Resolver o Simulado Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Administrador - IDECAN - Nível Superior

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Ética na Administração Pública

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Nos termos do Decreto Federal nº 1.171/94, assinale a alternativa que NÃO descreve um dos deveres fundamentais dos servidores públicos.
  • A Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função.
  • B Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo.
  • C Ser, em função do espírito de solidariedade e companheirismo que deve permear as relações internas do serviço público, conivente com erro ou infração ao Código de Ética de sua profissão.
  • D Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.
  • E Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos.

Direito Administrativo

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Atendendo ao Princípio da Publicidade, a legislação prevê que para a modalidade de licitação denominada Convite, o prazo para a divulgação dos procedimentos licitatórios será de
  • A 5 dias.
  • B 8 dias.
  • C 10 dias.
  • D 12 dias.
  • E 15 dias.
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Na Secretaria de Administração de determinado órgão federal surgiram duas vagas no cargo de assistente administrativo derivado da vacância. Diversos são os fatos que geram a referida situação. NÃO se enquadra nas situações de vacância:
  • A Demissão.
  • B Promoção.
  • C Exoneração.
  • D Transferência.
  • E Aposentadoria.

Administração Geral

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Sendo objeto de destaque na gestão do setor público, a cultura organizacional costuma ser levada em consideração quando se trata dos esforços de explicar os fenômenos disfuncionais na administração pública. A cultura de uma organização pode ser definida, resumidamente, como o conjunto de hábitos, crenças, valores e símbolos que a particularizam frente às demais. Sob o ponto de vista dos agentes ingressantes na organização, a cultura organizacional pode representar uma barreira em face da reação refratária dos mesmos, que explica
  • A a adesão plena aos padrões culturais, incorporando valores, crenças e símbolos inerentes à cultura organizacional.
  • B uma situação composta contemplando componentes de ajuste aos padrões culturais e de transformação da cultura organizacional.
  • C uma posição intermediária do servidor ingressante e da organização e demais membros, que conjuga transformação e adaptação mútua.
  • D as características de personalidade e de interesses pessoais, próprios da estratégia de inclusão estruturada pelo servidor ingressante.
  • E a posição diametralmente oposta em relação à cultura organizacional na fase de ingresso, podendo resultar na manutenção do convívio em isolamento.

Legislação Federal

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Acerca da Lei Federal nº 11.091/2005, que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da Educação, assinale a alternativa correta.
  • A É de observância obrigatória, além do tempo de efetivo exercício no serviço público federal, a idade e a remuneração do servidor para fins de enquadramento na matriz hierárquica.
  • B Os servidores lotados nas Instituições Federais de Ensino integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação terão direito à Vantagem Pecuniária Individual (VPI) instituída pela Lei nº 10.698/2003.
  • C O desenvolvimento do servidor na carreira dar-se-á, exclusivamente, pela mudança de nível de capacitação e de padrão de vencimento mediante, respectivamente, Progressão por Capacitação Profissional ou Progressão por Mérito Profissional.
  • D O ingresso nos cargos do Plano de Carreira far-se-á no padrão inicial do primeiro nível de capacitação do respectivo nível de classificação, mediante concurso público apenas de provas, vedadas a avaliação de títulos e inclusão de curso de formação.
  • E A Comissão Nacional de Supervisão do Plano de Carreira, vinculada ao Ministério da Educação, tem a finalidade de acompanhar, assessorar e avaliar a implementação do Plano de Carreira, não lhe sendo permitido, todavia, examinar os casos omissos referentes ao Plano de Carreira.

Administração Pública

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A Constituição de 1988 contém, no Título III que trata da “Organização do Estado”, um capítulo específico sobre Administração Pública – o capítulo VII. No primeiro dispositivo (art. 37) institucionalizou, em âmbito constitucional, a classificação da Administração Pública em duas modalidades: administração direta e indireta. A Administração Pública Direta inclui os serviços desempenhados pelos(as)

  • A Autarquias, que são serviços autônomos, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios.
  • B Entes da Federação (União, Estados e Municípios), que possuem personalidade jurídica própria e patrimônio próprio.
  • C Empresas Públicas, que são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, para a exploração de atividades econômicas que o governo seja levado a exercer.
  • D Fundações, que são dotadas de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
  • E Sociedades de Economia Mista, que são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, para exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da administração indireta.
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Na diferenciação entre administração pública e privada, se destaca o imperativo de o gestor ser sensível e observar, em cada caso, especificidades dos campos. Ao tratar do tema da distinção entre administração pública e privada, está se referindo ao aspecto de que
  • A o interesse público não difere do privado, já que os dois devem atender ao interesse de qualquer grupo.
  • B os dirigentes de organizações públicas prestam contas aos cidadãos e eleitores, e não a um grupo específico.
  • C a Constituição Federal garante o tratamento seletivo que é essencial para sustentar a lucratividade das empresas.
  • D o governo existe para atender aos interesses individuais, ao passo que as empresas visam os interesses da sociedade.
  • E o governo detém a autoridade suprema dentro da administração pública e as empresas detêm a autoridade suprema no setor privado.

Direito Administrativo

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Como regra geral, o texto constitucional veda a acumulação de cargos públicos. Isso significa que determinada pessoa não pode tomar posse em dois cargos, mesmo tendo compatibilidade de horários. Vale ressaltar que é vedada também a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas. Ocorre que a Constituição Federal admite algumas exceções. Assinale a alternativa que admite as referidas exceções.
  • A A de três cargos de professor.
  • B A de um cargo de profissional de saúde com outro técnico.
  • C A de um cargo de professor com outro técnico ou científico.
  • D A de dois cargos de professor com outro técnico ou científico.
  • E A de três cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

Administração Financeira e Orçamentária

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“No orçamento público, a publicidade dos quadros orçamentários não é imperativo suficiente para aprovação por parte do Poder Legislativo. Sem descuidar das exigências da técnica orçamentária, especialmente em matéria de classificação das receitas e despesas, o orçamento deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo.” Trata‐se do Princípio do(a)
  • A Clareza.
  • B Unidade.
  • C Equilíbrio.
  • D Exclusividade.
  • E Universalidade.

Direito Administrativo

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Um  órgão  governamental  realizará  a  venda  de  produtos  legalmente  apreendidos  ou  penhorados  a  quem  oferecer maior lance, igual ou superior ao da avaliação. A ação corresponderá à modalidade de licitação denominada 
  • A Leilão.
  • B Pregão.
  • C Concurso.
  • D Concorrência.
  • E Tomada de preços.
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A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão. A pena de suspensão NÃO pode exceder o prazo de
  • A 30 dias.
  • B 60 dias.
  • C 90 dias.
  • D 120 dias.
  • E 150 dias.

Administração Pública

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É importante para a gestão das organizações públicas o estudo da estrutura formal, devido, principalmente, às restrições impostas pela dimensão da realidade organizacional ao comportamento das pessoas nesse ambiente de trabalho. Tanto a divisão do trabalho quanto as relações de coordenação são elementos estruturais da organização e influenciam o formato organizacional. As organizações são uma combinação de vários formatos, mas se pode identificar a predominância de um deles. Quando a burocracia mecanizada é o principal formato, destacam-se

  • A os especialistas com sólida formação técnica
  • B a formalização, a padronização, a especialização, a divisão do trabalho e o controle como traço característico fundamental.
  • C os atributos orgânicos (fluidez, flexibilidade e adaptação), com simplicidade e reduzido grau de diferenciação e divisão do trabalho.
  • D a absorção de traços da burocracia profissional e o imperativo de atender às diferentes demandas integradas, cada uma das quais dotada de determinado nível de autonomia.
  • E os ambientes mais dinâmicos e complexos, assim como as demandas pontuais ou sistêmicas, definidos pela reduzida formalização de comportamento, orientada para a consecução de projetos específicos.

Legislação Federal

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Relacione adequadamente as conceituações trazidas pela Lei Federal nº 11.091/2005 às respectivas características.

1. Plano de carreira. ( ) Área específica de atuação do servidor, integrada por atividades afins ou complementares,
organizada a partir das necessidades institucionais e que orienta a política de
desenvolvimento de pessoal.
2. Nível de classificação. ( ) Posição do servidor na escala de vencimento da carreira em função do nível de capacitação,
cargo e nível de classificação.
3. Padrão de vencimento. ( ) Conjunto de princípios, diretrizes e normas que regulam o desenvolvimento profissional
dos servidores titulares de cargos que integram determinada carreira, constituindo-se em
instrumento de gestão do órgão ou entidade.
4. Ambiente organizacional. ( ) Conjunto de cargos de mesma hierarquia, classificados a partir do requisito de escolaridade,
nível de responsabilidade, conhecimentos, habilidades específicas, formação especializada,
experiência, risco e esforço físico para o desempenho de suas atribuições.

A sequência está correta em
  • A 1, 2, 3, 4.
  • B 4, 3, 2, 1.
  • C 2, 1, 3, 4.
  • D 4, 3, 1, 2.
  • E 1, 3, 4, 2.

Direito Administrativo

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Para que a licença requerida pelo servidor seja deferida é necessário que este preencha requisitos exigidos pela lei. Diante do exposto, é correto afirmar que
  • A a licença para acompanhar o cônjuge será por prazo determinado e sem remuneração.
  • B ao servidor convocado para o serviço militar não será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica.
  • C o servidor não terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
  • D poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
  • E no deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, não poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.
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Após uma forte tempestade, uma cidade foi alagada pelo transbordamento de um rio. Essa situação trouxe inúmeros prejuízos, principalmente com desabrigados e possíveis doenças oportunistas, trazidas pela água. O Prefeito viu destruída parte da cidade, e decretou estado de calamidade pública. Para a recuperação da cidade, a licitação será
  • A taxativa.
  • B suspensa.
  • C inexigível.
  • D executada.
  • E dispensada.

Administração Financeira e Orçamentária

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A  classificação  institucional  agrupa  as  despesas  conforme  as  instituições  autorizadas  a  realizá-las,  relacionando  os órgãos da administração pública direta ou indireta responsáveis pela dotação aprovada. São consideradas vantagens  dessa classificação institucional, EXCETO: 
  • A Refere-se ao ponto de partida para a contabilização de custos dos vários serviços.
  • B Permite identificar a unidade responsável pela execução das despesas de determinado programa.
  • C Permite comparação entre os diversos órgãos, quanto ao volume de despesa autorizada/executada.
  • D Combinada com a Classificação Funcional e com a Estrutura Programática, focaliza em detalhes a responsabilidade pela execução do programa.
  • E Tende a gerar rivalidades entre as diferentes instituições na obtenção de recursos quando da preparação do orçamento e da sua aprovação pelo Legislativo.

Administração Pública

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“Joaquim é motorista de uma sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos, integrante da administração pública municipal. Em determinada manhã, durante o horário de trabalho, em razão de uma distração enquanto trafegava com o veículo de trabalho, Joaquim acaba por abalroar o veículo de Antônio, causando-lhe prejuízos de ordem patrimonial.” Neste caso, considerando as regras sobre responsabilidade civil constitucionalmente previstas, assinale a alternativa correta.
  • A Para que Antônio tenha o dano ressarcido, terá que demonstrar que Joaquim agiu de forma imprudente, ou seja, deverá comprovar a existência de culpa.
  • B Neste caso, a sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, responderá objetivamente pelos prejuízos causados por Joaquim.
  • C No caso em tela, não há que se falar em responsabilidade objetiva, vez que, embora seja integrante da administração pública municipal, a sociedade de economia mista não é pessoa jurídica de direito público.
  • D Antônio só poderá exigir o ressarcimento do prejuízo em face de Joaquim, pois no caso em apreço verificou-se que o dano decorreu de imprudência do motorista, e não da atividade de prestação de serviço público.
  • E Caso a sociedade de economia mista seja condenada a ressarcir os prejuízos de Antônio, não poderá demandar o valor pago em face de Joaquim, já que a sociedade deve arcar com os riscos de sua atividade econômica.
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O servidor Y ingressou no serviço público na data de 10 de março de 2009. Ocorre que o seu superior ingressou com pedido de exoneração do mesmo na data de 30 de maio de 2013. Com relação à possível exoneração do referido servidor, assinale a alternativa correta.
  • A O servidor público estável perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
  • B O servidor público estável perderá o cargo em virtude de sentença judicial, mesmo que esta esteja em grau de recurso.
  • C Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, sem remuneração até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
  • D Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração integral até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
  • E Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade sem remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Direito Administrativo

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Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo. NÃO será avaliada:
  • A Disciplina.
  • B Assiduidade.
  • C Produtividade.
  • D Responsabilidade.
  • E Capacidade mental.
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“Júlio é servidor público federal estável e, em razão de denúncia de suposta falta praticada, foi demitido do cargo que ocupava. Inconformado, Júlio recorre ao Poder Judiciário e consegue decisão favorável ao seu pleito, determinando a anulação do ato demissional por ausência de regular processo administrativo.” Neste caso, é correto afirmar que Júlio será
  • A aproveitado em novo cargo.
  • B reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.
  • C nomeado e empossado no cargo que ocupava.
  • D removido para o cargo anteriormente ocupado.
  • E reintegrado com o ressarcimento de todas as vantagens.

Português

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Cultura e terror


Essa minha ideia de que o homem é, sobretudo, um ser cultural, não deve ser entendida como uma visão idealizada e otimista, pelo simples fato de que isso o distingue dos outros seres naturais.
Se somos seres culturais, se pensamos e com nosso pensamento inventamos os valores que constituem a nossa humanidade, diferimos dos outros animais, que se atêm a sua animalidade e agem conforme suas necessidades vitais imediatas.
Entendo que, ao contrário dos outros animais, o homem nasceu incompleto e, por essa razão, teve de inventar-se e inventar o mundo em que vive. Por exemplo, um bisão ou um tigre nasce com todos os recursos necessários à sua sobrevivência, mas o homem, para caçar o bisão, teve que inventar a lança.
Isso, no plano material. Mas nasceu incompleto também no plano intelectual, porque é o único animal que se pergunta por que nasceu, que sentido tem a existência. Para responder a essas e outras perguntas, inventou a religião, a filosofia, a ciência e a arte.
Assim, construiu, ao longo da história, uma realidade cultural, inventada, que alcança hoje uma complexidade extraordinária e fascinante. O homem deixou de viver na natureza para viver na cidade que foi criada por ele.
Mas, o fato mesmo de se inventar como ser cultural criou-lhe graves problemas, nascidos, em grande parte, daqueles valores culturais. É que, por serem inventados, variam de uma comunidade humana para outra, gerando muitas vezes conflitos insuperáveis. As diversas concepções filosóficas, religiosas, estéticas e políticas podem levar os homens a divergências insuperáveis e até mesmo a conflitos mortais.
Pode ser que me engane, mas a impressão que tenho é de que o homem, por ser essencialmente os seus valores, tem que afirmá-los perante o outro e obter dele sua aceitação. Se o outro não os aceita, sente-se negado em sua própria existência. Daí por que, a tendência, em certos casos, é levá-lo a aceitá-los por bem ou por mal. Chega-se à agressão, à guerra.
Certamente, nem sempre é assim, depende dos indivíduos e das comunidades humanas; depende sobretudo de quais valores os fundamentam.
De modo geral, é no campo da religião e da política que a intolerância se manifesta com maior frequência e radicalismo. A história humana está marcada por esses conflitos, que resultaram muitas vezes em guerras religiosas, com o sacrifício de centenas de milhares de vidas.
Com o desenvolvimento econômico e ampliação do conhecimento científico, a questão religiosa caiu para segundo plano, enquanto o problema ideológico ganhou o centro das atenções.
A questão da riqueza, da desigualdade social e consequentemente da justiça social tornou-se o núcleo dos conflitos entre as classes e o poder político.
Esse fenômeno, que se formou em meados do século XIX, ocuparia todo o século XX, com o surgimento dos Estados socialistas. O ápice desse conflito foi a Guerra Fria, resultante do antagonismo entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Surpreendente, porém, é que, em pleno século do desenvolvimento científico e tecnológico, tenha eclodido uma das expressões mais irracionais da intolerância religiosa: o terrorismo islâmico, surgido de uma interpretação fanatizada daquela doutrina.
O terrorismo não nasceu agora mas, a partir do conflito entre judeus e palestinos, lideranças fundamentalistas islâmicas o adotaram como arma de uma guerra santa contra a civilização ocidental, que não segue as palavras sagradas do Corão.
Em consequência disso, homens e mulheres jovens, transformados em bombas humanas, não hesitam em suicidar-se inutilmente, convencidos de que cumprem a vontade de Alá e serão recompensados com o paraíso.
Parece loucura e, de fato, o é, mas diferente da doença psíquica propriamente dita. É uma loucura decorrente do fanatismo político ou religioso, que muda o amor a Deus em ódio aos infiéis.
Embora o Corão condene o assassinato de inocentes, na opinião dos promotores de tais atentados - que matam sobretudo inocentes - só é proibido matar os “nossos” inocentes, como afirmou Bin Laden, não os inocentes “deles”.
Tudo isso mostra que o homem é mesmo um ser cultural, mas que a cultura tanto pode nos transformar em santos como em demônios.

(Ferreira Gullar. Cultura e terror. Folha de São Paulo. Abril/2013. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/1269134-cultura-e-terror.shtml.)


Segundo o articulista, a agressão e a guerra representam
  • A efeitos da flexibilidade cultural.
  • B princípios da perversão cultural.
  • C consequências da intolerância cultural.
  • D causas das condescendências religiosas.
  • E condições da intransigência dos costumes.
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Liberdade de imprensa e liberdade de opinião
Há muita dificuldade conceitual, especialmente no Judiciário, para entender o papel dos grupos de mídia e de conceitos como liberdade de imprensa, liberdade de opinião e direito à informação.
Tratam como se fossem conceitos similares.
Direito à informação e liberdade de expressão são direitos dos cidadãos, cláusulas pétreas da Constituição.
Liberdade de imprensa é um direito acessório das empresas jornalísticas. Por acessório significa que só se justifica se utilizado para o cumprimento correto da importantíssima missão constitucional que lhe foi conferida.
No Brasil, no entanto, o conceito de liberdade de imprensa tornou-se extraordinariamente elástico, fugindo completamente dos princípios que o originaram. E há enorme resistência do Judiciário em discutir o tema. É tabu.
Os grupos de mídia trabalham com jornalismo, entretenimento e marketing. E têm interesses comerciais próprios de uma empresa privada.
Jogaram todas as atividades de mídia debaixo da proteção da liberdade de imprensa, mesmo as não jornalísticas, tornando-as imunes a qualquer forma de controle seja de costumes seja da mera classificação indicativa.
Anos atrás, uma procuradora da República intimou a Rede Globo devido a conceitos incorretos sobre educação inclusiva propagados em uma novela. Foi alvo de artigos desmoralizadores do colunista Arthur Xexéo – “acusando-a” de pretender interferir no roteiro, ferindo a liberdade de expressão.
A ação proposta contra o apresentador Gugu, por ocasião da falsa reportagem sobre o PCC, rendeu reportagem desmoralizadora da revista Veja contra os proponentes da ação, em nome da liberdade de expressão.
A mera tentativa do Ministério da Justiça de definir uma classificação etária indicativa para programas de televisão foi torpedeada pela rede Globo, sob a acusação de interferência na liberdade de expressão.
Em todos os casos, a Justiça derrubou as ações em nome da liberdade de imprensa.
Quando o conceito de liberdade de imprensa foi desenvolvido – no bojo da criação do modelo de democracia norte-americano – o pilar central era o da mídia descentralizada, exprimindo a posição de grupos diversificados, permitindo que dessa atoarda nascessem consensos e representações.
As rádios comunitárias eram a expressão mais autêntica desse papel democratizante da mídia, assim como as mídias regionais.
Hoje as rádios comunitárias são criminalizadas. E as concessões públicas tornaram-se moeda de troca com grupos políticos, com coronéis eletrônicos, que a tratam como propriedade privada. É inacreditável a naturalidade com que se aceita o aluguel de horários para grupos religiosos, ou a venda das concessões para outros grupos, como se fossem propriedade privada e não um ativo público.
Tudo isso decorre da enorme concentração do setor, responsável por inúmeras distorções. Houve perda de representatividade da mídia regional, esmagamento das diferenças culturais, ideológicas.
Daí o movimento, em muitos países, por um marco regulatório que de maneira alguma interfira na liberdade de expressão. Mas que permita a desconcentração de mercado, promovendo o florescimento de novos grupos de mídia que tragam a diversificação e a pluralidade para o setor.
Enfim, instituir a verdadeira economia de mercado no setor.
(Luis Nassif. Disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/liberdade-de-imprensa-e-liberdade-de-opiniao.)
Em “[...] a Justiça derrubou as ações em nome da liberdade de imprensa." (11º§), há a presença de qual das figuras de linguagem apresentadas a seguir?
  • A Ironia.
  • B Hipérbole.
  • C Metonímia.
  • D Eufemismo.
  • E Comparação.
23

Texto III

O presente e o futuro dos exames de imagem

Para o professor Celso Darío Ramos, do Departamento de Radiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é da medicina nuclear que vem o que há de mais moderno hoje no que diz respeito aos exames de imagem. Um exemplo citado por ele é PET-CT, equipamento que possibilita, ao mesmo tempo, indicar a função biológica de determinado órgão do corpo, por meio da tecnologia PET (tomografia por emissão de pósitrons), bem como mostrar a anatomia de várias partes do corpo, com o auxílio do CT (tomografia computadorizada).
Celso explica que tanto a tomografia por emissão de pósitrons quanto a computadorizada utilizam radiação para produzir imagens. No caso da medicina nuclear, essa radiação é captada dentro do próprio corpo do paciente graças à injeção de um radiofármaco, uma espécie de glicose que emite uma fraca radiação. “Para analisar um tumor, por exemplo, quanto mais agressivo, mais ele consome a glicose radioativa, se tornando radioativo também. Com isso, o equipamento vai identificar as características desse tumor, desde a sua fisiologia ao seu grau de agressividade. Com a medicina nuclear é possível fazer imagens do cérebro para avaliar doenças, bem como da distribuição do sangue no coração", exemplifica o especialista.

(Disponível em:http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2013/06/para-
especialistas-medicina-nuclear-ditara-futuro-dos-exames- de-imagem.html
.)



Em “[...] mais ele  consome a glicose  radioativa,  se  tornando  radioativo  também.  [...]”  (2º§), o  termo em destaque  tem como referente 
  • A agressivo.
  • B um tumor.
  • C análise do tumor.
  • D glicose radioativa.
  • E corpo do paciente.
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Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

Em “O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz‐se mais com o próprio rosto do que com o alheio." (4º§), o conectivo “contudo" estabelece uma ______________ e pode ser substituído sem que haja prejuízo semântico por __________________.

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

  • A oposição / pois
  • B ressalva / no entanto
  • C retificação / por conseguinte
  • D compensação / na maioria das vezes
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Ainda acerca da manchete "Luta domina Rio e estudantes vão continuar", é correto afirmar que sua estrutura é composta por
  • A três orações, sendo uma principal e duas subordinadas.
  • B duas orações coordenadas em que o conetivo expresso exprime adição.
  • C uma oração principal e uma subordinada, cujo conetivo expressa acréscimo.
  • D uma oração principal e uma subordinada, cujo conetivo expressa conclusão.
  • E duas orações coordenadas em que o conetivo expresso exprime uma explicação.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A notícia é um gênero textual cujo objetivo principal é informar o leitor acerca da realidade. A respeito da manchete apresentada na primeira página do jornal de 1968, é correto afirmar que
  • A o uso da conjunção "e" indica uma explicação para o fato anteriormente citado.
  • B de acordo com a construção feita, a ênfase é dada à luta que acontecia no Rio de Janeiro.
  • C sua substituição por "Rio é dominado por luta e estudantes irão continuar" mantém a mesma intenção discursiva original.
  • D o tempo verbal escolhido, presente através da escolha da forma verbal "domina", indica uma intensificação da luta que acontecia.
  • E a expressão "vão continuar" é inapropriada, nos dias de hoje, ao contexto comunicativo do jornal por se tratar de uma linguagem informal.
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Mobilidade urbana

Por Fernando Rebouças

A qualidade de vida, principalmente, de um trabalhador que necessita utilizar o transporte público e as vias de acesso, diariamente, tem sido alvo de debate em todo mundo. Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas estruturas de transporte?

Esse desafio ganhou um termo, a “mobilidade urbana”, uma das principais questões das cidades de todo o mundo, e interfere diretamente sobre o acesso a diferentes pontos das cidades (incluindo o local de trabalho), aos serviços públicos e ao meio ambiente. Durante o século XX, o uso do automóvel foi uma resposta eficaz para se ter autonomia na mobilidade diária, mas, no início do século XXI, o aumento dos engarrafamentos nas grandes cidades tem gerado a necessidade de pensar em novas alternativas de transportes sustentáveis para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade.

Hoje, com o crescimento da população, da maior oferta de carros e do inchaço urbano, ter um carro não é mais sinônimo de autonomia, velocidade e conforto. Ficar parado num trânsito se tornou uma perda de tempo e de qualidade de vida.

Nos últimos dez anos, a frota de veículos no Brasil aumentou em 400%. Esse quadro tem exigido uma nova postura por parte das prefeituras e da sociedade para a busca de soluções. A solução mais cabível é o investimento em transportes coletivos integrados, de qualidade e não poluentes, como primeiro passo para uma mobilidade urbana sustentável em todos os sentidos.

O transporte coletivo envolve a instalação de veículos sobre trilhos, como trens, metrôs e bondes com nova tecnologia, além da melhoria dos ônibus, os tornando não poluentes. Sendo necessário integrar o transporte de uma cidade com ciclovia, elevadores de alta capacidade, e sistemas de bicicletas públicas.
É necessário incentivar a população a utilizar o transporte coletivo e deixar o carro em casa, e respeitar o espaço do pedestre, também necessitado de calçadas mais confortáveis e seguras, protegidas por sinalização, sem buracos ou qualquer tipo de obstáculo.

(Disponível em: http://www.infoescola.com/transporte/mobilidade-urbana/. Adaptado.)

A palavra “público”, transcrita do texto, é acentuada pelo mesmo motivo que a seguinte palavra:

  • A diária.
  • B últimos.
  • C também.
  • D necessário.
  • E automóvel.
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50 anos depois

[ ...] No cinquentenário da República, ninguém questionava a quartelada que derrubou o Império em 1889. Nos 50 anos do Estado Novo, poucos deram atenção ao período que transformou a economia e a sociedade brasileiras. Pois hoje, dia 31 de março de 2014, 50 anos depois do golpe militar, o Brasil é tomado de debates inflamados e de um surto incomum de memória histórica. [ ...]
Houve avanços em quase todas essas áreas. Estabilizamos a moeda, distribuímos renda, pusemos as crianças na escola. As conquistas não são poucas, vieram aos poucos e estão longe de terminadas. Todas elas são fruto do ambiente livre, em que diferentes ideias podem ser debatidas e testadas. Todas são fruto, numa palavra, da democracia.
Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais. Se há pensamento autoritário no país, ele é minoritário. Nossas instituições democráticas deram prova de vitalidade ao promover o impeachment de um presidente, a condenação de corruptos poderosos no caso do mensalão e ao manter ampla liberdade de opinião e de expressão. A cada eleição, o brasileiro gosta mais da democracia.
Nada disso significa, porém, que possamos considerá-la uma conquista perene e consolidada. Democracias jovens, como Venezuela, Argentina ou Rússia, estão aí para mostrar como o espectro do autoritarismo pode abalar os regimes de liberdade. A luta pela democracia e pelas liberdades individuais precisa ser constante, consistente e sem margem pa ra hesitação.

(Helio Gurovitz. Época, 31 de março de 2014. Adaptado.)


Em "Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais.", quanto à utilização do sinal de dois pontos, é correto afirmar que
  • A indica uma enumeração.
  • B indica a separação de um paralelismo.
  • C introduz um trecho de aspecto reflexivo.
  • D tal sinal de pontuação pode ser omitido sem que haja qualquer tipo de prejuízo.
  • E introduz um trecho de caráter explicativo que se liga diretamente à ideia anteriormente enunciada.
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Depois dos táxis, as ‘caronas’

No princípio era o táxi.Dezenas de aplicativos de celular para chamar amarelinhos proliferaram no ano passado, seduzindo passageiros e incomodando cooperativas.Agora,a nova onda de soluções móveis para o trânsito tenta abolir taxistas por completo em busca de objetivo mais ambicioso: convencer motoristas a aderirem, de vez, às caronas.
Um dos modelos é inspirado em softwares que fazem sucesso - e barulho - em São Francisco e Nova York, a exemplo de Uber e Lyft. A primeira experiência do tipo no Brasil atende pelo nome de Zaznu - gíria em hebraico equivalente ao nosso “partiu?” - e começou pelo Rio, mês passado.
Por meio do app, donos de smartphones solicitam e oferecem caronas a desconhecidos. Tudo começa com o passageiro, que aciona o programa para pedir uma carona. Com base na localização e no perfil da pessoa, motoristas cadastrados que estiverem nas redondezas decidem se topam ou não pegá-lo. Quando a carona é aceita, os dois conversam por telefone para combinar o ponto de encontro.
Para garantir a segurança dos passageiros, o Zaznu diz entrevistar os motoristas cadastrados,além de checar antecedentes criminais. Já os passageiros precisam registrar um cartão de crédito para pagamentos “voluntários”.
É justamente por não ser gratuito que o aplicativo já faz barulho.Tão logo surgiu, taxistas abriram a página no FacebookZaznu, a farsa da carona solidária”, que denuncia “o crime que é oferecer serviço de transporte em carro particular”,como explicou o criador do grupo, Allan de Oliveira. O sindicato da categoria no Rio concorda.
- É irregular,iremos à Justiça.Mas temos certeza de que a prefeitura vai detê-lo - disse o diretor José de Castro.
Procurada por duas semanas, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio não se manifestou.
Em sua defesa,Yuri Faber,fundador do Zaznu,alegou que o aplicativo não constitui um serviço pago de transportes porque seus termos de uso classificam o pagamento como “doação opcional”. A sugestão de preço equivale a 80% do preço que seria cobrado por um táxi no mesmo trajeto. A Zaznu fica com um quinto do valor, o resto vai para o motorista.
- O passageiro tem todo o direito de decidir se paga,e quanto paga. O app só sugere um valor - justificou.
(O Globo,20/04/2014.)
Considerando aspectos referentes à acentuação gráfica, assinale a afirmativa correta.
  • A A palavra “táxi” acentua-se pelo mesmo motivo que o acento gráfico é obrigatório em “solidária”.
  • B Os vocábulos “mês” e “além” têm sua acentuação justificada por se tratarem de monossílabos tônicos.
  • C A acentuação de “voluntários” e “gíria” justifica-se de igual forma apenas se considerar o singular das duas palavras.
  • D A palavra “trânsito” sofre modificação quanto à classe de palavras a que pertence mediante a retirada do acento circunflexo.
  • E A retirada do acento no termo “É” em “É justamente [...]” (5º§) não exige outras alterações na frase, mantendo-se a coerência textual.
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Texto II 
O novo consumidor engajado 
 
Descrever  o  novo  consumidor,  sob  a  dimensão  do marketing  é  relativamente  fácil,  basta  buscar  uma  pesquisa 
bibliográfica mínima. São homens e mulheres de qualquer idade, com mentalidades independentes, individualistas, com 
maior  grau  de  informação  e  que  ambicionam  obter,  por meio  de  suas  aquisições,  a  sensação  de  autenticidade,  de 
exclusividade. 
Este conceito vai além da aquisição. Comprando produtos com a imagem de socialmente justos e ambientalmente 
responsáveis, os consumidores desejam ser percebidos desta forma dentro da sociedade em que vivem. 
Desejam  fazer da sua atitude de consumo, um gesto que seja percebido como de engajamento nos princípios de 
eficiência econômica, preservação ambiental e equidade social que caracterizam os princípios da sustentabilidade. 
Essas mudanças  vêm  acontecendo  desde  o  final  da  década  de  60  e  são  o  tema  central  de  “A  Alma  do  Novo 
Consumidor”, um  livro de David  Lewis e Darren Bridges. Este novo  consumidor valoriza aspectos mais  subjetivos nos 
produtos  e  a  informação  subliminar  que  a  aquisição  do  produto  transmite  aos  demais  membros  da  comunidade. 
Compreender os fatores que o motivam pode significar o futuro de uma empresa e do seu trabalho. 
No  caso  ambiental  isto  é  bem  claro.  A  nítida  ênfase  das  propagandas  das  organizações  financeiras,  setor mais 
pujante e  lucrativo da atual economia não deixam dúvidas. Todas as  instituições, em maior ou menor grau, optam por 
uma estratégia de comunicação que valoriza a responsabilidade sócio-ambiental em suas mídias. 
Como se não bastasse a diversidade de produtos nas prateleiras, multiplica-se a  isto a diversidade de conceitos que 
cada um deles transmite. Os bancos mostram claramente que a opção pela responsabilidade sócio-econômica veio para 
ficar. Algumas empresas de petróleo e fabricantes de automóveis mais ousados também aderiram a esta comunicação. [...] 
Assistir a estratégia de comunicação destes grupos, nos variados tipos de mídia não deixa dúvidas. 
O livro de Lewis e Bridges (A Alma do Novo Consumidor) desvenda, ainda, as estratégias dos cool hunters, aqueles 
que “adivinham” as tendências de consumo, ou seja, os denominados conhecedores. 
Este  grupo  influencia  o  consumidor  por  estar  “próximo”  a  ele,  ainda  que  sejam  celebridades.  A  tradicional 
propaganda boca a boca continua existindo e sendo imposta e, atualmente, versão high tech, se vale muito da internet 
para  impulsionar  ou  jogar  um  produto  na  lama.  São  eles, muitas  vezes,  os  responsáveis  pela  formação  de  um  novo 
mercado consumidor. 
Dentro deste contexto, a adoção dos novos valores, que sejam eticamente comprometidos, socialmente  justos e 
ambientalmente  responsáveis,  ganham  uma  dimensão  nunca  imaginada,  pois  além  da  influência  pessoal,  existe  a 
poderosa ferramenta da internet, ainda não bem dimensionada, que faz uma grande diferença. 
A  internet é particularmente relevante nas faixas de consumo mais elevadas e no público com acesso a rede, que 
cresce em proporção logarítmica dentro da sociedade. 
Portanto não esquecer ou negligenciar o novo consumidor, cujas características são bem conhecidas e no qual as 
influências éticas, sociais e ambientais são claras,  já existe, não é só de alta  renda como argumentam os simplórios e 
não pode ser manipulado pela primariedade de mídias descomprometidas. 
 
Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental.  Integrante do Corpo Docente do Mestrado e 
Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale. 
(Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2014/12/04/o-novo-consumidor-engajado-artigo-de-roberto-naime/.)
A correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado com a norma culta na redação de um texto. A alternativa que apresenta uma palavra do texto que é acentuada graficamente por razão distinta das demais é
  • A fácil.
  • B sócio .
  • C mídia.
  • D petróleo.
  • E estratégia.

Raciocínio Lógico

31

As circunferências na figura têm raios iguais a 2 cm e 5 cm.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
A região em negrito no interior dessa figura tem área igual a

  • A 18Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas + 40 cm2
  • B 20Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas + 25 cm2 .
  • C 24Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas – 32 cm2 .
  • D 27Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas – 50 cm2 .
  • E 29Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas – 45 cm2 .
32
Sejam: A o conjunto dos números de 2 algarismos que divididos por 6 deixa resto 3 e B o conjunto dos números de 2 algarismos cuja soma é igual a 9. A soma de todos elementos do conjunto A Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas B é

  • A 198.
  • B 216.
  • C 225.
  • D 228.
  • E 234.
33

Beatriz ganhou duas caixas de bombons, uma grande e uma pequena. Considere que ela comeu 2/3 dos bombons da caixa grande mais 7 bombons e ainda sobraram 9. Sabe- se que na caixa pequena havia inicialmente metade dos bombons da caixa grande. Quantos bombons Beatriz ainda possui?

  • A 29
  • B 31
  • C 33
  • D 35
  • E 37
34

Observe a sequência a seguir.

2x; 3x + 2; 2,5x + 2; 3,5x + 4; 3x + 4; 4x + 6...

Sabe-se que o resultado do 25° termo da sequência é 134. Então, o valor do 5° termo da sequência é

  • A 13,75.
  • B 26,25.
  • C 38,75.
  • D 45,25
  • E 52,75.
35
Um veículo percorreu 315 quilômetros em três horas e meia, ininterruptamente. É correto afirmar que a sua velocidade média, em km/h, para o percurso, foi
  • A 80.
  • B 85.
  • C 90.
  • D 105.
  • E 112.
36

Considere a seguinte proposição: “serei aprovado se e somente se eu estudar muito”. A sua negação pode ser escrita como:

  • A “Serei aprovado ou estudarei muito.”
  • B “Estudarei muito e não serei aprovado ou serei aprovado e não estudarei muito.”
  • C “Serei aprovado ou não estudarei muito e estudarei muito ou não serei aprovado.”
  • D “Serei aprovado e não estudarei muito ou não estudarei muito e não serei aprovado.”
  • E “Não serei aprovado e não estudarei muito ou estudarei muito e não serei aprovado.”
37
Numa fábrica, cada máquina produz 18 peças em 40 minutos. Sabe-se que ao todo são 14 máquinas trabalhando simultaneamente e a produção diária é de 4.158 peças. É correto afirmar que o tempode funcionamento dessas máquinas, em um dia, é de
  • A 8 horas.
  • B 9 horas.
  • C 11 horas.
  • D 12 horas.
  • E 13 horas

Matemática

38
Uma  colônia de bactérias é  capaz de dobrar  seu  volume  a  cada hora.  Sabendo-se que no  início do  experimento  a  colônia ocupava um volume de 2 cm³,  qual será o volume após 6 horas de experimento? 
  • A 16 cm³.
  • B 32 cm³.
  • C 64 cm³.
  • D 128 cm³.
  • E 256 cm³.

Raciocínio Lógico

39
No caixa de um estabelecimento comercial há R$ 50,00 em notas de R$ 5,00, R$ 30,00 em notas de R$ 2,00 e R$ 35,00 em moedas de R$ 1,00, totalizando R$ 115,00, e não há moedas ou cédulas de outros valores. O caixa efetuará um pagamento de R$ 10,00 referente à compra de material de escritório. De quantas maneiras distintas poderá ser feito este pagamento, usando apenas cédulas e moedas disponíveis no caixa?
  • A 7.
  • B 8.
  • C 9.
  • D 10.
  • E 11.

Matemática

40

Um veículo fez a travessia de um túnel com velocidade constante de 54 km/h. Numa segunda travessia desse mesmo  túnel,  ele  aumentou  a  velocidade  para  72  km/h  e,  assim,  economizou  45s.  É  correto  afirmar  que  o  comprimento  desse túnel é de

  • A 2,1 km.
  • B 2,3 km.
  • C 2,5 km.
  • D 2,7 km