênios a manter nossa sanidade mental. É por isso que os mitos foram repetidos através dos séculos, alimentaram enredos literários e agora enchem salas de cinema. Não temos motivo nenhum para abrir mão deles.

(Paul A. Trout. Revista Galileu. Março de 2012, nº 248 I. Editora Globo.)

Os havaianos acreditam em um homem com uma boca de tubarão nas costas.” (1º§) Marque a alternativa que apresenta o verbo com predicação idêntica à do verbo sublinhado na frase anterior.

  • A “... esta era uma realidade.” (3º§)
  • B “Precisamos dos monstros.” (7º§)
  • C “Isso provoca uma sensação dupla...” (5º§)
  • D “Entre os gregos, há relatos de gigantes…” (1º§) qc
  • E “Os monstros têm uma característica em comum:…” (2º§)

Redação Oficial

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Termo de abertura:
Este livro contém cem folhas numeradas e rubricadas por mim, Fulano de Tal, e se destina ao registro de ______________ do Colégio Pedro II.

Termo de Encerramento:
Eu, Fulano de Tal, presidente do colegiado do Colégio Pedro II, declaro encerrado este livro de ______________.
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2014.
(assinatura)


Os termos anteriores são característicos de um livro que tem por finalidade registrar
  • A as ocorrências de uma reunião através de atas.
  • B a solicitação de algo de direito a uma autoridade.
  • C correspondências internas utilizadas no serviço público.
  • D correspondências externas utilizadas no serviço público.
  • E correspondências internas utilizadas na iniciativa privada.

Português

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Depois dos táxis, as ‘caronas’

No princípio era o táxi.Dezenas de aplicativos de celular para chamar amarelinhos proliferaram no ano passado, seduzindo passageiros e incomodando cooperativas.Agora,a nova onda de soluções móveis para o trânsito tenta abolir taxistas por completo em busca de objetivo mais ambicioso: convencer motoristas a aderirem, de vez, às caronas.
Um dos modelos é inspirado em softwares que fazem sucesso - e barulho - em São Francisco e Nova York, a exemplo de Uber e Lyft. A primeira experiência do tipo no Brasil atende pelo nome de Zaznu - gíria em hebraico equivalente ao nosso “partiu?” - e começou pelo Rio, mês passado.
Por meio do app, donos de smartphones solicitam e oferecem caronas a desconhecidos. Tudo começa com o passageiro, que aciona o programa para pedir uma carona. Com base na localização e no perfil da pessoa, motoristas cadastrados que estiverem nas redondezas decidem se topam ou não pegá-lo. Quando a carona é aceita, os dois conversam por telefone para combinar o ponto de encontro.
Para garantir a segurança dos passageiros, o Zaznu diz entrevistar os motoristas cadastrados,além de checar antecedentes criminais. Já os passageiros precisam registrar um cartão de crédito para pagamentos “voluntários”.
É justamente por não ser gratuito que o aplicativo já faz barulho.Tão logo surgiu, taxistas abriram a página no FacebookZaznu, a farsa da carona solidária”, que denuncia “o crime que é oferecer serviço de transporte em carro particular”,como explicou o criador do grupo, Allan de Oliveira. O sindicato da categoria no Rio concorda.
- É irregular,iremos à Justiça.Mas temos certeza de que a prefeitura vai detê-lo - disse o diretor José de Castro.
Procurada por duas semanas, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio não se manifestou.
Em sua defesa,Yuri Faber,fundador do Zaznu,alegou que o aplicativo não constitui um serviço pago de transportes porque seus termos de uso classificam o pagamento como “doação opcional”. A sugestão de preço equivale a 80% do preço que seria cobrado por um táxi no mesmo trajeto. A Zaznu fica com um quinto do valor, o resto vai para o motorista.
- O passageiro tem todo o direito de decidir se paga,e quanto paga. O app só sugere um valor - justificou.
(O Globo,20/04/2014.)
O vocábulo “que” pode apresentar diversas funções e pertencer a diferentes classes de palavras. Identifique, dentre os destaques a seguir, o trecho que apresenta uma relação diferente estabelecida pelo “que” em relação às demais ocorrências.
  • A “[...] softwares que fazem sucesso [...]” (2º§)
  • B “Tudo começa com o passageiro, que aciona o programa [...]” (3º§)
  • C “[...] motoristas cadastrados que estiverem nas redondezas [...]” (3º§)
  • D “É justamente por não ser gratuito que o aplicativo já faz barulho.” (5º§)
  • E “[...] a página no Facebook ‘Zaznu, a farsa da carona solidária’, que denuncia [...]” (5º§)
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Texto
Retrato falado

Uma das coisas que não entendo é retrato falado. Em filme policial americano, no retrato falado sai sempre a cara do criminoso, até o último cravo. Mas na vida real, que nada tem de filme americano, o retrato falado nunca tem o menor parentesco com a cara do cara que acaba sendo preso.

- Atenção. Aqui está um retrato falado do homem que estamos procurando. Foi feito de acordo com a descrição de dezessete testemunhas do crime. Decorem bem a sua fisionomia. Está decorada?
- Sim, senhor.
- Então, procurem exatamente o contrário deste retrato. Não podem errar.
Imagino os problemas que não deve ter o artista encarregado dos retratos falados na polícia. Um homem sensível obrigado a conviver com a imprecisão de testemunhas e as rudezas da lei.
- O senhor mandou me chamar, delegado?
- Mandei, Lúcio. É sobre o seu trabalho. Os seus últimos retratos falados...
- Eu sei, eu sei. É que estou numa fase de transição, entende? Deixei o hiper-realismo e estou experimentando com uma volta as formas orgânicas e...
- Eu compreendo, Lúcio. Mas da última vez que usamos um retrato falado seu, a turma prendeu um orelhão.
O pior deve ser as testemunhas que não sabem descrever o que viram.
- O nariz era assim, um pouco, mais ou menos como seu, inspetor.
- E as sobrancelhas? As sobrancelhas são importantes.
- Sobrancelhas? Não sei... como as suas, inspetor.
- E os olhos?
- Os olhos claros, como os...
- Já sei. Os meus. O queixo?
- Parecido com o seu.
- Inspetor, onde é que o senhor estava na noite do crime?
- Cala a boca e desenha, Lúcio.
E há os indecisos.
- Era chinês.
- Ou era chinês ou tinha dormido mal.
E deve haver a testemunha literária!
- Nariz adunco, como de uma ave de rapina. A testa escondida pelos cabelos em desalinho. Pelos seus olhos, vez que outra, passava uma sombra como uma má lembrança. A boca de uma sensualidade agressiva mas ao mesmo tempo tímida, algo reticente nos cantos, com uma certa arrogância no lábio superior que o lábio inferior refutava e o queixo desmentia. Narinas vívidas, como as de um velho cavalo. Mais não posso dizer porque só o vi por dois segundos.
Os sucintos:
- Era o Charles Bronson com o nariz da Maria Alcina.
- Tipo Austregésilo de Athayde, mas com bigodes mexicanos.
- Uma miniatura de cachorro boxer, comandante da Varig e beque do Madureira.
- Bota aí: a testa do Jaguar, o nariz do Mitterrand, a boca do porteiro do antigo Fred's e o queixo da Virgínia Woolf. Uma orelha da Jaqueline Kennedy e a outra, estranhamente, do neto do Getty.
- A Emilinha Borba de barba depois de um mal voo na ponte aérea com o Nélson Ned. E há as surpresas.
- Bom, era um cara comum. Sei lá. Nariz reto, boca do tamanho médio, sem bigode. Ah, e um olho só, bem no meio da testa.
O ciclope ataca outra vez!
Experimente você dar as características para o retrato falado de alguém.
- Os olhos de Sandra Brea. Um pouco menos sobrancelha. O nariz de Claire Bloom de 15 anos atrás. A boca de Cláudia Cardinale. O queixo da Elizabeth Savala. Um seio de Laura Antonelli e outro da Sydne Rome. As pernas da Jane Fonda.
- Feito. Mas quem é essa?
- Não sei, mas se encontrarem, tragam-na para mim depressa. E vival

(Luis Fernando Veríssimo. Retrato falado. In: PINTO, Manuel da Costa. Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Salamandra, 2008.)

No trecho "[...] o retrato falado nunca tem o menor parentesco com a cara do cara que acaba sendo preso." (1°§ ), o sentido das palavras destacadas é

  • A distinto.
  • B idêntico.
  • C ambíguo.
  • D semelhante
  • E equivalente.
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De quem são os meninos de rua?

Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha. Certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora.
Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.
Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa. Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão,engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2006. p. 40. Adaptado.)


Quanto às relações de sentido produzidas pelos termos destacados em Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua.” (2º§), é correto afirmar que indicam, respectivamente,
  • A dedução e razão.
  • B dúvida e ressalva.
  • C exclusão e acréscimo.
  • D alternativa e oposição.
  • E sequência e consequência.
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Liberdade de imprensa e liberdade de opinião
Há muita dificuldade conceitual, especialmente no Judiciário, para entender o papel dos grupos de mídia e de conceitos como liberdade de imprensa, liberdade de opinião e direito à informação.
Tratam como se fossem conceitos similares.
Direito à informação e liberdade de expressão são direitos dos cidadãos, cláusulas pétreas da Constituição.
Liberdade de imprensa é um direito acessório das empresas jornalísticas. Por acessório significa que só se justifica se utilizado para o cumprimento correto da importantíssima missão constitucional que lhe foi conferida.
No Brasil, no entanto, o conceito de liberdade de imprensa tornou-se extraordinariamente elástico, fugindo completamente dos princípios que o originaram. E há enorme resistência do Judiciário em discutir o tema. É tabu.
Os grupos de mídia trabalham com jornalismo, entretenimento e marketing. E têm interesses comerciais próprios de uma empresa privada.
Jogaram todas as atividades de mídia debaixo da proteção da liberdade de imprensa, mesmo as não jornalísticas, tornando-as imunes a qualquer forma de controle seja de costumes seja da mera classificação indicativa.
Anos atrás, uma procuradora da República intimou a Rede Globo devido a conceitos incorretos sobre educação inclusiva propagados em uma novela. Foi alvo de artigos desmoralizadores do colunista Arthur Xexéo – “acusando-a” de pretender interferir no roteiro, ferindo a liberdade de expressão.
A ação proposta contra o apresentador Gugu, por ocasião da falsa reportagem sobre o PCC, rendeu reportagem desmoralizadora da revista Veja contra os proponentes da ação, em nome da liberdade de expressão.
A mera tentativa do Ministério da Justiça de definir uma classificação etária indicativa para programas de televisão foi torpedeada pela rede Globo, sob a acusação de interferência na liberdade de expressão.
Em todos os casos, a Justiça derrubou as ações em nome da liberdade de imprensa.
Quando o conceito de liberdade de imprensa foi desenvolvido – no bojo da criação do modelo de democracia norte-americano – o pilar central era o da mídia descentralizada, exprimindo a posição de grupos diversificados, permitindo que dessa atoarda nascessem consensos e representações.
As rádios comunitárias eram a expressão mais autêntica desse papel democratizante da mídia, assim como as mídias regionais.
Hoje as rádios comunitárias são criminalizadas. E as concessões públicas tornaram-se moeda de troca com grupos políticos, com coronéis eletrônicos, que a tratam como propriedade privada. É inacreditável a naturalidade com que se aceita o aluguel de horários para grupos religiosos, ou a venda das concessões para outros grupos, como se fossem propriedade privada e não um ativo público.
Tudo isso decorre da enorme concentração do setor, responsável por inúmeras distorções. Houve perda de representatividade da mídia regional, esmagamento das diferenças culturais, ideológicas.
Daí o movimento, em muitos países, por um marco regulatório que de maneira alguma interfira na liberdade de expressão. Mas que permita a desconcentração de mercado, promovendo o florescimento de novos grupos de mídia que tragam a diversificação e a pluralidade para o setor.
Enfim, instituir a verdadeira economia de mercado no setor.
(Luis Nassif. Disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/liberdade-de-imprensa-e-liberdade-de-opiniao.)
Acerca das características textuais e semânticas, o texto configura-se como sendo
  • A narrativo.
  • B instrutivo.
  • C descritivo.
  • D explicativo.
  • E argumentativo.
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                                                          A essência das coisas

      Uma pesquisa de opinião global, para saber o que as pessoas imaginam que o mundo seja, talvez resultasse numa imagem surpreendentemente convencional.

      O mundo – a Terra e a vida cotidiana das pessoas – possivelmente seria relatado sobre o lugar‐comum do dia a dia, ainda que entremeado por acontecimentos incomuns, ocorrências que fazem com que a vida de cada um possa situar‐se entre um antes e um depois desses acontecimentos extraordinários.

      O que é um acontecimento extraordinário?

      Isso depende de uma história pessoal. Um caso que possa ter sido radicalmente transformador para uma pessoa não passaria de mera repetição para outra e isso aparentemente é válido em escala global.  

      Um antropólogo incomum disse, em uma de suas obras, que a capacidade humana de filtrar os acontecimentos improváveis do Universo e a partir daí elaborar um substrato, referido como consciência comum, a ponto de gerar certa monotonia, é um feito extraordinário, ainda que esteja longe de ser percebido dessa maneira.

      A filosofia – com o desassossego dos filósofos ao longo do tempo, o que não lhes dá alternativa a não ser criar infinitas elaborações para tentar desvendar a natureza do mundo – é uma das habilidades humanas a se ocupar dessa paradoxal preocupação.

      A outra é a literatura.

      Um observador pode dizer que esse é um atributo da arte como um todo, juízo de que é difícil se desembaraçar. Mas sobre o que é possível ponderar e isso porque os humanos são o único animal equipado com a palavra. Talvez a literatura seja uma espécie de meta‐arte, aquela para onde conflui ou de onde emana toda forma de arte, sem que isso implique qualquer hierarquia. [...]                

                                                                   (CAPOZOLLI, Ulisses. Scientific American, agosto de 2014. Adaptado.)

Desconsiderando a alteração de sentido, assinale a alternativa que indica uma substituição do termo destacado por forma verbal que passaria a exigir o uso do acento grave, indicador de crase, em “[...] desvendar a natureza do mundo [...]" (6º§).
  • A Atrair.
  • B Focalizar.
  • C Remeter.
  • D Desmistificar.
12
Qual o limite do humor?

Fazer rir é uma arte e como em toda arte há bons artistas e maus artistas. Há bons músicos e maus músicos, há bons pintores e maus pintores, há bons humoristas e maus humoristas. O estranho é que, mesmo assim, quando publicam uma música de mau gosto, que transforma a mulher em objeto sexual, por exemplo, não se fala em proibi‐la, retirá‐la de circulação; quando o artista elabora uma pintura obscena, que ofende os bons costumes, às vezes vira vanguardista, transgressor, e faz sucesso. O humorista, por outro lado, é o alvo da vez.
Talvez porque haja exageros. No pretexto de fazer humor, piadistas chegam a extravasar essa esfera e atingir a dignidade, a reputação e a imagem alheia, causando danos sociais muitas vezes irreparáveis.
Há um forte argumento que diz que a piada com base em diferenças físicas, de sexo, de orientação sexual e congêneres reflete o preconceito das elites e das maiorias em desfavor dos oprimidos. Será? Sei que um erro não justifica outro, mas é fato que o humor sempre foi assim e, até pouquíssimo tempo atrás, ninguém processava humoristas por piadas de mau gosto. “Os Trapalhões" era recheado de piadas infames e racistas por meio do Mussum e contra os calvos tendo como alvo Zacarias. E Renato Aragão é, até hoje, embaixador da ONU. O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?
Instigado o debate, deixo minha contribuição: penso que o limite do humor é a individualidade. Não se pode tolher o humorista de fazer graça com diferenças genéricas, atribuíveis a pessoas indeterminadas. Há abuso a ser coibido, contudo, a partir do momento em que o comediante aponta especificamente o “Fulano de Tal" e, com base em uma característica que lhe é própria, tira sarro, diminui, ridiculariza aquela pessoa determinada. Aí cabe ao Poder Judiciário impor as sanções cabíveis para desincentivar condutas desse jaez. De resto, que se permita o humor para alegrar nossas vidas.

(SUBI, Henrique. Disponível em: http://www.estudeatualidades.com.br/2013/11/qual‐o‐limite‐do‐humor/. Acesso em: 05/12/2014. Adaptado.)

No trecho “... quando o artista elabora uma pintura obscena, que ofende os bons costumes, às vezes vira vanguardista, transgressor, e faz sucesso. O humorista, por outro lado, é o alvo da vez." (1º§), o termo destacado expressa ideia de

  • A soma.
  • B tempo.
  • C escolha.
  • D finalidade.
13

Texto


Respeito e autoridade


Certa vez, eu ia dar uma palestra sobre educação. Ainda no hotel, conversei com alguns jornalistas. O primeiro deles a falar, um rapaz simpático, perguntou qual seria o tema da minha apresentação. Respondi: “Educação e autoridade". Ele piscou os claros olhos e disse, espontaneamente: “Autoridade? Aquilo que diz isso pode, isso não pode?" Achei graça e confirmei: “Isso mesmo".

O assunto me voltou à lembrança nestes dias em que tanto se fragilizam o conceito e a instituição “autoridade" no país varado de manifestações e greves. Não quero analisar se elas são justas: geralmente têm sido. Há miséria, omissão, desencanto e injustiça demais por aqui. Mas eu falo na questão da autoridade: quando se baseia no respeito, encontra eco. Quando mal fundamentada, vem a confusão, como nesta fase em que a inquietação pipoca em tantos pontos e momentos, em toda sorte de protesto. [...]

Não sou do tipo severo, não sou rigorosa demais, porém me preocupa esse singular sentimento de mal‐estar, expresso por tanta gente quando diz: “Tem algo esquisito no Brasil, algo estranho paira no ar, não consigo definir bem". Muitas coisas inquietantes acontecem, talvez tantas que não se possam qualificar com uma expressão só. Mas um dos fatores dessa situação é a quebra da autoridade, e de seu irmão, o respeito: isso se conquista. Respeito é essencial para que qualquer coisa funcione: tem a ver com hierarquia, com cuidados, como na família – organização em que tudo começa. Quem ama cuida e, em certos momentos, precisa exercer autoridade, sobretudo com relação a crianças e adolescentes. Pois, se os adultos não conseguem ter, e impor, um mínimo de ordem no ambiente familiar, na compostura dos filhos (e de si próprios), não haverá uma família, mas um grupo desordenado, possivelmente belicoso, e de pouca ajuda na preparação para os embates da vida lá fora. Talvez, nesse território pessoal, fosse bom deixar um pouco de lado os psicologismos (não falo da verdadeira psicologia, que pode ajudar a minimizar graves problemas individuais ou de convivência), que nos sugerem exercer quase zero de autoridade, e nada de severidade, tentando sempre “o diálogo". Nem sempre é possível dialogar com uma criança enfurecida ou um adolescente confuso, e uma dose amorosa de rigor pode pôr as coisas de novo em ordem, aliviando a situação. [...]

Se não somos iguais – nem devemos ser, pois cada indivíduo é único, cada grupo, região, país e cultura são únicos – o essencial é que todos tenham a máxima dignidade para se sentir respeitados, e as melhores condições para que possam se desenvolver. Segurança, tranquilidade, educação, saúde, moradia, transporte deveriam ser bens óbvios de cada pessoa. Copa ou não Copa, é bom rever nossos valores em todos os níveis. Pois, se continuar a generalizada inquietação social cada dia mais grave, desmoronam as instituições que nos orientam, amparam e nos tornam (ainda) uma democracia.


(Lya Luft, Revista Veja. Junho de 2014. Adaptado.)


A organização familiar, segundo a autora, é a
  • A instituição que é a base, o princípio para uma sociedade justa e equilibrada.
  • B instância capaz de orientar e destruir a sociedade, eliminando regras e impondo limites.
  • C instituição que organiza a sociedade e suas mazelas de forma sistemática e complacente.
  • D instância primeira de injustiça e de autoridade que caracteriza uma sociedade organizada.
14
50 anos depois

[ ...] No cinquentenário da República, ninguém questionava a quartelada que derrubou o Império em 1889. Nos 50 anos do Estado Novo, poucos deram atenção ao período que transformou a economia e a sociedade brasileiras. Pois hoje, dia 31 de março de 2014, 50 anos depois do golpe militar, o Brasil é tomado de debates inflamados e de um surto incomum de memória histórica. [ ...]
Houve avanços em quase todas essas áreas. Estabilizamos a moeda, distribuímos renda, pusemos as crianças na escola. As conquistas não são poucas, vieram aos poucos e estão longe de terminadas. Todas elas são fruto do ambiente livre, em que diferentes ideias podem ser debatidas e testadas. Todas são fruto, numa palavra, da democracia.
Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais. Se há pensamento autoritário no país, ele é minoritário. Nossas instituições democráticas deram prova de vitalidade ao promover o impeachment de um presidente, a condenação de corruptos poderosos no caso do mensalão e ao manter ampla liberdade de opinião e de expressão. A cada eleição, o brasileiro gosta mais da democracia.
Nada disso significa, porém, que possamos considerá-la uma conquista perene e consolidada. Democracias jovens, como Venezuela, Argentina ou Rússia, estão aí para mostrar como o espectro do autoritarismo pode abalar os regimes de liberdade. A luta pela democracia e pelas liberdades individuais precisa ser constante, consistente e sem margem pa ra hesitação.

(Helio Gurovitz. Época, 31 de março de 2014. Adaptado.)


Acerca da utilização do acento grave em "à direita", "à esquerda" e "à democracia" no trecho "[...] em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais.", analise.

I. As três ocorrências do acento grave justificam-se pelo mesmo motivo.
II. As ocorrências do acento grave em "à direita" e "à esquerda" justificam-se por motivos diferentes.
III. Substituindo "em relação" por "relacionado", permanece o uso do acento grave em "à democracia".
IV. Em "à democracia", o uso do acento grave justifica-se mediante a exigência do termo regente associada à presença do artigo feminino diante do termo regido.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
  • A II.
  • B IV.
  • C I e II.
  • D III e IV.
  • E I, II e III.
15
De quem são os meninos de rua?

Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha. Certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora.
Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.
Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa. Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão,engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2006. p. 40. Adaptado.)


Em “Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, [...]” (3º§), considerando o contexto, pode-se depreender, a partir da expressão destacada, que
  • A a situação apresentada é, de fato, natural.
  • B a naturalidade da situação apresentada não é real.
  • C a situação dos “Meninos De Rua” é vista com indignação.
  • D a impressão da narradora em relação à situação apresentada é otimista.
  • E para a autora, seria melhor que a situação apresentada fosse realmente natural.
16

Na passagem “Fala com outro palhaço com forte sotaque estrangeiro que as crianças acham irresistivelmente engraçado.” (3º§), o termo conectivo destacado se refere a :

  • A crianças.
  • B engraçado.
  • C outro palhaço.
  • D irresistivelmente.
  • E forte sotaque estrangeiro.
17

Texto II
Até que o beneficiário do plano complete 18 anos, os pais, como responsáveis pelos aportes, têm liberdade para interromper as contribuições e realizar saques. Mas essas medidas vão distanciá-los do objetivo inicial.
“É importante que o compromisso seja mantido. Certa vez um cliente nos disse que resgatar o valor investido seria o mesmo que assaltar o cofrinho do filho”, lembra João Batista Mendes Angelo, da Brasilprev.
(Veja, 9 de maio 2012. Com adaptações)

O período “É importante que o compromisso seja mantido.” é composto por

  • A duas orações coordenadas.
  • B duas orações subordinadas.
  • C oração principal e oração adjetiva.
  • D oração principal e oração subordinada completiva nominal.
  • E oração principal e oração subordinada substantiva subjetiva.
18

Texto


Respeito e autoridade


Certa vez, eu ia dar uma palestra sobre educação. Ainda no hotel, conversei com alguns jornalistas. O primeiro deles a falar, um rapaz simpático, perguntou qual seria o tema da minha apresentação. Respondi: “Educação e autoridade". Ele piscou os claros olhos e disse, espontaneamente: “Autoridade? Aquilo que diz isso pode, isso não pode?" Achei graça e confirmei: “Isso mesmo".

O assunto me voltou à lembrança nestes dias em que tanto se fragilizam o conceito e a instituição “autoridade" no país varado de manifestações e greves. Não quero analisar se elas são justas: geralmente têm sido. Há miséria, omissão, desencanto e injustiça demais por aqui. Mas eu falo na questão da autoridade: quando se baseia no respeito, encontra eco. Quando mal fundamentada, vem a confusão, como nesta fase em que a inquietação pipoca em tantos pontos e momentos, em toda sorte de protesto. [...]

Não sou do tipo severo, não sou rigorosa demais, porém me preocupa esse singular sentimento de mal‐estar, expresso por tanta gente quando diz: “Tem algo esquisito no Brasil, algo estranho paira no ar, não consigo definir bem". Muitas coisas inquietantes acontecem, talvez tantas que não se possam qualificar com uma expressão só. Mas um dos fatores dessa situação é a quebra da autoridade, e de seu irmão, o respeito: isso se conquista. Respeito é essencial para que qualquer coisa funcione: tem a ver com hierarquia, com cuidados, como na família – organização em que tudo começa. Quem ama cuida e, em certos momentos, precisa exercer autoridade, sobretudo com relação a crianças e adolescentes. Pois, se os adultos não conseguem ter, e impor, um mínimo de ordem no ambiente familiar, na compostura dos filhos (e de si próprios), não haverá uma família, mas um grupo desordenado, possivelmente belicoso, e de pouca ajuda na preparação para os embates da vida lá fora. Talvez, nesse território pessoal, fosse bom deixar um pouco de lado os psicologismos (não falo da verdadeira psicologia, que pode ajudar a minimizar graves problemas individuais ou de convivência), que nos sugerem exercer quase zero de autoridade, e nada de severidade, tentando sempre “o diálogo". Nem sempre é possível dialogar com uma criança enfurecida ou um adolescente confuso, e uma dose amorosa de rigor pode pôr as coisas de novo em ordem, aliviando a situação. [...]

Se não somos iguais – nem devemos ser, pois cada indivíduo é único, cada grupo, região, país e cultura são únicos – o essencial é que todos tenham a máxima dignidade para se sentir respeitados, e as melhores condições para que possam se desenvolver. Segurança, tranquilidade, educação, saúde, moradia, transporte deveriam ser bens óbvios de cada pessoa. Copa ou não Copa, é bom rever nossos valores em todos os níveis. Pois, se continuar a generalizada inquietação social cada dia mais grave, desmoronam as instituições que nos orientam, amparam e nos tornam (ainda) uma democracia.


(Lya Luft, Revista Veja. Junho de 2014. Adaptado.)


Mas um dos fatores dessa situação é a quebra da autoridade, e de seu irmão, o respeito: isso se conquista.” (3º§).    


O excerto anterior contém um recurso de linguagem denominado

  • A perífrase.
  • B hipérbole.
  • C catacrese.
  • D prosopopeia.
19
Trabalhe no que você gosta... e seja mais feliz e bem-sucedido

Você gosta do que faz? De verdade? Seus olhos brilham quando você chega em casa e vai contar para a família como foi seu dia, os projetos que realizou, as metas que atingiu? Se este não é o seu caso, saiba que você não é o único. São poucas as pessoas que encontram realmente paixão naquilo que fazem, mas são justamente elas exemplos de profissionais bem-sucedidos, tanto no campo pessoal quanto no profissional. [...]
A possibilidade de fazer o que se gosta e unir prazer ao trabalho diário pode trazer, além de muita felicidade, entusiasmo e qualidade de vida, ganhos expressivos também financeiramente. É o que afirma Mark Albion, autor do livro “Making a Life, Making a Living”, ainda sem tradução para o português. Albion concedeu recentemente uma entrevista à Revista Você S.A., em que comentou a pesquisa que realizou sobre o assunto. Ele investigou a vida de 1.500 profissionais que obtiveram seu diploma de MBA (Master in Business Administration) nas melhores escolas americanas há 20 anos. Quando fizeram sua primeira opção de emprego após o curso, 83% (1.245 pessoas) afirmaram que ganhariam dinheiro primeiro, para depois fazer o que realmente desejavam. Escolheram o emprego por causa do salário. O restante, 17%, disse que faria aquilo que realmente lhe interessava, independente da questão financeira. Vinte anos depois, os resultados são surpreendentes: entre os 1.500 pesquisados, Albion encontrou 101 multimilionários. Apenas um deles pertence ao primeiro grupo. Os outros 100 faziam parte do segundo, de 255 profissionais que seguiram sua paixão. A experiência mostra que as chances de ficar milionário fazendo o que se gosta são 50 vezes maiores de quem trabalha apenas para ganhar dinheiro.
O fato é que esse conceito de trabalhar fazendo o que gosta é relativamente novo. Até meados da década de 80, o trabalho era visto como uma forma de ganhar dinheiro - e só. “As pessoas escolhiam que carreira seguir pensando nas possibilidades de ganhar mais, sem saber que na verdade o dinheiro é só uma consequência de um trabalho bem feito, principalmente quando é feito com prazer”, analisa a psicóloga Rosângela Casseano. Somente nos últimos anos as pessoas começaram a ter uma preocupação maior com as suas carreiras e verdadeiros interesses profissionais, o que levou a uma procura por testes vocacionais e terapeutas que trabalhem com orientação profissional. “Hoje já existe uma infinidade de serviços para orientar os recém-formados e quem quiser informações sobre carreiras e profissões: são sites, universidades, pesquisas e estudos, terapeutas. Você tem menos chances de errar e fazer aquilo que não gosta”, diz Rosângela.

(Camila Micheletti. Disponível em: http://carreiras.empregos.com.br. Acesso em: 05/2014. Adaptado.)


De acordo com Mark Albion, autor do livro “Making a Life, Making a Living”,
  • A a busca da união entre prazer e trabalho é fato recente.
  • B felicidade, entusiasmo e qualidade de vida são causas da união entre prazer e trabalho.
  • C o fato de associar prazer ao trabalho diário indica uma consequência possível, não uma certeza.
  • D o trabalho diário proporciona felicidade e entusiasmo de acordo com a qualidade de vida do indivíduo.
  • E os ganhos financeiros são responsáveis por proporcionar entusiasmo e qualidade de vida ao indivíduo.

Redação Oficial

20

Considerando que o texto oficial deve ter como qualidade básica a clareza, relacione adequadamente as características que atuam para este fim aos respectivos propósitos.



1. Concisão.


2. Impessoalidade.


3. Formalidade e padronização.

4. Uso do padrão culto de linguagem.


( ) Evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto.

( ) De entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão.

( ) Possibilita a imprescindível uniformidade dos textos.

( ) Faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe acrescentam.



A sequência está correta em

  • A 2, 4, 3, 1.
  • B 1, 2, 3, 4.
  • C 4, 3, 2, 1.
  • D 2, 3, 4, 1.
  • E 1, 4, 3, 2.
21

"A______________________ deve primar pela concisão e precisão vocabular. A preocupação deve ser com a informação e o receptor. Por isso é que se recomenda o uso de denotação, de palavras simples, conhecidas, sem adjetivação excessiva nem muitos advérbios." Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

  • A verbosidade
  • B generalização
  • C linguagem oral
  • D redação prolixa
  • E redação administrativa

Português

22
É correto afirmar que o processo de comunicação é composto pelas seguintes partes:
  • A Canais formais, emissor, ruído e feedback.
  • B Receptor, ruído, canais informais e mensagem.
  • C Emissor, canais formais e informais, ruído e feedback.
  • D Emissor, mensagem, canal, receptor, ruído e feedback.
  • E Ruído, canais formais e informais, receptor e mensagem.

Redação Oficial

23

Considerando as características e peculiaridades do ofício, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) O timbre existe quando o papel utilizado pertence à repartição oficial ou à empresa.
( ) O ofício é sempre numerado, seja oriundo de pessoa física ou jurídica.
( ) A existência da epígrafe não é obrigatória, mas conveniente, pois constando agiliza a tramitação do documento no ambiente de destino.
( ) Se houver anexos, será indicado seu número (Anexo: 1, Anexos: 3) entre a assinatura e o endereçamento.

A seqüência está correta em

  • A F, V, F, F.
  • B V, F, V, V.
  • C V, V, F, F.
  • D F, V, V, V.
  • E V, F, V, F
24

Dentre outras partes do documento no Padrão Ofício estão:

I. identificação do signatário;
II. assinatura do autor da comunicação;
III. tipo e número do expediente, seguidos da sigla do órgão que o expede;
IV. local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita.

Estão corretas as alternativas

  • A I, II, III e IV.
  • B I e II, apenas.
  • C I e III, apenas.
  • D I, II e IV, apenas.
  • E II, III e IV, apenas.
25

“Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada.”

(Manual de Redação da Presidência da República.)

Acerca da linguagem utilizada nos atos e comunicações oficiais, é correto afirmar que se trata do uso de

  • A uma linguagem erudita.
  • B riqueza de figuras de linguagem.
  • C norma padrão com presença de vocabulário técnico.
  • D uma linguagem específica, restrita a determinado grupo.
  • E expressões pessoais características de tal gênero textual.
26
Para se solicitar à autoridade pública algo que tenha amparo legal, tal como auxílio doença, ajuda de custo, férias e salário família, qual documento deve ser utilizado?

  • A Ata.
  • B Telegrama.
  • C Procuração.
  • D Requerimento.
  • E Carta comercial.
27

Na redação administrativa determinados modos de escrita tornaram-se hábitos que, em vez de auxiliar na comunicação, fazem da correspondência um texto pesado e ultrapassado ou deselegante, que fere as normas da língua. São considerados vícios da redação administrativa, EXCETO:

  • A Chavão.
  • B Concisão.
  • C Verbosidade.
  • D Jargão técnico.
  • E Coloquialismo excessivo.
28
“No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto _______________;o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União.”
(Manual de Redação da Presidência da República.)

Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior
  • A relativo às atribuições do órgão que comunica
  • B relativo às atribuições do órgão com que se comunica
  • C de prioridade máxima para o destinatário determinado
  • D de aspecto urgente ou de extrema urgência para o órgão que comunica
  • E referente às atribuições do órgão que comunica ou do órgão com que se comunica
29
Uma determinada prefeitura, para comunicar os aprovados em seu concurso público, deverá utilizar o instrumento denominado
  • A edital.
  • B despacho.
  • C informação.
  • D mensagem.
  • E memorando.
30
“Documento firmado por uma ou mais pessoas, a favor de outra, declarando a verdade de qualquer fato de que tenha conhecimento.” Trata-se do instrumento denominado
  • A ata.
  • B carta.
  • C aviso.
  • D certidão.
  • E atestado.
31
A comunidade relatou em reunião com a prefeitura que o trânsito no bairro estava caótico devido a quantidade de buracos que a via apresentava, dificultando toda movimentação. Esse fato foi registrado em livro próprio, devidamente autenticado, com suas páginas rubricadas pelas partes envolvidas, denominado
  • A ata.
  • B ofício.
  • C atestado.
  • D memorando.
  • E ato-declaratório.
32

"Documento que propicia a troca de informações entre áreas dentro de um mesmo órgão. Outros documentos possuem as mesmas características, tais como papeleta e nota." Trata-se de

  • A ata.
  • B ofício.
  • C circular.
  • D memorando.
  • E carta comercial.
33

"Na redação administrativa, é preciso pautar- se em regras que facilitam a elaboração de documentos e fazem com que a mensagem que queremos transmitir seja redigida de forma clara. Entre estas regras está o(a) ____________________, que consiste em evitar digressões inúteis, palavras supérfluas, adjetivação desmedida e períodos extensos e emaranhados." Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

  • A concisão
  • B pleonasmo
  • C preciosismo
  • D ambiguidade
  • E estrangeirismo

Arquivologia

34
Segundo Bellotto (2006), “espécie documental é o veículo redacional adequado, redigido e formatado de maneira que torne válido e credível o conteúdo do documento”. Considerando a citação relacionada à espécie documental e suas categorias, assinale a alternativa em que todos os documentos sejam exemplos de atos de correspondência.
  • A Contrato, parecer e ata.
  • B Carta, relatório e certidão.
  • C Edital, atestado e certidão.
  • D Carta, edital e memorando.
  • E Decreto, parecer e contrato.

Redação Oficial

35

A correspondência enviada por ____________ é composta, geralmente, de mensagens curtas.O que caracteriza também essa modalidade de correspondência e a diferença de outros veículos é o aspecto informal que possui, assim como o curto espaço de tempo em que as mensagens são recebidas. Essa informalidade permite que todos se comuniquem por meio desse tipo de veículo." Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

  • A fax
  • B telegrama
  • C memorando
  • D carta comercial
  • E correio eletrônico
36
O Secretário Geral da Prefeitura comunicou ao Departamento Administrativo e ao Departamento Financeiro que, a partir do próximo ano (2015), não mais será autorizada a participação financeira em eventos locais devido ao plano de contenção aprovado pelas autoridades competentes. Essa comunicação foi feita através do instrumento denominado
  • A ofício.
  • B parecer.
  • C mensagem.
  • D memorando.
  • E ordem de serviço.
37
Considerando que o texto oficial deve ter como qualidade básica a clareza, relacione adequadamente as características que atuam para este fim aos respectivos propósitos.

1. Concisão.
2. Impessoalidade.
3. Formalidade e padronização.
4. Uso do padrão culto de linguagem

( ) Evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto.
( ) De entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação.
( ) Possibilita a imprescindível uniformidade dos textos.
( ) Faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe acrescentam.


A sequência está correta em
  • A 2, 4, 3, 1.
  • B 1, 2, 3, 4.
  • C 4, 3, 2, 1.
  • D 2, 3, 4, 1.
  • E 1, 4, 3, 2.
38
Dentre os documentos de redação oficial está o currículo, documento apresentado com o objetivo de concorrer a uma bolsa de estudos, a um emprego etc. Quanto à linguagem utilizada é correto afirmar que deve ser
  • A objetiva e clara.
  • B subjetiva e clara.
  • C coloquial e concisa.
  • D formal e persuasiva.
  • E formal e imperativa.

Secretariado

39
Considere as partes que compõem a carta comercial:

1. Iniciais.
2. Cumprimento final.
3. Referência.
4. Localidade e data.
5. Invocação.
6. Texto.
7. Índice e número.
8. Timbre.
9. Assinatura.
10. Anexos.

Indique a sequência correta em que devem aparecer na estrutura do documento.

  • A 4, 1, 5, 7, 6, 3, 2, 10, 9, 8
  • B 5, 4, 6, 2, 9, 3, 7, 8, 1, 10
  • C 8, 7, 4, 3, 5, 6, 2, 9, 10, 1
  • D 7, 4, 8, 5, 6, 9, 2, 10, 3, 1
  • E 1, 8, 5, 4, 7, 6, 9, 2, 10, 3

Atendimento ao Público

40

“Os novos tempos mostram o despertar do consumidor, agora transformado no questionador, no homem exigente, no agente de transformação. Esse novo consumidor, agora muito atuante, não aceita mais as explicações em torno de descasos, desconsiderações, desleixos, oferecidas pelas organizações públicas e privadas.”

(Francisco Gaudêncio Torquato do Rego. Comunicação empresarial, comunicação institucional. São Paulo: Summus, 1986.)


Considerando a citação anterior, as afirmações se referem a atitudes que podem auxiliar na qualidade do atendimento, EXCETO:
  • A Agir de forma a minimizar os problemas, focando sempre no bom senso.
  • B Ter atenção, proatividade e organização, buscando viabilizar a comunicação.
  • C Ser discreto e apresentar trajes específicos, prescindindo-se da conduta adequada.
  • D Prezar pela conduta de comportamento pautada na cortesia e personalidade simpática.
  • E Estar sempre de bom humor, apresentando maiores cuidados com a apresentação verbal e corporal.
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O atendimento ao cliente, com base na qualidade e na rapidez na entrega de produtos, tornou-se, nos últimos anos, um  dos  principais  requisitos  para  a manutenção  e  conquista  de mercado.  Esse  procedimento,  conhecido  como  nível  de  serviço,  possui  diversas  variáveis  que  podem  influenciar  tanto  o  prestador  quanto  o  consumidor  do  serviço.  Sobre  algumas das variáveis que podem influenciar o nível de serviço, assinale a afirmativa correta.

  • A Independentemente do grau de atendimento definido pela empresa, 30%, 50% ou 100%, o custo de manutenção de estoques permanece inalterado.
  • B Empresas que aumentam o nível de serviço oferecido aos seus clientes tendem a praticar preços maiores que os da concorrência; mas, mesmo assim, continuam sempre a ganhar mercado
  • C Quanto melhor o nível de serviço oferecido ao mercado, menor será o custo de manutenção de estoques dos fornecedores e maior será o custo de manutenção de estoques de seus clientes.
  • D Transporte eficiente, maior disponibilidade de itens em estoque e processamento mais rápido dos pedidos são alguns fatores que afetam positivamente os clientes em se tratando de nível de serviço.
  • E O nível de serviço deve ser entendido pelas organizações como algo estático. O atendimento ao mercado deve ser feito seguindo um padrão fixo; dessa forma, é necessário que o cliente se enquadre nessa realidade.
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A utilização do telefone em local de trabalho exige o conhecimento de alguns princípios básicos. Ao atender uma ligação, por exemplo, a primeira atitude deve ser:

  • A Dizer: - Alô!
  • B Aguardar que o interlocutor fale primeiro.
  • C Identificar o local e cumprimentar o interlocutor.
  • D Perguntar com quem o interlocutor deseja falar.