Resolver o Simulado IBFC - Nível Médio

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Português

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Texto


                                       Camelos e beija-flores...

                                                                                             (Rubem Alves)


      A revisora informou delicadamente que era norma do jornal que todas as “estórias” deveriam ser grafadas como “histórias”. É assim que os gramáticos decidiram e escreveram nos dicionários.

      Respondi também delicadamente: “Comigo não. Quando escrevo ‘estória’ eu quero dizer ‘estória’. Quando escrevo ‘história’ eu quero dizer ‘história’. Estória e história são tão diferentes quanto camelos e beija-fores...”

      Escrevi um livro baseado na diferença entre “história” e “estória”. O revisor, obediente ao dicionário, corrigiu minhas “estórias” para “história”. Confiando no rigor do revisor, não li o texto corrigido. Aí, um livro que era para falar de camelos e beija-flores, só falou de camelos. Foram-se os beija-flores engolidos pelos camelos...

      Escoro-me no Guimarães Rosa. Ele começa o Tutameia com esta afirmação: “A estória não quer ser história. A estória, em rigor, deve ser contra a história.”

      Qual é a diferença? É simples. Quando minha filha era pequena eu lhe inventava estórias. Ela, ao final, me perguntava: “Papai, isso aconteceu de verdade?” E eu ficava sem lhe poder responder porque a resposta seria de difícil compreensão para ela. A resposta que lhe daria seria: “Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre...”

      A história é o reino das coisas que aconteceram de verdade, no tempo, e que estão definitivamente enterradas no passado. Mortas para sempre. [...]

      Mas as estórias não aconteceram nunca. São invenções, mentiras. O mito de Narciso é uma invenção. O jovem que se apaixonou por sua própria imagem nunca existiu. Aí, ao ler o mito que nunca existiu eu me vejo hoje debruçado sobre a fonte que me reflete nos olhos dos outros. Toda estória é um espelho. [...]

      A história nos leva para o tempo do “nunca mais”, tempo da morte. As estórias nos levam para o tempo da ressurreição. Se elas sempre começam com o “era uma vez, há muito tempo” é só para nos arrancar da banalidade do presente e nos levar para o tempo mágico da alma.

      Assim, por favor, revisora: quando eu escrever “estória” não corrija para “história”. Não quero confundir camelos e beija-flores...

A resposta que lhe daria seria: “Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre...”(5º§)


O pronome destacado cumpre papel coesivo, mas também sintático na oração. Assim, sintaticamente, ele deve ser classificado como:

  • A adjunto adnominal.
  • B objeto direto.
  • C complemento nominal.
  • D objeto indireto.
  • E predicativo.
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Assinale a alternativa em que as duas palavras devem ser obrigatoriamente acentuadas.
  • A Critica – sofa.
  • B Violencia – reporter.
  • C Enfase – vivencia.
  • D Especifica – lamentavel.
3

Considere o período e as afirmativas a seguir.

A cerimônia que compareci, foi bem planejada pelos organizadores, onde todos os elementos estavam harmoniosos


I. A vírgula depois do verbo “compareci” está incorreta, pois separa o sujeito do predicado.

II. Há um problema de regência: o correto seria “a cerimônia à que compareci”.


Estão corretas as afirmativas:

  • A I e II.
  • B I, apenas.
  • C II, apenas.
  • D Nenhuma.
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Texto II

Polícia Militar Ambiental faz um intenso trabalho de controle e combate aos grupos de criminosos adeptos da prática em todo o Estado de São Paulo


      O trabalho da Polícia Militar Ambiental em combater os grupos criminosos que soltam balões é incessante em todo o Estado de São Paulo. A árdua missão tem trazido números expressivos de prisões, apreensões e multas em 2017.

      De acordo com os números levantados pela Polícia Militar Ambiental, apenas nos primeiros cinco meses de 2017 foram realizadas 41 prisões em flagrante, enquanto em todo o ano de 2016, esse número de detenções por soltura de balões foi de apenas 5. Ainda segundo a PM, 39 balões foram apreendidos até junho deste ano, enquanto, em todo o ano de 2016, esse número ficou em 26. A multa por balão apreendido é de R$ 5 mil.

      A polícia acredita que muitos criminosos saem da capital do estado para praticar esse tipo de crime na região de Campinas e Circuito das Águas. “A gente já teve denúncias e realizou operações em locais que as pessoas alugam sítios na região e lá eles realizam eventos com balões no final de semana. Nesse meio tempo, eles soltam balão e fazem confraternizações com churrascos e festas. É uma situação que tem se repetido, pois as chácaras são fechadas e eles acham que ninguém vai atrapalhar. São locais que ficam escondidos por árvores, que cabem bastante pessoas. Um balão grande demanda muita gente para soltura. Eles acham que isso vai viabilizar o crime, mas estamos na cola das pessoas que praticam esse tipo de ação”, afirmou o Tenente Nóbrega. [...]

Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/ brasil/2017-06-07/baloes-campinas-policia-militar-ambiental.html. Acesso em 07/06/17)

A locução “de acordo”, que inicia o segundo parágrafo do texto, apresenta um valor semântico de:
  • A concessão.
  • B conformidade
  • C consequência.
  • D oposição.
  • E explicação.
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Texto II

Polícia Militar Ambiental faz um intenso trabalho de controle e combate aos grupos de criminosos adeptos da prática em todo o Estado de São Paulo


      O trabalho da Polícia Militar Ambiental em combater os grupos criminosos que soltam balões é incessante em todo o Estado de São Paulo. A árdua missão tem trazido números expressivos de prisões, apreensões e multas em 2017.

      De acordo com os números levantados pela Polícia Militar Ambiental, apenas nos primeiros cinco meses de 2017 foram realizadas 41 prisões em flagrante, enquanto em todo o ano de 2016, esse número de detenções por soltura de balões foi de apenas 5. Ainda segundo a PM, 39 balões foram apreendidos até junho deste ano, enquanto, em todo o ano de 2016, esse número ficou em 26. A multa por balão apreendido é de R$ 5 mil.

      A polícia acredita que muitos criminosos saem da capital do estado para praticar esse tipo de crime na região de Campinas e Circuito das Águas. “A gente já teve denúncias e realizou operações em locais que as pessoas alugam sítios na região e lá eles realizam eventos com balões no final de semana. Nesse meio tempo, eles soltam balão e fazem confraternizações com churrascos e festas. É uma situação que tem se repetido, pois as chácaras são fechadas e eles acham que ninguém vai atrapalhar. São locais que ficam escondidos por árvores, que cabem bastante pessoas. Um balão grande demanda muita gente para soltura. Eles acham que isso vai viabilizar o crime, mas estamos na cola das pessoas que praticam esse tipo de ação”, afirmou o Tenente Nóbrega. [...]

Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/ brasil/2017-06-07/baloes-campinas-policia-militar-ambiental.html. Acesso em 07/06/17)

Dentre as palavras abaixo retiradas do texto, assinale aquela cuja acentuação gráfica justifica-se pelo mesmo motivo da que encontramos em “Polícia”.
  • A prática.
  • B números.
  • C ninguém.
  • D águas.
  • E árvores.
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Texto II

Polícia Militar Ambiental faz um intenso trabalho de controle e combate aos grupos de criminosos adeptos da prática em todo o Estado de São Paulo


      O trabalho da Polícia Militar Ambiental em combater os grupos criminosos que soltam balões é incessante em todo o Estado de São Paulo. A árdua missão tem trazido números expressivos de prisões, apreensões e multas em 2017.

      De acordo com os números levantados pela Polícia Militar Ambiental, apenas nos primeiros cinco meses de 2017 foram realizadas 41 prisões em flagrante, enquanto em todo o ano de 2016, esse número de detenções por soltura de balões foi de apenas 5. Ainda segundo a PM, 39 balões foram apreendidos até junho deste ano, enquanto, em todo o ano de 2016, esse número ficou em 26. A multa por balão apreendido é de R$ 5 mil.

      A polícia acredita que muitos criminosos saem da capital do estado para praticar esse tipo de crime na região de Campinas e Circuito das Águas. “A gente já teve denúncias e realizou operações em locais que as pessoas alugam sítios na região e lá eles realizam eventos com balões no final de semana. Nesse meio tempo, eles soltam balão e fazem confraternizações com churrascos e festas. É uma situação que tem se repetido, pois as chácaras são fechadas e eles acham que ninguém vai atrapalhar. São locais que ficam escondidos por árvores, que cabem bastante pessoas. Um balão grande demanda muita gente para soltura. Eles acham que isso vai viabilizar o crime, mas estamos na cola das pessoas que praticam esse tipo de ação”, afirmou o Tenente Nóbrega. [...]

Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/ brasil/2017-06-07/baloes-campinas-policia-militar-ambiental.html. Acesso em 07/06/17)

Apesar da revisão que é comum a esse gênero textual, percebe-se um desvio de concordância na seguinte passagem:
  • A “O trabalho da Polícia Militar Ambiental em combater os grupos criminosos que soltam balões” (1º§).
  • B “A árdua missão tem trazido números expressivos de prisões,” (1º§).
  • C “De acordo com os números levantados pela Polícia Militar Ambiental”(2º§).
  • D “A polícia acredita que muitos criminosos saem da capital do estado” (3º§).
  • E “São locais que ficam escondidos por árvores, que cabem bastante pessoas.” (3º§).
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Texto II

Polícia Militar Ambiental faz um intenso trabalho de controle e combate aos grupos de criminosos adeptos da prática em todo o Estado de São Paulo


      O trabalho da Polícia Militar Ambiental em combater os grupos criminosos que soltam balões é incessante em todo o Estado de São Paulo. A árdua missão tem trazido números expressivos de prisões, apreensões e multas em 2017.

      De acordo com os números levantados pela Polícia Militar Ambiental, apenas nos primeiros cinco meses de 2017 foram realizadas 41 prisões em flagrante, enquanto em todo o ano de 2016, esse número de detenções por soltura de balões foi de apenas 5. Ainda segundo a PM, 39 balões foram apreendidos até junho deste ano, enquanto, em todo o ano de 2016, esse número ficou em 26. A multa por balão apreendido é de R$ 5 mil.

      A polícia acredita que muitos criminosos saem da capital do estado para praticar esse tipo de crime na região de Campinas e Circuito das Águas. “A gente já teve denúncias e realizou operações em locais que as pessoas alugam sítios na região e lá eles realizam eventos com balões no final de semana. Nesse meio tempo, eles soltam balão e fazem confraternizações com churrascos e festas. É uma situação que tem se repetido, pois as chácaras são fechadas e eles acham que ninguém vai atrapalhar. São locais que ficam escondidos por árvores, que cabem bastante pessoas. Um balão grande demanda muita gente para soltura. Eles acham que isso vai viabilizar o crime, mas estamos na cola das pessoas que praticam esse tipo de ação”, afirmou o Tenente Nóbrega. [...]

Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/ brasil/2017-06-07/baloes-campinas-policia-militar-ambiental.html. Acesso em 07/06/17)

Considerando o nível de linguagem que deve ser empregado nesse gênero textual, a expressão “estamos na cola das pessoas” (3º§) justifica-se por:
  • A ilustrar a inserção da fala de outro.
  • B adequar-se ao nível de escolaridade dos leitores.
  • C ser um descuido do jornalista.
  • D estar no final do parágrafo e do texto.
  • E possuir sentido apenas literal.
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Texto II

Polícia Militar Ambiental faz um intenso trabalho de controle e combate aos grupos de criminosos adeptos da prática em todo o Estado de São Paulo


      O trabalho da Polícia Militar Ambiental em combater os grupos criminosos que soltam balões é incessante em todo o Estado de São Paulo. A árdua missão tem trazido números expressivos de prisões, apreensões e multas em 2017.

      De acordo com os números levantados pela Polícia Militar Ambiental, apenas nos primeiros cinco meses de 2017 foram realizadas 41 prisões em flagrante, enquanto em todo o ano de 2016, esse número de detenções por soltura de balões foi de apenas 5. Ainda segundo a PM, 39 balões foram apreendidos até junho deste ano, enquanto, em todo o ano de 2016, esse número ficou em 26. A multa por balão apreendido é de R$ 5 mil.

      A polícia acredita que muitos criminosos saem da capital do estado para praticar esse tipo de crime na região de Campinas e Circuito das Águas. “A gente já teve denúncias e realizou operações em locais que as pessoas alugam sítios na região e lá eles realizam eventos com balões no final de semana. Nesse meio tempo, eles soltam balão e fazem confraternizações com churrascos e festas. É uma situação que tem se repetido, pois as chácaras são fechadas e eles acham que ninguém vai atrapalhar. São locais que ficam escondidos por árvores, que cabem bastante pessoas. Um balão grande demanda muita gente para soltura. Eles acham que isso vai viabilizar o crime, mas estamos na cola das pessoas que praticam esse tipo de ação”, afirmou o Tenente Nóbrega. [...]

Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/ brasil/2017-06-07/baloes-campinas-policia-militar-ambiental.html. Acesso em 07/06/17)

Quanto ao gênero, o texto II classifica-se como notícia. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que NÃO indica uma característica desse gênero.
  • A linguagem predominantemente pessoal.
  • B uso de dados estatísticos.
  • C citações diretas.
  • D apresentação de fatos.
  • E referência espacial do local.
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Texto I

                                       A janta


      A pior hora era a do jantar.

      Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.

      Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.

       Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...

       E ela ali, fngindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.

       De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.

       A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.

       Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.

(AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) 

Assinale a alternativa em que a reescritura da oração “Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos.” (8º§) implica um desvio de concordância.
  • A Só podiam ser ouvidos o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos.
  • B Só podia ser ouvido o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos.
  • C Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podia ser ouvido.
  • D Só podia ser ouvido, nos pratos, o mastigar e o barulho dos talheres.
  • E Nos pratos, só o mastigar e o barulho dos talheres podiam ser ouvidos.
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Texto I

                                       A janta


      A pior hora era a do jantar.

      Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.

      Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.

       Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...

       E ela ali, fngindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.

       De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.

       A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.

       Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.

(AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) 

O mecanismo coesivo da substituição ganha sentido observando-se o contexto em que é empregado. Desse modo, assinale a alternativa incorreta sobre a indicação referente do termo em destaque:
  • A “A pior hora era a do jantar.” (1º§) – hora.
  • BEla impunha respeito, senão” (3º§) – a flha mais velha.
  • CEla ficava esperando o bife” (4º§) - a filha mais velha.
  • D “E ela ali, fingindo prestar atenção na televisão” (5º§) – a mãe.
  • E “E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.´(7º§) – a mãe.
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Texto I

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      A pior hora era a do jantar.

      Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.

      Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.

       Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...

       E ela ali, fngindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.

       De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.

       A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.

       Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.

(AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) 

A descrição das atitudes da mãe, feita no sétimo parágrafo, revela, por parte dos filhos, um sentimento de:
  • A admiração.
  • B preguiça.
  • C descontrole.
  • D tristeza.
  • E impaciência.
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Texto I

                                       A janta


      A pior hora era a do jantar.

      Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.

      Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.

       Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...

       E ela ali, fngindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.

       De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.

       A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.

       Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.

(AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) 

Observe o emprego dos pronomes oblíquos átonos nas orações abaixo e as afrmações feitas sobre eles, em seguida, assinale a opção correta.


“Os irmãos se exercitavam.” (6º§)

“enquanto ela não se sentasse” (7º§)


I. Não se justifica, de acordo com a norma, a próclise na segunda ocorrência.

II. Na primeira ocorrência, percebe-se um registro mais coloquial do pronome.

III. Ocorrem palavras atrativas para a próclise nas duas ocorrências.


Assinale a alternativa correta.

  • A apenas I e II.
  • B apenas I e III.
  • C apenas a I.
  • D apenas a II.
  • E apenas a III.
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Texto I

                                       A janta


      A pior hora era a do jantar.

      Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.

      Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.

       Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...

       E ela ali, fngindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.

       De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.

       A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.

       Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.

(AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) 

Considerando a flexão verbal empregada na dinâmica do texto, para que se mantenha equivalência semântica, o verbo destacado em “E ela ali, fingindo prestar atenção na televisão” (5º§) poderia ser substituído por:
  • A fingia.
  • B fingira.
  • C fingiu.
  • D fingirá.
  • E fingiria.
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Texto I

                                       A janta


      A pior hora era a do jantar.

      Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.

      Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.

       Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...

       E ela ali, fngindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.

       De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.

       A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.

       Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.

(AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) 

Ao final do quarto prágrafo, a forma verbal “Demorando” é empregada seguida de reticências. O emprego desse sinal de pontuação sugere em relação à ação:
  • A uma interrupção.
  • B uma anulação.
  • C um prolongamento.
  • D um enfraquecimento.
  • E uma enumeração.
15
A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha.” (4°§)
Para estabelecer a coesão entre as orações, a autora empregou o seguinte recurso coesivo:
  • A a nominalização dos verbos.
  • B a omissão do sujeito simples.
  • C a pronominalização dos complementos.
  • D a repetição das conjunções.
  • E o uso de sinônimos.
16
A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha.” (4°§)
A respeito das orações que predominam no período acima, pode-se afirmar que são:
  • A coordenadas e mostram a apatia e a inércia da mãe.
  • B subordinadas e sinalizam a dependência da mãe em relação à filha.
  • C principais indicando a autoridade da mãe dentro da casa.
  • D subordinadas e apontam o excesso de atividades da mãe.
  • E coordenadas e revelam um dinamismo nas ações da mãe.
17

Texto I

                                       A janta


      A pior hora era a do jantar.

      Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.

      Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.

       Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...

       E ela ali, fngindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.

       De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.

       A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.

       Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.

(AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) 

A partir da análise da estrutura do texto acima, percebe-se que ilustra o gênero conto. Assinale a alternativa que NÃO aponta para uma característica desse gênero textual.
  • A fatos que se desenrolam em um intervalo de tempo.
  • B apresentação do enredo através de um narrador.
  • C caracterização espacial, indicação de cenário.
  • D explicitação de uma tese a ser defendida.
  • E presença de personagens.
18

Texto I

                                       A janta


      A pior hora era a do jantar.

      Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.

      Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.

       Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...

       E ela ali, fngindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.

       De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.

       A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.

       Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.

(AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) 

Embora seja narrado em terceira pessoa, nota-se que o texto acompanha a perspectiva:
  • A da mãe, caracterizada como uma figura omissa.
  • B da filha mais velha ao lembrar-se de si no passado.
  • C dos irmãos marcados pelas brigas ao longo do dia.
  • D de um vizinho que não participava das ações.
  • E do pai representado pela sua figura assombrada.
19

Texto I


                                                Diálogos

       Ele telefonou aflitíssimo.

       - Preciso marcar um horário, não é para mim, é para minha filha.

       - Que idade tem sua filha?

       - Quinze anos.

       - Ela quer vir?

       - Quer, quer...

      Chegam na consulta antes da hora. Agitado, ele fala muito, essa é minha filha, desejo que fale com ela, que a convença a não viajar.

       A garota, adolescente, mal-humorada, queixo projetado pra cima, boca cerrada com determinação.

       - Vamos entrar? Ana convida os dois.

       - Não, não, ela entra sozinha.

       A menina levanta-se e dirige-se para a sala de consulta.

       - O que trouxe vocês aqui?

       - Nada, não tenho o que falar, não tenho o que discutir, não queria vir, não preciso vir aqui. Já falei para o meu pai.

       - Mas já que veio, não poderia contar do que se trata?

       - Quero viajar, encontrar minha mãe que mora fora, quero ir morar com ela. Meus pais são separados, ele não quer me deixar, mas vou assim mesmo.

        - Você tentou falar com ele?

        - Não adianta, ele não quer ouvir, e por isso que minha mãe foi embora e eu não quero mais falar disso.

       (Estaria repetindo o gesto da mãe, indo embora sem conversa, sem explicação?)

        - Parece que o diálogo não é bem-vindo em sua casa.

        - Não, levanta-se para sair, não é isso.

        - Talvez quisesse que seu pai conversasse com você, em vez de lhe trazer para falar com uma psicóloga que não conhece nem pediu pra conhecer.

       Esse é o único momento em que Maria olha de fato para Ana.

       - É isso mesmo, diz e dirige-se à porta. Na sala de espera, Ana diz ao pai:

       - Sua filha quer que você fale com ela, quer ser ouvida por você, não por mim. Ela não tem o que falar para mim, mas tem muito a dizer a você.

      - Não, não, não sei falar com ela, não entendo o que ela diz, é igual à mãe, por isso a trouxe aqui, para que você fale com ela.

      - Vamos então falar juntos?

      - Não, não posso. Levantam-se e saem para nunca mais voltar.

(LOEB, Sylvia. Diálogos. In: ____. Contos do divã. Cotia: Ateliê Editorial, 2007. P. 73)

Assinale a alternativa correta. No fragmento “Talvez quisesse que seu pai conversasse com você” (21ª§), os verbos estão flexionados no mesmo tempo e modo indicando:
  • A uma possibilidade em relação ao passado.
  • B uma incerteza em relação a um futuro próximo.
  • C uma sugestão para um interlocutor específico.
  • D um hábito do passado que foi interrompido.
  • E uma ação presente que se estende até o futuro.
20

Texto I


                                                Diálogos

       Ele telefonou aflitíssimo.

       - Preciso marcar um horário, não é para mim, é para minha filha.

       - Que idade tem sua filha?

       - Quinze anos.

       - Ela quer vir?

       - Quer, quer...

      Chegam na consulta antes da hora. Agitado, ele fala muito, essa é minha filha, desejo que fale com ela, que a convença a não viajar.

       A garota, adolescente, mal-humorada, queixo projetado pra cima, boca cerrada com determinação.

       - Vamos entrar? Ana convida os dois.

       - Não, não, ela entra sozinha.

       A menina levanta-se e dirige-se para a sala de consulta.

       - O que trouxe vocês aqui?

       - Nada, não tenho o que falar, não tenho o que discutir, não queria vir, não preciso vir aqui. Já falei para o meu pai.

       - Mas já que veio, não poderia contar do que se trata?

       - Quero viajar, encontrar minha mãe que mora fora, quero ir morar com ela. Meus pais são separados, ele não quer me deixar, mas vou assim mesmo.

        - Você tentou falar com ele?

        - Não adianta, ele não quer ouvir, e por isso que minha mãe foi embora e eu não quero mais falar disso.

       (Estaria repetindo o gesto da mãe, indo embora sem conversa, sem explicação?)

        - Parece que o diálogo não é bem-vindo em sua casa.

        - Não, levanta-se para sair, não é isso.

        - Talvez quisesse que seu pai conversasse com você, em vez de lhe trazer para falar com uma psicóloga que não conhece nem pediu pra conhecer.

       Esse é o único momento em que Maria olha de fato para Ana.

       - É isso mesmo, diz e dirige-se à porta. Na sala de espera, Ana diz ao pai:

       - Sua filha quer que você fale com ela, quer ser ouvida por você, não por mim. Ela não tem o que falar para mim, mas tem muito a dizer a você.

      - Não, não, não sei falar com ela, não entendo o que ela diz, é igual à mãe, por isso a trouxe aqui, para que você fale com ela.

      - Vamos então falar juntos?

      - Não, não posso. Levantam-se e saem para nunca mais voltar.

(LOEB, Sylvia. Diálogos. In: ____. Contos do divã. Cotia: Ateliê Editorial, 2007. P. 73)

Assinale a alternativa correta. A informação entre parênteses, presente no décimo oitavo parágrafo, revela:
  • A a fala de revolta do pai.
  • B o diagnóstico verbalizado pela psicóloga à menina.
  • C uma confssão da menina à psicóloga.
  • D uma intervenção equivocada do narrador.
  • E um comentário acessório sugerindo a reflexão do leitor.

Direito Administrativo

21

Há no ordenamento jurídico brasileiro diversas modalidades de licitação, sobre elas analise os itens abaixo.


I. Concorrência pressupõe a participação de quaisquer interessados que comprovem deter os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

II. Concurso é a modalidade que estabelece a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, através de prêmios ou remuneração aos vencedores, cujos requisitos constarão em edital publicado com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

III. Tomada de preços se verifica quando há a competição entre interessados, sem cadastro prévio

IV. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa.


Assinale a alternativa correta.

  • A Apenas I é incorreta
  • B Apenas II é incorreta
  • C Apenas III é correta
  • D Apenas II e III são corretas
  • E Apenas I e II são incorretas
22
Assinale a alternativa correta sobre a aplicabilidade do pregão nos termos exatos da Lei Federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002.
  • A Apenas para aquisição de serviços comuns
  • B Para aquisição de bens e serviços comuns
  • C Apenas para aquisição de bens
  • D Para aquisição de quaisquer bens e serviços
23
Assinale a alternativa correta sobre Licitação conforme previsão expressa da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
  • A As licitações serão efetuadas no local onde a Administração Pública determinar
  • B As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, vedada qualquer exceção
  • C As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado
  • D As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, sendo assim vedada a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais
24
Analise os itens a seguir e considere a classificação dos atos administrativos para assinalar a alternativa correta sobre os atos praticados pela Administração com todas as prerrogativas e privilégios de autoridade e impostos unilateral e coercitivamente ao particular independentemente de autorização judicial.
  • A Atos de gestão
  • B Atos compostos
  • C Atos vinculados
  • D Atos de vinculação
  • E Atos de império
25
Considerando o atributo de autoexecutoriedade, assinale a alternativa correta.
  • A Atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário
  • B Atributo pelo qual, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração
  • C Atributo que diz respeito à conformidade do ato com a lei
  • D Atributo que estabelece a necessidade de confirmação judicial dos atos da Administração Pública
  • E Atributo que vincula o agente público à vontade do legislador
26
Assinale a alternativa que corresponde ao atributo do ato administrativo, segundo o qual, os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância.
  • A Disponibilidade
  • B Legalidade
  • C Tratabilidade
  • D Voluntariedade
  • E Imperatividade
27
Considere a expressão “Administração Pública” e assinale a alternativa correta sobre como se denomina a atividade de execução das chamadas limitações administrativas, que são restrições impostas por lei ao exercício de direitos individuais em benefício do interesse coletivo.
  • A Serviço vinculado
  • B Polícia administrativa
  • C Regulação legal
  • D Atividade interventiva
  • E Fiscalização
28
Analise os itens a seguir e considere a classificação dos atos administrativos para assinalar a alternativa correta.
  • A Quanto às prerrogativas com que atua a Administração, os atos podem ser simples ou compostos, sendo estes últimos os praticados pela Administração em situação de igualdade com os particulares, para a conservação e desenvolvimento do patrimônio público e para a gestão de seus serviços
  • B Quanto à formação da vontade, os atos administrativos podem ser simples, complexos e compostos, sendo estes últimos os que decorrem da declaração de vontade de um único órgão, seja ele singular ou colegiado
  • C Quanto à formação da vontade, os atos administrativos podem ser unitários, ditados e componentes, sendo estes últimos os que decorrem da declaração de vontade de um único órgão, seja ele singular ou colegiado
  • D Quanto às prerrogativas com que atua a Administração, os atos podem ser de império e de gestão, sendo estes últimos os praticados pela Administração em situação de igualdade com os particulares, para a conservação e desenvolvimento do patrimônio público e para a gestão de seus serviços
  • E Quanto aos destinatários, os atos administrativos podem ser gerais e individuais, sendo que ambos os casos atingem todas as pessoas que se encontram na mesma situação
29
Assinale a alternativa que corresponde ao atributo do ato administrativo, segundo o qual, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração. Assim ocorre com relação às certidões, atestados, declarações, informações por ela fornecidos, todos dotados de fé pública.
  • A Presunção de legalidade
  • B Presunção de dualidade
  • C Presunção de veracidade
  • D Presunção de economicidade
  • E Presunção de gratuidade
30
Assinale a alternativa que não contempla uma hipótese de verificação da requisição administrativa.
  • A Estado de guerra
  • B Proteção da saúde de comunidades
  • C Proteção do meio ambiente ante possível degradação
  • D Inundação de grandes proporções
  • E Epidemia

Direitos Humanos

31
Considere as disposições da Convenção Americana sobre Direitos Humanos/1969 (Pacto de São José da Costa Rica) e assinale a alternativa INCORRETA sobre aplicação de pena e o Direito à integridade pessoal.
  • A Ninguém deve ser submetido a tratos cruéis, desumanos ou degradantes
  • B Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais
  • C A pena pode passar da pessoa do delinquente
  • D Os menores, quando puderem ser processados, devem ser conduzidos a tribunal especializado
  • E As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados
32
Considere as disposições da Convenção Americana sobre Direitos Humanos/1969 (Pacto de São José da Costa Rica) sobre o direito à vida e assinale a alternativa correta.
  • A Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes ou depois de haver o delito sido cometido
  • B Excepcionalmente, pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, ou por aqueles delitos comuns conexos com os delitos políticos
  • C Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei desde o nascimento com vida. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente
  • D Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, ao tempo da sentença final de tribunal competente, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez
  • E Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos, sendo defeso executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente
33
Considere as disposições do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais sobre o previdência e seguridade social e assinale a alternativa correta.
  • A Os Estados Partes do referido Pacto não se comprometem sobre o direito de toda pessoa à previdência social, nem quanto ao seguro social
  • B Os Estados Partes do referido Pacto reconhecem o direito de toda pessoa à previdência social, excluído o seguro social
  • C Os Estados Partes do referido Pacto não se comprometem sobre o direito de toda pessoa à previdência social, mas sim quanto ao seguro social
  • D Os Estados Partes do referido Pacto se comprometem a criar a previdência social como forma de extinção do seguro social
  • E Os Estados Partes do referido Pacto reconhecem o direito de toda pessoa à previdência social, inclusive ao seguro social
34
Considere as disposições do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais sobre direitos de homens e mulheres e assinale a alternativa correta.
  • A Os Estados Partes do referido Pacto comprometem-se a assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de alguns dos direitos econômicos, sociais e culturais nele enumerados
  • B Os Estados Partes do referido Pacto comprometem-se a assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de todos os direitos econômicos, sociais e culturais nele enumerados
  • C Os Estados Partes do referido Pacto comprometem-se a assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de boa parte dos direitos econômicos, sociais e culturais nele enumerados
  • D Os Estados Partes do referido Pacto comprometem-se a assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo da maioria dos direitos econômicos, sociais e culturais nele enumerados
  • E Os Estados Partes do referido Pacto comprometem-se a assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de todos os direitos econômicos e sociais, excluídos os culturais nele enumerados
35
Considere as disposições do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais sobre autodeterminação e assinale a alternativa correta.
  • A Todos os povos têm direito à autodeterminação. Em virtude desse direito, exclusivamente, determinam livremente suas fronteiras territoriais
  • B Todos os povos têm direito à autodeterminação. Em virtude desse direito, exclusivamente, determinam livremente suas moedas e regras de nacionalidade
  • C Todos os povos têm direito à autodeterminação. Em virtude desse direito, exclusivamente, determinam livremente suas práticas comerciais
  • D Todos os povos têm direito à autodeterminação. Em virtude desse direito, determinam livremente seu estatuto político e asseguram livremente seu desenvolvimento econômico, social e cultural
  • E Todos os povos têm direito à autodeterminação. Em virtude desse direito, exclusivamente, determinam livremente suas regras culturais
36
Considere as disposições da Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948 sobre validade do casamento e assinale a alternativa correta.
  • A O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes
  • B O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento judicial, independentemente da vontade dos nubentes
  • C O casamento só será válido com autorização de autoridade policial, independentemente da vontade dos nubentes
  • D O casamento não dependerá do consentimento dos nubentes
  • E O casamento só será válido com autorização de autoridade judicial somada à vontade dos nubentes
37
Considere as disposições da Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948 sobre culpa e pena e assinale a alternativa correta.
  • A Qualquer pessoa poderá ser culpada por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional, desde que seja criada norma penal posterior
  • B Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional e também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso
  • C Qualquer pessoa poderá ser culpada por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional, desde que seja criada norma penal posterior em até um ano
  • D Qualquer pessoa poderá ser culpada por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional, desde que seja criada norma penal posterior em até cinco anos
  • E Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional, podendo, no entanto ser imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso
38
Considere as disposições da Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948 sobre escravidão ou servidão e assinale a alternativa INCORRETA.
  • A Ninguém será mantido em escravidão
  • B A escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas
  • C Ninguém será mantido em escravidão, sendo tolerada a servidão por motivo de guerra
  • D Ninguém será mantido em servidão
  • E Ninguém será mantido em escravidão ou servidão por qualquer motivo
39
Considere as disposições da Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948 sobre cooperação e assinale a alternativa correta.
  • A Os Estados-Membros se comprometeram a apenas estudar, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades
  • B Os Estados-Membros se comprometeram a promover, em obediência às Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades
  • C Os Estados-Membros se comprometeram a apenas estudar, em cumprimento de ordens das Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades
  • D Os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades
  • E Os Estados-Membros se comprometeram a cumprir as ordens das Nações Unidas, o respeito exclusivamente local aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades
40
Considere as disposições da Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948 sobre dignidade e assinale a alternativa correta.
  • A O reconhecimento da dignidade é inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo
  • B O reconhecimento da dignidade é inerente a todos os membros da família, desde que baseada no casamento, humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo
  • C O reconhecimento da dignidade é inerente a todos os membros da família, desde que baseada no casamento ou na união estável, humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo
  • D O reconhecimento da dignidade é inerente a todos os membros da família, desde que baseada no casamento civil, humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo
  • E O reconhecimento da dignidade é inerente a todos os membros da família, desde que baseada no casamento religioso, humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo

Direito Constitucional

41
Assinale a alternativa correta sobre a proteção constitucional da pequena propriedade rural, inclusive, quanto às ressalvas previstas expressamente.
  • A A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento
  • B A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, só será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento
  • C A pequena propriedade rural, assim definida pelas regras de mercado, desde que trabalhada pela família e destinada exclusivamente à produção de alimentos consumidos por ela, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento
  • D A pequena propriedade rural, assim definida pelas regras de mercado, desde que trabalhada pela família e destinada exclusivamente à produção de alimentos consumidos por ela, só será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento
42
Assinale a alternativa correta sobre o prazo de aquisição de estabilidade pelos servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público conforme previsão na Constituição Federal.
  • A Três anos
  • B Trinta meses
  • C Cinco anos
  • D Dois anos
43
Assinale a alternativa que corresponde exatamente ao disposto na Constituição Federal sobre a observância dos princípios da impessoalidade e publicidade.
  • A A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, sendo vedado condicionar a promoção na carreira à participação nos cursos
  • B A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo destinadas exclusivamente à formação dos servidores públicos, facultada, a celebração de convênios ou contratos com instituições de ensino, vedada, tal celebração entre os entes federados
  • C A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, vedada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados
  • D A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados
44
Assinale a alternativa correta, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil, sobre a participação no Conselho da República e no Conselho de Defesa Nacional, além do Vice-Presidente da República, do Presidente da Câmara dos Deputados, do Presidente do Senado Federal, dos líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados, dos líderes da maioria e da minoria no Senado Federal e do Ministro da Justiça.
  • A Dez cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo quatro nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e quatro eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, permitida a recondução
  • B Doze cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo quatro nomeados pelo Presidente da República, quatro eleitos pelo Senado Federal e quatro eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de quatro anos, vedada a recondução
  • C Oito cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo quatro nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução
  • D Quatro cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo um nomeado pelo Presidente da República, um eleito pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de quatro anos, permitida a recondução
  • E Seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução
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Assinale a alternativa correta sobre o Congresso Nacional nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.
  • A O Poder Legislativo é exercido exclusivamente pela Câmara dos Deputados sendo que cada legislatura terá a duração de quatro anos
  • B O Poder Legislativo é exercido exclusivamente pelo Senado Federal sendo que cada legislatura terá a duração de quatro anos
  • C O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal sendo que cada legislatura terá a duração de quatro anos
  • D O Poder Legislativo é exercido exclusivamente pela Câmara dos Deputados sendo que cada legislatura terá a duração de oito anos
  • E O Poder Legislativo é exercido exclusivamente pelo Senado Federal sendo que cada legislatura terá a duração de seis anos
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Assinale a alternativa correta sobre o regime de previdência dos servidores públicos nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.
  • A Apenas os servidores da União que sejam titulares de cargos efetivos ou não, incluídas os das autarquias e fundações, têm a garantia de regime de previdência de caráter contributivo e solidário, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e outras disposições da própria Constituição Federal, sendo reservado aos demais servidores, regime diferenciado de caráter não contributivo
  • B Apenas os servidores da União e do Distrito Federal que sejam titulares de cargos efetivos, excluídas os das autarquias e fundações, têm a garantia de regime de previdência de caráter contributivo e solidário, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e outras disposições da própria Constituição Federal, sendo reservado aos demais servidores, regime diferenciado de caráter não contributivo
  • C Os servidores da União e dos Estados que sejam titulares de cargos não efetivos, incluídas os das autarquias e fundações, têm a garantia de regime de previdência de caráter contributivo e solidário, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e outras disposições da própria Constituição Federal, sendo reservados aos servidores efetivos um regime diferenciado quanto ao caráter contributivo
  • D Apenas os servidores dos Municípios que sejam titulares de cargos efetivos ou não, incluídas os das autarquias e fundações, têm a garantia de regime de previdência de caráter contributivo e solidário, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e outras disposições da própria Constituição Federal, sendo reservado aos demais servidores, regime diferenciado de caráter não contributivo
  • E Os servidores da União que sejam titulares de cargos efetivos, incluídas os das autarquias e fundações, têm a garantia de regime de previdência de caráter contributivo e solidário, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e outras disposições da própria Constituição Federal
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Assinale a alternativa INCORRETA sobre organização político-administrativa nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.
  • A A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos
  • B A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, sendo o Distrito Federal a Capital Federal
  • C Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar
  • D Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar
  • E A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei
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Assinale a alternativa correta sobre os direitos políticos nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.
  • A Os estrangeiros residentes são elegíveis
  • B Os inalistáveis são elegíveis
  • C Os brasileiros naturalizados são inelegíveis
  • D Os analfabetos são inelegíveis
  • E Os brasileiros natos são inelegíveis
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Assinale a alternativa correta sobre nacionalidade nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.
  • A Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, exceto nos casos previstos na própria Constituição Federal
  • B Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, em qualquer caso
  • C Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, exceto no caso de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira
  • D Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, exceto no caso de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território
  • E Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, exceto no caso de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para o exercício de direitos civis diversos da permanência em seu território
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Assinale a alternativa correta sobre a aplicação das normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.
  • A Tais normas têm aplicação diferida
  • B Tais normas têm aplicação condicionada à existência de lei ordinária
  • C Tais normas têm aplicação limitada à existência de lei delegada
  • D Tais normas têm aplicação imediata
  • E Tais normas têm aplicação condicionada à existência de lei especial

Direito Processual Penal

51
A intimação é um ato de ciência às partes sobre algum fato ocorrido no processo ou ato processual a realizar-se. No que diz respeito às intimações, assinale a alternativa correta:
  • A A ausência de intimação do defensor do réu sobre a prolação de sentença condenatória não gera nulidade da ação penal
  • B É indispensável a citação pessoal das testemunhas arroladas pela defesa, mesmo que o defensor do acusado se comprometa a apresenta-las independentemente de notificação judicial
  • C O Ministério Público será intimado pessoalmente, sendo-lhe garantida vista dos autos para ciência e, dependendo do caso, manifestação
  • D O advogado constituído somente será intimado por meio de publicação no órgão oficial de imprensa quando assim requerer
  • E Todas intimações relativas ao processo conterão o nome do acusado, mesmo quando a causa tramita em segredo de justiça
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A citação é o ato oficial que dá ciência ao acusado sobre a existência de processo criminal, garantindo-lhe a possibilidade de se defender das imputações que lhe são lançadas. A respeito do tema, assinale a alternativa incorreta sobre a citação em âmbito processual penal:
  • A A citação pode ser real ou ficta, a primeira quando feita pessoalmente ao acusado e a segunda quando houver presunção de que tenha tomado ciência das acusações que lhe são dirigidas
  • B A citação será realizada por meio de carta precatória quando o réu, em liberdade, residir em outra comarca, ou seja, fora do território de jurisdição do juiz competente para apreciar a ação penal
  • C A citação do militar é realizada por meio da expedição de ofício ao respectivo comandante da organização militar
  • D A citação do funcionário público será feita sempre pessoalmente por meio de mandado, sem a necessidade de notificação do chefe da repartição
  • E A citação do réu preso deverá ser feita pessoalmente, por mandado
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Sobre a sentença judicial, avalie as proposições abaixo:

I. O princípio da correlação entre acusação e sentença estabelece que a sentença judicial deve ter estrita congruência entre a imputação e o resultado condenatória, qualquer distorção nesse liame enseja nulidade no processo.

II. É vedado ao juiz, sem que haja o modificativo da descrição do fato contido na exordial acusatória, atribuir-lhe definição jurídica diversa.

III. Na hipótese de tomar conhecimento de fato novo vinculado à acusação contida na denúncia deverá o juiz encaminhar os autos ao Ministério Público para que, no prazo de 5 (cinco) dias, emende a inicial.

IV. No Direito brasileiro vigora o princípio da individualização, em que o acusado se defende da capitulação jurídica dada ao fato criminoso pelo acusador na petição inicial (denúncia ou queixa).


Assinale a alternativa correta.

  • A Apenas I e III são corretas
  • B Apenas I e IV são incorretas
  • C Apenas II e IV são corretas
  • D Apenas I, II e III são incorretas
  • E I, II, III e IV são corretas
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Na fase judicial, vigora em esfera processual penal a sistemática acusatória, em que o Juiz figura em posição inerte, garantindo, assim, sua isenção e imparcialidade. Todavia, o Código de Processo Penal traz as situações em que o magistrado deverá declarar-se suspeito. Assinale a alternativa que não apresenta hipótese de suspeição do juiz:
  • A Amigo íntimo e/ou inimigo do réu ou da vítima
  • B Detentor de cotas em empresa interessada no processo
  • C Cônjuge respondeu a processo julgado por qualquer das partes
  • D Possua ascendente que responde a processo por fato análogo
  • E Atuou na acusação em processo anterior contra qualquer das partes
55
Assinale a alternativa correta. Caberá intentar a ação privada:
  • A Ao Ministério Público
  • B Ao Ministério Público após representação da vítima.
  • C Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo.
  • D Ao juiz
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Nos crimes de ação penal privada o inquérito policial será iniciado________________ .

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
  • A De ofício
  • B Mediante requisição da autoridade judiciária.
  • C Mediante requisição do Ministério Público.
  • D A requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
57
Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado_____________ . Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
  • A Regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo.
  • B Deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo.
  • C Descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança.
  • D Praticar nova infração penal culposa.
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Assinale a alternativa correta. Segundo regra prevista no código de processo penal, poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
  • A Maior de 65 (sessenta e cinco) anos.
  • B Extremamente debilitado por motivo de doença grave.
  • C Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 10 (dez) anos de idade.
  • D Gestante a partir do 5° (quinto) mês de gravidez.
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Assinale a alternativa INCORRETA. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
  • A Relaxar a prisão ilegal.
  • B Converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do artigo 312 do Código de Processo Penal, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão.
  • C Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
  • D Entregar a nota de culpa ao preso.
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Com base no que dispõe o Código de Processo Penal, no Título “Da Prova”, assinale a alternativa INCORRETA quanto à pessoa do ofendido:

  • A Se, intimado para o fim de ser perguntado sobre as circunstâncias e a autoria da infração, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido não poderá ser conduzido à presença da autoridade, pois tem direito à preservação da sua intimidade.
  • B O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem.
  • C Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento multidisciplinar, especialmente nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, às expensas do ofensor ou do Estado.
  • D O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação.