No que diz respeito a levar em conta as contribuições dos alunos no transcurso das atividades escolares, ZABALA (A prática educativa, 2008) alerta para a necessidade de se estabelecerem vínculos entre os novos conteúdos e tais conhecimentos prévios que chegam com os alunos. Dessa forma, o autor enfatiza que:
Leia o fragmento a seguir:
“Acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições."
Assinale a opção que representa a tendência pedagógica apresentada.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa (1998), no processo de leitura de textos escritos, espera-se que o aluno
Relacione os estágios de desenvolvimento, segundo Piaget, às suas respectivas características.
1. Período Simbólico
2. Período Intuitivo
3. Período Operatório Concreto
( ) A criança é capaz de ordenar elementos por seu tamanho e consolida as conservações de número, substância, volume e peso.
( ) A criança desenha, imita, dramatiza. Capacidade de formar imagens mentais, transformando objetos em uma satisfação da vontade.
( ) A criança explica os fenômenos e tem capacidade de distinguir a fantasia do real.
Assinale a opção que mostra a relação correta, de cima para baixo.
Tardif e Lessard (2005) destacam que a noção de experiência designa a vivência prática (docência in locu).
Com relação à necessidade da experiência oriunda do trabalho, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A experiência cumpre uma função acrítica, levando o docente à aceitação incondicional das diretivas oficiais, das orientações curriculares, dos conhecimentos formais, etc..
( ) A formação inicial não realiza suas promessas, forçando os professores a inventarem seu próprio conhecimento concreto de trabalho a partir da sua realização.
( ) A experiência se cristaliza no saber-fazer, realizando-se nas rotinas de trabalho.
As afirmativas são, respectivamente,
Sobre as consequências da mudança estrutural proposta pela Lei nº 10.639/03, de acordo com Nilma Gomes, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Mantém as relações propostas e evocadas na elaboração curricular. ( ) Deverá romper com o silêncio e desvelar rituais pedagógicos a favor da discriminação racial. ( ) Estabelece que o trabalho acerca das questões raciais deve acontecer como uma mudança cultural e política no campo curricular.
As afirmativas são, respectivamente,
Tardif e Lessard (2005) afirmam que a questão da preparação das aulas constitui uma tarefa importante e regular dos professores.
Com relação aos elementos que devem ser considerados para o planejamento do ensino, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A organização do conteúdo, o tempo e o espaço disponíveis e o material pedagógico são fundamentais para que a aula transcorra de modo proveitoso.
( ) A natureza da matéria a ser ensinada e seu grau de dificuldade são levados em conta, além da lógica necessária para relacioná-la com outras matérias.
( ) O conhecimento do professor sobre os alunos, suas diferenças, habilidades e interesses não devem ser considerados para a adoção de medidas especiais.
As afirmativas são, respectivamente,
Sobre as características da Educação Básica, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A Educação Básica é obrigatória e deve ser realizada dos 4 aos 17 anos.
( ) A Educação Básica é organizada da seguinte forma: pré-escola, ensino fundamental e ensino médio.
( ) O dever do Estado com a educação escolar será efetivado mediante a garantia da Educação Básica pública e gratuita.
As afirmativas são, respectivamente,
A pesquisa Juventudes e Sexualidade de Abramovay et al. (2004) mostra que professores têm dificuldade em trabalhar as temáticas sexualidade e afetividade em sala de aula. Muitas vezes, abordam o estudo do corpo sob uma visão higienista, delegando essa tarefa ao campo da biologia (“saber competente”).
Assinale a alternativa que exemplifica uma proposta alternativa à visão higienista sobre sexualidade nas escolas.
Leia o fragmento a seguir.
“O planejamento requer a devida clareza do _____ no qual a escola está inserida [...] e das oportunidades de _____, que somente podem ser obtidos [...] pelos _____educacionais”.
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
As deficiências físicas podem resultar de problemas neurológicos, doenças neuromusculares, problemas ortopédicos, malformações ou doenças crônicas. Assinale a opção cujas doenças são exemplificadas adequadamente.
“Educador que se disponha a aprender enquanto ensina, trabalhando seus ranços autoritários e espontaneístas na tentativa, na busca da construção de uma relação democrática. Educador que também se disponha a acompanhar o processo de instrumentalização para a apropriação da reflexão (pensamento: prática e teoria) de seus educandos.”
(FREIRE, Madalena. Educador, educa a dor. São Paulo: Paz e Terra, 2008, p.31) Sobre a concepção de educação democrática, analise as afirmativas a seguir.
I. Sob a autoridade do professor, os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo.
II. O foco do processo está no aluno, que deve ter vez e voz para tomar decisões dentro do espaço de sala de aula.
III. As relações são silenciadas, e o professor, indivíduo dotado de conhecimento, tem a função de transmitir o conhecimento aos alunos.
Assinale:
Com relação aos eixos contemplados pela Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) para alunos do 3º ano do ensino fundamental, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) infraestrutura das instituições.
( ) gestão.
( ) desempenho.
As afirmativas são, respectivamente,
Leia o fragmento a seguir:
“______ significa propiciar situações de cuidados, ______ e aprendizagens orientadas de forma ______ e que contribuem para o desenvolvimento das capacidades infantis."
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
Relacione o nome do pensador em educação às respectivas ideias educacionais.
1. Rousseau
2. Frobel
3. Dewey
( ) Por meio de jogos e brincadeiras, as crianças têm uma evolução espontânea, sendo o professor um estimulador do desenvolvimento.
( ) O método científico deve subsidiar o trabalho em sala de aula, partindo do pressuposto de que o fazer é o caminho mais viável para o aprender.
( ) As crianças deveriam viver o máximo de tempo possível em um estado “natural" de inocência, dando à infância um valor próprio.
Assinale a opção que mostra a relação correta, de cima para baixo.
Cinco pessoas estão sentadas em cinco cadeiras em linha, cada uma com uma moeda na mão. As moedas são todas bem equilibradas, de modo que a probabilidade de sair cara ou coroa em cada uma delas é 1/2.. Em um determinado momento, as cinco pessoas jogam suas respectivas moedas. Aquelas que obtiverem cara continuam sentadas, e as que obtiverem coroa levantam-se. Após esse procedimento, a probabilidade de que NÃO haja duas pessoas adjacentes, ambas sentadas ou ambas de pé, é de:
Sendo , o número de valores inteiros de x, para os quais o valor de y também é inteiro,é
Uma loja em liquidação oferece todos os seus produtos com um desconto de 30%.
Nessa loja, um produto que custava inicialmente R$ 240,00 está sendo vendido por:
Após executar 60 tiros, Billy obteve 55% de acertos. Com mais 15 tiros, ele aumentou sua porcentagem de acertos para 56%. Desses últimos 15 tiros, Billy acertou:
Certa rua da cidade de João Pessoa tem 450 m de comprimento e aparece em um mapa com comprimento de 3 cm.
A escala desse mapa é
Certa empresa solicita a cada funcionário uma senha de segurança formada por uma vogal e duas consoantes diferentes do nosso alfabeto atual. Exemplos de senhas desse tipo são KPA e BIG.
O número de senhas diferentes que podem ser formadas é:
Em uma turma do 9º ano de um colégio de ensino fundamental, para cada três meninas há dois meninos.
Uma das meninas saiu do colégio e em seu lugar entrou um menino nessa turma do 9º ano.
Agora, para cada quatro meninas há três meninos.
A quantidade total de alunos nessa turma é
André, Bianca e Carlota viajaram juntos em um final de semana e combinaram que, ao final da viagem, dividiriam as despesas igualmente entre os três.
Durante o final de semana, André pagou despesas no valor de R$ 360,00, Bianca pagou R$ 420,00 e Carlota pagou R$ 600,00. No acerto de contas, André e Bianca deram, respectivamente, x reais e y reais para Carlota.
O valor de x+y é
Dois médicos atendem 24 pacientes em 6 horas. Mantidas as proporções, três médicos atendem 24 pacientes em:
A plateia de um teatro, vista de cima para baixo, ocupa o retângulo ABCD da figura a seguir, e o palco é adjacente ao lado BC. As medidas do retângulo são AB = 15m e BC = 20m.
Um fotógrafo que ficará no canto A da plateia deseja fotografar o palco inteiro e, para isso, deve conhecer o ângulo da figura para escolher a lente de abertura adequada.
O cosseno do ângulo da figura acima é:
A respeito dos conjuntos numéricos, assinale a afirmativa correta.
Em uma urna há apenas bolas brancas, bolas pretas e bolas vermelhas. Exatamente 17 bolas não são brancas, 29 não são pretas e 22 não são vermelhas.
O número de bolas na urna é:
Na parte de Matemática dos PCNs há o seguinte parágrafo, cada vez mais atual:
“O impacto da tecnologia na vida de cada indivíduo vai exigir competências que vão além do simples lidar com as máquinas. A velocidade do surgimento e renovação de saberes e de formas de fazer em todas as atividades humanas tornarão rapidamente ultrapassadas a maior parte das competências adquiridas por uma pessoa no início de sua vida profissional."
Segundo os PCNs, a exigência que se impõe é
Considere o ponto de coordenadas cartesianas (2014, –2015). O simétrico desse ponto em relação à reta de equação x = –1 é
Em 1992, João Pessoa foi considerada a “segunda capital mais verde do mundo" com, aproximadamente, 7,0 m² de floresta por habitante, perdendo somente para Paris, na França. Nessa época, a população de João Pessoa era de, aproximadamente, 500.000 habitantes. Hoje, a população estimada de João Pessoa é de 770.000 habitantes.
Com base nas informações fornecidas e supondo que a área florestal de João Pessoa tenha sido mantida, a área de floresta por habitante em João Pessoa hoje é, aproximadamente, de
Laura tem duas irmãs gêmeas mais velhas do que ela. O produto das idades (em números inteiros de anos) das três irmãs é 512.
A soma das idades delas três é:
Netuno tem um aquário com a forma de um paralelepípedo retangular, cuja base tem lados que medem 120 cm e 80 cm, e cuja altura mede 60 cm. O aquário contém água até a altura de 50 cm. Netuno colocou dentro do aquário uma pedra decorativa de volume igual a 24 dm3 , que ficou totalmente submersa.
O nível da água no aquário subiu
A distância entre João Pessoa e a cidade do Rio de Janeiro é de 1.950 km.
Em um mapa do Brasil, feito na escala 1:50.000.000, a distância entre essas duas cidades é de
“Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”.
Esse segmento do primeiro parágrafo mostra que o autor do texto .
TEXTO 1 – BEM TRATADA, FAZ BEM
Sérgio Magalhães, O Globo
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco?
Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa.
Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)
O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.
O adjetivo “premonitória”, na primeira frase do texto 1, equivale à oração adjetiva “que faz uma premonição”.
A frase abaixo em que a oração sublinhada foi substituída corretamente por um adjetivo equivalente é:
Em certa passagem do texto, o autor diz que “o Brasil esqueceu muita coisa". Segundo o texto, essa “muita coisa" que nosso país esqueceu
Texto 1 – Preâmbulo
O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele contribui para o desenho da paisagem dos campos e das cidades. Às vezes, ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos necessários à interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a incompreensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou de Belém, deleitar-se com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os quadros de Rembrandt, apreciar verdadeiramente certas obras de Stendhal ou de Victor Hugo implica poder decifrar as referências cristãs que constituem a beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de culturas também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo.
Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas. Propusemos a eles que pusessem seu saber à disposição dos leitores de um vasto público culto. Isso, sem o peso da erudição, sem o emprego de um vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais alusões a um suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma existência real, e, claro, sem intenção de proselitismo. (História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São Paulo: Martins Fontes. 2009. p.XIII).
No último parágrafo do texto 1, o autor organizador do livro alude a uma série de características desse tipo de texto; as duas características abaixo que ele objetiva atingir e que estão explicitamente expressas no texto são:
Texto
Os porquês da diversidade
Das coisas mais marcantes da adolescência, minha memória traz os tempos de estudo e dúvidas sobre o futuro. De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação dita cidadã, e não só voltada aos vestibulares. Hoje trabalhando com educação, tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir a partir de práticas consideradas tradicionais e que uma roda de conversa na escola pode ser tão ou mais revolucionária quanto qualquer aplicativo educacional. Percebo que o que torna o aluno socialmente engajado é a reflexão constante, a troca de experiências, a diversidade de conhecimentos e opiniões que ele aplica e vê aplicarem a um objeto de estudo, de forma digital ou analógica. [....]
É disso que trata a educação: formar indivíduos engajados uns com os outros, socialmente e que saibam conviver. Está aí também a grande diferença da educação familiar, quando convivemos apenas com nossos pares. A escola nos permite entrar em contato de forma sistemática com outros mundos, outros olhares, outros saberes, opiniões diferentes das nossas, culturas até então desconhecidas. É o convívio com professores e colegas que nos dá suporte para refletir sobre nossas posições, sermos questionados sobre opiniões divergentes e, assim, pensarmos num projeto de vida de forma plena.
(Ivan Aguirra, Educatrix, Moderna, ano 5, nº 9 2015.)
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição de tem sua presença na frase por uma exigência de um termo anterior.
Texto 5 – Nossa nova língua portuguesa
Julia Michaelis, Galileu, agosto 2009
Logo que comecei a trabalhar como editora, reparei que a diferença entre a língua falada e a escrita é maior em português do que em inglês, meu idioma nativo. Um estrangeiro pode passar anos sem topar com uma ênclise. De repente, abre um livro e “paft!” As pessoas não se sentam; sentam-se. Uma porta não se fecha; fecha-se. O ex-presidente Jânio Quadros uma vez falou “fi-lo porque qui-lo”. Tradução: fiz porque quis – e foi por causa da ênclise falada que a frase entrou na história.
A forma enclítica do pronome “o” junto ao pretérito perfeito do verbo “querer” que mostra incorreção é:
FESTA
Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.
Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)
A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.
O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)
O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.
É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.
(...)
A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.
(...)
O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas.
Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.
(OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20).
Em: “É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável”, os elementos coesivos destacados se referem a:
Assinale a opção em que o verbo "ser" poderia não estar flexionado no infinitivo (sem alterar o restante da frase).
Texto 1
Millôr Fernandes, falando sobre o hábito de fumar, disse:
“Enorme percentual de fumantes disposto a continuar fumando, apesar de ameaças de câncer, enfisemas e outras quizílias. O fumo é realmente um vício idiota. Mas os fumantes que persistem em fumar têm um vício ainda mais idiota - a liberdade. Provando que nem só de pão, e de saúde, vive o ser humano. Além do fumo ele aspira também gastar a vida como bem entende. Arruinando determinadamente seu corpo - um ato de loucura - o fumante ultrapassa a pura e simples animalidade da sobrevivência sem graça. Em tempo; eu não fumo”.
(Definitivo, L&PM editores, Porto Alegre, 1994)
O trecho do texto 1 em que o termo sublinhado está empregado com uma possibilidade de duplo sentido é:
Nos dois termos “conserto do automóvel” e “concerto de Beethoven” há a mesma relação sintática que, respectivamente, em:
Vivemos um tempo em que o fantasma do apagão assombra o já inseguro, pouco competitivo e bamboleante setor industrial brasileiro. Pouco a pouco esse fantasma começa também a assustar os incautos cidadãos comuns de nosso país.
Por um lado, o Brasil possui uma das matrizes elétricas consideradas uma das mais limpas do mundo. Entre 80% e 90%da nossa geração elétrica vêm de fontes renováveis. Segundo o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – da Agência Nacional de Águas – o país tem cerca de mil empreendimentos hidrelétricos, sendo que mais de 400 deles são pequenas centrais hidrelétricas.
Por outro lado, se olharmos nossa matriz energética como um todo, veremos que estamos muito longe de sermos exemplo na área de energias limpas.Mais de 52% da energia que move o Brasil vêm do petróleo e seus derivados, empurrando a energia hidrelétrica para um modesto terceiro lugar, com apenas 13% do total, ficando também atrás da energia gerada através da cana (álcool +biomassa, com 19,3%).
Se você vivia no país antes de 2007, deve ter lido ou ouvido falar que o Estado brasileiro estava investindo pesadamente em biocombustíveis e em fontes energéticas renováveis e limpas.Pelo discurso oficial, o Brasil se tornaria a potência energética limpa do terceiro milênio e um país exportador dessas tecnologias.
Mas em 2007, Deus – talvez por ser brasileiro – resolveu dar uma mãozinha e nos deu de presente o pré‐sal, rapidamente vendido (sem trocadilhos) como a redenção de todos os nossos problemas. O que se viu a partir daí foi uma verdadeira batalha política entre os estados “com pré‐sal” e os estados “sem pré‐sal”pelos royalties do tesouro recém‐descoberto.
A face menos perceptível desse fenômeno foi que, como mágica, sumiram os projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação para aprimoramento e popularização de fontes energéticas limpas.
(....) É muito triste constatar que vivemos em um país de discursos, sem nenhum planejamento estratégico para a área de energia e, pior, que o Brasil fez uma clara opção pelo caminho da poluição e da ineficiência energética.
Quanto ao fantasma do apagão, justiça seja feita, o Estado brasileiro tem feito sua parte para espantá‐lo definitivamente.Mas, como não há planejamento, faz isso como pode, rezando todos os dias – e com muita fé – para que São Pedro mande o único antídoto que pode, de fato, impedir que esse espectro da falta de planejamento provoque um colapso energético no país: a chuva.
(José Roberto Borghetti e Antonio Ostrensky, O Globo, 27/03/2014)
“Vivemos um tempo em que o fantasma do apagão assombra o já inseguro, pouco competitivo e bamboleante setor industrial brasileiro. Pouco a pouco esse fantasma começa também a assustar os incautos cidadãos comuns de nosso país”.
Compreendemos, por esse segmento do texto, que
TEXTO 1 – O mito da maioridade penal
“Quando falo sobre redução da maioridade penal, costumo dizer que a sociedade precisa decidir em que banco quer ver a juventude. Se no banco da escola ou no banco dos réus. Anteontem, o Congresso Nacional sinalizou que prefere a segunda opção. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a constitucionalidade da PEC que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos".
TEXTO 1 – O mito da maioridade penal
Marcelo Freixo, O Globo, 02/04/2015
“Quando falo sobre redução da maioridade penal, costumo dizer que a sociedade precisa decidir em que banco quer ver a juventude. Se no banco da escola ou no banco dos réus. Anteontem, o Congresso Nacional sinalizou que prefere a segunda opção. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a constitucionalidade da PEC que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos".
O autor do texto 1 apela para algumas estratégias argumentativas; a estratégia identificada de forma correta e adequada ao texto é:
Ao terminar o texto, o autor declara que a experiência dos uruguaios será "valiosa para nós".
Essa afirmação se justifica porque
Texto
Contraste entre discurso e realidade
No contexto político em que vivemos, sentimos saudade de alguns conceitos de verdade que estão na raiz da filosofia e da teologia. Se para Sócrates a verdade está ligada à sabedoria humana, o discurso verdadeiro, segundo Platão, é aquele que diz como as coisas são. Na profundidade do pensamento de Santo Agostinho, a verdade não é minha e nem tua para que seja nossa, ou, como muito bem conceituou Santo Tomás de Aquino, a verdade é a adequação entre a inteligência e a coisa, ou seja, a realidade das coisas. Parece que nenhum deles se ajusta ao contexto das atuais propagandas políticas.
O que chama atenção de todos nós neste momento é que nos debates políticos não aparece com relevância a riqueza do conceito de verdade, pois os mesmos não demonstram sabedoria humana, não se diz com transparência como as coisas são, não aparece a adequação entre a inteligência e a realidade das coisas, e carece de humildade para dizer que a verdade não está apenas naquilo que eu afirmo, ou que outros do meu partido estão afirmando, subestimando o todo, e, portanto, nunca poderá ser nossa no sentido mais amplo. Esquecemo-nos muitas vezes de sublinhar que a verdade tem uma dimensão ética de compromisso com aquilo que é anunciado publicamente no discurso.
A maquiagem marqueteira que conduz os atores políticos esconde o significado profundo da verdade, resultando em debates carentes em profundidade de argumentos, e não imbuídos de verdade sobre a realidade, limitando-se a discussões acusativas, ofensivas e contraditórias. Os contrastes entre o discurso e a realidade, a riqueza de experiências humanas dos candidatos e a superficialidade de suas propostas, a carência de discussões e debates de temas de relevância para o país, entre outros, estiveram distantes de nossas propagandas políticas nestas eleições.
Como a verdade é o que nos liberta, segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, temos a esperança que nesta segunda etapa das eleições possamos ter a verdade como princípio inspirador dos debates políticos, não subestimando a inteligência de nosso povo, pois o mesmo conhece bem a realidade das coisas, estando ávido para ouvir as propostas e assumir-las como verdadeiras, subsidiando as suas escolhas e pensando melhor no futuro de nosso Brasil.
(Adaptado. Josafá Carlos de Siqueira, O Globo, 22/10/2014)
Assinale a opção que indica a frase do texto em que a forma que destacada tem classe gramatical diferente das demais, não se referindo a nenhum termo anterior.
Texto 4 – Uma ideia simples
Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Prometese a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.
Texto 4 – Uma ideia simples
Elio Gaspari, Folha de São Paulo, 27/8/2014
Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Promete-se a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.
O texto 4 deve ser classificado como:
Texto 5 – Nossa nova língua portuguesa
Julia Michaelis, Galileu, agosto 2009
Logo que comecei a trabalhar como editora, reparei que a diferença entre a língua falada e a escrita é maior em português do que em inglês, meu idioma nativo. Um estrangeiro pode passar anos sem topar com uma ênclise. De repente, abre um livro e “paft!” As pessoas não se sentam; sentam-se. Uma porta não se fecha; fecha-se. O ex-presidente Jânio Quadros uma vez falou “fi-lo porque qui-lo”. Tradução: fiz porque quis – e foi por causa da ênclise falada que a frase entrou na história.
No texto 5, a “tradução” da frase “Fi-lo porque qui-lo” está:
Texto 4 – Uma ideia simples
Elio Gaspari, Folha de São Paulo, 27/8/2014
Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Promete - se a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.
TEXTO 5 - Diploma superior é privilégio de apenas 13%
Quando se avalia o nível de instrução da totalidade de brasileiros acima de 25 anos, mais de metade da população (57,5%) tem no máximo o ensino médio completo, sendo que 32% não completaram o ensino fundamental. Uma graduação universitária é privilégio de apenas 13,1% das pessoas (contra 12,6% em 2013).
Os números também chamam atenção para a necessidade de se aprimorar o ensino nas escolas públicas, que são frequentadas por 76,9% dos alunos brasileiros (contra 75,7% em 2013). Mas a frequência escolar como um todo vêm aumentando, e tem seu maior patamar entre crianças de 6 a 14 anos: 98,5% nesta faixa etária estão na escola.
Quando se contempla a população como um todo, o número médio de anos de estudo escolar é de 7,7. Aqui também há disparidades regionais: o Sudeste apresenta a maior média, de 8,4 anos, enquanto Norte e Nordeste registraram o menor tempo médio na escola, 7,2 e 6,6 anos, respectivamente.
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultados_pnad_jc_ab
O segundo parágrafo do texto 5 aponta para a necessidade de se aprimorar o ensino nas escolas públicas porque: