Resolver o Simulado Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (SEDUC-AM) - Professor de Matemática - FGV - Nível Superior

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Pedagogia

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No que diz respeito a levar em conta as contribuições dos alunos no transcurso das atividades escolares, ZABALA (A prática educativa, 2008) alerta para a necessidade de se estabelecerem vínculos entre os novos conteúdos e tais conhecimentos prévios que chegam com os alunos. Dessa forma, o autor enfatiza que:

  • A é necessário uma anamnese individual, precisa e detalhada com os alunos de forma a uma máxima identificação desses conhecimentos pretéritos;
  • B se faça um levantamento prévio, já na chegada desses alunos na escola, de um perfil sociocultural e de conhecimentos, de forma a um planejamento de curso já consonante com o perfil de cada turma;
  • C os professores, embora devam seguir uma metodologia unificada de ensino para todos os alunos, devem considerar as realidades educacionais e diversificadas de cada aluno no seu processo avaliativo, que deve ser um processo individualizado;
  • D é necessário gerar um ambiente que possibilite que os alunos se abram, façam perguntas e comentem o processo que seguem;
  • E as turmas sejam configuradas de acordo com o perfil evolutivo de cada aluno, considerando seu atual nível de aprendizado e conhecimentos adquiridos.
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Leia o fragmento a seguir:
Acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições."
Assinale a opção que representa a tendência pedagógica apresentada.

  • A Libertária
  • B Crítica-social
  • C Libertadora
  • D Tecnicista
  • E Liberal Renovada
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De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa (1998), no processo de leitura de textos escritos, espera-se que o aluno

  • A seja incapaz de aderir ou recusar as posições ideológicas que reconheça nos textos que lê.
  • B compreenda a leitura em sua única dimensão – o prazer de ler.
  • C troque impressões com outros leitores a respeito dos textos lidos, não precisando posicionar-se diante da crítica, tanto a partir do próprio texto como de sua prática enquanto leitor.
  • D seja receptivo a textos que não rompam com seu universo de expectativas, por meio de leituras desafiadoras para sua condição atual, apoiando-se em marcas formais do próprio texto ou em orientações oferecidas pelo professor.
  • E leia, de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais tenha construído familiaridade.
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Raquel estava participando de uma seleção para ser pedagoga de uma importante empresa. Como parte do processo seletivo, ela deveria ler um texto fornecido pela área de Gestão de Pessoas e apresentar, com base no conteúdo do texto, um conjunto de objetivos instrucionais para um programa de desenvolvimento de lideranças. O texto que ela recebeu falava do líder educador, enfatizando sua importância para as organizações do Século XXI. Raquel entendeu que deveria montar um programa que permitisse desenvolver líderes educadores. Assim, um dos objetivos instrucionais dizia que, ao final do referido programa, os participantes deveriam ser capazes de:
  • A empregar a discussão e a pressão apenas nos casos em que ela for necessária;
  • B persuadir as pessoas para que elas trabalhem em prol de servir ao chefe com motivação;
  • C incentivar os membros da equipe à leitura e à busca do autoconhecimento;
  • D estimular a competitividade interna e a produtividade de todos;
  • E priorizar as ações de controle sistemático como mecanismo de gestão.
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Relacione os estágios de desenvolvimento, segundo Piaget, às suas respectivas características.
1. Período Simbólico
2. Período Intuitivo
3. Período Operatório Concreto
( ) A criança é capaz de ordenar elementos por seu tamanho e consolida as conservações de número, substância, volume e peso.
( ) A criança desenha, imita, dramatiza. Capacidade de formar imagens mentais, transformando objetos em uma satisfação da vontade.
( ) A criança explica os fenômenos e tem capacidade de distinguir a fantasia do real.
Assinale a opção que mostra a relação correta, de cima para baixo.

  • A 1 – 2 – 3
  • B 3 – 2 – 1
  • C 3 – 1 – 2
  • D 2 – 3 – 1
  • E 2 – 1 – 3
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Tardif e Lessard (2005) destacam que a noção de experiência designa a vivência prática (docência in locu).

Com relação à necessidade da experiência oriunda do trabalho, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.


( ) A experiência cumpre uma função acrítica, levando o docente à aceitação incondicional das diretivas oficiais, das orientações curriculares, dos conhecimentos formais, etc..

( ) A formação inicial não realiza suas promessas, forçando os professores a inventarem seu próprio conhecimento concreto de trabalho a partir da sua realização.

( ) A experiência se cristaliza no saber-fazer, realizando-se nas rotinas de trabalho.


As afirmativas são, respectivamente,

  • A F, V e V.
  • B F, V e F.
  • C F, F e V.
  • D V, V e F.
  • E V, V e V.
7

Sobre as consequências da mudança estrutural proposta pela Lei nº 10.639/03, de acordo com Nilma Gomes, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Mantém as relações propostas e evocadas na elaboração curricular. ( ) Deverá romper com o silêncio e desvelar rituais pedagógicos a favor da discriminação racial. ( ) Estabelece que o trabalho acerca das questões raciais deve acontecer como uma mudança cultural e política no campo curricular.
As afirmativas são, respectivamente,

  • A F, V e V.
  • B V, V e V.
  • C F, V e F.
  • D F, F e V.
  • E F, F e F.
8

Tardif e Lessard (2005) afirmam que a questão da preparação das aulas constitui uma tarefa importante e regular dos professores.

Com relação aos elementos que devem ser considerados para o planejamento do ensino, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.


( ) A organização do conteúdo, o tempo e o espaço disponíveis e o material pedagógico são fundamentais para que a aula transcorra de modo proveitoso.

( ) A natureza da matéria a ser ensinada e seu grau de dificuldade são levados em conta, além da lógica necessária para relacioná-la com outras matérias.

( ) O conhecimento do professor sobre os alunos, suas diferenças, habilidades e interesses não devem ser considerados para a adoção de medidas especiais.


As afirmativas são, respectivamente,

  • A F, V e F.
  • B V, F e F.
  • C V, V e F.
  • D F, V e V.
  • E F, F e V.
9

Sobre as características da Educação Básica, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) A Educação Básica é obrigatória e deve ser realizada dos 4 aos 17 anos.

( ) A Educação Básica é organizada da seguinte forma: pré-escola, ensino fundamental e ensino médio.

( ) O dever do Estado com a educação escolar será efetivado mediante a garantia da Educação Básica pública e gratuita.

As afirmativas são, respectivamente,

  • A V, V e F.
  • B V, F e F.
  • C F, V e V.
  • D V, F e V.
  • E V, V e V.
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A pesquisa Juventudes e Sexualidade de Abramovay et al. (2004) mostra que professores têm dificuldade em trabalhar as temáticas sexualidade e afetividade em sala de aula. Muitas vezes, abordam o estudo do corpo sob uma visão higienista, delegando essa tarefa ao campo da biologia (“saber competente”).

Assinale a alternativa que exemplifica uma proposta alternativa à visão higienista sobre sexualidade nas escolas.

  • A A tônica seria o discurso científico e a preocupação com a reprodução, afirmando o lugar da medicina no disciplinamento do corpo.
  • B O alicerce seria uma programação pedagógica que articulasse diversas disciplinas e integrasse outros temas, como ética, saúde, gênero, meio ambiente e pluralidade cultural.
  • C A sexualidade deve ser trabalhada por meio de manuais que abordam a fisiologia do aparelho genital, mas sem problematizar a questão do prazer.
  • D Nesses tempos de AIDS deve-se abordar a sexualidade não por aspectos emocionais e de prazer, mas exclusivamente por aspectos biológicos ligados à preservação da saúde.
  • E A base seria a preocupação com a expansão da AIDS e dos casos de gravidez entre adolescentes, tônica única que deve continuar prevalecendo.
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Leia o fragmento a seguir. 

“O  planejamento  requer  a  devida  clareza  do  _____  no  qual  a  escola  está  inserida  [...]  e  das  oportunidades  de  _____,  que  somente podem ser obtidos [...] pelos _____educacionais”. 

Assinale  a  opção  que  completa  corretamente  as  lacunas  do  fragmento acima.

  • A empenho – mudanças – ideais
  • B empenho – estagnação – indicadores
  • C contexto – estagnação – ideais
  • D contexto – mudanças – indicadores
  • E contexto – estagnação – indicadores
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Leia o fragmento a seguir.
A eleição de diretores é um mecanismo da gestão democrática que catalisou a sociedade civil na década de 80, para romper com o _____ e o modelo _____    da indicação. Outra modalidade de escolha de diretores, promovida pelas redes públicas, é o concurso público, caracterizado por um processo _____, pautado na competência técnica, valorização profissional e baixa _____ no exercício da função.  
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
  • A clientelismo – meritocrático – político – alternância.
  • B clientelismo – político – discricionário – legalidade.
  • C patrimonialismo – político – discricionário – alternância.
  • D clientelismo – discricionário – meritocrático – alternância.
  • E favorecimento – meritocrático – político – impessoalidade.
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As deficiências físicas podem resultar de problemas neurológicos, doenças neuromusculares, problemas ortopédicos, malformações ou doenças crônicas. Assinale a opção cujas doenças são exemplificadas adequadamente.

  • A Doenças crônicas: AIDS, câncer e sequelas de lesões osteomusculares.
  • B Malformações: lesões em nervos periféricos e miopatias.
  • C Problemas neurológicos: encefalopatia crônica infantil e poliomielite.
  • D Doenças neuromusculares: mielomeningocele e lesões medulares.
  • E Problemas ortopédicos: doenças reumáticas e esclerose múltipla.
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Felipe é professor de Física do 2º ano do Ensino Médio. Ele costuma acompanhar a aprendizagem de seus alunos por meio da participação nas aulas, dos exercícios realizados individual e coletivamente e dos trabalhos e provas que compõem a avaliação institucional da escola.
O professor reconhece que a avaliação da aprendizagem no Ensino Médio, conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio, envolve, ainda, a seguinte dimensão:
  • A a auto avaliação, promovida pela escola.
  • B a avaliação dos profissionais de educação, realizada pelos sistemas educacionais.
  • C a avaliação da infraestrutura, realizada pelo Estado a cada ano.
  • D a avaliação de redes de ensino, de responsabilidade de cada unidade escola
  • E a avaliação de redes de ensino em âmbito nacional, de responsabilidade do Estado.
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“Educador que se disponha a aprender enquanto ensina, trabalhando seus ranços autoritários e espontaneístas na tentativa, na busca da construção de uma relação democrática. Educador que também se disponha a acompanhar o processo de instrumentalização para a apropriação da reflexão (pensamento: prática e teoria) de seus educandos.”

(FREIRE, Madalena. Educador, educa a dor. São Paulo: Paz e Terra, 2008, p.31) Sobre a concepção de educação democrática, analise as afirmativas a seguir.

I. Sob a autoridade do professor, os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo.

II. O foco do processo está no aluno, que deve ter vez e voz para tomar decisões dentro do espaço de sala de aula.

III. As relações são silenciadas, e o professor, indivíduo dotado de conhecimento, tem a função de transmitir o conhecimento aos alunos.

Assinale:

  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente a afirmativa III estiver correta.
  • D se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas.
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Com base no interacionismo sócio histórico de Vygotsky, analise as afirmativas abaixo:
I. O bom ensino é o que se adianta ao desenvolvimento
II. Os processos de desenvolvimento podem ser favorecidos pelas experiências de aprendizagem, nas quais o professor é o grande mediador.
III. O estudo da linguagem e do pensamento ocupa lugar de destaque nas suas teorizações, por serem funções psíquicas consideradas como constituidoras do sujeito.
Assinale: 
  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • C se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
  • D se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas.
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Com relação aos eixos contemplados pela Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) para alunos do 3º ano do ensino fundamental, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

(   ) infraestrutura das instituições.

(   ) gestão.

(   ) desempenho.

As afirmativas são, respectivamente,

  • A V, V e V.
  • B V, F e V.
  • C V, F e F.
  • D F, F e V.
  • E F, V e V.
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No tocante ao direito à Educação, conforme o Art. 208 da Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir.
I. O Estado brasileiro deve assegurar Educação básica gratuita dos quatro aos dezessete anos de idade, inclusive para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria.
II, O Estado brasileiro deve assegurar a progressiva universalização do ensino médio gratuito.
III. O Estado brasileiro deve assegurar o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
Assinale: 
  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente a afirmativa III estiver correta.
  • D se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas
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Leia o fragmento a seguir:
“______ significa propiciar situações de cuidados, ______ e aprendizagens orientadas de forma ______ e que contribuem para o desenvolvimento das capacidades infantis."
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.

  • A Cuidar – imitação – isolada
  • B Educar – brincadeiras – integrada
  • C Cuidar – brincadeiras – isolada
  • D Educar – imitação – integrada
  • E Cuidar – imitação – integrada
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Relacione o nome do pensador em educação às respectivas ideias educacionais.
1. Rousseau
2. Frobel
3. Dewey

( ) Por meio de jogos e brincadeiras, as crianças têm uma evolução espontânea, sendo o professor um estimulador do desenvolvimento.
( ) O método científico deve subsidiar o trabalho em sala de aula, partindo do pressuposto de que o fazer é o caminho mais viável para o aprender.
( ) As crianças deveriam viver o máximo de tempo possível em um estado “natural" de inocência, dando à infância um valor próprio.
Assinale a opção que mostra a relação correta, de cima para baixo.

  • A 1 – 2 – 3
  • B 3 – 2 – 1
  • C 3 – 1 – 2
  • D 2 – 3 – 1
  • E 2 – 1 – 3

Matemática

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Cinco pessoas estão sentadas em cinco cadeiras em linha, cada uma com uma moeda na mão. As moedas são todas bem equilibradas, de modo que a probabilidade de sair cara ou coroa em cada uma delas é 1/2.. Em um determinado momento, as cinco pessoas jogam suas respectivas moedas. Aquelas que obtiverem cara continuam sentadas, e as que obtiverem coroa levantam-se. Após esse procedimento, a probabilidade de que NÃO haja duas pessoas adjacentes, ambas sentadas ou ambas de pé, é de:

  • A 1/2;
  • B 1/8;
  • C 1/16;
  • D 3/32;
  • E 5/32.
22

Sendo Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas , o número de valores inteiros de x, para os quais o valor de y também é inteiro,é

  • A 12.
  • B 15.
  • C 16.
  • D 20.
  • E 24.
23

Uma loja em liquidação oferece todos os seus produtos com um desconto de 30%.
Nessa loja, um produto que custava inicialmente R$ 240,00 está sendo vendido por:

  • A R$ 72,00;
  • B R$ 144,00;
  • C R$ 168,00;
  • D R$ 172,00;
  • E R$ 210,00.
24

Após executar 60 tiros, Billy obteve 55% de acertos. Com mais 15 tiros, ele aumentou sua porcentagem de acertos para 56%. Desses últimos 15 tiros, Billy acertou:

  • A 3;
  • B 6;
  • C 9;
  • D 12;
  • E 15.

Matemática Financeira

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Em 10 de janeiro de 2014, José depositou em uma poupança R$ 1000,00, e manteve esse único depósito até 10 de dezembro de 2014. No dia 10 de julho de 2014, ele retirou R$ 500,00. Considere que os juros compostos foram de 1% ao mês.
É correto afirmar que sua poupança, em 10 de janeiro de 2015, atingiria um montante
  • A menor do que R$ 500,00.
  • B maior do que R$ 800,00
  • C de quase R$ 800,00.
  • D igual a aproximadamente R$ 850,00
  • E menor do que R$ 600,00.

Matemática

26

Certa rua da cidade de João Pessoa tem 450 m de comprimento e aparece em um mapa com comprimento de 3 cm.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A escala desse mapa é

  • A 1: 15.
  • B 1: 150
  • C 1: 1500.
  • D 1: 15000.
  • E 1: 150000

Raciocínio Lógico

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Na atividade matemática, um dos fazeres de grande importância são as demonstrações feitas para obter provas de que uma afirmativa é verdadeira. Nessa atividade, distinguimos algumas noções necessárias à compreensão desse fazer.
Dentre as opções a seguir, assinale a que apresenta a definição correta para o termo.
  • A Postulado é a afirmativa que se deve demonstrar.
  • B Hipótese é uma afirmativa sempre correta.
  • C Teorema é a afirmativa que não se pode demonstrar.
  • D Definição é a proposição que identifica os objetos matemáticos.
  • E Axioma é o mesmo que teorema.

Matemática

28

Certa empresa solicita a cada funcionário uma senha de segurança formada por uma vogal e duas consoantes diferentes do nosso alfabeto atual. Exemplos de senhas desse tipo são KPA e BIG.

O número de senhas diferentes que podem ser formadas é:

  • A 2100;
  • B 2205;
  • C 3250;
  • D 6300;
  • E 6615.
29

Em uma turma do 9º ano de um colégio de ensino fundamental, para cada três meninas há dois meninos.

Uma das meninas saiu do colégio e em seu lugar entrou um menino nessa turma do 9º ano.

Agora, para cada quatro meninas há três meninos.

A quantidade total de alunos nessa turma é

  • A 20.
  • B 25.
  • C 28.
  • D 30.
  • E 35.
30

André, Bianca e Carlota viajaram juntos em um final de semana e combinaram que, ao final da viagem, dividiriam as despesas igualmente entre os três.

Durante o final de semana, André pagou despesas no valor de R$ 360,00, Bianca pagou R$ 420,00 e Carlota pagou R$ 600,00. No acerto de contas, André e Bianca deram, respectivamente, x reais e y reais para Carlota.
O valor de x+y é

  • A 420.
  • B 240.
  • C 140.
  • D 120.
  • E 100.
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Dois médicos atendem 24 pacientes em 6 horas. Mantidas as proporções, três médicos atendem 24 pacientes em:

  • A 9 horas;
  • B 8 horas;
  • C 6 horas;
  • D 4 horas;
  • E 3 horas.
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A plateia de um teatro, vista de cima para baixo, ocupa o retângulo ABCD da figura a seguir, e o palco é adjacente ao lado BC. As medidas do retângulo são AB = 15m e BC = 20m.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Um fotógrafo que ficará no canto A da plateia deseja fotografar o palco inteiro e, para isso, deve conhecer o ângulo da figura para escolher a lente de abertura adequada.

O cosseno do ângulo da figura acima é:

  • A 0,5;
  • B 0,6;
  • C 0,75;
  • D 0,8;
  • E 1,33.

Raciocínio Lógico

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A respeito dos conjuntos numéricos, assinale a afirmativa correta.

  • A É possível estabelecer uma relação biunívoca entre o conjunto dos múltiplos de 5 e o conjunto dos números naturais.
  • B O conjunto formado por todos os pontos de um segmento de reta é finito.
  • C O conjunto formado por todos os grãos de areia da praia de Copacabana é infinito.
  • D Não é possível estabelecer uma relação biunívoca entre o conjunto dos números racionais e o conjunto dos números naturais.
  • E É possível estabelecer uma relação biunívoca entre o conjunto dos números reais e o conjunto dos números naturais.

Matemática

34

Em uma urna há apenas bolas brancas, bolas pretas e bolas vermelhas. Exatamente 17 bolas não são brancas, 29 não são pretas e 22 não são vermelhas.

O número de bolas na urna é:

  • A 32;
  • B 34;
  • C 36;
  • D 38;
  • E 40.

Português

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Na parte de Matemática dos PCNs há o seguinte parágrafo, cada vez mais atual:

O impacto da tecnologia na vida de cada indivíduo vai exigir competências que vão além do simples lidar com as máquinas. A velocidade do surgimento e renovação de saberes e de formas de fazer em todas as atividades humanas tornarão rapidamente ultrapassadas a maior parte das competências adquiridas por uma pessoa no início de sua vida profissional."

Segundo os PCNs, a exigência que se impõe é

  • A aprender continuamente em um processo não mais solitário.
  • B prover as escolas com recursos tecnológicos, mantendo‐os sempre atualizados.
  • C adequar a grade curricular de forma a contemplar os conteúdos tradicionais e também os novos que estão surgindo com a tecnologia.
  • D promover a capacitação dos professores no uso das novas tecnologias.
  • E substituir o antigo pensamento estático pela exigência dinâmica da memorização dos novos procedimentos necessários ao uso da tecnologia atual.

Matemática

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Considere o ponto de coordenadas cartesianas (2014, –2015). O simétrico desse ponto em relação à reta de equação x = –1 é

  • A (2013, –2015)
  • B (–2013, –2015)
  • C (–2014, –2015)
  • D (–2015, –2015)
  • E (–2016, –2015)
37

Em 1992, João Pessoa foi considerada a “segunda capital mais verde do mundo" com, aproximadamente, 7,0 m² de floresta por habitante, perdendo somente para Paris, na França. Nessa época, a população de João Pessoa era de, aproximadamente, 500.000 habitantes. Hoje, a população estimada de João Pessoa é de 770.000 habitantes.

Com base nas informações fornecidas e supondo que a área florestal de João Pessoa tenha sido mantida, a área de floresta por habitante em João Pessoa hoje é, aproximadamente, de

  • A 6,0 m2 .
  • B 5,5 m2 .
  • C 5,0 m2 .
  • D 4,5 m2 .
  • E 4,0 m2 .
38

Laura tem duas irmãs gêmeas mais velhas do que ela. O produto das idades (em números inteiros de anos) das três irmãs é 512.
A soma das idades delas três é:

  • A 30;
  • B 32;
  • C 34;
  • D 36;
  • E 40.
39

Netuno tem um aquário com a forma de um paralelepípedo retangular, cuja base tem lados que medem 120 cm e 80 cm, e cuja altura mede 60 cm. O aquário contém água até a altura de 50 cm. Netuno colocou dentro do aquário uma pedra decorativa de volume igual a 24 dm3 , que ficou totalmente submersa.

O nível da água no aquário subiu

  • A 3,0 cm.
  • B 2,5 cm.
  • C 2,0 cm.
  • D 1,5 cm.
  • E 1,0 cm.
40

A distância entre João Pessoa e a cidade do Rio de Janeiro é de 1.950 km.

Em um mapa do Brasil, feito na escala 1:50.000.000, a distância entre essas duas cidades é de

  • A 1,9 cm.
  • B 3,9 cm.
  • C 9,8 cm.
  • D 19,5 cm.
  • E 39,0 cm.

Português

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Texto 1 – Sem humanos, natureza prospera em Chernobyl

Os seres humanos causam mais danos para a vida selvagem do que desastres nucleares. Essa é a conclusão de um estudo publicado ontem na revista científica “Current Biology”, que analisou dados populacionais de grande prazo na zona de exclusão de Chernobyl, na fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia. Em abril de 1986, a área de 4.200 quilômetros quadrados foi totalmente evacuada após a explosão, seguida de um incêndio, de um reator na Usina Nuclear de Chernobyl. Centenas de milhares de pessoas foram removidas de suas casas para nunca mais voltar. Três décadas depois, a região mais parece um parque de proteção ambiental que uma zona de desastre. Sem a presença humana, bandos de alces, veados, cervos, javalis e lobos são vistos perambulando livremente entre ruas e construções abandonadas.
- É muito provável que o número de animais selvagens em Chernobyl seja bem maior agora do que antes do acidente – diz Jim Smith, professor da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, e coordenador da equipe internacional responsável pelo estudo. – Isso não significa que a radiação é boa para a vida selvagem, apenas que os efeitos da habitação humana, incluindo caça, agricultura e desmatamento, são muito piores.

(O Globo, 6/10/2015)
Observem-se as seguintes passagens do texto 1: “Em abril de 1986, a área de 4.200 quilômetros quadrados foi totalmente evacuada" e “Centenas de milhares de pessoas foram removidas de suas casas para nunca mais voltar".
Nessas passagens emprega-se a voz passiva e essa estrutura tem a característica de:
  • A indicar a violência das ações praticadas;
  • B evitar a identificação dos agentes das ações;
  • C localizar as ações num passado recente;
  • D mostrar a necessidade de as ações serem praticadas;
  • E identificar as ações como autoritárias.
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XÓPIS

Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.)



Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”.

Esse segmento do primeiro parágrafo mostra que o autor do texto .

  • A pretende dar uma informação precisa aos leitores.
  • B tenta mostrar, em sequência cronológica, os antecedentes do shopping.
  • C valoriza os shoppings, ao relacioná-los a intelectuais de peso.
  • D situa a criação do shopping na Europa e na Ásia, simultaneamente.
  • E procura falar, de forma pouco científica, sobre a origem do shopping.
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TEXTO 1 – BEM TRATADA, FAZ BEM

Sérgio Magalhães, O Globo

O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco?

Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa.

Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)

O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.

O adjetivo “premonitória”, na primeira frase do texto 1, equivale à oração adjetiva “que faz uma premonição”.

A frase abaixo em que a oração sublinhada foi substituída corretamente por um adjetivo equivalente é:

  • A As autoridades nada disseram sobre os acontecimentos que haviam ocorrido anteriormente / realizados;
  • B O automóvel vai passar a ser um objeto que não terá mais serventia / anacrônico;
  • C A ideia de mudança no padrão de transportes faz parte de um movimento que ainda não possui um líder / obsoleto;
  • D No projeto, foram criticadas autoridades que dificilmente tomam decisões / hesitantes;
  • E A mudança de estratégia é um desejo que dura pouco tempo / atemporal.
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A conquista do Brasil

Por gerações, o brasileiro se acostumou a ver o seu país, sua história e sua cultura como exemplos de paz e confraternização sem paralelo entre as nações. A imagem do brasileiro como um povo cordial que aceita melhor a miscigenação e é mais tolerante com as diferenças sociais e políticas, num país conciliador, que não se envolve em guerras e se mantém neutro diante de conflitos, se sobrepõe como traço cultural, sem grandes traumas nem contestações.

Os brasileiros se orgulham de pensar que o Brasil não precisou de uma guerra com a que separou os Estados Unidos da Inglaterra, nem passou por conflitos internos sangrentos como a Secessão. Manteve-se afastado das conflagrações, a começar pelas duas guerras mundiais que marcaram a primeira metade do século XX – na segunda delas, meio pró-forma, enviou expedicionários à Itália, numa fase em que o conflito já se encaminhava para o fim. O país manteve-se neutro na maioria dos grandes conflitos passados, recentes e contemporâneos. E saiu pacificamente de uma ditadura militar de 21 anos, em 1985, com o restabelecimento do governo civil e, depois, da democracia.

Ao construir um modelo de concórdia, que combina com a fachada do povo pobre, mas alegre, que se expressa pelo carnaval, o samba e o futebol, o Brasil esqueceu muita coisa. Foi o último país do mundo a abolir a escravidão, em 13 de maio de 1888. Um dos seus maiores heróis nacionais, Tiradentes, foi esquartejado. O Brasil dizimou a população masculina de um país vizinho na Guerra do Paraguai. Deixou uma esteira de mortos nos porões do regime militar, que pela via do golpe havia derrubado em 1964 o presidente João Goulart.

Aliviaram-se tensões sociais latentes e sepultou-se o passado beligerante sobre o qual foi construída uma nação homogênea, mesmo em meio a tanta diversidade. O Brasil acomodou-se à versão oficial de sua história, em que foram escondidas as rupturas, as questões sociais e os fatos que não interessam tanto a sua autoimagem dentro do mundo civilizado.

(Thales Guaracy)

Em certa passagem do texto, o autor diz que “o Brasil esqueceu muita coisa". Segundo o texto, essa “muita coisa" que nosso país esqueceu

  • A demonstra a ignorância da população em relação ao seu passado histórico.
  • B indica razões que se contrapõem à imagem de “país cordial".
  • C mostra a semelhança entre nossa história e a dos países vizinhos.
  • D ironiza a atitude intelectual de nossos historiadores.
  • E comprova uma diferença entre a visão oficial e a visão dos historiadores.
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Texto 1 – Preâmbulo

O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele contribui para o desenho da paisagem dos campos e das cidades. Às vezes, ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos necessários à interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a incompreensão aumenta.

Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou de Belém, deleitar-se com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os quadros de Rembrandt, apreciar verdadeiramente certas obras de Stendhal ou de Victor Hugo implica poder decifrar as referências cristãs que constituem a beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de culturas também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo.

Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas. Propusemos a eles que pusessem seu saber à disposição dos leitores de um vasto público culto. Isso, sem o peso da erudição, sem o emprego de um vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais alusões a um suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma existência real, e, claro, sem intenção de proselitismo. (História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São Paulo: Martins Fontes. 2009. p.XIII). 

No último parágrafo do texto 1, o autor organizador do livro alude a uma série de características desse tipo de texto; as duas características abaixo que ele objetiva atingir e que estão explicitamente expressas no texto são:

  • A imparcialidade / credibilidade;
  • B credibilidade / erudição;
  • C autoridade / clareza;
  • D clareza / imparcialidade;
  • E erudição / autoridade.
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Texto

                            Os porquês da diversidade

      Das coisas mais marcantes da adolescência, minha memória traz os tempos de estudo e dúvidas sobre o futuro. De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação dita cidadã, e não só voltada aos vestibulares. Hoje trabalhando com educação, tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir a partir de práticas consideradas tradicionais e que uma roda de conversa na escola pode ser tão ou mais revolucionária quanto qualquer aplicativo educacional. Percebo que o que torna o aluno socialmente engajado é a reflexão constante, a troca de experiências, a diversidade de conhecimentos e opiniões que ele aplica e vê aplicarem a um objeto de estudo, de forma digital ou analógica. [....]

      É disso que trata a educação: formar indivíduos engajados uns com os outros, socialmente e que saibam conviver. Está aí também a grande diferença da educação familiar, quando convivemos apenas com nossos pares. A escola nos permite entrar em contato de forma sistemática com outros mundos, outros olhares, outros saberes, opiniões diferentes das nossas, culturas até então desconhecidas. É o convívio com professores e colegas que nos dá suporte para refletir sobre nossas posições, sermos questionados sobre opiniões divergentes e, assim, pensarmos num projeto de vida de forma plena.

                                      (Ivan Aguirra, Educatrix, Moderna, ano 5, nº 9 2015.) 

Assinale a opção que indica a frase em que a preposição de tem sua presença na frase por uma exigência de um termo anterior.

  • Aminha memória traz os tempos de estudo
  • Bmeus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos”.
  • Ctenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir”.
  • Duma roda de conversa na escola
  • Enos permite entrar em contato de forma sistemática”.
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Texto 5 – Nossa nova língua portuguesa

Julia Michaelis, Galileu, agosto 2009

Logo que comecei a trabalhar como editora, reparei que a diferença entre a língua falada e a escrita é maior em português do que em inglês, meu idioma nativo. Um estrangeiro pode passar anos sem topar com uma ênclise. De repente, abre um livro e “paft!” As pessoas não se sentam; sentam-se. Uma porta não se fecha; fecha-se. O ex-presidente Jânio Quadros uma vez falou “fi-lo porque qui-lo”. Tradução: fiz porque quis – e foi por causa da ênclise falada que a frase entrou na história.

A forma enclítica do pronome “o” junto ao pretérito perfeito do verbo “querer” que mostra incorreção é:

  • A Eu qui-lo;
  • B Tu quiseste-o;
  • C Nós quisemos-lo;
  • D Vós quiseste-lo;
  • E Eles quiseram-no.
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FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.


O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)


O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas.

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

(OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20).

Em: “É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável”, os elementos coesivos destacados se referem a:

  • A irrupção;
  • B acaso;
  • C esporte;
  • D jogo;
  • E vida.
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Assinale a opção em que o verbo "ser" poderia não estar flexionado no infinitivo (sem alterar o restante da frase).

  • A Esses pensamentos já foi demonstrado serem errados
  • B Aqueles alunos parecia serem monstros.
  • C Isso ninguém viu, a não serem os muito curiosos
  • D Creio já serem oito horas.
  • E Os pais esperavam serem seus filhos ganhadores.
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Texto 1

Millôr Fernandes, falando sobre o hábito de fumar, disse:

“Enorme percentual de fumantes disposto a continuar fumando, apesar de ameaças de câncer, enfisemas e outras quizílias. O fumo é realmente um vício idiota. Mas os fumantes que persistem em fumar têm um vício ainda mais idiota - a liberdade. Provando que nem só de pão, e de saúde, vive o ser humano. Além do fumo ele aspira também gastar a vida como bem entende. Arruinando determinadamente seu corpo - um ato de loucura - o fumante ultrapassa a pura e simples animalidade da sobrevivência sem graça. Em tempo; eu não fumo”.

(Definitivo, L&PM editores, Porto Alegre, 1994)

O trecho do texto 1 em que o termo sublinhado está empregado com uma possibilidade de duplo sentido é:

  • A “O fumo é realmente um vício idiota”;
  • BEm tempo; eu não fumo”;
  • C “Provando que nem só de pão, e de saúde vive o ser humano”;
  • D “Arruinando determinadamente seu corpo”;
  • E “Além do fumo ele aspira também gastar a vida”.
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Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
O brasileiro adia, logo existe.
A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

Palavras

Hier: ontem
Aujourd’hui: hoje
Demain: amanhã
A única palavra importante é “amanhã”.
Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


Nos dois termos “conserto do automóvel” e “concerto de Beethoven” há a mesma relação sintática que, respectivamente, em:

  • A criação de galinhas / criação de uma nova estrada;
  • B invasão da cidade / invasão dos bárbaros;
  • C invenção da lâmpada / invenção de novo aplicativo;
  • D cópia de um documento / cópia de uma assinatura;
  • E visão de uma ponte / visão da paisagem.
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Sai a energia limpa, entra o pré-sal

Vivemos um tempo em que o fantasma do apagão assombra o já inseguro, pouco competitivo e bamboleante setor industrial brasileiro. Pouco a pouco esse fantasma começa também a assustar os incautos cidadãos comuns de nosso país.

Por um lado, o Brasil possui uma das matrizes elétricas consideradas uma das mais limpas do mundo. Entre 80% e 90%da nossa geração elétrica vêm de fontes renováveis. Segundo o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – da Agência Nacional de Águas – o país tem cerca de mil empreendimentos hidrelétricos, sendo que mais de 400 deles são pequenas centrais hidrelétricas.

Por outro lado, se olharmos nossa matriz energética como um todo, veremos que estamos muito longe de sermos exemplo na área de energias limpas.Mais de 52% da energia que move o Brasil vêm do petróleo e seus derivados, empurrando a energia hidrelétrica para um modesto terceiro lugar, com apenas 13% do total, ficando também atrás da energia gerada através da cana (álcool +biomassa, com 19,3%).

Se você vivia no país antes de 2007, deve ter lido ou ouvido falar que o Estado brasileiro estava investindo pesadamente em biocombustíveis e em fontes energéticas renováveis e limpas.Pelo discurso oficial, o Brasil se tornaria a potência energética limpa do terceiro milênio e um país exportador dessas tecnologias.

Mas em 2007, Deus – talvez por ser brasileiro – resolveu dar uma mãozinha e nos deu de presente o pré‐sal, rapidamente vendido (sem trocadilhos) como a redenção de todos os nossos problemas. O que se viu a partir daí foi uma verdadeira batalha política entre os estados “com pré‐sal” e os estados “sem pré‐sal”pelos royalties do tesouro recém‐descoberto.

A face menos perceptível desse fenômeno foi que, como mágica, sumiram os projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação para aprimoramento e popularização de fontes energéticas limpas.

(....) É muito triste constatar que vivemos em um país de discursos, sem nenhum planejamento estratégico para a área de energia e, pior, que o Brasil fez uma clara opção pelo caminho da poluição e da ineficiência energética.

Quanto ao fantasma do apagão, justiça seja feita, o Estado brasileiro tem feito sua parte para espantá‐lo definitivamente.Mas, como não há planejamento, faz isso como pode, rezando todos os dias – e com muita fé – para que São Pedro mande o único antídoto que pode, de fato, impedir que esse espectro da falta de planejamento provoque um colapso energético no país: a chuva.

(José Roberto Borghetti e Antonio Ostrensky, O Globo, 27/03/2014)

Vivemos um tempo em que o fantasma do apagão assombra o já inseguro, pouco competitivo e bamboleante setor industrial brasileiro. Pouco a pouco esse fantasma começa também a assustar os incautos cidadãos comuns de nosso país”.

Compreendemos, por esse segmento do texto, que

  • A a crise de energia pode prejudicar a nossa indústria e, em função dela, a nossa vida cotidiana.
  • B o fantasma do apagão vai fazer com que o nosso parque industrial fique inseguro e bamboleante.
  • C o fantasma da crise de energia amedronta o nosso setor industrial, por ele já estar em momento delicado.
  • D a falta de energia vai provocar a nossa falta de competitividade no setor industrial.
  • E os nossos cidadãos comuns, já amedrontados por apagões anteriores, passaram a ficar ainda mais temerosos.
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TEXTO 1 – O mito da maioridade penal

“Quando falo sobre redução da maioridade penal, costumo dizer que a sociedade precisa decidir em que banco quer ver a juventude. Se no banco da escola ou no banco dos réus. Anteontem, o Congresso Nacional sinalizou que prefere a segunda opção. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a constitucionalidade da PEC que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos".

TEXTO 1 – O mito da maioridade penal

Marcelo Freixo, O Globo, 02/04/2015

“Quando falo sobre redução da maioridade penal, costumo dizer que a sociedade precisa decidir em que banco quer ver a juventude. Se no banco da escola ou no banco dos réus. Anteontem, o Congresso Nacional sinalizou que prefere a segunda opção. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a constitucionalidade da PEC que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos".

O autor do texto 1 apela para algumas estratégias argumentativas; a estratégia identificada de forma correta e adequada ao texto é:

  • A a criação de autoridade para os seus argumentos ao citar a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados;
  • B o aumento da força de seus argumentos ao colocar as opiniões em primeira pessoa do singular;
  • C o apelo à intimidação do leitor, antecipando os perigos sociais de uma parte delinquente de nossa juventude;
  • D a utilização de um falso argumento “ou um ou outro", ao dizer “no banco da escola ou no banco dos réus";
  • E o uso de argumento apoiado em pública autoridade ao indicar a preferência do Congresso Nacional pela redução da maioridade penal.
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Remédios e Venenos

No início do século XX, a indústria farmacêutica propagandeava as virtudes do ópio e da cocaína, puros e em vários remédios, para diversas finalidades, que eram consumidos livremente pela população, de crianças a idosos. Mas assim como não há registros da eficácia curativa dos remédios, também não há notícias de intoxicações e overdoses, e a ideia de "dependente de drogas" não existia.

Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido legalmente no Brasil até 1937.

(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados americanos. Como no início do século XX.

No Uruguai, ela será comercializada pelo Estado, a preços populares (um terço da cotação atual na rua), mas sujeita a inúmeras, e inúteis, restrições. Estrangeiros não podem comprar, só fumar, e os usuários locais têm cota mensal de 40 gramas, mas podem vender a um amigo. Só 30% da população apoiam, mas o tabu foi quebrado e a experiência deles será uma pesquisa valiosa para nós.

(MOTTA, Nelson. O GLOBO, 13/12/2013)

Ao terminar o texto, o autor declara que a experiência dos uruguaios será "valiosa para nós".

Essa afirmação se justifica porque

  • A a experiência uruguaia não é inédita.
  • B a lei uruguaia terá um mau desfecho.
  • C os resultados podem provocar um aumento do consumo.
  • D o Brasil passa por problemas semelhantes com as drogas.
  • E a maconha uruguaia pode ser trazida para o Brasil.
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Texto

Contraste entre discurso e realidade


No contexto político em que vivemos, sentimos saudade de alguns conceitos de verdade que estão na raiz da filosofia e da teologia. Se para Sócrates a verdade está ligada à sabedoria humana, o discurso verdadeiro, segundo Platão, é aquele que diz como as coisas são. Na profundidade do pensamento de Santo Agostinho, a verdade não é minha e nem tua para que seja nossa, ou, como muito bem conceituou Santo Tomás de Aquino, a verdade é a adequação entre a inteligência e a coisa, ou seja, a realidade das coisas. Parece que nenhum deles se ajusta ao contexto das atuais propagandas políticas.
O que chama atenção de todos nós neste momento é que nos debates políticos não aparece com relevância a riqueza do conceito de verdade, pois os mesmos não demonstram sabedoria humana, não se diz com transparência como as coisas são, não aparece a adequação entre a inteligência e a realidade das coisas, e carece de humildade para dizer que a verdade não está apenas naquilo que eu afirmo, ou que outros do meu partido estão afirmando, subestimando o todo, e, portanto, nunca poderá ser nossa no sentido mais amplo. Esquecemo-nos muitas vezes de sublinhar que a verdade tem uma dimensão ética de compromisso com aquilo que é anunciado publicamente no discurso.
A maquiagem marqueteira que conduz os atores políticos esconde o significado profundo da verdade, resultando em debates carentes em profundidade de argumentos, e não imbuídos de verdade sobre a realidade, limitando-se a discussões acusativas, ofensivas e contraditórias. Os contrastes entre o discurso e a realidade, a riqueza de experiências humanas dos candidatos e a superficialidade de suas propostas, a carência de discussões e debates de temas de relevância para o país, entre outros, estiveram distantes de nossas propagandas políticas nestas eleições.
Como a verdade é o que nos liberta, segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, temos a esperança que nesta segunda etapa das eleições possamos ter a verdade como princípio inspirador dos debates políticos, não subestimando a inteligência de nosso povo, pois o mesmo conhece bem a realidade das coisas, estando ávido para ouvir as propostas e assumir-las como verdadeiras, subsidiando as suas escolhas e pensando melhor no futuro de nosso Brasil.

(Adaptado. Josafá Carlos de Siqueira, O Globo, 22/10/2014)

Assinale a opção que indica a frase do texto em que a forma que destacada tem classe gramatical diferente das demais, não se referindo a nenhum termo anterior.

  • A “No contexto político em que vivemos”.
  • B “sentimos saudade de alguns conceitos de verdade que estão na raiz da filosofia e da teologia”.
  • C “o discurso verdadeiro, segundo Platão, é aquele que diz como as coisas são.”
  • D “Parece que nenhum deles se ajusta ao contexto...”.
  • E “O que chama atenção de todos nós...”.
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Texto 4 – Uma ideia simples

Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Prometese a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.

Texto 4 – Uma ideia simples


Elio Gaspari, Folha de São Paulo, 27/8/2014


Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Promete-se a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.

O texto 4 deve ser classificado como:

  • A narrativo-dissertativo;
  • B dissertativo-expositivo;
  • C dissertativo-argumentativo;
  • D descritivo-narrativo;
  • E descritivo-dissertativo.
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Texto 5 – Nossa nova língua portuguesa

Julia Michaelis, Galileu, agosto 2009

Logo que comecei a trabalhar como editora, reparei que a diferença entre a língua falada e a escrita é maior em português do que em inglês, meu idioma nativo. Um estrangeiro pode passar anos sem topar com uma ênclise. De repente, abre um livro e “paft!” As pessoas não se sentam; sentam-se. Uma porta não se fecha; fecha-se. O ex-presidente Jânio Quadros uma vez falou “fi-lo porque qui-lo”. Tradução: fiz porque quis – e foi por causa da ênclise falada que a frase entrou na história.

No texto 5, a “tradução” da frase “Fi-lo porque qui-lo” está:

  • A correta, porque o pronome complemento é indispensável;
  • B inadequada, pois falta o pronome complemento;
  • C incorreta, porque mostra erro de gramática;
  • D adequada, já que os pronomes são redundantes;
  • E imprecisa, pois estão ausentes os sujeitos das frases.
58
Os sete erros que devem ser evitados em tempos de seca

O primeiro desses “erros" era “usar água da chuva para beber, tomar banho e cozinhar". Segundo o aviso, “A água da chuva armazenada em casa não pode ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém uma alta concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas na limpeza da casa".


Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar".

O segmento sublinhado mostra formas reduzidas; a forma reduzida do verbo “bastar" poderia ser adequadamente substituída por
  • A mas não basta ferver ou filtrar.
  • B pois não basta ferver ou filtrar.
  • C logo não bastaria ferver ou filtrar.
  • D quando não bastará ferver ou filtrar.
  • E caso não baste ferver ou filtrar.
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Texto 4 – Uma ideia simples
Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Promete-se a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.

Texto 4 – Uma ideia simples


Elio Gaspari, Folha de São Paulo, 27/8/2014


Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Promete - se a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.


A frase no texto 4 “que foi trazida pelo instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
  • A que o instituto Endeavor traz;
  • B que o instituto Endeavor trouxe;
  • C trazida pelo instituto Endeavor;
  • D que é trazida pelo instituto Endeavor;
  • E que traz o instituto Endeavor.
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TEXTO 5 - Diploma superior é privilégio de apenas 13%


Quando se avalia o nível de instrução da totalidade de brasileiros acima de 25 anos, mais de metade da população (57,5%) tem no máximo o ensino médio completo, sendo que 32% não completaram o ensino fundamental. Uma graduação universitária é privilégio de apenas 13,1% das pessoas (contra 12,6% em 2013).

Os números também chamam atenção para a necessidade de se aprimorar o ensino nas escolas públicas, que são frequentadas por 76,9% dos alunos brasileiros (contra 75,7% em 2013). Mas a frequência escolar como um todo vêm aumentando, e tem seu maior patamar entre crianças de 6 a 14 anos: 98,5% nesta faixa etária estão na escola.

Quando se contempla a população como um todo, o número médio de anos de estudo escolar é de 7,7. Aqui também há disparidades regionais: o Sudeste apresenta a maior média, de 8,4 anos, enquanto Norte e Nordeste registraram o menor tempo médio na escola, 7,2 e 6,6 anos, respectivamente.


Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultados_pnad_jc_ab


O segundo parágrafo do texto 5 aponta para a necessidade de se aprimorar o ensino nas escolas públicas porque:

  • A elas são frequentadas pela maioria dos alunos brasileiros;
  • B a frequência escolar é maior nessas escolas;
  • C poucos alunos dessas escolas chegam ao nível superior;
  • D o nível de desistência nessas escolas é bem grande;
  • E os alunos dessas escolas pertencem à classe pobre.