Questão 63 do Concurso Petrobras Transporte SA (Transpetro) - Jornalista - CESGRANRIO (2023)

A energia e a geopolítica sempre caminharam conjuntamente e certamente nunca houve um momento histórico em que a energia não fosse vista de um ponto de vista estratégico. [...]. É impossível não ver que há uma crise de energia em curso quando se observa o aumento do consumo global de energia, [...] as necessidades de energia de uma população de mais de sete bilhões de pessoas, e as mudanças climáticas. Na verdade, essa crise está relacionada à maneira insustentável que a energia tem sido usada há mais de um século. Alterar a forma como a energia é utilizada pode contribuir para a redefinição da geopolítica mundial, considerando que a promoção de fontes alternativas de energia pode promover o investimento e afetar os investimentos já realizados, os quais são responsáveis por mover as rodas da economia global.

MOUSINHO et al. Geopolítica de mudança de energia: qual é o papel da sustentabilidade na geopolítica global de energia. Austral: Revista Brasileira de Estratégia e Relações Internacionais, v. 6, n.12, jul.-dez. 2017.


Considerando-se o texto acima, conclui-se que a questão da energia, em seu contexto global,

  • A é tema caro ao debate sobre sustentabilidade, tanto que a Agenda 2030 prevê reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso à pesquisa e a tecnologias de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência energética e tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas.
  • B sofre forte influência, hoje, das diretrizes de desenvolvimento sustentável, estando diretamente relacionada com a geopolítica da energia, de maneira que uma agenda energética global sustentável deve se apoiar em fontes energéticas menos poluentes, como o carvão mineral.
  • C sempre fez parte do discurso geopolítico, pois o controle dos recursos energéticos está intimamente relacionado à conquista de territórios e de sociedades, ou seja, quando se fala de energia sustentável é preciso que cada país se organize de forma destacada do contexto internacional.
  • D é uma questão tão importante historicamente – desde a Revolução Industrial, no século XVIII, a economia é dependente de fontes de energia renováveis e não renováveis – que sua inclusão no debate atual sobre sustentabilidade é inviável.
  • E deve ser encarada, por governos e empresas, como uma questão estratégica, de maneira que o investimento em fontes de energia não renováveis deve ser prioritário, e a avaliação do impacto ambiental de determinadas matrizes energéticas deve ser desconsiderado.