Resolver o Simulado Nível Médio

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Matemática

1

Com os elementos A, B, C são possíveis as permutações:

  • A ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e CBA
  • B ABC, CBA, ABB, BBC, AAA e BBB
  • C ABC, BCA, AAB, BBC, CCC e BBB
  • D ACC, ABB, CCA, AAA, BBB e CCC
2

Na prateleira de uma estante estão dispostos 10 livros de direito, 12 livros de economia e 15 livros de administração. O menor número de livros que se devem retirar ao acaso dessa prateleira para que se tenha certeza de que dentre os livros retirados haja um de direito, um de economia e um de administração é igual a

  • A 26.
  • B 23.
  • C 27.
  • D 28.
  • E 29.
3

Uma empresa designou para recreação de seus funcionários um espaço retangular de dimensões inteiras e diferentes da unidade, em metros, cuja área é 793 m2. Sabe-se que a área de um retângulo é o produto de suas duas dimensões. No último mês, a empresa aumentou a dimensão maior desse espaço retangular em 4 metros e a menor em 3 metros. Feito isso, a área de recreação dos funcionários aumentou em

  • A 247 m2
  • B 12 m2
  • C 315 m2
  • D 189 m2
  • E 49 m2
4

Para participar de uma festa são cobrados um ingresso de R$ 80,00 e um preço fixo de R$ 6,00 por qualquer tipo de latinha de bebida. Se uma pessoa gastou nessa festa, com o ingresso e as bebidas, um total de R$ 134,00, então o número de latinhas de bebida consumidas por ela foi

  • A 8.
  • B 6.
  • C 10.
  • D 7.
  • E 9.
5

Em uma caixa há parafusos e pregos, num total de 20 unidades. Sabendo que há 4 parafusos a mais do que o número de pregos, então, o número de parafusos dessa caixa é

  • A 10.
  • B 6.
  • C 8.
  • D 4.
  • E 12.
6

Um estudante precisa fazer todos os exercícios de uma lista e, para isso, decidiu que irá resolver, por dia, sempre a mesma quantidade de exercícios. Se ele resolver 6 exercícios por dia, levará 3 dias a menos do que levaria se resolvesse 4 exercícios por dia. O número de exercícios da lista é

  • A 36.
  • B 72.
  • C 12.
  • D 48.
  • E 60.
7

Uma máquina, trabalhando 4 horas por dia, produz um lote de peças em 12 dias. Se essa máquina trabalhasse 6 horas por dia, produziria o mesmo lote de peças em

  • A 7 dias.
  • B 6 dias.
  • C 9 dias.
  • D 8 dias.
  • E 10 dias.
8

No início de um dia, em um escritório, havia 120 envelopes disponíveis para uso, dos quais 37,5% eram amarelos, e os demais, brancos. Sabendo que 20% dos envelopes amarelos e 60% dos envelopes brancos foram utilizados no decorrer do dia, então, o número de envelopes não utilizados nesse dia foi

  • A 70.
  • B 66.
  • C 64.
  • D 68.
  • E 62.
9

Em certo dia, em uma empresa onde trabalham 36 pessoas, a razão do número de pessoas resfriadas para o número de pessoas não resfriadas era 2/7 . No dia seguinte, constatou-se que mais uma dessas pessoas estava resfriada. Assim, a razão do número de pessoas resfriadas para o número de pessoas não resfriadas passou a ser

  • A 1/2
  • B 3/7
  • C 4/7
  • D 1/4
  • E 1/3
10

Uma pessoa toma 3 medicamentos diferentes: A, B e C. O medicamento A ela toma a cada 4 horas, o medicamento B, a cada 6 horas, e o medicamento C, a cada 12 horas. Sabendo que às 9 horas do dia 1° de agosto essa pessoa tomou os 3 medicamentos juntos, o próximo dia e horário em que essa pessoa tomará esses 3 medicamentos juntos novamente será em

  • A 1° de agosto, às 24 horas.
  • B 2 de agosto, às 09 horas.
  • C 2 de agosto, às 12 horas.
  • D 1° de agosto, às 21 horas.
  • E 1° de agosto, às 12 horas.
11

Em uma gaveta há 24 canetas, sendo 1/6 delas verdes, 3/8 vermelhas, e as demais azuis. O número de canetas azuis que há nessa gaveta é

  • A 7.
  • B 10.
  • C 9.
  • D 8.
  • E 11.
12
Em quantos pontos do plano cartesiano a circunferência de equação (x - 2)2 + (y + 1)2 = 9 e a parábola de equação y = -2x2 + 8x - 6 se intersectam?
  • A 0.
  • B 1.
  • C 2.
  • D 3.
  • E 4.
13
Um tanque contém uma solução de água e sal cuja concentração está diminuindo devido à adição de mais água. Suponha que a concentração Q(t) de sal no tanque, em gramas por litro (g/l), decorridas t horas após o início da diluição, seja dada por
Q(t) = 100 × 5 -0,3t
Assinale a alternativa que mais se aproxima do tempo necessário para que a concentração de sal diminua para 50 g/l. (Use log 5 = 0,7)
  • A 4 horas e 45 minutos.
  • B 3 horas e 20 minutos.
  • C 2 horas e 20 minutos.
  • D 1 hora e 25 minutos.
  • E 20 minutos.
14
Suponha que a carga suportada por uma viga seja diretamente proporcional à sua largura e ao quadrado de sua espessura e inversamente proporcional ao seu comprimento. Sabendo que uma viga de 2 m de comprimento, 15 cm de largura e 10 cm de espessura suporta uma carga de 2.400 kg, qual é a carga suportada por uma viga de 20 cm de largura, 12 cm de espessura e 2,4 m de comprimento?
  • A 2.880 kg.
  • B 3.200 kg.
  • C 3.456 kg.
  • D 3.840 kg.
  • E 4.608 kg.
15
Diana pretende distribuir 6 litros de geleia em 25 potes iguais. Cada pote possui internamente o formato de um paralelepípedo de base quadrada com 5 cm de lado. Dividindo igualmente a geleia em todos os potes, qual é a altura interna que a geleia atingirá em cada recipiente?
  • A 6,0 cm.
  • B 7,5 cm.
  • C 9,6 cm.
  • D 15,0 cm.
  • E 24,0 cm.

Português

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Da análise dos itens abaixo assinale a alternativa que representa quais estão corretos em relação a colocação da crase:


I – Para ocupar essa posição, é necessário atender às necessidades anunciadas.

II – A bebida é sempre nociva àqueles que se embriagam. Procurou explicar-se àquela comissão, mas ela não tolerou o erro.

III – Um policial à paisana trocou tiros com três homens que tentavam roubar um banco.

  • A I e III.
  • B I, II e III.
  • C apenas o item III.
  • D apenas o item II.
  • E II e III.
17

A ortografia estuda a forma correta da escrita das palavras de uma determinada língua, no caso a Língua Portuguesa. É influenciada pela etimologia e fonologia das palavras, assim sendo observe com atenção o texto. Agente Penitenciário, Agente Prisional, Agente de Segurança Penitenciário ou Agente Estadual/Federal de Execução Penal. Entre suas atribuições estão: manter a ordem, diciplina, custódia e vigilância no interior das unidades prisionais, assim como no âmbito externo das unidades, como escolta armada para audiências judiciais, transferência de presos etc. Desempenham serviços de natureza policial como aprensões de ilícitos, revistas pessoais em detentos e visitantes, revista em veículos que adentram as unidades prisionais, controle de rebeliões e ronda externa na área do perímetro de segurança ao redor da unidade prisional. Garantem a segurança no trabalho de ressosialização dos internos promovido pelos pisicólogos, pedagogos e assistentes sociais. Estão subordinados às Secretarias de Estado de Administração Penitenciária - SEAP, secretarias de justiças ou defesa social, dependendo da nomenclatura adotada em cada Estado.

Fonte: Wikipedia – *com alterações ortográficas.


Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras, retiradas do texto, com equívocos em sua ortografia.

  • A atribuições; diciplina; audiências; desempenham.
  • B diciplina; aprensões; ressosialização; pisicólogos.
  • C audiências; ilícitos; atribuições; desempenham.
  • D perímetro; diciplina; desempenham; ilícitos.
  • E aprensões; ressosialização; desempenham; audiências.
18
E se o Império Romano não tivesse acabado?

    Em vez da França, a província de Gália. Em vez da Inglaterra, a Bretanha. Em vez da Bulgária, a Trácia. Quem já leu as aventuras de Asterix conhece bem esses nomes esquisitos de regiões dominadas pelos exércitos de Roma (as histórias do herói gaulês se passam por volta de 50 a.C., época do apogeu do Império Romano). Pois assim seria o Velho Mundo se o império com sede em Roma não tivesse se desintegrado: uma única nação contornando o Mediterrâneo ao longo das costas europeia, asiática e africana. Mas a mudança dos nomes das localidades europeias é a menos importante das diferenças. O mundo seria outro. O capitalismo talvez ainda não tivesse surgido e, sem ele, a conquista e a colonização da América não aconteceriam. No final das contas, o Brasil poderia ser até hoje uma terra de índios.
    Mas vamos aos poucos. Primeiro é bom lembrar o que houve com o império de Roma. O poder imperial começou a se esfarelar no século 3, quando ocorreram lutas internas entre generais e vivia-se uma verdadeira anarquia militar. Para se ter uma ideia, em 50 anos houve pelo menos 20 imperadores, que foram destituídos um após o outro (alguns inclusive reinaram simultaneamente, em conflito). 
    Não era para menos. A economia romana era baseada no trabalho escravo e o suprimento de escravos dependia da conquista de novos territórios. O problema foi que o reino tornou-se grande demais para ser administrado, as conquistas minguaram, os escravos escassearam e a vida boa acabou. A arrecadação de impostos diminuiu e a população pobre começou a reclamar. Para ajudar, ainda havia o cristianismo (que era contra a escravidão e a riqueza da elite) e uma peste que varreu a região. Nessa barafunda de problemas, tentou-se de tudo, até a divisão administrativa do império em dois, o do Ocidente (com sede em Roma) e o do Oriente (o Império Bizantino), com sede em Constantinopla (onde antes ficava Bizâncio).
    Para este último, a solução foi eficaz. Mas o Império Romano do Ocidente, assolado pela crise econômica, perdeu seu poder militar e foi aos poucos invadido por guerreiros germânicos. Em 395, a divisão administrativa transformou-se em divisão política e o império rachou em dois. Deixada à própria sorte, a metade ocidental durou pouco. A queda definitiva ocorreu em 476, quando a tribo do rei Odoacro derrubou o último chefe de Roma, Rômulo Augústulo. No Oriente, no entanto, o Império Romano continuou existindo por quase mil anos, até 1453, quando os turcos tomaram Constantinopla.
    Se o Império Romano resistisse, possivelmente ele seria parecido com sua metade oriental, diz Pedro Paulo Funari, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em primeiro lugar, o imperador seria também o papa, como em Constantinopla, onde o imperador governava tudo o que interessava: o Exército e a Igreja. Ou isso ou haveria uma divisão de poderes com a Igreja. Essa mistureba de papéis provavelmente criaria situações curiosas, como bispos governando uma província como Portugal, ou melhor, a Lusitânia, e párocos dirigindo cidades.
    A influência religiosa seria ainda maior do que foi na Idade Média ou atualmente. Nas províncias, o divórcio e o aborto provavelmente seriam proibidos e não seria nenhum absurdo que alguns costumes alimentares cristãos, como comer peixe às sextas-feiras, tivessem a força de lei, com penas severas (o açoite, o exílio e a prisão domiciliar eram comuns) para quem degustasse uma costelinha no dia sagrado.
    As línguas derivadas do latim, como o português, o espanhol, o francês e o italiano, provavelmente seriam muito diferentes. O português, por exemplo, não teria sofrido a influência das línguas árabe e germânica, já que, nesse nosso mundo hipotético, possivelmente não ocorreriam as invasões dos germânicos e muçulmanos na península Ibérica. Palavras de origem árabe e tão portuguesas, como azeite, não fariam parte do nosso vocabulário.
    E o capitalismo? “Provavelmente demoraria mais para acontecer”, afirma Funari. “Impérios em geral dificultam o desenvolvimento do capitalismo, que depende do individualismo para se desenvolver. Um Estado muito forte e controlador é um obstáculo”, diz o historiador. Na Europa, o feudalismo e a fragmentação do poder favoreceram o surgimento do capitalismo. No Japão, onde houve a fragmentação do Estado e a implantação de um sistema de shogunato, isso também aconteceu, ao contrário da China, um império que durou até 1911. Retardado o capitalismo, a colonização da América também seria outra. E os astecas, incas, tupinambás e guaranis talvez tivessem se desenvolvido mais e oferecido maior resistência aos europeus. Indo mais longe, um império inca talvez pudesse existir até hoje. Mas essa é uma outra hipótese.

(Lia Hama e Adriano Sambugaro – http://super.abril.com.br/cultura/se-imperio-romano-nao-tivesse-acabado-444330.shtml?utm_source= redesabril_super&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_jovem.)

Assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta uso indevido do acento grave, indicador de crase na língua portuguesa.
  • A “Deixada à própria sorte, a metade ocidental durou pouco.” (4º§)
  • B “... não seria nenhum absurdo que alguns costumes alimentares cristãos, como comer peixe às sextas-feiras, tivessem a força de lei, ...” (6º§)
  • C “... não seria nenhum absurdo que costumes alimentares cristãos tivessem a força de lei com penas severas àquele que degustasse uma costelinha no dia sagrado.”
  • D “... assim seria o Velho Mundo se o Império Romano não tivesse se desintegrado: uma única nação contornando o Mediterrâneo à caminho das costas europeia, asiática e africana”.
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Leia com atenção:


“Mesmo sem saber se jamais chegarei, apetece-me rir e cantar em honra da beleza das coisas.”

(S. de Mello Breyner Andresen, CE, 102)


A primeira oração do período acima se relaciona à oração principal. Apesar de não possuir conectivo explícito, ela mantém com esta, determinado valor semântico, caracterizado como:

  • A Tempo.
  • B Explicação.
  • C Condição.
  • D Concessão.
20

A utilização da crase em “à” na frase abaixo é justificada pela seguinte regra gramatical:


“Não vejo nenhuma força política, à exceção daquelas que são absolutamente minoritárias.”

(Fonte adaptada: uol.com.br >acesso em 08 de junho de 2018)

  • A Há a contração entre a preposição “a” exigida por regência verbal e o artigo definido “a”.
  • B É obrigatório o uso de crase em locuções adverbiais formadas por preposição e palavra feminina.
  • C É obrigatório o uso de crase nesta locução prepositiva.
  • D É obrigatório o uso de crase nesta locução conjuntiva.
21

A depender da sua colocação na frase, determinadas palavras podem variar sua função morfológica. Nesse sentido, assinale a alternativa em que as palavras sublinhadas nas frases pertencem a classes gramaticais diferentes:

  • A “Eu teria, talvez, voltado atrás.” – “Talvez ela não goste tanto de você.”
  • B “Nunca o encontramos em casa.” – “Não lhe desejo o pior.”
  • C " Entramos por aqui.”– “Procuro por alguém interessado em estudar.”
  • D A história se encontra entre o passado e o futuro.” – “O homem estava entre as paredes.”
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Política pública de saneamento básico: as bases do saneamento como direito de cidadania e os debates sobre novos modelos de gestão

Ana Lucia Britto
Professora Associada do PROURB-FAU-UFRJ
Pesquisadora do INCT Observatório das Metrópoles

    A Assembleia Geral da ONU reconheceu em 2010 que o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário é indispensável para o pleno gozo do direito à vida. É preciso, para tanto, fazê-lo de modo financeiramente acessível e com qualidade para todos, sem discriminação. Também obriga os Estados a eliminarem progressivamente as desigualdades na distribuição de água e esgoto entre populações das zonas rurais ou urbanas, ricas ou pobres.
    No Brasil, dados do Ministério das Cidades indicam que cerca de 35 milhões de brasileiros não são atendidos com abastecimento de água potável, mais da metade da população não tem acesso à coleta de esgoto, e apenas 39% de todo o esgoto gerado são tratados. Aproximadamente 70% da população que compõe o déficit de acesso ao abastecimento de água possuem renda domiciliar mensal de até ½ salário mínimo por morador, ou seja, apresentam baixa capacidade de pagamento, o que coloca em pauta o tema do saneamento financeiramente acessível.
    Desde 2007, quando foi criado o Ministério das Cidades, identificam-se avanços importantes na busca de diminuir o déficit já crônico em saneamento e pode-se caminhar alguns passos em direção à garantia do acesso a esses serviços como direito social. Nesse sentido destacamos as Conferências das Cidades e a criação da Secretaria de Saneamento e do Conselho Nacional das Cidades, que deram à política urbana uma base de participação e controle social.
    Houve também, até 2014, uma progressiva ampliação de recursos para o setor, sobretudo a partir do PAC 1 e PAC 2; a instituição de um marco regulatório (Lei 11.445/2007 e seu decreto de regulamentação) e de um Plano Nacional para o setor, o PLANSAB, construído com amplo debate popular, legitimado pelos Conselhos Nacionais das Cidades, de Saúde e de Meio Ambiente, e aprovado por decreto presidencial em novembro de 2013.
    Esse marco legal e institucional traz aspectos essenciais para que a gestão dos serviços seja pautada por uma visão de saneamento como direito de cidadania: a) articulação da política de saneamento com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde; e b) a transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios participativos institucionalizados.
    A Lei 11.445/2007 reforça a necessidade de planejamento para o saneamento, por meio da obrigatoriedade de planos municipais de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, drenagem e manejo de águas pluviais, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Esses planos são obrigatórios para que possam ser estabelecidos contratos de delegação da prestação de serviços e para que possam ser acessados recursos do governo federal (OGU, FGTS e FAT), com prazo final para sua elaboração terminando em 2017. A Lei reforça também a participação e o controle social, através de diferentes mecanismos como: audiências públicas, definição de conselho municipal responsável pelo acompanhamento e fiscalização da política de saneamento, sendo que a definição desse conselho também é condição para que possam ser acessados recursos do governo federal.
    O marco legal introduz também a obrigatoriedade da regulação da prestação dos serviços de saneamento, visando à garantia do cumprimento das condições e metas estabelecidas nos contratos, à prevenção e à repressão ao abuso do poder econômico, reconhecendo que os serviços de saneamento são prestados em caráter de monopólio, o que significa que os usuários estão submetidos às atividades de um único prestador.

FONTE: adaptado de http://www.assemae.org.br/artigos/item/1762-saneamento-basico-como-direito-de-cidadania
Assinale a alternativa em que todos os vocábulos do enunciado são acentuados pela mesma regra.
  • A Uma sólida política de saneamento tem que levar em conta os problemas econômicos da população.
  • B Há um sistema acessível, mas também regulatório.
  • C Pressente-se um crônico sentimento de impotência, resíduo da própria história.
  • D Os termos de privacidade do sistema construído pelos estagiários são inaceitáveis.
  • E As audiências públicas são realizadas em caráter extraordinário.
23

Texto


O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola. Eu preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina, os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus pontos de referência são outros.

Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode brincar com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço “entre” as coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade é uma grande vitrine de impossibilidades. [...] Seu ponto de vista é o contrário do intelectual: ele não vê o conjunto nem tira conclusões históricas – só detalhes interessam. O conceito de tempo para ele é diferente do nosso. Não há segunda-feira, colégio, happy hour. Os momentos não se somam, não armazenam memórias. Só coisas “importantes”: “Está na hora do português da lanchonete despejar o lixo...” ou “estão dormindo no meu caixote...”[...]

Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo estar junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que ficamos anormais com a sua presença.

(JABOR, A. O menino está fora da paisagem. O Estado de São

Paulo, São Paulo, 14 abr. 2009. Caderno 2, p. D 10)

Cumprindo papel caracterizador, os adjetivos e locuções adjetivas são instrumentos que podem contribuir para indicação do posicionamento do autor. Dessa forma, assinale a alternativa em que a locução adjetiva assume um caráter mais subjetivo, sinalizando um posicionamento do autor.
  • A “parado no sinal de trânsito” (1º§).
  • B “o menino de rua só pode brincar” (2º§).
  • C “A cidade é uma grande vitrine de impossibilidades” (2º§).
  • D ”sair do útero da mãe” (3º§).
24

Texto


O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola. Eu preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina, os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus pontos de referência são outros.

Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode brincar com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço “entre” as coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade é uma grande vitrine de impossibilidades. [...] Seu ponto de vista é o contrário do intelectual: ele não vê o conjunto nem tira conclusões históricas – só detalhes interessam. O conceito de tempo para ele é diferente do nosso. Não há segunda-feira, colégio, happy hour. Os momentos não se somam, não armazenam memórias. Só coisas “importantes”: “Está na hora do português da lanchonete despejar o lixo...” ou “estão dormindo no meu caixote...”[...]

Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo estar junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que ficamos anormais com a sua presença.

(JABOR, A. O menino está fora da paisagem. O Estado de São

Paulo, São Paulo, 14 abr. 2009. Caderno 2, p. D 10)

Em “Eu preferia que ele não viesse.” (1º§), nota-se um emprego mais coloquial da regência do verbo preferir, contrariando a norma culta. Isso se explica devido:
  • A ao uso de apenas um dos complementos exigidos pelo verbo.
  • B à presença de um complemento verbal na forma de oração.
  • C à ausência da preposição “a” antes do complemento verbal.
  • D ao emprego do conectivo “que” como ferramenta coesiva.
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Assinale a alternativa em que a colocação de ambos os pronomes destacados nas expressões está de acordo com a norma-padrão.

  • A Nem sempre nos damos conta da importância de preservarmo-nos da exposição pública.
  • B Ainda encontram-se pessoas dispostas a fazer amigos fora das redes sociais, atitude que traria-lhes mais privacidade.
  • C Nos propomos ajudar em tudo e concentraremo-nos nas causas mais urgentes e humanitárias.
  • D Viam-se pessoas revoltadas, que não tinham conformado-se com a perda de suas casas durante o incêndio.
  • E Esforçam-se para que as mensagens do celular não distraiam-nos durante o expediente.
26

Leia o texto para responder à questão.


    A vida de Virginia Woolf (1882-1941), que sempre se orgulhou de ser autodidata, pode ser resumida através de uma das suas obras: A Viagem (The Voyage Out). Escrito 26 anos antes de ela morrer, foi seu primeiro romance, mas pode ser definido como o livro sobre a sua vida. Nele, a reconhecida autora britânica reflete sobre suas preocupações – as pessoais e as do momento social que lhe coube viver no começo do século XX –, suas paixões e suas insônias. E tudo isso com um estilo literário em constante experimentação, procurando sempre a identidade própria de personagens com grande sensibilidade e nostalgia.

    Desde seu início na literatura, Virginia Woolf sempre quis ampliar suas perspectivas de estilo para além da narração comum, com fios condutores guiados pelo processo mental do ser humano: pensamentos, consciência, visões, desejos e até odores. Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono e prosa de livre associação. Sua técnica narrativa do monólogo interior e seu estilo poético se destacam como as contribuições mais importantes para o romance moderno.

    Com nove romances publicados e mais de 30 livros de outros gêneros, Virginia Woolf é considerada por muitos a autora que mais revolucionou a narrativa no século XX e que mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos.


(Alberto López. Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável. El País. https://brasil.elpais.com. 25.01.2018. Adaptado)

Considerando-se o emprego do acento indicativo de crase, um substituto correto para a expressão destacada no trecho do texto está entre colchetes em:

  • A A vida de Virginia Woolf ... pode ser resumida através de uma das suas obras... [à partir]
  • B … foi seu primeiro romance, mas pode ser definido como o livro sobre a sua vida.... [à respeito da]
  • C … a reconhecida autora britânica reflete sobre suas preocupações... [dedica-se à reflexão]
  • D Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono... [às quais]
  • E ... a autora que ... mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos. [se voltou à defender]
27

Leia o texto para responder à questão.


    A vida de Virginia Woolf (1882-1941), que sempre se orgulhou de ser autodidata, pode ser resumida através de uma das suas obras: A Viagem (The Voyage Out). Escrito 26 anos antes de ela morrer, foi seu primeiro romance, mas pode ser definido como o livro sobre a sua vida. Nele, a reconhecida autora britânica reflete sobre suas preocupações – as pessoais e as do momento social que lhe coube viver no começo do século XX –, suas paixões e suas insônias. E tudo isso com um estilo literário em constante experimentação, procurando sempre a identidade própria de personagens com grande sensibilidade e nostalgia.

    Desde seu início na literatura, Virginia Woolf sempre quis ampliar suas perspectivas de estilo para além da narração comum, com fios condutores guiados pelo processo mental do ser humano: pensamentos, consciência, visões, desejos e até odores. Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono e prosa de livre associação. Sua técnica narrativa do monólogo interior e seu estilo poético se destacam como as contribuições mais importantes para o romance moderno.

    Com nove romances publicados e mais de 30 livros de outros gêneros, Virginia Woolf é considerada por muitos a autora que mais revolucionou a narrativa no século XX e que mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos.


(Alberto López. Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável. El País. https://brasil.elpais.com. 25.01.2018. Adaptado)

Está escrito em conformidade com a concordância da norma-padrão este livre comentário sobre o texto:

  • A As personagens de Virginia Woolf dispõe de grande sensibilidade e densidade.
  • B As inquietações que couberam a ela registrar em seu livro tem origem autobiográfica.
  • C A escritora sempre buscou meios para que suas perspectivas de estilo se ampliasse.
  • D Trata-se de obras densas, que enfocam a natureza humana em sua complexidade.
  • E A narrativa no século XX foi revolucionado pelos escritos de Virginia Woolf.
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                                Tuíto, logo existo


      Não tenho Twitter nem estou no Facebook. A Constituição me permite isso. Todavia, há no Twitter um falso perfil meu, assim como de muitas pessoas. Certa vez uma senhora me disse com o olhar cheio de reconhecimento que sempre me lê no Twitter e que já interagiu muitas vezes comigo, para seu grande proveito intelectual. Tentei explicar que se tratava de um falso eu, mas ela olhou para mim como se estivesse dizendo que eu não sou eu. Se estava no Twitter, eu existia. Tuíto, logo existo.

      Não me preocupei em convencê-la porque, a despeito do que a senhora pensasse de mim, essa história não mudaria a história do mundo – aliás não mudaria sequer a minha própria história pessoal.

      A irrelevância das opiniões expressas no Twitter é que todos falam, e entre estes todos há quem acredite nas coisas mais insensatas. Falam de tudo e mais alguma coisa, um contradiz o outro e todos juntos não dão uma ideia do que pensam as pessoas, mas apenas do que pensam certos pensadores desarvorados.

      O Twitter é igual ao bar da esquina de qualquer cidadezinha ou periferia. Falam o idiota da aldeia, o pequeno proprietário que se considera perseguido pela receita, o médico do interior amargurado por não ter conseguido o diploma de uma grande universidade, o passante que já bebeu todas. Mas tudo se consome ali mesmo: os bate-bocas no bar nunca mudaram a política internacional. No geral, o que a maioria das pessoas pensa é apenas um dado estatístico no momento em que, depois de refletir, cada um vota – e vota pelas opiniões emitidas por outro alguém.

      Assim, o éter da internet é atravessado por opiniões irrelevantes, mesmo porque não é possível expressar magistralmente ideias em menos de cento e quarenta caracteres*.

(Umberto Eco. Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida. Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)

* antigo limite de caracteres para postagem de mensagens no Twitter 

O termo em destaque na frase – ... o médico do interior amargurado por não ter conseguido o diploma de uma grande universidade... – expressa ideia de

  • A causa.
  • B modo.
  • C oposição.
  • D ausência.
  • E finalidade.
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TEXTO I


Diante da dor dos outros


    Ser um expectador de calamidades ocorridas em outro país é uma experiência moderna essencial, a dádiva acumulada durante mais de um século e meio graças a esses turistas profissionais e especializados conhecidos pelo nome de jornalistas. Agora, guerras são também imagens e sons na sala de estar. As informações sobre o que se passa longe de casa, chamadas de "notícias", sublinham conflito e violência - Se tem sangue, vira manchete, reza o antigo lema dos jornais populares e dos plantões jornalísticos de chamada rápida na tevê - aos quais se reage com compaixão, ou indignação, ou excitação, ou aprovação, à medida que cada desgraça se apresenta.

    Já no fim do século XIX, discutia-se a questão de como reagir ao incessante crescimento do fluxo de informações sobre as agonias da guerra. Em 1899, Gustave Moynier, primeiro presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, escreveu: Sabemos agora o que acontece todo dia, em todo o mundo. As informações transmitidas pelos jornalistas diários põem, por assim dizer, aqueles que sofrem nos campos de batalha diante dos olhos dos leitores, em cujos ouvidos seus gritos ressoam. Moynier pensava no crescente número de baixas entre combatentes de todas as partes em conflito, cujos sofrimentos deviam ser minorados pela Cruz Vermelha, de forma imparcial. O poder letal dos exércitos em guerra havia sido elevado a um a nova m agnitude em razão das arm as introduzidas pouco depois da Guerra da Crimeia (1854-56), como o rifle de municiar pela culatra e a metralhadora. Mas, embora as agonias do campo de batalha houvessem se tornado presentes como nunca antes para aqueles que apenas leriam a respeito do assunto na imprensa, era um óbvio exagero afirmar, em 1899, que as pessoas sabiam o que acontecia "todo dia em todo o mundo". E, embora hoje os sofrimentos vividos em guerras distantes, de fato, tomem de assalto nossos olhos e ouvidos no instante mesmo em que ocorrem, afirmar tal coisa ainda constitui um exagero. Aquilo que em jargão jornalístico se chama de "mundo" - deem-nos 22 minutos e nós lhes daremos o mundo, repete uma rede de rádio várias vezes por dia - é (ao contrário do mundo) um lugar muito pequeno, tanto geográfica como tematicamente, e o que se julga digno de conhecer a seu respeito deve ser transmitido de forma compacta e enfática.

    A consciência do sofrimento que se acumula em um elenco seleto de guerras travadas em terras distantes é algo construído. Sobretudo na forma como as câmeras registram, o sofrimento explode, é compartilhado por muita gente e depois desaparece de vista. Ao contrário de um relato escrito - que, conforme sua complexidade de pensamento, de referências e de vocabulário, é oferecido a um número maior ou menor de leitores -, uma foto só tem uma língua e se destina potencialmente a todos.


SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. Trad. Rubens Figueiredo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

O emprego da preposição destacada no trecho aqueles que sofrem nos campos de batalha diante dos olhos dos leitores, em cujos ouvidos seus gritos ressoam, deve-se a uma recomendação da norma culta da língua no que diz respeito à

  • A colocação pronominal.
  • B concordância nominal.
  • C classe gramatical.
  • D regência verbal.
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Leia o texto abaixo e responda à questão.


O ANJO DA NOITE


    O guarda-noturno caminha com delicadeza, para não assustar, para não acordar ninguém. Lá vão seus passos vagarosos, cadenciados, cosendo a sua sombra com a pedra da calçada.
    Vagos rumores de bondes, de ônibus, os últimos veículos, já sonolentos, que vão e voltam quase vazios. O guarda-noturno, que passa rente às casas, pode ouvir ainda a música de algum rádio, o choro de alguma criança, um resto de conversa, alguma risada. Mas vai andando. A noite é serena, a rua está em paz, o luar põe uma névoa azulada nos jardins, nos terraços, nas fachadas: o guarda-noturno para e contempla.
    À noite, o mundo é bonito, como se não houvesse desacordos, aflições, ameaças. Mesmo os doentes, parece que são mais felizes: esperam dormir um pouco à suavidade da sombra e do silêncio. Há muitos sonhos em cada casa. É bom ter uma casa, dormir, sonhar. O gato retardatário que volta apressado, com certo ar de culpa, num pulo exato galga o muro e desaparece; ele também tem o seu cantinho para descansar. O mundo podia ser tranquilo. As criaturas podiam ser amáveis. No entanto, ele mesmo, o guarda-noturno, traz um bom revólver no bolso, para defender uma rua...
    E se um pequeno rumor chega ao seu ouvido e um vulto parece apontar da esquina, o guarda-noturno torna a trilhar longamente, como quem vai soprando um longo colar de contas de vidro.
    E recomeça a andar, passo a passo, firme e cauteloso, dissipando ladrões e fantasmas. É a hora muito profunda em que os insetos do jardim estão completamente extasiados, ao perfume da gardênia e à brancura da lua. E as pessoas adormecidas sentem, dentro de seus sonhos, que o guarda-noturno está tomando conta da noite, a vagar pelas ruas, anjo sem asas, porém armado.

(MEIRELES, Cecilia. Quadrante 2. In ww w.gotasdeliteraturabrasileira.blogspot.com )

Sobre a acentuação gráfica dos vocábulos do texto estão corretas as afirmativas abaixo, EXCETO:

  • A ônibus, últimos e veículos acentuam-se em obediência à mesma regra: são proparoxítonas.
  • B rádio acentua-se em obediência à mesma regra que justifica o acento gráfico em névoa e retardatário.
  • C revólver acentua-se pela mesma razão por que são acentuados os vocábulos âmbar e caráter.
  • D também e porém acentuam-se por serem oxítonas, ao contrário de temem e podem, que são paroxítonas.
  • E amáveis e gardênia acentuam-se por serem paroxítonas: a primeira por estar no plural e a segunda, no singular.
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Atenção: Leia abaixo o Capítulo I do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à questão.

Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

– Continue, disse eu acordando.

– Já acabei, murmurou ele.

– São muito bonitos.

Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” – “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo.” – “Meu caro dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.

Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.

(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 79-80.)

...como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes... (1° parágrafo)


Em relação à oração que a sucede, a oração destacada expressa sentido de

  • A causa.
  • B comparação.
  • C consequência.
  • D proporção.
  • E conclusão.
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Em qual das frases abaixo há erro de concordância?

  • A Os Estados Unidos são uma nação curiosa.
  • B As abelhas são animais férteis e sabem se valer disso.
  • C Cita-se como exemplos sempre os mesmos alunos.
  • D O barulho das máquinas é ensurdecedor.
  • E Não se sabe quem são os responsáveis pelo ato.
33

Em qual das frases abaixo há um adjetivo de dois gêneros?

  • A O cabelo ficou um pouco feio.
  • B O passeio está ótimo.
  • C Essa cabine é muito apertada.
  • D Esse trabalho está excelente.
  • E A vovó está finalmente sã.
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      As cirurgias plásticas nunca estiveram tão presentes e ao alcance como agora.

      A partir do barateamento dos recursos de reprodução de imagens em grande escala, ocorreu um fenômeno diferente, senão oposto, daquele proposto por Oswald de Andrade e pelo movimento antropofágico de 1928. Da antropofagia criativa, nós, consumidores, passamos para a “iconofagia”, a devoração indiscriminada de padrões de uma cultura universal de imagens pasteurizadas e homogeneizadas.

      A transformação do corpo em corpo-imagem é alardeada pelos mais diversos aparatos midiáticos como um avanço da medicina estética. Existem inúmeros veículos destinados a mostrar que nosso corpo não corresponde ao modelo imagético vigente e que cada um deve investir tempo e dinheiro para ficar “em forma”.

      O “corpo ideal” almejado por tantas mulheres (famosas ou não) faz parte de um ideal estético que Umberto Eco denominou “beleza da mídia”. Uma beleza “de e para o consumo” (de coisas ou imagens). Portar uma “beleza midiática” não significa ser saudável, mas ter uma imagem moldada para ser exposta.

      As diversas possibilidades de tornar o formato dos corpos reais o mais próximo possível da “beleza midiática” são artifícios de uma era iconofágica, de uma era de imagens que valem mais do que os corpos.

      Quando milhares de mulheres veem na mídia atributos esculpidos digitalmente, ou encontram nas celebridades exemplos de formatos corporais a serem seguidos, essas imagens não fazem outra coisa senão devorá-las diariamente.

      A “beleza midiática”, ou seja, tornar-se uma imagem poderosa, arrebata a mulher de forma avassaladora. Se há uma propriedade inerente às imagens, é sua capacidade de condensar e carregar sentidos, emoções e sentimentos, histórias, anseios, sonhos e projetos. Daí emerge seu enorme poder de captura.

(Adaptado de: SANCHES, Rodrigo Daniel e BAITELLO Jr, Norval. Folha de São Paulo.) 

Quando milhares de mulheres veem na mídia atributos esculpidos digitalmente...


Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

  • A são vistos.
  • B é visto.
  • C viu-se.
  • D são vistas.
  • E foram vistas.
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TEXTO 2


                              Furto de flor


Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.

Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.

Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.

Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.

– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!


ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991. p. 76.

Algumas formas verbais recebem acento gráfico quando se ligam a pronomes átonos, como “conservá-la”. Assinale a alternativa em que a forma verbal está CORRETAMENTE acentuada ou está, CORRETAMENTE, sem acento gráfico.
  • A Não gosto muito da bolsa que comprei. Resolvi da-la de presente.
  • B Li um texto maravilhoso em inglês. Estou pensando em traduzí-lo.
  • C Já lhe disse o recado duas vezes e agora tenho que repetí-lo novamente.
  • D Apesar de gostar muito da minha casa, sei que algum dia terei que vendê-la.
  • E Conheci um servidor público excepcional. Era preciso distinguí-lo dos demais.

Noções de Informática

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Qual dos itens abaixo não guarda nenhuma relação de função com antivírus e segurança de dados?

  • A Ferramentas anti-malware.
  • B Firewall.
  • C Mainframes.
  • D Criptografia.
37

Antivírus ou Anti-Malware é um tipo de programa de software concebido para prevenir, detectar e reparar códigos maliciosos em dispositivos de endpoint e sistemas de TI. A primeira camada de proteção em um sistema de e-mail seguro é a análise de vírus/malware para garantir a confiabilidade das mensagens de e-mail recebidas e enviadas através do sistema. As chances de sua empresa ser infectada por malware através de mensagens de e-mail são quase 100% em um sistema desprotegido. Marque o item onde não figura um dos antivírus bastante conhecidos no mercado de informática:

  • A Nero.
  • B Mcafee.
  • C Norton.
  • D AVG.
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No que se refere ao Windows 7, assinale a alternativa correta:

  • A Arquivos do tipo PDF são muito utilizados devido à alta compatibilidade e à baixa complexidade de alterar seu conteúdo, remover e inserir páginas pelo MS-Office.
  • B A lixeira é uma pasta que tem a finalidade de guardar arquivos temporariamente; de forma alguma é utilizada para armazenamento de arquivos do usuário.
  • C Na “Central de Facilidade e Acesso”, pode-se aplicar temas de alto contraste, desativar animações desnecessárias, ativar narrador e lupa, etc.
  • D Depois de ser realizada a instalação padrão, o Windows 7 não dispõe de nenhuma ferramenta para compactar ou descompactar arquivos.
  • E A ocultação é um mecanismo que serve para evitar a deleção de arquivos do sistema; logo, não há uma forma para que os arquivos ocultos sejam exibidos para usuários.
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Um funcionário da prefeitura de Sarzedo irá conectar um laptop disponibilizado pela prefeitura, rodando o Windows 7, versão português, à rede Wi-Fi de seu local de trabalho, com o intuito de acessar a internet. Ao conectar-se na rede da prefeitura, o Windows solicitou a definição de um local de rede.
Assinale a alternativa que apresenta o tipo de local de rede recomendado pela Microsoft para o caso em questão.

  • A Doméstica.
  • B Corporativa.
  • C Pública.
  • D Municipal.
40

O Microsoft Windows 7 possui uma ferramenta de atualização automática do sistema operacional denominada Windows Update.

Sobre o funcionamento do Windows Update, seleciona a alternativa INCORRETA.

  • A O Windows Update suporta download e instalação automáticos de atualizações.
  • B O Windows Update suporta download automático das atualizações, seguido da emissão de um aviso quando essas estão prontas para a instalação.
  • C O Windows Update suporta a verificação manual de atualizações.
  • D Por padrão da Microsoft, o Windows 7 executa o Windows Update apenas quando o usuário “logado” no computador é Administrador.
41

Renato pretende fechar um programa que está travado na sua máquina. Qual dos atalhos abaixo Renato deve usar no teclado que está conectado a sua máquina que tem instalado o Sistema Operacional Windows 7 para abrir a janela Gerenciador de Tarefas do Windows?

  • A Ctrl + Shift + Esc.
  • B Ctrl + Shift + G.
  • C Ctrl + Shift + PageDown.
  • D Ctrl + Shift + Home.
42

O computador é uma máquina eletrônica que trabalha com dados e informações e que pode executar vários tipos de tarefas e cálculos.


Qual é a estrutura básica de periféricos de um computador?

  • A Mouse, Webcam, Monitor e Teclado.
  • B Webcam, Mouse, Teclado e Impressora.
  • C Webcam, Monitor, Teclado e Impressora.
  • D Mouse, Monitor, Teclado e CPU/Gabinete.
43
Considerando o MS Word 2013 (versão português Brasil), assinale a alternativa que possibilita a inserção de conteúdo de um documento Word existente em um novo documento ou em documento diferente.
  • A Inserir→Texto→objeto→Texto do Arquivo
  • B Inserir→Páginas→Arquivo
  • C Inserir→Links→Indicador
  • D Layout da Página→Quebras→Seção→Arquivo
  • E Layout da Página→Mesclar documentos
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O Microsoft Word possui em um dos seus diversos recursos vários tipos de letras, denominadas tecnicamente de fontes. Uma típica fonte, com serifa, do Microsoft Word é a fonte:
  • A MS Sans Serif
  • B Times New Roman
  • C Arial
  • D Calibri
45

Gustavo preparou uma mensagem de correio eletrônico no Microsoft Outlook 2010, em sua configuração padrão, com as seguintes características:
Para: Aline, Livia, Alexandre. Cc: Joana, José Cco: Edmundo
Alexandre, ao receber a mensagem, clicou em Responder a todos. Assinale a alternativa que indica quantos destinatários aparecem automaticamente em sua mensagem.

  • A 1, apenas o remetente original, Gustavo.
  • B 3, sendo Gustavo, Aline e Livia.
  • C 4, sendo Aline, Livia, Joana e José.
  • D 5, sendo Gustavo, Aline, Livia, Joana e José.
  • E 6, sendo Gustavo, Aline, Livia, Joana, José e Edmundo.
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Considere uma apresentação criada no Microsoft PowerPoint 2010, em sua configuração original, com 5 slides, sendo que o usuário deixou o slide 3 oculto propositalmente, com informações mais detalhadas do assunto abordado na apresentação. A intenção do usuário era exibir esse slide apenas em caso de necessidade, se seu público fizesse questionamentos. Assim, no modo de apresentação e com o slide 2 em exibição, assinale a alternativa que indica o que o usuário pode fazer para exibir o slide 3.

  • A Pressionar ESC para encerrar a apresentação, posicionar no slide 3 e pressionar SHIFT+F5.
  • B Pressionar ENTER.
  • C Pressionar SHIFT+ENTER.
  • D Pressionar ESC para encerrar a apresentação, posicionar no slide 3 e pressionar F5.
  • E Pressionar TAB.
47

Utilizando o Bloco de Notas, um usuário gravou um arquivo texto na Área de Trabalho do Microsoft Windows 7, em sua configuração padrão, e, na sequência, fechou o aplicativo.
Assinale a alternativa que indica a ação correta para ver o ícone do arquivo e poder acessá-lo, posteriormente, considerando que 5 diferentes programas estão abertos simultaneamente.

  • A Minimizar todas as janelas.
  • B Acessar a Lixeira do Windows.
  • C Maximizar todas as janelas.
  • D Alternar as janelas usando CTRL+ESC até exibir o arquivo texto.
  • E Acessá-lo a partir de seu atalho fixado na Barra de Tarefas.
48

Um usuário do editor de textos MS Word 2010 deseja adicionar uma nota de rodapé a um documento.
As teclas de atalho para essa operação são

  • A ALT + CTRL+ F
  • B ALT + CTRL + G
  • C CTRL + ENTER
  • D CTRL + SHIFT + A
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Acerca dos conhecimentos de Firewall, marque a alternativa incorreta acerca de seu funcionamento.

  • A Controla o tráfego de uma rede.
  • B Previne o acesso não autorizado a uma rede de computadores.
  • C Determina qual conteúdo é autorizado a circular em uma rede.
  • D Substitui a utilização de antivírus.
50

Marque a alternativa que contém apenas memória do tipo não volátil.

  • A Disco rígido e memória principal.
  • B Pendrive e memória RAM.
  • C Memória cache e CD-ROM.
  • D Memória ROM e disco rígido.