Percebe-se, nas últimas décadas, um avanço nas discussões sobre a educação não-formal, em especial quando se encontra respaldo na LDB/96 sob o número 9.394, na qual são reconhecidas como ações e processos educativos aqueles que se desenvolvem por movimentos sociais e organizações da sociedade civil, na qual a educação não-formal prevalece. Analise as afirmações a seguir sobre esse tipo de educação.
I A educação não-formal trata da educação como processos escolarizáveis pedagogicamente estruturados.
II A educação não-formal deve ser vista como um tipo de proposta contrária à formal ou como uma alternativa antagônica às práticas no contexto da escola.
III A educação não-formal é um processo sociopolítico cultural pedagógico de formação para a cidadania.
IV A educação não-formal potencializa saberes e aprendizados gerados ao longo da vida, principalmente, em experiências via participação social, cultural e/ou política.
Dentre as as afirmativas, estão corretas
A avaliação no ambiente escolar compreende três dimensões básicas : (a) a avaliação da aprendizagem, (b) a avaliação institucional interna e externa e (c) a avaliação de redes de Educação Básica. Considere as afirmações a seguir a respeito dessas avaliações.
I A avaliação institucional interna é um tipo de autoavaliação institucional.
II A avaliação de redes de Educação Básica é periódica e deve sinalizar para a sociedade se as escolas apresentam qualidade suficiente para continuar funcionando.
III No nível operacional, os resultados da avaliação são o fundamento para a escolha das estratégias didático-pedagógica do projeto pedagógico da escola.
IV No nível operacional, a avaliação das aprendizagens tem como referência um conjunto de destrezas definidas na matriz curricular, o que determina os conhecimentos e atitudes a serem avaliados.
Dentre as afirmações, estão corretas
A discussão acerca da pedagogia social no Brasil é decorrente de movimentos internacionais e nacionais e de debates sobre esse tema. O conhecimento dessas discussões se constitui como teoria necessária para a atividade profissional do pedagogo. Assim sendo,
O contexto da educação formal e o da não-formal exigem práticas pedagógicas inovadoras, como condição para dar respostas aos desafios de uma sociedade em constantes e profundas mudanças. Ao refletir sobre a inovação pedagógica, uma professore registra, no seu diário de reflexão crítica, as ideias apresentadas abaixo.
I A inovação pedagógica se relaciona com a implementação de novos recursos e materiais curriculares, com novas ações de ensino, com a implicação de novos agentes no processo pedagógico.
I A inovação pedagógica tem como fundamento a pesquisa científica, ou seja, é a aplicação dos produtos desta.
III A reflexão crítica das problemáticas da escola é um ponto de partida para a inovação pedagógica.
IV A inovação pedagógica como prática educativa tem sua origem na pedagogia do Século XXI.
Dentre as afirmativas, estão corretas
O processo pedagógico se realiza por meio da relação que se estabelece entre estudantes e professores. Nessa relação, estão envolvidas as múltiplas dimensões que formam a personalidade de cada ser humano. Daí, a importância de o pedagogo ter um conheci mento adequado dos estudantes, das características das crianças e dos adolescentes. Sobre essa temática, considere as afirmações abaixo.
I O modo como se compreende cada fase da vida (infância, juventude, maturidade e velhice) é fruto de processos históricos e sociais de transformação da humanidade. Consequentemente, na história, em todas as sociedades, a adolescência aparece como uma fase biológica claramente destacada da infância e da maturidade.
II O fator biológico do adolescente determina a construção de sua identidade independentemente das relações estabelecidas com os outros e da representação que os outros possuem a seu respeito.
III Diferentemente da criança, que é capaz de se apaixonar por pesso as e objetos, o adolescente torna-se capaz de se apaixonar por ideias.
IV Na adolescência, a oposição ao outro aparece como uma necessidade para o próprio reconhecimento de si, pois ao comparar-se com o outro, o adolescente mapeia semelhanças, diferenças, novos modelos de ser e pensar.
entre as afirmações, estão corretas
A educação integral dos estudantes é uma das questões propostas no Plano Nacional de Educação. Isso enseja outra compreensão do tempo e do espaço nos projetos pedagógicos das escolas. Assim sendo, no projeto pedagógico de uma escola,
Uma escola recém-inaugurada está em processo de elaboração do projeto Político Pedagógico (PPP). Para essa finalidade, são realizadas várias discussões com professores, famílias, comunidade, estudantes. A pedagoga da escola registra algumas afirmações reiteradas durante as reuniões por alguns de seus participantes, dentre as quais se destacam as reproduzidas abaixo.
I O PPP, sob o critério da flexibilidade curricular, não deve considerar a diversidade de ritmos de desenvolvimento dos sujeitos das aprendizagens e os caminhos por eles escolhidos.
II A curiosidade e a pesquisa, incluídas de modo cuidadoso e sistemático as chamad as referências virtuais de aprendizagem que se dão em contextos digitais, devem ser consideradas pelos sujeitos do processo educativo como sendo o núcleo central das aprendizagens no PPP.
III O PPP deve contemplar programas propostos a partir dos quais a escola desenvolve ações inovadoras, cujo foco valoriza a prevenção de consequências de fatores que vêm ameaçando a saúde e o bem-estar dos estudantes.
IV A padronização curricular dos espaços físicos e do tempo escolar devem ser explicitadas no PPP como uma necessidade da gestão democrática.
Dentre as afirmações, estão corretas
Considere, no quadro a seguir, a afirmação de Libâneo em relação à Pedagogia.
Observamos uma movimentação na sociedade mostrando uma ampliação do campo educativo com a consequente repercussão no campo da Pedagogia. Enquanto isso, essa mesma Pedagogia está em baixa entre intelectuais e profissionais do meio educacional.
A situação exposta pelo professor Libâneo pode se justificar também
Os conceitos de vulnerabilidade social e risco social são ferramentas teóricas importantes para que o pedagogo possa refletir sobre sua prática profissional. As discussões atuais sobre essa temática consideram que
Uma pedagoga recebeu algumas sugestões do grupo de professores de uma escola que, na opinião deles, poderiam contribuir com o desenvolvimento da capacidade metacognitiva dos estudantes. Essas sugestões estão presentes no quadro abaixo .
I Centrar a atenção nas respostas do professor mais que nas perguntas dos estudantes.
II Ensinar os estudantes a monitorar sua aprendizagem.
III Centrar a atenção nos produtos da aprendizagem mais que nos processos do aprender dos estudantes.
IV Ensinar os estudantes a planejar a aprendizagem, o que precisam fazer e como irão fazê-lo.
Dentre as sugestões, as que favorecem o desenvolvimento da capacidade metacognitiva estão nos itens
O uso de situações-problemas nas práticas pedagógicas é uma estratégia para favorecer a aprendizagem dos estudantes. Em relação a essa estratégia, considere as afirmativas abaixo.
I A situação-problema deve ser organizada pela classe, em torno da resolução de um obstáculo que deve ser bem explicitado na tarefa apresentada pelo professor na forma de uma pergunta fechada.
II A situação-problema deve se situar no que Vigotsky define como Zona de Desenvolvimento Próximo dos estudantes.
III A situação-problema deve refletir contradições cognitivas que motivem os estudantes na busca de respostas.
IV A situação-problema deve representar uma atividade de aplicação de conhecimentos e procedimentos conhecidos pelos estudantes.
Das afirmativas, estão corretas
Em uma reunião pedagógica na escola, os professores desenvolvem um debate sobre a Prova Brasil, considerando a participação de sua instituição na próxima edição dessa avaliação.
Durante a reunião, uma pedagoga registra quatro dúvidas dos professores em relação a algumas definições do INEP/MEC, explicitadas nos itens abaixo.
I Nas provas, os estudantes respondem a itens (questões) de Língua Portuguesa, com foco na escrita?
II As médias de desempenho nessas avaliações subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)?
III Os dados dessas avaliações são comparáveis ao longo do tempo, ou seja, pode -se acompanhar a evolução do desempenho das escolas?
IV A Prova Brasil é elaborada a partir de Matrizes de Referência nas quais se descrevem os conteúdos, as atitudes e as competências a serem avaliados?
A pedagoga vai responder NÃO às perguntas presentes nos itens
A pesquisa-ação pode ter uma influência positiva para o desenvolvimento do currículo na escola e na formação continuada dos professores no contexto escolar. Em relação a esse tipo de pesquisa, considere as afirmações abaixo.
I Na pesquisa-ação de caráter experimental, a observação participante é uma técnica a ser usada, uma vez que ela está centrada na visão empírica e objetiva do pesquisador.
II A pesquisa-ação supõe a participação dos sujeitos como investigadores ou como participantes ativos da investigação no contexto escolar.
III A pesquisa-ação, no paradigma qualitativo, pode ser um método heurístico para gerar teoria baseada na prática.
IV Na pesquisa-ação, o processo metodológico de investigação é representado como uma sequência linear de etapas independentes uma da outra.
Das afirmações, estão corretas
Uma situação educativa é, fundamentalmente, ao mesmo tempo, uma situação social de comunicação e um espaço de interação entre educador e educando como também entre os próprios educandos. Ao discutir como favorecer a comunicação pedagógica no contexto escolar, dois professores sistematizam as ideias apresentadas abaixo.
I1 A comunicação é uma prática social: realiza-se em um limite social, no qual intervêm elementos éticos, morais, estruturais e sociais, dentre outros.
I2 Por sua essência, a comunicação é sempre um processo democrático.
I3 O espontaneísmo e a improvisação estimulam e determinam o sucesso e a eficiência da comunicação pedagógica.
I4 A comunicação pedagógica é favorecida quando os interlocutores adotam atitudes de empatia.
Para melhorar a comunicação pedagógica no contexto escolar, devem ser consideradas as ideias
O trabalho em grupo é uma estratégia muito usada no contexto escolar, por professores e pedagogos. Em relação a essa estratégia, considere as afirmações abaixo.
I O grupo pode ser uma unidade de formação e aprendizagem por excelência no contexto escolar.
II No trabalho em grupo, os estudantes aprendem a se integrar, a ter responsabilidade, a compartilhar objetivos na solução de problemas, a superar obstáculos.
III A cooperação no grupo fortalece as instruções egocêntricas e a rigidez do pensamento dos estudantes.
IV A preparação individual prévia se apresenta como um obstáculo para a cooperação na solução de problemas, no grupo.
Das afirmações, estão corretas
Uma professora organiza os conteúdos conceituais de um tema da disciplina que ensina, de forma hierárquica, partindo de conceitos mais abrangentes até os que nestes se incluem de forma não arbitrária, o que pode ser representado na forma de um mapa conceitual. Esse tipo de organização conceitual favorece a aprendizagem por "diferenciação progressiva". A organização dos conteúdos elaborada pela professora tem seus fundamentos nas ideias de
As ideias de Paulo Freire são referências importantes para pensar e desenvolver as práticas profissionais de um Pedagogo em contextos de educação não-formal e formal. Uma das ideias apresentadas por Freire é:
Na história da educação, identificam-se determinadas tendências pedagógicas que tipificam elementos da cultura educacional na sociedade. No quadro abaixo, estão presentes algumas características das tendências pedagógicas adotadas no Brasil.
• O papel fundamental da escola é a formação de atitudes. • Os conteúdos são baseados na busca dos conhecimentos pelos próprios estudantes. • Prioriza métodos baseados na facilitação da aprendizagem. • Aprender é modificar as percepções da realidade. • A educação é centralizada no estudante e o professor é quem garante um relacionamento de respeito.A tendência pedagógica caracterizada é a
Em uma reunião pedagógica, um pedagogo respondeu a algumas perguntas formuladas por professores que desconheciam a natureza e o conteúdo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nos itens a seguir, estão presentes algumas dessas questões.
I A BNCC aplica-se à educação escolar e à não escolar, tal como as define a LDB, Lei nº 9.394/1996?
II Esse documento adota o conceito de competência para se referir ao que é básico e comum para nortear os currículos nas escolas?
III Esse documento substitui o Parecer nº 7, de 7 de abril de 2010, relativo a Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica?
IV A BNCC estabelece as aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica?
As perguntas que devem ser respondidas pelo pedagogo de forma afirmativa estão nos itens
Duas professoras recém-formadas discutem sobre o uso das novas tecnologias da informação e das comunicações (TIC) nas atividades de ensino, em contexto formal. No quadro a seguir, apresentam-se algumas ideias surgidas durante a discussão.
I Um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) permite integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas, elaborar e socializar as produções considerando determinados objetivos.
II O uso dos softwares educativos determina os objetivos de aprendizagem no planejamento de sequências didáticas.
III O professor deve ser um usuário alerta, crítico e seletivo do que propõem os especialistas dos softwares educativos, na tomada de decisão sobre o uso desses recursos didáticos em suas aulas.
IV Na atualidade, as TIC têm avançado de maneira que podem ser usadas para substituir o trabalho educativo do professor e de outros atores na escola.
De acordo com as discussões sobre o papel das TIC na educação, estão corretas as afirmações
Infestação de escorpiões no Brasil pode ser imparável
A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de como a vida moderna se tornou imprevisível. É uma característica do que, no complexo campo de problemas, chamamos de um mundo “VUCA” (Volatility, uncertainty, complexity and ambiguity em inglês) - um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Escorpiões, como as baratas que eles comem, são um a espécie incrivelmente adaptável. O número de pessoas picadas em todo o Brasil aumentou de 12 mil em 2000 para 140 mil no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde. A espécie que aterroriza os brasileiros é o perigoso escorpião amarelo, ou Tityus serrulatus. Ele se reproduz por meio do milagre da partenogênese, s ignificando que um escorpião feminino simplesmente gera cópias de si mesma duas vezes por ano - nenhuma participação masculina é necessária.
A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico "problema perverso". Este termo, usado pela primeira vez em 1973, refere-se a enormes problemas sociais ou culturais como pobreza e guerra - sem solução simples ou definitiva, e que surgem na interseção de outros problemas. Nesse caso, a infestação do escorpião urbano no Brasil é o resultado de uma gestão inadequada do lixo, saneamento inapropriado, urbanização rápida e mudanças climáticas.
No VUCA, quanto mais recursos você der para os problemas, melhor. Isso pode significar tudo, desde campanhas de conscientização pública que educam brasileiros sobre escorpiões até forças-tarefa exterminadoras que trabalham para controlar sua população em áreas urbanas. Os cientistas devem estar envolvidos. O sistema nacional de saúde pública do Brasil precisará se adaptar a essa nova ameaça.
Apesar da obstinada cobertura da imprensa, as autoridades federais de saúde mal falaram publicamente sobre o problema do escorpião urbano no Brasil. E, além de alguns esforços mornos em nível nacional e estadual para treinar profissionais de saúde sobre o risco de escorpião, as autoridades parecem não ter nenhum plano para combater a infestação no nível epidêmico para o qual ela está se dirigindo.
Temo que os escorpiões amarelos venenosos tenham reivindicado seu lugar ao lado de crimes violentos, tráfico brutal e outros problemas crônicos com os quais os urbanitas no Brasil precisam lidar diariamente.
* Hamilton Coimbra Carvalho é pesquisador em Problemas Sociais Complexos, na Universidade de São Paulo (USP).
Text o adaptado de Revista Galileu (https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio Ambiente /noticia/2019/02/infestacao-de-escorpioes-no-brasil-pode-ser-imparavel-diz-pesquisador.html)
Observe o emprego de “mal” no trecho em destaque.
"... as autoridades federais de saúde mal falaram publicamente sobre o problema do escorpião urbano no Brasil.”
Agora preencha as lacunas com o adjetivo ou com o advérbio.
Ele falava ______ do governo, mas sempre se comportava______ diante dos empregados, que o tinham como um _____ chefe, porque, além de os pagar_____ , desempenhava_____ seu papel de líder.
A sequência está correta em:
Envelhecer
Vá um homem envelhecendo, e caia na tolice de pensar que envelhece por inteiro - famosa tolice. Alguém já notou: envelhecemos nisto, não naquilo; este trecho ainda é verde, aquele outro já quase apodrece; aqui há seiva estuando, além é coisa murcha.
A infância não volta, mas não vai - fica recolhida, como se diz de certas doenças. Pode dar um acesso. Outro dia sofri um ataque não de infância, mas de adolescência: precipitei-me célere, árdego*, confuso. Meus olhos estavam úmidos e ardiam; mãos trêmulas; os demônios me apertavam a garganta; eu me sentia inibido, mas agia com estranha velocidade por fora. Exatamente o contrário do que convém a um senhor de minha idade e condição.
Pior é o ataque de infância: o respeitável cavalheiro de repente começa a agir como um menino bobo. Será que só eu sou assim, ou os outros disfarçam melhor?
*árdego: impetuoso.
(BRAGA, Rubem. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 1984, p. 71)
O emprego da pontuação e a observância do sinal de crase estão adequados na frase:
Envelhecer
Vá um homem envelhecendo, e caia na tolice de pensar que envelhece por inteiro - famosa tolice. Alguém já notou: envelhecemos nisto, não naquilo; este trecho ainda é verde, aquele outro já quase apodrece; aqui há seiva estuando, além é coisa murcha.
A infância não volta, mas não vai - fica recolhida, como se diz de certas doenças. Pode dar um acesso. Outro dia sofri um ataque não de infância, mas de adolescência: precipitei-me célere, árdego*, confuso. Meus olhos estavam úmidos e ardiam; mãos trêmulas; os demônios me apertavam a garganta; eu me sentia inibido, mas agia com estranha velocidade por fora. Exatamente o contrário do que convém a um senhor de minha idade e condição.
Pior é o ataque de infância: o respeitável cavalheiro de repente começa a agir como um menino bobo. Será que só eu sou assim, ou os outros disfarçam melhor?
*árdego: impetuoso.
(BRAGA, Rubem. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 1984, p. 71)
Está plenamente adequada a correlação entre os tempos e os modos verbais na frase:
Sobre a amizade
O clássico pensador romano Cícero dizia que nada é mais difícil do que conservar intacta uma amizade até o último dia da vida. Para ele, os interesses e mesmo o caráter dos homens costumam variar com o tempo, por conta dos reveses ou dos sucessos por que passamos. As mais vivas amizades da infância podem não resistir aos anos da adolescência, quando grandes transformações nos atingem.
Mesmo para aqueles cuja amizade resiste por muito tempo, há a possibilidade de desavenças políticas porem tudo a perder. Outras violentas dissensões surgem quando se exige de um amigo algo de inconveniente, como se tornar cúmplice de uma fraqueza nossa, ou quando se lhe pede uma providência que esteja acima de suas forças. Mas essas ameaças à amizade não devem enfraquecer a potência desse sentimento; devem nos lembrar o quanto um amigo é precioso, e quão preciosa será a conservação de sua leal companhia.
(Cláudio Augusto Catilino, inédito)
Há correta flexão das formas verbais e plena observância das normas para emprego do sinal de crase em:
Atende às regras de concordância da norma-padrão a seguinte frase:
Desde 2016, registra-se queda na cobertura vacinal de crianças menores de dois anos. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e agosto, nenhuma das nove principais vacinas bateu a meta estabelecida — imunizar 95% do público-alvo. O percentual alcançado oscila entre 50% e 70%.
As autoridades atribuem o desleixo a duas causas. Uma: notícias falsas alarmantes espalhadas pelas redes sociais. Segundo elas, vacinas seriam responsáveis pelo autismo e outras enfermidades. A outra: a população apagou da memória as imagens de pessoas acometidas por coqueluche, catapora, sarampo. Confirmar-se-ia, então, o dito de que o que os olhos não veem o coração não sente.
Trata-se de comportamento irresponsável que tem consequências. De um lado, ao impedir que o infante indefeso fique protegido contra determinada doença, os pais lhe comprometem a saúde (e até a vida). De outro, contribuem para que a enfermidade continue a se propagar pela população. Em bom português: apunhalam o individual e o coletivo. Põem a perder décadas de esforço governamental de proteger os brasileiros de doenças evitáveis.
O Brasil, vale lembrar, é citado como modelo pela Organização Mundial de Saúde. As campanhas de vacinação exigiram esforço hercúleo. Para cobrir o território nacional e cumprir o calendário, enfrentaram selvas, secas, tempestades. Tiveram êxito. Deixaram relegada para as páginas da história a revolta da vacina, protagonizada pela população do Rio de Janeiro que, no início do século passado, se rebelou contra a mobilização de Oswaldo Cruz para reduzir as mazelas do Rio de Janeiro. O médico quis resolver a tragédia da varíola com a Lei da Vacina Obrigatória.
Tal fato seria inaceitável hoje. A sociedade evoluiu e se educou. O calendário de vacinação tornou-se rotina. Graças ao salto civilizatório, o país conseguiu erradicar males que antes assombravam a infância. O retrocesso devolverá o Brasil ao século 19. Há que reverter o processo. Acerta, pois, o Ministério da Saúde ao deflagrar nova campanha de adesão para evitar a marcha rumo à barbárie. O reforço na equipe de agentes de imunização deve merecer atenção especial.
(Adaptado de: “Vacina: avanço civilizatório”. Diário de Pernambuco. Editorial. Disponível em: www.diariodeper-nambuco.com.br)
Levando em conta apenas os fragmentos dados, a alternativa em que os trechos estão corretamente reescritos, com a expressão sublinhada substituída pelo pronome é:
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo - e as cidades não são exceção, segundo análise do Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e desigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente, entraram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre uma futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa possibilidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de:“5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com)
No que respeita à regência, segundo a norma-padrão, a alternativa que apresenta um complemento nominal correto para o vocábulo sublinhado em Programas similares... é:
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo - e as cidades não são exceção, segundo análise do Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e desigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente, entraram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre uma futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa possibilidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de:“5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com)
Considerando a função que exercem no contexto, pode-se afirmar que pertencem à mesma classe de palavras ambos os vocábulos sublinhados em:
O uso de siglas em textos jornalísticos, informativos, acadêmicos e institucionais é bastante comum. Nesses casos, costuma-se explicitar o significado da sigla logo depois de sua primeira ocorrência. Considerando-se que isso foi feito de maneira adequada no texto, pode-se afirmar, sobre a sigla FMI, que:
I. a palavra representada pelo F é um pronome. II. a palavra representada pelo M é um adjetivo. III. a palavra representada pelo I é um substantivo. IV. a expressão representada pelas letras FMI pode ser precedida de artigo, por se tratar de uma expressão com natureza substantiva. V. as palavras representadas pelas letras F e M deveriam, ambas, receber acento gráfico. Pode-se afirmar que:
Vacina na marra
Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos é privá-los de vacinas. Ainda assim, devo dizer que fiquei chocado com o artigo de uma promotora do Ministério Público, no qual ela defende não só multa para genitores que deixem de imunizar seus rebentos, mas também a busca e apreensão das crianças para vaciná-las.
Imagino até que a adoção de medidas extremas como propõe a promotora possa fazer sentido em determinados contextos, como o de uma epidemia fatal que avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões internacionais, se recusam a imunizar seus filhos.
Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal registradas por aqui se devam mais a uma combinação de desleixo paterno com inadequações da rede do que a uma maciça militância antivacinal. Há até quem afirme que a queda é menor do que a anunciada pelo Ministério da Saúde, que, por problemas técnicos, não estaria recebendo informações atualizadas de alguns municípios.
Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada por ela fosse adotada, acabaríamos produzindo mais mal do que bem.
O ponto central é que o sistema de saúde precisa ser visto pelo cidadão como um aliado e não como um adversário. Se a percepção que as pessoas têm do posto de saúde for a de que ele é uma entidade que pode colocar a polícia atrás de famílias para subtrair-lhes os filhos, elas terão bons motivos para nunca mais pôr os pés numa unidade.
A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam minar a confiança que o público lhe deposita não é estranha ao mundo do direito. Não é por outra razão que a legislação penal e códigos de ética proíbem o profissional de saúde de divulgar segredos de pacientes e até de denunciar crimes que tenham cometido.
(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2018/08/ vacina-na-marra.shtml. Acesso em 11.11.2018. Adaptado)
A forma verbal destacada na frase “Não me parece, entretanto, que tenhamos chegado a uma situação dessas.” – expressa a ideia de possibilidade de que algo possa se realizar, assim como ocorre em:
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir, conforme a norma-padrão da língua portuguesa.
Lavar roupas sintéticas na máquina ______ temperatura normal causa a liberação no esgoto de grandes quantidades de minúsculas fibras de plástico. Essa é a primeira pesquisa ___ identificar os fiapos da roupa lavada como uma fonte de poluição. Estes fiapos se adicionam ___ preocupações quanto a outras variedades maiores e mais visíveis de lixo plástico, que resultaram em medidas como ___ proibição de sacolas de compras feitas desse material.
Assinale a alternativa em que a regência das palavras está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Agravamento da poluição por plástico nos oceanos ao lavar roupa
Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente – a depender do tipo de tecido, a tarefa doméstica contribuiria para a contaminação dos oceanos, apontam estudos.
A questão foi levantada no início deste mês em reunião do Comitê de Auditoria Ambiental do Reino Unido, quando membros do Parlamento discutiram pesquisas que concluem que fibras de tecidos sintéticos que se soltam da roupa
durante a lavagem acabam chegando aos oceanos e sendo comidas por peixes e outras criaturas aquáticas.
Os maiores vilões são poliéster, acrílico e náilon. Um casaco de lã de poliéster libera 1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil fibras a cada lavagem, aponta um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Manchester. Cientistas descobriram que essas fibras estão cobrindo leitos de rios em todo o Reino Unido.
Há sempre a opção de lavar roupa com menos frequência, o que pode ser uma boa desculpa para quem sempre odiou essa tarefa doméstica. Isso teria um grande impacto positivo, na avaliação de Jeroen Dagevos, integrante de um projeto de conservação dos oceanos. Ele sugere ainda que comprar menos roupas sintéticas também ajuda. Preferir tecidos como lã, algodão, seda e caxemira também ajudam.
Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios. Assim, em vez de irem direto para os oceanos, as fibras podem ser colocadas no lixo.
Jeroen Dagevos diz que a ideia de criar novas regulamentações para os fabricantes poderia ajudar, forçando as empresas a colocar mais recursos na busca por soluções.
(Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/10/ por-que-podemos-estar-agravan do-poluicao-por-plastico- nos-oceanos-ao-lavar-roupa.shtml. Adaptado)
Na frase “Um casaco de lã de poliéster libera 1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil fibras a cada lavagem...”, o termo em destaque pode ser substituído corretamente, sem alteração de sentido, por
Leia trecho da canção Bom Conselho, de Chico Buarque, para responder às questões
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar (...)
Assinale a alternativa com pontuação correta, de acordo com a norma-padrão.
Nero e a lira
O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo que se vai para sempre?
O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.
Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala, o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da música brasileira e internacional.
A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma dor muito forte.
O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e imaterial?
Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.
(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11.2018. Adaptado)
As conjunções em destaque nas frases:
• Quando eu vejo o montante do fundo partidário, sou percorrido por uma dor muito forte.
• O que mais precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo que se vai para sempre? - assumem, respectivamente, ideia de
Nero e a lira
O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo que se vai para sempre?
O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.
Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala, o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da música brasileira e internacional.
A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma dor muito forte.
O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e imaterial?
Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.
(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o verbo em destaque apresenta concordância correta, de acordo a norma-padrão.
Quanto a acentuação gráfica das frases abaixo, analise cada uma delas e, em seguida, assinale a alternativa correta:
I. ‘imobiliária’ e ‘inapelável’ recebem acento por idêntica razão.
II. ‘anéis’ recebe acento gráfico porque é paroxítona terminada em ditongo.
III. ‘haverá’ é acentuada graficamente para distinguir-se de “havera” (pretérito mais-que-perfeito).
Nas palavras pudico, interim, aerolito, a acentuação foi propositadamente eliminada. Quanto à tonicidade, as palavras acima devem ser classificadas, respectivamente, como:
Quanto à concordância verbal, somente um dos períodos abaixo está inteiramente correto. Indique-o assinalando a alternativa correspondente.
Gabriel, adolescente com 17 anos de idade, entrou armado em uma loja de conveniência na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, exigindo que o operador de caixa entregasse todo o dinheiro que ali existisse. Um dos clientes da loja, policial civil em folga, reagiu ao assalto, atirando em Gabriel, mas não acertando.
Assustado, Gabriel empreendeu fuga, correndo em direção a Betim, comarca limítrofe a Belo Horizonte e onde residem seus pais, lá sendo capturado por policiais que se encontravam em uma viatura.
Sobre o caso, assinale a opção que indica quem será competente para as medidas judiciais necessárias, inclusive a eventual estipulação de medida socioeducativa, desconsiderando qualquer fator de conexão, continência ou prevenção.
Júlio, após completar 17 anos de idade, deseja, contrariando seus pais adotivos, buscar informações sobre a sua origem biológica junto à Vara da Infância e da Juventude de seu domicílio. Lá chegando, a ele é informado que não poderia ter acesso ao seu processo, pois a adoção é irrevogável. Inconformado, Júlio procura um amigo, advogado, a fim de fazer uma consulta sobre seus direitos.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a opção que apresenta a orientação jurídica correta para Júlio.
Considerando o entendimento do STJ, assinale a opção correta acerca da Lei n.º 12.594/2012, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE).
A respeito de aspectos processuais da justiça da infância e da juventude, assinale a opção correta à luz das disposições do ECA e do entendimento do STJ.
A Defensoria Pública (DP) apresentou defesa em processo no qual foi proferida, pelo juiz, sentença homologatória de remissão cumulada com medida socioeducativa de liberdade assistida, concedida a adolescente pelo Ministério Público (MP), na ocasião de oitiva informal, alegando o que se afirma nos itens a seguir.
I Nulidade da oitiva informal do MP por ausência da defesa técnica.
II Nulidade da sentença homologatória dos termos determinados pelo MP em razão da ausência da defesa técnica.
III Impossibilidade de o MP conceder remissão cumulada com medida socioeducativa de liberdade assistida.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta acerca das alegações da DP.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Em relação ao direito à vida e à saúde, constantes no ECA, analise as afirmativas abaixo.
I A atenção odontológica terá função curativa quando prestada à criança no segundo ano de vida.
II Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na segunda infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco ao desenvolvimento físico.
III Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de coleta de leite humano.
IV A vacinação das crianças, nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, é obrigatória.
Estão corretas as afirmativas
Nas escolas brasileiras, estudantes vivenciam a violência sexual no âmbito da família e trazem essas experiências para o ambiente escolar. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990), Artigo 245, cabe ao professor e demais profissionais das redes públicas e particulares de ensino, em casos dessa natureza:
De acordo com a Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), analise as afirmativas abaixo.
I- A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 36 (trinta e seis) meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
II- A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude, bem como terá garantido o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o direito do adotado de conhecer sua origem biológica.
III- A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.
IV- A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, observadas a idade da criança ou do adolescente e as peculiaridades do caso.
Assinale a opção correta.
É direito dos pais ou responsáveis, de acordo com o ECA (Lei nº 8.069/90):
O ECA (Lei nº 8.069/90) recomenda que ao ser escolhida a medida de proteção adequada a uma criança ou a um adolescente, deve ser dada preferência àquela que corresponda ao seguinte objetivo:
De acordo com o ECA (Lei nº 8.069/90), sabe-se que:
Com base no ECA (Lei nº 8.069/90), uma afirmação INCORRETA é que:
A medida socioeducativa privativa de liberdade não poderá exceder o prazo máximo de:
Segundo o ECA (Lei nº 8.069/90), se um médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde, de ensino fundamental, creche ou pré-escola deixar de comunicar à autoridade competente alguma situação suspeita ou confirmada de maus tratos contra criança ou adolescente, cometerá:
Dentre as medidas socioeducativas que podem ser aplicadas ao adolescente pela prática de ato infracional, inclui-se a:
Segundo o ECA (Lei nº 8.069/90), é direito do adolescente privado de liberdade:
Sobre o acesso ao ensino obrigatório e gratuito, é INCORRETO afirmar que:
Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental devem comunicar ao Conselho Tutelar, segundo o ECA (Lei nº 8.069/90), os casos de:
Aquele que submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento terá a seguinte pena:
Os casos de faltas reiteradas não justificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares, devem ser comunicados: