Resolver o Simulado Engenheiro Agrônomo - Nível Superior

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Português

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                    Infestação de escorpiões no Brasil pode ser imparável


A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de como a vida moderna se tornou imprevisível. É uma característica do que, no complexo campo de problemas, chamamos de um mundo “VUCA” (Volatility, uncertainty, complexity and ambiguity em inglês) - um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo.

Escorpiões, como as baratas que eles comem, são um a espécie incrivelmente adaptável. O número de pessoas picadas em todo o Brasil aumentou de 12 mil em 2000 para 140 mil no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde. A espécie que aterroriza os brasileiros é o perigoso escorpião amarelo, ou Tityus serrulatus. Ele se reproduz por meio do milagre da partenogênese, s ignificando que um escorpião feminino simplesmente gera cópias de si mesma duas vezes por ano - nenhuma participação masculina é necessária.

A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico "problema perverso". Este termo, usado pela primeira vez em 1973, refere-se a enormes problemas sociais ou culturais como pobreza e guerra - sem solução simples ou definitiva, e que surgem na interseção de outros problemas. Nesse caso, a infestação do escorpião urbano no Brasil é o resultado de uma gestão inadequada do lixo, saneamento inapropriado, urbanização rápida e mudanças climáticas.

No VUCA, quanto mais recursos você der para os problemas, melhor. Isso pode significar tudo, desde campanhas de conscientização pública que educam brasileiros sobre escorpiões até forças-tarefa exterminadoras que trabalham para controlar sua população em áreas urbanas. Os cientistas devem estar envolvidos. O sistema nacional de saúde pública do Brasil precisará se adaptar a essa nova ameaça.

Apesar da obstinada cobertura da imprensa, as autoridades federais de saúde mal falaram publicamente sobre o problema do escorpião urbano no Brasil. E, além de alguns esforços mornos em nível nacional e estadual para treinar profissionais de saúde sobre o risco de escorpião, as autoridades parecem não ter nenhum plano para combater a infestação no nível epidêmico para o qual ela está se dirigindo.

Temo que os escorpiões amarelos venenosos tenham reivindicado seu lugar ao lado de crimes violentos, tráfico brutal e outros problemas crônicos com os quais os urbanitas no Brasil precisam lidar diariamente.

* Hamilton Coimbra Carvalho é pesquisador em Problemas Sociais Complexos, na Universidade de São Paulo (USP).

Text o adaptado de Revista Galileu (https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio Ambiente /noticia/2019/02/infestacao-de-escorpioes-no-brasil-pode-ser-imparavel-diz-pesquisador.html)

Observe o emprego de “mal” no trecho em destaque.


"... as autoridades federais de saúde mal falaram publicamente sobre o problema do escorpião urbano no Brasil.”


Agora preencha as lacunas com o adjetivo ou com o advérbio.


Ele falava ______ do governo, mas sempre se comportava______ diante dos empregados, que o tinham como um _____ chefe, porque, além de os pagar_____ , desempenhava_____ seu papel de líder.


A sequência está correta em:

  • A mau - mau - mal - mau - mau.
  • B mal - mau - mal - mau - mau.
  • C mau - mal - mau - mal - mal.
  • D mau - mal - mau - mal - mau.
  • E mal - mal - mau - mal - mal.
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Envelhecer

            Vá um homem envelhecendo, e caia na tolice de pensar que envelhece por inteiro - famosa tolice. Alguém já notou: envelhecemos nisto, não naquilo; este trecho ainda é verde, aquele outro já quase apodrece; aqui há seiva estuando, além é coisa murcha. 

            A infância não volta, mas não vai - fica recolhida, como se diz de certas doenças. Pode dar um acesso. Outro dia sofri um ataque não de infância, mas de adolescência: precipitei-me célere, árdego*, confuso. Meus olhos estavam úmidos e ardiam; mãos trêmulas; os demônios me apertavam a garganta; eu me sentia inibido, mas agia com estranha velocidade por fora. Exatamente o contrário do que convém a um senhor de minha idade e condição. 

            Pior é o ataque de infância: o respeitável cavalheiro de repente começa a agir como um menino bobo. Será que só eu sou assim, ou os outros disfarçam melhor?

            *árdego: impetuoso. 


(BRAGA, Rubem. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 1984, p. 71) 

O emprego da pontuação e a observância do sinal de crase estão adequados na frase:

  • A Quando se está à envelhecer, as nossas sensações boas ou más, parecem confundir-se em nosso espírito.
  • B Não se tribute as nossas experiências desafortunadas, a responsabilidade maior de um penoso envelhecimento.
  • C Em meio aquelas boas horas da infância, sempre havia alguma suspeita, de que tudo logo acabaria.
  • D Quem diria, que a proporção que o tempo passa, mais retornos imaginários experimentamos à outras idades?
  • E Corresse o tempo de modo uniforme, como alguns acreditam, não voltaríamos às mais antigas sensações.
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Sobre a amizade

O clássico pensador romano Cícero dizia que nada é mais difícil do que conservar intacta uma amizade até o último dia da vida. Para ele, os interesses e mesmo o caráter dos homens costumam variar com o tempo, por conta dos reveses ou dos sucessos por que passamos. As mais vivas amizades da infância podem não resistir aos anos da adolescência, quando grandes transformações nos atingem.

Mesmo para aqueles cuja amizade resiste por muito tempo, há a possibilidade de desavenças políticas porem tudo a perder. Outras violentas dissensões surgem quando se exige de um amigo algo de inconveniente, como se tornar cúmplice de uma fraqueza nossa, ou quando se lhe pede uma providência que esteja acima de suas forças. Mas essas ameaças à amizade não devem enfraquecer a potência desse sentimento; devem nos lembrar o quanto um amigo é precioso, e quão preciosa será a conservação de sua leal companhia.


(Cláudio Augusto Catilino, inédito)

Há correta flexão das formas verbais e plena observância das normas para emprego do sinal de crase em:

  • A É a muito custo que preservaremos uma amizade, sobretudo se não contivermos nossos primeiros impulsos.
  • B Ele acabará se desfazendo dos amigos a medida que eles virem a contrariar seus ímpetos caprichosos.
  • C Uma amizade resiste à toda prova quando, em qualquer das ocasiões da vida, se manter leal e verdadeira.
  • D Se aprouviesse a alguém construir uma sólida amizade, teria de renunciar as fraquezas mais comuns.
  • E Nada poderei fazer em reparo a fragilidade de uma amizade que não advir de uma leal construção.
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Texto IV


                          UMA PROIBIÇÃO NECESSÁRIA


      Um assunto que vem despertando a atenção não só da comunidade acadêmica, mas da sociedade como um todo, é a proibição do uso de celulares e bonés pelos estudantes em sala de aula. A discussão acirrou-se após a restrição do uso desses objetos em algumas escolas. Apesar da polêmica instaurada, cremos que a vedação é a melhor solução.

      No que se refere ao celular, a proibição do seu uso em sala de aula é uma medida que se harmoniza com o ambiente em que o estudante está. A sala de aula é um local de aprendizagem, onde o discente deve se esforçar ao máximo para extrair do professor os conhecimentos da matéria. Nesse contexto, o celular é um aparelho que só vem dificultar a relação ensino-aprendizagem, visto que atrapalha não só quem atende, mas todos os que estão ao seu redor.

      Quanto ao boné, a restrição de seu uso em sala de aula se deve a uma questão de educação e de respeito pela figura do mestre. Deve-se ter em mente que o professor, assim como os pais e as autoridades religiosas, merece todo o respeito no exercício do seu ofício, que é o de transmitir conhecimentos. Do mesmo modo que é mal-educado sentar-se à mesa com um chapéu na cabeça, assistir a uma aula usando um boné também o é.

      Por outro lado, alguns entendem que o Estado não poderia proibir os celulares e os bonés em sala de aula, visto que violaria o direito da pessoa de ir e vir com seus bens. Entretanto, devemos ter em mente que não existe direito absoluto: todos são relativos e, sempre que há um conflito entre eles, deve-se realizar uma ponderação de valores, a fim de determinar qual prevalecerá. No caso em análise, o direito da coletividade {alunos e professores) prevalece sobre o direito individual de usar o celular ou o boné em sala de aula.

      Desse modo, percebe-se que há razoabilidade nos objetivos pretendidos pela proibição, visto que beneficia toda a comunidade acadêmica. Os estudantes devem se conscientizar de que escola é sinônimo de aprendizagem e de que todo o esforço deve ser feito para valorizar o processo de ensino e a figura do professor.

Disponível em: <http://thunderms1.blogspot.com/2009/05/ modelo-de-dissertação_12.html>.Acesso em: 12 dez. 2018

"Do mesmo modo que é mal-educado sentar-se à mesa com um chapéu na cabeça, assistir a uma aula usando um boné também o é."


No período destacado do texto, está correto o uso da preposição “a” após o verbo “assistir", uma vez que esse verbo, no sentido de “ver, presenciar", é transitivo indireto. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela em que há erro quanto à regência verbal:

  • A Atualmente, o patrão assiste em Paris.
  • B Esteve no cinema e assistiu um filme incrível.
  • C A mãe assistiu o filho em suas necessidades.
  • D Assistiu, incrédulo, ao acidente.
  • E Ontem, assistiu a um excelente show.
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Texto III


Infeliz iniciativa do senador Cyro Miranda (PSDB- GO), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, ao criar um grupo de trabalho com Ernani Pimentel e Pasquale Cipro Neto, propondo uma simplificação do sistema ortográfico brasileiro. [...] O mais importante é que a grande motivação alegada por seus autores - a facilitação da alfabetização e do domínio da escrita - revela uma concepção bem equivocada da questão, pois a ortografia é um problema de somenos na formação de leitores e produtores de bons textos. Por exemplo, a norma gramatical brasileira, desatualizada e adventícia, coloca problemas muito mais sérios para quem quer escrever hoje um texto na norma-padrão do que o atual sistema ortográfico.”

LUCCHESI, Dante. Um erro crasso de ortografia. Disponível em: <www1 .folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512848-dante- lucchesi-um-erro-crasso-de-ortografia.shtml>. Acesso em: 11 dez. 2018

O Texto III aborda a “simplificação do sistema ortográfico brasileiro". Entre as alternativas abaixo, assinale aquela cujas palavras NÃO tiveram sua escrita modificada pelo Novo Acordo Ortográfico:

  • A enjoo-veem-perdoo.
  • B papéis-cartéis - rouxinóis.
  • C frequente - aguentar - sequência.
  • D geleia - paranoia - heroico.
  • E micro-ondas - autoescola - antissocial.
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                               A VIOLÊNCIA INFANTIL


      Nos últimos tempos, a violência infantil vem crescendo de modo alarmante. Muitas razões têm sido apontadas como causa para um problema tão grave, entretanto acredita-se que a prática dos crimes infantis se deva ao modo como se vive nos dias atuais.

      Em primeiro lugar, pode-se constatar que as crianças passam durante muitas horas assistindo, pela televisão, a uma programação baseada na violência. Os desenhos, com personagens utilizando- se de espadas, armas de fogo etc., fazem, todo o tempo, apologia da força física, da coragem mediante o uso de uma arma. Os filmes apresentam lutas, brigas, disputas, homens fortes, como Schwarzenegger, com armas possantes, destruindo tudo à sua frente. As novelas, muitas vezes, mostram o lado negativo do ser humano, através de intrigas, vícios, maldades, enfim. Na verdade, podem ser contados nos dedos os programas que não incitem a criança e o próprio adulto a sair pelas ruas cometendo desatinos. Podem ser contados nos dedos os programas que acalmem o telespectador, que direcionem para as boas ações.

      Em segundo lugar, verifica-se que a maioria das mães não está dentro de casa para educar os filhos, o que tem sido, aliás, fator determinante para a sua desestruturação. Com as dificuldades financeiras por que passa grande parte das famílias, a mulher precisou sair para trabalhar e ajudar nas despesas do lar. Sua saída embora positiva por um lado, por outro foi desastrosa, pois os filhos ficaram a mercê das empregadas ou até sozinhos em grande parte dos casos. Isso significa que a educação ficou por conta de pessoas que não tem condições nem motivo para educar, ou ainda, por conta deles próprios. A criança passou a ter liberdade para fazer o que bem quer; os pais, por seu turno, com sentimento de culpa por se encontrarem somente à noite com os filhos, não lhes impõem limites, e tudo fica por isso mesmo.

      Por fim, outro dado que se destaca é a separação tão frequente dos casais hoje em dia. Marido e mulher já não estão tendo paciência para enfrentar os problemas, os desentendimentos, o dia-a-dia complicado que é viver em família; por qualquer coisa um pouco mais grave estão desfazendo o compromisso e indo cada um para o seu lado. Com isso, ficam os filhos normalmente com a mãe e vendo o pai apenas uma vez por semana. A mãe, como já se comentou, passa a maior parte do tempo trabalhando, o que faz com que a convivência seja mínima. Mais uma vez está a criança sozinha, agora encontrando somente um dos pais, no final do dia, a atenção, se for o caso.

      Em vista de tudo isso, pergunta-se o que pensa essa criança durante o dia inteiro, como ela encara a vida, que noção tem de certo e de errado, que sentimentos tem no coração. A mãe não está em casa; não pode, portanto, ensiná-la, orientá-la. O pai só a vê no fim de semana, o que o fará sentir-se culpado e o impedirá de ministrar qualquer ensinamento. Sobra-lhe a TV amiga das horas de solidão, a passar mensagens de violência e mais violência. Com essa vida, é difícil seguir outro caminho.

                                                                         (Lucia Helena Gouvêa, 2004)

“(...), entretanto acredita-SE que a prática dos crimes infantis se deva ao modo como se vive nos dias atuais”

A palavra SE em destaque classifica-se como:

  • A índice de indeterminação do sujeito.
  • B partícula expletiva
  • C conjunção subordinativa integrante.
  • D pronome reflexivo.
  • E partícula apassivadora.
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                               A VIOLÊNCIA INFANTIL


      Nos últimos tempos, a violência infantil vem crescendo de modo alarmante. Muitas razões têm sido apontadas como causa para um problema tão grave, entretanto acredita-se que a prática dos crimes infantis se deva ao modo como se vive nos dias atuais.

      Em primeiro lugar, pode-se constatar que as crianças passam durante muitas horas assistindo, pela televisão, a uma programação baseada na violência. Os desenhos, com personagens utilizando- se de espadas, armas de fogo etc., fazem, todo o tempo, apologia da força física, da coragem mediante o uso de uma arma. Os filmes apresentam lutas, brigas, disputas, homens fortes, como Schwarzenegger, com armas possantes, destruindo tudo à sua frente. As novelas, muitas vezes, mostram o lado negativo do ser humano, através de intrigas, vícios, maldades, enfim. Na verdade, podem ser contados nos dedos os programas que não incitem a criança e o próprio adulto a sair pelas ruas cometendo desatinos. Podem ser contados nos dedos os programas que acalmem o telespectador, que direcionem para as boas ações.

      Em segundo lugar, verifica-se que a maioria das mães não está dentro de casa para educar os filhos, o que tem sido, aliás, fator determinante para a sua desestruturação. Com as dificuldades financeiras por que passa grande parte das famílias, a mulher precisou sair para trabalhar e ajudar nas despesas do lar. Sua saída embora positiva por um lado, por outro foi desastrosa, pois os filhos ficaram a mercê das empregadas ou até sozinhos em grande parte dos casos. Isso significa que a educação ficou por conta de pessoas que não tem condições nem motivo para educar, ou ainda, por conta deles próprios. A criança passou a ter liberdade para fazer o que bem quer; os pais, por seu turno, com sentimento de culpa por se encontrarem somente à noite com os filhos, não lhes impõem limites, e tudo fica por isso mesmo.

      Por fim, outro dado que se destaca é a separação tão frequente dos casais hoje em dia. Marido e mulher já não estão tendo paciência para enfrentar os problemas, os desentendimentos, o dia-a-dia complicado que é viver em família; por qualquer coisa um pouco mais grave estão desfazendo o compromisso e indo cada um para o seu lado. Com isso, ficam os filhos normalmente com a mãe e vendo o pai apenas uma vez por semana. A mãe, como já se comentou, passa a maior parte do tempo trabalhando, o que faz com que a convivência seja mínima. Mais uma vez está a criança sozinha, agora encontrando somente um dos pais, no final do dia, a atenção, se for o caso.

      Em vista de tudo isso, pergunta-se o que pensa essa criança durante o dia inteiro, como ela encara a vida, que noção tem de certo e de errado, que sentimentos tem no coração. A mãe não está em casa; não pode, portanto, ensiná-la, orientá-la. O pai só a vê no fim de semana, o que o fará sentir-se culpado e o impedirá de ministrar qualquer ensinamento. Sobra-lhe a TV amiga das horas de solidão, a passar mensagens de violência e mais violência. Com essa vida, é difícil seguir outro caminho.

                                                                         (Lucia Helena Gouvêa, 2004)

“O pai só a vê no fim de semana, O QUE O FARÁ SENTIR-SE CULPADO (...)."


A oração em destaque classifica-se como:

  • A oração relativa substantiva.
  • B oração relativa explicativa
  • C oração relativa apositiva.
  • D oração relativa cortadora.
  • E oração relativa restritiva
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     "O certo a ser feito": as marcas do utilitarismo no nosso dia-a-dia

                               Por Carlos Henrique Cardoso


      Ultimamente tenho analisado e refletido sobre a situação política do país e sua judicialização. E enxergo muito dos princípios do utilitarismo instaurados nos desejos de boa parte dos cidadãos. Enxergo o que? Como assim?

      O utilitarismo é uma teoria social desenvolvida pelo jurista, economista, e filósofo Jeremy Bentham, lá pelos fins do século XVIII e início do XIX. Essa teoria também foi objeto de estudo do filósofo John Stuart Mill. Tem como princípio a busca do prazer e da felicidade, mas também satisfazer os indivíduos na coletividade, almejando benefícios, onde as leis seriam socialmente úteis e as escolhas mais corretas. Alguns testes e dinâmicas de grupo também utilizam conceitos de base utilitarista, pautadas nas melhores escolhas para cada situação posta com a finalidade de encontrarmos um bem comum a todos.

      Um exemplo. No único hospital de uma pequena cidade, há apenas uma máquina de hemodiálise e quatro doentes renais. As características sociais, econômicas, profissionais, familiares, e pessoais de cada um são apresentadas e faz-se a pergunta: qual deles merece ser salvo para que possa utilizar o equipamento? Após um pequeno debate, chega-se à conclusão e as razões para que aquele felizardo seja o escolhido. Ou seja, o intuito é tomar decisões para obter o melhor resultado para todos.

      O utilitarismo pode ser transposto para o nosso cotidiano e sua doutrina ética pode estar incrustada em vários fatos e decisões. Sua aplicação pode ser considerável diante de fatores que venham a ocorrer e se tornar aceitável para diversos setores sociais.

      Digamos que comecem a aparecer pessoas feridas por rajadas de metralhadora nas ruas de um município e que muitos testemunharam um homem portando essa arma por aí. As autoridades partem a sua busca, mas não o encontram em lugar nenhum. E novas pessoas são baleadas. Com o rumo das investigações, familiares do suspeito são localizados. Como não informam seu paradeiro, os policiais passam a torturar seus pais, irmãos, e outros parentes a fim de obterem respostas ou pistas para sua descoberta. Dias depois, o “louco da metralhadora” é encontrado. A tortura é proibida por lei, mas sua utilização foi justificada pelo bem-estar público, ou seja, “o certo a ser feito”. Um cálculo que foi interpretado como moralmente aceitável por muitos que consideram aquela postura adequada para que mais ninguém fosse alvejado. Mesmo que jamais fosse preciso tomar tal atitude para um crime ser desvendado. Um princípio utilitarista.

      E assim observo muitas atitudes manifestadas por seguimentos de nossa população. Na véspera da decisão do Supremo Tribunal Federal em conceder ou não o Habeas Corpus para o ex-presidente Lula, grupos pediam que o STF não concedesse o HC porque Lula “tinha que ser preso”, pois já havia sido condenado. Apesar do HC ser um quesito legal, o desejo de prisão parecia ser maior que a virtude da lei. O que imperava era a vontade popular, o desejo de ver alguém que aprenderam a detestar, encarcerado. Importava menos o previsto em lei e mais “a voz das ruas”.

      Declarações de ministros e ex-ministros do STF engrossaram os manifestos. “Temos que ouvir a voz das ruas”, “o sentimento social”, e “o clamor popular” foram termos utilizados pelos ocupantes da Suprema Corte. Apesar das decisões judiciais não serem pautadas, obviamente, pelas vontades do povo profissionais que interpretam as leis não podem estimular aproximações demasiadas entre “as ruas” e os juízes, como termômetro a medir algum “choque térmico” entre a conclusão dos processos e os anseios sociais amparados pelas paixões e ódios. Uma linha tênue entre a lei e “o certo a ser feito”. Reflexões realizadas no calor dos acontecimentos podem influenciar atos finais moralmente justificáveis. Um receio calcado em posturas utilitaristas.

      Essas condutas são visíveis quando qualificam defensores dos Direitos Humanos – que seguem resoluções ratificadas por órgãos internacionais – como “defensores de bandidos”. Isso porque “o pessoal” dos Direitos Humanos defendem medidas previstas em leis e na Constituição Federal. Curioso que muitos dos críticos se referem aos Direitos Humanos como se fosse uma ONG, uma entidade representativa, com CNPJ, sede, funcionários (“o pessoal”) que se reúnem frequentemente em torno de uma grande mesa e passam a discutir políticas de apoio a assassinos, estupradores, e ladrões – uma espécie de “Greenpeace” voltado para meliantes. Com isso, proporcionam reflexões equivocadas sobre como devem ser tratados detentos, como a justiça deve agir com acusados de crime hediondo, ou como nossos policiais devem ser protegidos em autos de resistência ou intervenções repressoras. Tudo para alcançar o bem-estar social e “o certo a ser feito”. E a lei? Que se lasque!! Atos para que o “cidadão de bem” fique protegido das mazelas sociais e que se cumpra a vontade popular acima de qualquer artigo, parágrafo, inciso, ou decreto. Enquanto não se reestrutura o nosso defasado Código Penal, podemos bradar juntos as delicias de um Estado Utilitarista.

https://www.soteroprosa.com/inicio/author/Carlos-Henrique-Cardoso. Acessado em 28/01/2019 (Com adaptação)

“Sua aplicação pode ser considerável diante de fatores que venham a ocorrer e se tornar aceitável para diversos setores sociais.” (4º parágrafo).


O elemento grifado no período acima pode ser substituído, preservando-se a correção gramatical e o sentido, por:

  • A aos quais
  • B cujos
  • C os quais
  • D de que
  • E nos quais
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Texto: É brincando que se aprende


      O professor Pardal gostava muito do Huguinho, do Zezinho e do Luizinho e queria fazê-los felizes. Inventou, então, brinquedos que os fariam felizes para sempre, brinquedos que davam certo sempre: uma pipa que voava sempre, um peão que rodava sempre e um taco de beisebol que acertava sempre na bola. Os três patinhos ficaram felicíssimos ao receber os presentes e se puseram logo a brincar com seus brinquedos que funcionavam sempre.

      Mas a alegria durou pouco. Veio logo o enfado. Porque não existe nada mais sem graça que um brinquedo que dá certo sempre. Brinquedo, para ser brinquedo, tem de ser um desafio. Um brinquedo é um objeto que, olhando para mim, me diz: “Veja se você pode comigo!”. O brinquedo me põe à prova. Testa as minhas habilidades. Qual é a graça de armar um quebra-cabeça de 24 peças? Pode ser desafio para uma criança de 3 anos, mas não para mim. Já um quebra-cabeça de 500 peças é um desafio. Eu quero juntar as suas peças! Para isso, sou capaz de gastar meus olhos, meu tempo, minha inteligência, meu sono.

      Qualquer coisa pode ser um brinquedo. Não é preciso que seja comprado em lojas. Na verdade, muitos dos brinquedos que se vendem em lojas não são brinquedos precisamente por não oferecerem desafio algum.

      Que desafio existe numa boneca que fala quando se aperta a sua barriga? Que desafio existe num carrinho que anda ao se apertar um botão? Como os brinquedos do professor Pardal, eles logo perdem a graça. Mas um cabo de vassoura vira um brinquedo se ele faz um desafio: “Vamos, equilibre-me em sua testa!”. Quando era menino, eu e meus amigos fazíamos competições para saber quem era capaz de equilibrar um cabo de vassoura na testa por mais tempo. O mesmo acontece com uma corda no momento em que ela deixa de ser coisa para se amarrar e passa a ser coisa de se pular.

      Laranjas podem ser brinquedos? Meu pai era um mestre em descascar laranjas sem arrebentar a casca e sem ferir a fruta. Para o meu pai, a laranja e o canivete eram brinquedos. Eu olhava para ele e tinha inveja. Assim, tratei de aprender. E ainda hoje, quando vou descascar uma laranja, ela vira brinquedo nas minhas mãos ao me desafiar: “Vamos ver se você é capaz de tirar a minha casca sem me ferir e sem deixar que ela arrebente”.

       Para um alpinista, o Aconcágua é um brinquedo: é um desafio a ser vencido. Mas um morrinho baixo não é brinquedo porque é muito fácil – não é desafio. Ao escalar o Aconcágua, ele está medindo forças com a montanha ameaçadora! Pelo desafio dos picos, os alpinistas arriscam as suas vidas, e muitos morrem. Parodiando o Riobaldo: “Brincar é muito perigoso...”.

      Há brinquedos que são desafios ao seu corpo, à sua força, à sua habilidade, à sua paciência. E há brinquedos que são desafios à inteligência. A inteligência gosta de brincar. Brincando, ela salta e fica mais inteligente ainda. Brinquedo é tônico para a inteligência. Mas se ela tem de fazer coisas que não são desafio, ela fica preguiçosa e emburrecida.

      Todo conhecimento científico começa com um desafio: um enigma a ser decifrado! A natureza desafia: “Veja se você me decifra!”. E aí os olhos e a inteligência do cientista se põem a trabalhar para decifrar o enigma. Assim aconteceu com Johannes Kepler (15711630), cuja inteligência brincava com o movimento dos planetas. Assim aconteceu com Galileu Galilei (1564-1642), que, ao observar a natureza, tinha a suspeita de que ela falava uma linguagem que ele não entendia. Pôs-se, então, a observar e a pensar (ciência se faz com essas duas coisas, olho e cérebro!) até que decifrou o enigma: a natureza fala a linguagem da matemática! E até hoje os cientistas continuam a brincar o mesmo brinquedo descoberto por Galileu.

      Aconteceu assim também com um monge chamado Gregor Johann Mendel (1882-1962). No seu mosteiro havia uma horta onde cresciam ervilhas. Os outros monges, vendo as ervilhas, pensavam em sopa. Mas Mendel percebeu que elas escondiam um segredo. E ele tanto fez que acabou por descobrir o segredo que nos revelou o incrível mundo da genética. E não é esse mesmo jogo que faz a criança que está começando a aprender a ler? Ela olha para as letras-ervilhas e tenta decifrar a palavra que elas formam. Tudo é brinquedo!

Rubem Alves
https://institutorubemalves.org.br/wp-content/uploads/2018/08/2002.12.17.pdf

A palavra para traz a ideia de finalidade no seguinte fragmento de texto:

  • A “Pode ser desafio para uma criança de 3 anos...”
  • BPara isso, sou capaz de gastar meus olhos...”
  • C “Um brinquedo é um objeto que, olhando para mim...”
  • DPara um alpinista, o Aconcágua é um brinquedo...”
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Texto: É brincando que se aprende


      O professor Pardal gostava muito do Huguinho, do Zezinho e do Luizinho e queria fazê-los felizes. Inventou, então, brinquedos que os fariam felizes para sempre, brinquedos que davam certo sempre: uma pipa que voava sempre, um peão que rodava sempre e um taco de beisebol que acertava sempre na bola. Os três patinhos ficaram felicíssimos ao receber os presentes e se puseram logo a brincar com seus brinquedos que funcionavam sempre.

      Mas a alegria durou pouco. Veio logo o enfado. Porque não existe nada mais sem graça que um brinquedo que dá certo sempre. Brinquedo, para ser brinquedo, tem de ser um desafio. Um brinquedo é um objeto que, olhando para mim, me diz: “Veja se você pode comigo!”. O brinquedo me põe à prova. Testa as minhas habilidades. Qual é a graça de armar um quebra-cabeça de 24 peças? Pode ser desafio para uma criança de 3 anos, mas não para mim. Já um quebra-cabeça de 500 peças é um desafio. Eu quero juntar as suas peças! Para isso, sou capaz de gastar meus olhos, meu tempo, minha inteligência, meu sono.

      Qualquer coisa pode ser um brinquedo. Não é preciso que seja comprado em lojas. Na verdade, muitos dos brinquedos que se vendem em lojas não são brinquedos precisamente por não oferecerem desafio algum.

      Que desafio existe numa boneca que fala quando se aperta a sua barriga? Que desafio existe num carrinho que anda ao se apertar um botão? Como os brinquedos do professor Pardal, eles logo perdem a graça. Mas um cabo de vassoura vira um brinquedo se ele faz um desafio: “Vamos, equilibre-me em sua testa!”. Quando era menino, eu e meus amigos fazíamos competições para saber quem era capaz de equilibrar um cabo de vassoura na testa por mais tempo. O mesmo acontece com uma corda no momento em que ela deixa de ser coisa para se amarrar e passa a ser coisa de se pular.

      Laranjas podem ser brinquedos? Meu pai era um mestre em descascar laranjas sem arrebentar a casca e sem ferir a fruta. Para o meu pai, a laranja e o canivete eram brinquedos. Eu olhava para ele e tinha inveja. Assim, tratei de aprender. E ainda hoje, quando vou descascar uma laranja, ela vira brinquedo nas minhas mãos ao me desafiar: “Vamos ver se você é capaz de tirar a minha casca sem me ferir e sem deixar que ela arrebente”.

       Para um alpinista, o Aconcágua é um brinquedo: é um desafio a ser vencido. Mas um morrinho baixo não é brinquedo porque é muito fácil – não é desafio. Ao escalar o Aconcágua, ele está medindo forças com a montanha ameaçadora! Pelo desafio dos picos, os alpinistas arriscam as suas vidas, e muitos morrem. Parodiando o Riobaldo: “Brincar é muito perigoso...”.

      Há brinquedos que são desafios ao seu corpo, à sua força, à sua habilidade, à sua paciência. E há brinquedos que são desafios à inteligência. A inteligência gosta de brincar. Brincando, ela salta e fica mais inteligente ainda. Brinquedo é tônico para a inteligência. Mas se ela tem de fazer coisas que não são desafio, ela fica preguiçosa e emburrecida.

      Todo conhecimento científico começa com um desafio: um enigma a ser decifrado! A natureza desafia: “Veja se você me decifra!”. E aí os olhos e a inteligência do cientista se põem a trabalhar para decifrar o enigma. Assim aconteceu com Johannes Kepler (15711630), cuja inteligência brincava com o movimento dos planetas. Assim aconteceu com Galileu Galilei (1564-1642), que, ao observar a natureza, tinha a suspeita de que ela falava uma linguagem que ele não entendia. Pôs-se, então, a observar e a pensar (ciência se faz com essas duas coisas, olho e cérebro!) até que decifrou o enigma: a natureza fala a linguagem da matemática! E até hoje os cientistas continuam a brincar o mesmo brinquedo descoberto por Galileu.

      Aconteceu assim também com um monge chamado Gregor Johann Mendel (1882-1962). No seu mosteiro havia uma horta onde cresciam ervilhas. Os outros monges, vendo as ervilhas, pensavam em sopa. Mas Mendel percebeu que elas escondiam um segredo. E ele tanto fez que acabou por descobrir o segredo que nos revelou o incrível mundo da genética. E não é esse mesmo jogo que faz a criança que está começando a aprender a ler? Ela olha para as letras-ervilhas e tenta decifrar a palavra que elas formam. Tudo é brinquedo!

Rubem Alves
https://institutorubemalves.org.br/wp-content/uploads/2018/08/2002.12.17.pdf

Foge à norma padrão da língua a seguinte frase:

  • A Tudo são brinquedos.
  • B Ao receberem os brinquedos, os patinhos se entusiasmaram.
  • C Existem brinquedos que são extremamente desafiadores.
  • D Vamos, me equilibra na sua testa!

Direito Administrativo

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Considere que em determinado certame instaurado pelo Município tenha sido exigida dos licitantes a apresentação de metodologia de execução. Tal circunstância significa, necessariamente, que

  • A foi adotada a pré-qualificação dos licitantes, com o credenciamento como procedimento substitutivo da modalidade licitatória ordinariamente aplicável.
  • B o critério de julgamento adotado foi o de melhor técnica, utilizando-se a pontuação obtida com a metodologia apresentada.
  • C se trata de licitação do tipo técnica e preço, devendo a metodologia de execução ser avaliada após a apresentação da proposta econômica.
  • D foi dispensada, na fase de habilitação, a apresentação de atestados, utilizando-se os elementos constantes da metodologia para fins de aferição da qualificação técnica.
  • E o objeto licitado consiste em obras, serviços ou compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, devendo a metodologia ser avaliada exclusivamente por critérios objetivos.
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Diante da prática de um ato tipificado pela Lei de Improbidade Administrativa em uma das modalidades desse ilícito,

  • A fica obstado o processamento de infração criminal, tendo em vista que a identidade dos fatos que dariam ensejo a essa conduta antijurídica acarretaria dupla penalidade.
  • B não fica impedido o processamento de processos em outras esferas, seja administrativa, seja criminal, tendo em vista que uma mesma conduta pode dar ensejo a mais de uma antijuridicidade.
  • C cabe a apuração e processamento da conduta na esfera, para fins de aplicação de sanção de improbidade em processo administrativo.
  • D a depender do vínculo travado entre o autor e a Administração pública, poderá ser considerado sujeito ativo da conduta, pois o servidor celetista, por exemplo, somente pode ser processado e julgado por conduta dolosa.
  • E o funcionário público estatutário poderá ser afastado de suas funções, o que não se aplica aos servidores celetistas, porque estes não têm estabilidade, podendo ser demitidos imotivadamente.
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Analise as modalidades de licitação abaixo, segundo a Lei 8.666/1993:


1. Convite é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

2. Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

3. Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

  • A É correta apenas a afirmativa 2.
  • B São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
  • C São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
  • D São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
  • E São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
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De acordo com a Lei 8.666/1993, a execução indireta é aquela que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob alguns regimes.


Assinale a alternativa correta em relação ao assunto.

  • A Empreitada por preço unitário - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais.
  • B Empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total.
  • C Empreitada parcial - quando se contrata uma empresa que fornecerá somente os materiais.
  • D Empreitada integral - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas.
  • E Tarefa - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada.
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Na descentralização, o Estado distribui algumas de suas atribuições para outras pessoas, físicas ou jurídicas. A descentralização administrativa pode ocorrer por serviços ou por colaboração. A respeito da delegação por colaboração, é correto afirmar:
  • A Transfere a titularidade e execução do serviço por prazo .indeterminado e possui controle finalístico.
  • B O controle é rígido e amplo e transfere a titularidade e execução do serviço.
  • C Transfere a titularidade e execução do serviço por lei e por prazo indeterminado.
  • D Transfere apenas a execução do serviço por contrato por tempo determinado e por ato unilateral por tempo indeterminado.
  • E O controle se dá por tutela ou supervisão e transfere apenas a execução do serviço por contrato por tempo indeterminado.
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O aplicativo Whatsapp, comprado por Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, tem sido largamente utilizado nas organizações, como forma de comunicação mais ágil, se consolidando como forma poderosa de comunicação oficial, inclusive no Poder Judiciário, onde está sendo utilizado para realizar citações judiciais. Segundo a revista EXAME, publicada esta semana, o IBGE constatou que 95% dos brasileiros que têm celular já utilizam o Whatsapp, inclusive para comunicar assuntos do trabalho.

Enunciado baseado na Revista EXAME – Janeiro de 2019 – disponível em https://exame.abril.com.br/negocios/como-suaempresa-pode-prevenir-o-mau-uso-do-whatsapp/


Sobre o processo de comunicação no Whatsapp nas empresas públicas, considere a hipótese abaixo:

Carlos captura um print tratando de questões internas e sigilosas, porém lícitas de seu setor, na instituição federal onde presta serviço, e envia para um cidadão que declaradamente é inimigo pessoal da autoridade máxima do órgão. Pode-se dizer que à luz dos princípios expressos no art. 37, da Constituição Federal, o ato de Carlos afronta:

  • A a eficiência, somente.
  • B a publicidade e a legalidade.
  • C a moralidade e a transparência.
  • D a probidade e a boa fé.
  • E a legalidade, a moralidade e a impessoalidade.
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O agente público federal, na administração da res publica, usando das prerrogativas legais de que é investido pelo poder público, pode praticar atos e celebrar contratos administrativos, desde que seja competente para isto, formalizando atos e contratos como prescrito em lei e motivando-os adequadamente. A partir deste pressuposto, os atos e contratos da administração guardam diferenças importantes, a exemplo da unilateralidade dos atos, e da bilateralidade dos contratos. Considerando estes aspectos basilares, considere o seguinte case hipotético:


Maria dos Anjos é agente pública federal, e realiza, no mesmo dia de trabalho, à frente da administração de um departamento de gestão de pessoas:


I. O despacho deferindo o gozo de licença para tratar de interesses particulares pelo período de 2 anos, requerida por um servidor de sua equipe com base no artigo 91, caput, da Lei 8.112/90, e dispondo, no referido despacho, que a licença deferida poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou por interesse do serviço.

II. A elaboração de documento oficial de instrução administrativa, informando a lentidão da prestação de um ciclo de treinamentos a ser realizado pela empresa contratada CAPACITA T&D a 300 servidores do órgão, em razão de três adiamentos solicitados pela contratada, sem qualquer justificativa. A agente formaliza a informação, motivando-a com base no art. 78, III, da Lei 8.666/93.


Considerando a natureza das atividades de Maria dos Anjos, pode-se afirmar que o despacho (I) é um (________) administrativo, e está balizado pela (___________), podendo ser (_________) pelo poder público, e que a elaboração do documento instrutório (II), informando o atraso da empresa contratada, visa comprovar a impossibilidade de execução do (______) administrativo, e está orientado pela (__________), podendo ser (_____________) pelo poder público.


Assinale a alternativa CORRETA que complementa corretamente as lacunas do enunciado acima:

  • A Contrato – legalidade – anulado – Ato – discricionariedade – revogado
  • B Contrato – legalidade – revogado – Ato – obrigatoriedade – anulado
  • C Ato – discricionariedade – revogado – contrato – conveniência e oportunidade da administração pública – rescindido
  • D Ato – obrigatoriedade – anulado – ato – obrigatoriedade – revogado
  • E Ato – legitimidade – revogado – contrato – discricionariedade – revogado
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Agentes Públicos são todas as pessoas físicas incumbidas de exercer alguma função estatal, seja de forma definitiva ou de forma transitória, esses agentes desempenham suas funções nos órgãos aos quais estão vinculados, vale ressaltar que, os cargos e as funções são independentes dos agentes. Em relação aos agentes públicos, assinale a alternativa CORRETA:

  • A Agentes honoríficos: são os agentes públicos que se vinculam à Administração Pública Direta ou às Autarquias por relações profissionais. Sujeitam-se à hierarquia funcional; são funcionários públicos com regime jurídico único (estatutários); Respondem por simples culpa ou dolo pelos atos ilícitos civis, penais ou administrativos que praticarem; Funcionários de para-estatais: não são agentes administrativos, todavia seus dirigentes são considerados funcionários públicos; Funcionários das Fundações Públicas: são agentes administrativo.
  • B Agentes Credenciados: são particulares que, por delegação do Estado, executam atividade ou serviço público, em nome próprio, por conta e risco, mas sempre sob a fiscalização da administração pública. Apesar de colaborarem com o Poder Público, os agentes delegados não são considerados servidores públicos, pois não atuam em nome do Estado. A remuneração que recebem não é paga pelos cofres públicos, mas sim pelos usuários do serviço. São os concessionários e permissionários de serviços públicos, os leiloeiros, os tradutores públicos, entre outros.
  • C Agentes políticos: exercem atribuições constitucionais. Ocupam os cargos dos órgãos independentes (que representam os poderes do Estado) e dos órgãos autônomos (que são os auxiliares imediatos dos órgãos independentes). Exs.: Presidente da República, Senadores, Governadores, Deputados, Prefeitos, Juízes, Ministros, etc. Exercem funções e mandatos temporários; Não são funcionários nem servidores públicos, exceto para fins penais, caso cometam crimes contra a Administração Pública.
  • D Agentes delegados: os agentes credenciados são os que recebem a incumbência da administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade, mediante remuneração do Poder Público credenciante. Como exemplo, podemos citar quando é atribuída a alguma pessoa a tarefa de representar o Brasil em determinado evento internacional.
  • E Agentes administrativos: so cidadãos requisitados ou designados, em função da sua honra, de sua condição cívica para, transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a prestação de serviços específicos, não possuindo qualquer tipo de vínculo com a administração, atuando usualmente sem remuneração. Enquanto desempenham a função pública, ficam momentaneamente inseridos na hierarquia do órgão. Exemplos de agentes honoríficos são os jurados, mesários eleitorais e os membros dos Conselhos Tutelares.

Ética na Administração Pública

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É dever do servidor público, EXCETO:

  • A ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos.
  • B tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público.
  • C facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito.
  • D comunicar, em até 48 horas, a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis.
  • E ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema.

Direito Administrativo

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De acordo com o STF, a competência das agências reguladoras para editar atos normativos que visem à organização e à fiscalização das atividades por elas reguladas representa o exercício de seu poder administrativo

  • A discricionário, que depende da conveniência e da oportunidade.
  • B de polícia, na sua função normativa, estando subordinado ao disposto na lei.
  • C normativo, que é dotado de autonomia com relação às competências definidas em lei.
  • D regulamentar, visando à normatização de situações concretas voltadas à atividade regulada.
  • E disciplinar, objetivando a punição do administrado pela prática de atividade contrária ao disposto no ato normativo.

Engenharia Agrícola

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Na classificação do clima por W.Koppen, neste caso é correto afirmar, EXCETO:

  • A nesta classificação foram definidos grupos A, B, C, D e E.
  • B na classificação B foram definidas áreas secas ou vegetação xerófita.
  • C na classificação A, C e D áreas de clima úmido.
  • D na classificação E, se caracterizou por apresentar temperatura média de todos os meses do ano abaixo de 10ºC.
  • E na classificação C megatérmico, com temperatura média do mês mais frio acima de 18ºC.
22

Os critérios para escolha dos aspersores para irrigação, neste caso é correto afirmar, EXCETO:

  • A reduzida pressão para economizar energia sem prejudicar o desempenho das irrigações.
  • B reduzido alcance do jato na pressão especificada.
  • C satisfatória uniformidade de distribuição espacial de água.
  • D custo reduzido e durabilidade elevada.
  • E garantia da empresa da qualidade do produto conforme suas especificações.
23

A quantidade de água requerida para o sistema de produção de forragem é representada, neste caso é CORRETO afirmar:

  • A pela evaporação do solo e transpiração das plantas.
  • B pela rebrota do capim.
  • C pela umidade do solo.
  • D pela quantidade de animal.
  • E pelo percentual de plantas espontâneas no sistema.
24

Parâmetro envolvido num projeto que permite estipular a condição adequada de manejo e controle da irrigação, neste caso é correto afirmar, EXCETO:

  • A a cultura a ser destinada a irrigação.
  • B as características do solo.
  • C disponibilidade de água do terreno.
  • D as características do clima.
  • E o tipo de vegetação da região.
25

Tipo(s) de sistema de irrigação por aspersão, neste caso é CORRETO afirmar:

  • A Sistema convencional acelerado.
  • B Sistema hibrido permanente.
  • C Sistema convencional portátil e permanente.
  • D Sistema convencional hidráulico e a vácuo.
  • E Sistema convencional.
26

No manejo da irrigação por aspersão, neste caso é CORRETO afirmar:

  • A a não exigência de um processo de sistematização do terreno.
  • B o baixo custo inicial.
  • C a facilidade de aplicação devido ao vento.
  • D as baixas perdas pela evaporação da água.
  • E exigência de um sistema de motobomba de baixa potência para grandes áreas.
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Relação ao sistema solo-água-planta, neste caso é CORRETO afirmar:

  • A a maioria das plantas cultivadas são chamadas de xerófitas, pois se desenvolvem em ambiente com abundante disponibilidade de água no solo e umidade relativa do ar alta e aquelas que se desenvolvem em ambiente árido são chamadas de mesófita.
  • B as águas subterrâneas têm sua qualidade afetada pela contaminação do uso indiscriminado de fertilizantes minerais e agrotóxicos usados nas lavouras.
  • C os íons causadores da dureza da água são nitrogênio e boro.
  • D a dureza da água é dividida em dureza permanente e iônica.
  • E a água dura causa paladar agradável.
28

Além do aumento da superfície radicular promovido pelos pêlos radiculares, neste caso é CORRETO afirmar:

  • A vários tipos de plantas são invadidos por fungos, que formam uma associação simbiótica chamada de micorrizas, o que promove extensão da área e do volume das raízes.
  • B a quantidade da água absorvida pelo vegetal depende indiretamente do volume do solo ocupado.
  • C plantas de sistema radicular profundo, que exploram as camadas de solo mais próxima do lençol freático, são em geral, menos adaptadas a seca que plantas com sistema radicular superficial.
  • D as taxas de transpiração de um vegetal de clima tropical são menores, principalmente nas horas mais quentes do dia, ás taxas de absorção de água.
  • E o sistema radicular é um órgão que não é colhido na maioria das culturas e o seu maior desenvolvimento aumenta a produtividade nas colheitas.
29

O sistema radicular tem uma importância capital para as plantas, neste caso é CORRETO afirmar:

  • A órgão responsável pela absorção de água e nutrientes.
  • B sintetiza fitormônios responsáveis de uma série de eventos no solo.
  • C o sistema radicular serve como dreno de reserva de proteínas.
  • D a rizoderme reduz a quantidade de pelos radiculares, diminuindo a área de contato de absorção de água e nutrientes.
  • E a endoderme é uma barreira da passagem da água .
30

Em relação ao sistema agroflorestal, é INCORRETO afirmar:

  • A os sistemas agroflorestais (SAF's) podem tornar produtivas áreas degradadas, melhorando sua função social e ecológica.
  • B a alternativa para aproveitamento de áreas já alteradas ou degradadas. Também diminui a demanda de fertilizantes em razão da eficiente ciclagem e da adubação orgânica, melhora as propriedades físicas e biológicas do solo e permite a preservação da biodiversidade.
  • C a diversidade de espécies permite a obtenção de um número maior de produtos e/ou serviços a partir de uma mesma unidade de área.
  • D a área com sistema agroflorestal pode ser usada permanentemente, mas não minimizando a necessidade de derruba e queima de novas áreas.
  • E a combinação de produtos de mercado e de subsistência que permite limitar os riscos assumidos pelos agricultores familiares.

Engenharia Agronômica (Agronomia)

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Sobre as mudanças realizadas pelo Novo Código Florestal de 2012, em relação a exploração de floresta nativa é INCORRETO afirmar:

  • A Para explorar vegetação nativa é necessário o Licenciamento ambiental, mediante a aprovação do Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS .
  • B cada Governador estabelecerá disposições diferenciadas sobre os PMFS em escala empresarial, de pequena escala e comunitário.
  • C são obrigados à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que utilizem matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação, através de PMFS aprovado pelo órgão ambiental.
  • D estão isentas de apresentar PMFS as florestas plantadas e a exploração não comercial realizada nas propriedades de produtores rurais familiares.
  • E não é isento da obrigatoriedade da reposição florestal, matéria-prima florestal oriunda de florestas plantadas.

Engenharia Agrícola

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O balanço hídrico é uma maneira de monitorar o armazenamento de água no solo computando o volume de água que entra e que sai. É de fundamental importância para o planejamento do cultivo das culturas.


De acordo com o texto assinale a única CORRETA:

  • A água total disponível é a água compreendida entre a razão da capacidade de campo e o ponto de murcha permanente.
  • B o balaço hídrico por cultura é o cálculo do balanço hídrico diário do solo considerando a evapotranspiração potencial da cultura selecionada.
  • C a evapotranspiração é a combinação da transpiração, da evaporação e da capacidade de campo do solo.
  • D evaporação é um processo físico, dependente de energia, envolvendo uma mudança de estado da água de uma fase líquida para vapor e vice-versa.
  • E a capacidade de campo é a quantidade de água retida pelo solo após a drenagem ter ocorrido ou cessado em um solo previamente saturado por chuva ou irrigação, sendo um valor fixo independente do tipo de solo.
33

Em relação à produção de mudas de pimenta do reino:


I. a pimenta-do-reino pode ser propagada por estacas semi lenhosas pré enraizadas, por mudas herbáceas e sementes.


II. A propagação por estacas semi lenhosas foi praticamente abandonada por causa da desuniformidade das plantas no primeiro ano de cultivo, da perda de material no campo e da necessidade de poda de formação.


III. As mudas herbáceas são mais vantajosas em relação às estacas semi lenhosas, devido reduzirem a perda de material vegetativo no campo e permitem a formação de pimentais mais uniformes.


IV. A propagação por sementes só é usada em trabalhos de melhoramento genético, por originar plantas fracas que só produzem depois de 6 a 8 anos.


A(s) afirmativa(s) CORRETA(s) é/são apenas:

  • A I, II, III e IV.
  • B II e III.
  • C I e II e IV.
  • D I e II.
  • E I e IV.

Engenharia Agronômica (Agronomia)

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O novo Código Florestal de 2012 estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal e o suprimento de matéria-prima florestal. Em relação plano de manejo florestal sustentável da agricultura familiar é correto afirmar, EXCETO:

  • A o manejo sustentável da Reserva Legal para exploração florestal eventual, sem propósito comercial direto ou indireto, para consumo no próprio imóvel, independe de autorização dos órgãos ambientais competentes, limitada a retirada anual de material lenhoso a 2 (dois) metros cúbicos por hectare anual.
  • B o manejo previsto não poderá comprometer mais de 20% (vinte por cento) da biomassa da Reserva Legal nem ser superior a 20 (vinte) metros cúbicos de lenha para uso doméstico e uso energético, por propriedade ou posse rural, por ano.
  • C entende-se por manejo eventual, sem propósito comercial, o suprimento, para uso no próprio imóvel, de lenha ou madeira serrada destinada a benfeitorias e uso energético nas propriedades e posses rurais, em quantidade não superior ao 2 (dois) metros cúbicos por hectare anual.
  • D os limites para utilização de matéria-prima florestal no caso de posse coletiva de populações tradicionais ou de agricultura familiar serão adotados por unidade familiar.
  • E as propriedades são desobrigadas da reposição florestal se a matéria-prima florestal for utilizada para consumo próprio sem proposito comercial direto ou indireto.

Engenharia Agrícola

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Em relação aos aspectos técnicos do dimensionamento agronômico e hidráulico de um sistema de irrigação por aspersão é correto afirmar, EXCETO:

  • A a necessidade hídrica da cultura a ser cultivada.
  • B a distribuição otimizada de energia.
  • C o tipo de solo, principalmente, suas características físicas independentemente da topografia.
  • D a viabilidade econômica e sustentabilidade.
  • E a vazão disponível para a irrigação.
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A biodiversidade do agroecossistemas, via de regra, depende:


I. da diversidade da vegetação dentro e a redor do agroecossistema.


II. da intensidade do manejo.


III. do grau de isolamento do agroecossistema em relação à vegetação natural.


IV. da permanência dos vários cultivos dentro do agroecossistema.


A(s) afirmativa(s) CORRETA(s) é/são apenas:

  • A I e II.
  • B I, II, III e IV.
  • C I e II e IV.
  • D II, III e IV.
  • E II e III.
37

 Dentre as vantagens do sistema agroflorestal, podemos afirmar que:


I. faz uso eficiente dos recursos naturais, pois os diversos estratos vegetais proporcionam maior eficiência da radiação solar e a ciclagem de nutrientes.


II. com a obtenção de vários produtos, torna-se possível uma diluição dos riscos, uma vez que esses produtos serão diferencialmente afetados pelas condições desfavoráveis.


III. vários produtos florestais podem ser obtidos na entressafra agrícola, quando não há oportunidade para outros produtos tipos de produção agrícola.


IV. dentre algumas restrições aos sistemas agroflorestais podemos citar que o tamanha da parcela pode afetar o tipo de insumo. Em áreas com alta pressão populacional e solos pobres, as propriedades são pequenas demais para serem viáveis como unidades produtivas.


Estão CORRETAS as afirmativas:

  • A I e II.
  • B I, II, e III.
  • C III e IV.
  • D I, II, III e IV.
  • E II e IV.
38

Em relação a propagação das espécies frutíferas tropicais comerciais:


I. as mudas do abacateiro são formadas por enxertia do tipo garfagem no topo de fenda cheia.


II. a propagação do abacaxizeiro poderá ser feita pela coroa, que é a parte basal destacável do fruto e pelos filhotes que são brotações que surgem embaixo do pedúnculo dos frutos.


III. as mudas de goiabeira podem ser produzidas por enxertia e estacas enraizadas.


IV. as mudas do cajueiro são formadas por enxertia e a borbulhia é o método mais recomendável.


É CORRETO o que consta apenas na afirmação:


  • A II e III apenas.
  • B I, II e III apenas.
  • C I, II, III e IV apenas.
  • D I, III e IV apenas.
  • E III apenas.
39

O bom desenvolvimento do pomar está relacionado com a qualidade das muda. E cada espécie tem seu método de propagação. Em relação aos métodos de propagação das plantas é CORRETO afirmar:

  • A a enxertia por garfagem é indicada para as culturas dos citros e manga.
  • B a propagação por estaquia além de garantir plantas mais uniformes e produtivas, aumenta à resistência a pragas e doenças devido sua maior variabilidade genética.
  • C a garfagem de fenda cheia é utilizada para várias fruteiras comerciais entre elas; manga, goiabeira, abacate e citros.
  • D a borbulhia de “T” invertido consiste na retirada do escudo da gema do enxerto para inserção no porta enxerto amarrada por uma fita plástica, sendo utilizada nos citros e manga.
  • E dentre as técnicas de propagação vegetativa destacam-se, enxertia, borbulhia, garfagem, semeadura, alporquia e mergulhia.
40

Um dos fatores que influencia no custo da cana-de-açúcar é a sua qualidade, que tem como indicador a(o)

  • A sacarose total recuperável
  • B glicose total recuperável
  • C frutose total recuperável
  • D etanol total recuperável
  • E açúcar total recuperável

Raciocínio Lógico

41

Sabe-se que as sequências S1 e S2 abaixo são diretamente proporcionais (x > 0), isto é, a razão entre os elementos correspondentes das duas sequências é constante:


Sequência S1: {4, x, 16, ...}

Sequência S2: {x, 9, y, ...}


O valor de y é igual a

  • A 15.
  • B 9.
  • C 12.
  • D 6.
  • E 24.
42

Em uma sorveteria um cliente declara: “Se eu não comer sorvete de baunilha, então não comerei de flocos, mas comerei de chocolate”.


Assinale a alternativa que faz com que a declaração do cliente seja falsa.

  • A O cliente comeu sorvete de baunilha.
  • B O cliente comeu sorvete de baunilha e comeu sorvete de flocos.
  • C O cliente comeu sorvete de baunilha, comeu sorvete de flocos e não comeu sorvete de chocolate.
  • D O cliente não comeu sorvete de baunilha, mas não comeu sorvete de chocolate.
  • E O cliente não comeu sorvete de baunilha, mas comeu sorvete de chocolate.
43

Ângela, Bruna, Carol e Denise são quatro amigas com diferentes idades. Quando se perguntou qual delas era a mais jovem, elas deram as seguintes respostas:


• Ângela: Eu sou a mais velha;

• Bruna: Eu sou nem a mais velha nem a mais jovem

• Carol: Eu não sou a mais jovem

• Denise: Eu sou a mais jovem.


Sabendo que uma das meninas não estava dizendo a verdade, a mais jovem e a mais velha, respectivamente, são:

  • A Bruna é a mais jovem e Ângela é a mais velha.
  • B Ângela é a mais jovem e Denise é a mais velha.
  • C Carol é a mais jovem e Bruna é a mais velha.
  • D Denise é a mais jovem e Carol é a mais velha.
  • E Carol é a mais jovem e Denise é a mais velha.
44

Sejam dadas as proposições simples abaixo:


A: Campo Grande é a capital de Mato Grosso do Sul.

B: Jair Bolsonaro foi eleito Presidente do Brasil nas eleições de 2018.


Considerando os valores lógicos de A e B, pode-se afirmar que:

  • A a condicional A →B é verdadeira.
  • B a bicondicional A ↔ B é falsa.
  • C a conjunção (e) entre ambas é falsa.
  • D a disjunção (ou) entre ambas é falsa.
  • E a disjunção exclusiva (ou...ou) é verdadeira.
45

Se Paulo colar na prova de Matemática, então ele será punido. Contudo, Paulo não colou na prova de Matemática. Dessa maneira, podemos afirmar, com toda certeza, que:

  • A Paulo não será punido.
  • B Paulo será punido.
  • C Paulo colou na prova de Matemática.
  • D Alguém colou na prova de Matemática.
  • E Alguém não colou na prova de Matemática.

Legislação Federal

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O Município de Salvador, após regular processo licitatório na modalidade concorrência, celebrou contrato de concessão com determinada sociedade empresária para prestação do serviço público de transporte coletivo intramunicipal de passageiros.

Durante o prazo de vigência do contrato de concessão, o poder concedente retomou a prestação do serviço, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica aprovada pela Câmara.


Na hipótese descrita, de acordo com a Lei nº 8.987/95, ocorreu a extinção da concessão por

  • A caducidade, com o prévio pagamento de indenização.
  • B revogação, com o ulterior pagamento de indenização.
  • C anulação, com o prévio pagamento de indenização.
  • D encampação, com o prévio pagamento de indenização.
  • E rescisão, com o ulterior pagamento de indenização.
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Patrimônio de Afetação (Lei nº 10.931/2004). Podemos afirmar que é o regime jurídico segundo o qual, a critério do incorporador, a incorporação poderá, a qualquer tempo, ser submetida ao regime da afetação, pelo qual o terreno e as acessões objeto de incorporação imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vinculados, do patrimônio do incorporador. Neste sentido podemos ter como verdadeira a assertiva:

  • A Não é uma faculdade do incorporador, depende de autorização expressa do(s) promitente(s) comprador(es) e da Prefeitura Municipal Local.
  • B Mesmo com a averbação do “patrimônio de afetação” com relação ao empreendimento objeto da incorporação, sua contabilidade se evidencia por ser única, juntamente com outras construções da mesma incorporador, por ser a mesma pessoa jurídica detentora da propriedade imobiliária.
  • C O patrimônio de afetação é incomunicável em relação ao patrimônio geral do incorporador e às demais incorporações, mantendo-se portanto apartados do patrimônio do incorporador, e só responde pelas suas próprias dívidas e obrigações.
  • D A falência do incorporador interfere diretamente nas incorporações-patrimônios-de-afetação e, assim, os acervos das diversas incorporações são passíveis de arrecadação à massa.
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Minha Casa chega aos 10 anos esvaziado e com futuro incerto. Maior iniciativa para habitação popular da história do Brasil, o Programa Minha Casa, Minha Vida completa 10 anos em meio a incertezas sobre seu futuro. Restrições orçamentárias impostas pelo governo no início do ano travaram os repasses ao Programa. E o FGTS, principal fonte de recursos, dá sinal de sua limitação crônica.

(Anais Fernandes, em F. de São Paulo, 24/03/2019.)


Com relação ao Programa Minha, Casa Minha Vida, considere as seguintes afirmativas:


1. O Programa cria mecanismos de incentivo para produção e aquisição de novas unidades habitacionais, para requalificação de imóveis urbanos e para produção ou reforma de habitações rurais.

2. O Plano Diretor dos municípios deve adequar-se à tipologia e ao padrão das moradias e da infraestrutura urbana definidos pelo Ministério das Cidades.

3. Os municípios têm autonomia para fixar os parâmetros de priorização e enquadramento de beneficiários do Programa.

4. Entre as prioridades de atendimento pelo Programa, estão famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar.


À luz do disposto na Lei nº 11.977/2009 e no Decreto nº 7.499/2011, assinale a alternativa correta.

  • A Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
  • B Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
  • C Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
  • D Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
  • E As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
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O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul faz parte da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, que possui uma relevância histórica para a educação brasileira. A respeito da criação da Rede Federal, analise os fatos históricos dispostos nas proposições abaixo e assinale a alternativa correta:


I. Ano de 1909 – Surgiram as Escolas de Aprendizes e Artífices, por meio do Decreto nº 5.154, de 23 de setembro de 1909, destinadas ao ensino profissional, primário e gratuito.

II. Ano de 1941 – Surgiram várias leis que remodelaram o ensino no país, conhecidas como a Reforma Capanema. O ensino profissional passou a ser considerado de nível médio, o ingresso nas escolas industriais passou a depender de exames de admissão e os cursos foram divididos em quatro níveis, correspondentes aos dois ciclos do novo ensino médio.

III. Ano de 1942 – As Escolas de Aprendizes e Artífices foram transformadas em Escolas Industriais e Técnicas, por meio do Decreto nº 4.127, de 25 de fevereiro de 1942, e passaram a oferecer a formação profissional em nível equivalente ao do secundário.

IV. Ano de 1959 – As Escolas Industriais e Técnicas foram transformadas em autarquias, passando à denominação de Escolas Técnicas Federais, com autonomia didática e de gestão.

V. Ano de 1978 – As Escolas Técnicas Federais do Paraná, Minas Gerais e São Paulo foram transformadas em Centros Federais de Educação Tecnológica e receberam mais uma atribuição: formar engenheiros de operação e tecnólogos.

  • A As proposições I, II e III são verdadeiras.
  • B As proposições II, IV e V são verdadeiras.
  • C Somente a proposição I é verdadeira.
  • D As proposições III e IV são verdadeiras.
  • E As proposições III, IV e V são verdadeiras.
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Em relação ao instituto do cheque, é correto afirmar:

  • A Pago o cheque depois do protesto, pode este ser cancelado, a pedido exclusivo do credor, mediante arquivamento do original do título com a perfeita identificação de sua quitação pelo credor.
  • B O emitente ou o portador podem cruzar o cheque, mediante a aposição de dois traços paralelos no anverso do título, podendo o cruzamento especial ser convertido em geral, e a inutilização do cruzamento somente poderá ser feita pelo emitente, mediante declaração no verso do título.
  • C Feita a indicação da quantia em algarismos e por extenso, prevalece esta no caso de divergência, e, indicada a quantia mais de uma vez, quer por extenso, quer por algarismos, prevalece, no caso de divergência, a indicação da menor quantia.
  • D O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, inclusive o sacado, ou mesmo por signatário do título, devendo o aval ser lançado obrigatoriamente no anverso do título e com indicação expressa do emitente.
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Conforme os termos da Lei nº 12846/13, os dirigentes ou administradores somente terão responsabilidade por atos ilícitos na medida de sua:

  • A dolosidade.
  • B inação.
  • C incidência.
  • D ocorrência.
  • E culpabilidade.
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A aprovação da ei de Acesso à Informação LAI (Leinº 12.527/2011) trouxe disposições para garantir à sociedade o acesso à informação pública previsto na Constituição da República de 1988. A LAI estabelece algumas qualidades que devem caracterizar a informação pública.


Uma dessas é a autenticidade, que se refere à qualidade da informação:

  • A que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;
  • B que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
  • C não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino;
  • D coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações;
  • E elaborada por servidor ou agente devidamente autorizado a partir de fontes identificadas.
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Considere que determinado cidadão tenha se dirigido a um órgão público federal (órgão demandado), objetivando a expedição de certidão necessária à concessão de benefício assistencial no âmbito do Município. De acordo com as disposições do Decreto Federal n° 9.094/2017, que trata da racionalização e avaliação do serviços públicos.

  • A o cidadão poderá exigir do órgão demandado a expedição da certidão requerida em até 15 dias úteis, salvo se necessária a comprovação de situação de fato ou de direito imprescindível à prática do ato.
  • B caso o órgão demandado necessite de atestado de outro órgão federal para expedir a certidão, deverá obtê-lo diretamente, sendo vedado imputar a obrigação de apresentação pelo interessado, salvo disposição legal em contrário.
  • C poderá ser dispensada a apresentação de cópias autenticadas de documentos de identificação do solicitante e de outros necessários à expedição da certidão, desde que o órgão demandado possua convênio ou acordo de colaboração com os órgãos responsáveis.
  • D o órgão demandado não poderá cobrar nenhuma taxa ou emolumento do solicitante, independentemente da situação financeira do mesmo, podendo exigir, apenas, o pagamento por expedição de segunda via de documento necessário à expedição da certidão requerida.
  • E o demandante poderá ser dispensado da apresentação do reconhecimento de firma em declarações relativas a situações de fato ou de direito necessárias à expedição da certidão, a critério do órgão demandante e desde que esteja em dia com suas obrigações eleitorais.
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Analise as afirmações abaixo e com base na Lei de Acesso à Informação, marque V para verdadeiras e F para falsas: O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter:


( ) Informação contida em registro e documentos recolhidos a arquivos públicos, vedado os produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades não recolhidos aos arquivos públicos;

( ) Informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;

( ) Informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação e contratos administrativos;

( ) A informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, caso ainda exista vínculo.


A sequência correta, de cima para baixo, é:

  • A F, V, V, F;
  • B F, F, V, V;
  • C V, V, F, V;
  • D V, F, V, F.
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De acordo com a Resolução CFF nº 596/2014, o farmacêutico deve comunicar previamente ao Conselho Regional de Farmácia, por escrito, o afastamento temporário das atividades profissionais pelas quais detém responsabilidade técnica, quando não houver outro farmacêutico que, legalmente, o substitua. Essa comunicação formal e documentada deverá ocorrer em cinco dias úteis após o fato na hipótese de afastamento por motivo de

  • A acidente pessoal.
  • B férias.
  • C congressos.
  • D cursos de aperfeiçoamento.
  • E atividades administrativas previamente agendadas.