Resolver o Simulado FAPEC - Nível Superior

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Português

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A literatura de cordel, hoje
No Brasil, literatura de cordel designa a literatura popular produzida em versos. A expressão se deve ao fato de que os folhetos eram comumente vendidos em feiras, pendurados em cordéis. Nota-se, hoje em dia, uma crescente visibilidade dessa literatura tradicional. Editoras e poetas trabalham intensamente para divulgar os folhetos, professores realizam experiências em sala de aula, pesquisas são realizadas no âmbito acadêmico, muitas delas são apresentadas como teses universitárias. Esse dinamismo pode ser ainda observado na publicação de antologias de folhetos por grandes editoras, ou na edição em livro de obras de escritores populares, e sobretudo no aparecimento de inúmeros poetas e poetisas em diferentes pontos do país.
Todo esse dinamismo precisa ser analisado com cuidado. Fala-se muito na presença da literatura de cordel na escola, várias intervenções vêm sendo realizadas sobretudo em estados do Nordeste. Abrir as portas da escola para o conhecimento da literatura de cordel em particular, ou mesmo da literatura popular em geral, é uma conquista da maior importância. Porém, há que se pensar de que modo efetivar esse processo tendo em vista a melhor contribuição possível para a formação dos alunos.
A literatura de cordel deve ter, sim, um espaço na escola, nos níveis fundamental e médio, levando-se sempre em conta, porém, as especificidades desse tipo de produção artística. Considerá-la tão somente como uma ferramenta ocasional, utilizada para a assimilação de conteúdos disseminados nas mais variadas disciplinas (história, geografia, matemática, língua portuguesa) não parece uma atitude que contribua para uma significativa experiência da leitura dos folhetos. Há que respeitá-los e admirá-los sobretudo pelo que já são: testemunhos do mundo imaginário a que se dedicaram talentosos escritores de extração popular.

(Adaptado de: MARINHO, Ana Cristina e PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2012)

Os segmentos I e II constituem, respectivamente, uma CAUSA e seu EFEITO em:

  • A I. Literatura de cordel designa a literatura popular
    II. produzida em versos.
  • B I. Muitos professores realizam experiências
    II. em sala de aula.
  • C I. Editoras e poetas divulgam o cordel,
    II. ampliando seu interesse junto ao público.
  • D I. Muita gente passou a admirar o cordel
    II. quando teve a oportunidade de conhecê-lo melhor.
  • E I. Para que o cordel seja bem acolhido,
    II. é necessário ensejar um maior contato entre os poetas e o público.
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O conceito de indústria cultural foi criado por Adorno e Horkheimer, dois dos principais integrantes da Escola de Frankfurt. Em seu livro de 1947, Dialética do esclarecimento, eles conceberam o conceito a fim de pensar a questão da cultura no capitalismo recente. Na época, estavam impactados pela experiência no país cuja indústria cultural era a mais avançada, os Estados Unidos, local onde os dois pensadores alemães refugiaram-se durante a Segunda Guerra.
Segundo os autores, a cultura contemporânea estaria submetida ao poder do capital, constituindo-se num sistema que englobaria o rádio, o cinema, as revistas e outros meios - como a televisão, a novidade daquele momento -, que tenderia a conferir a todos os produtos culturais um formato semelhante, padronizado, num mundo em que tudo se transformava em mercadoria descartável, até mesmo a arte, que assim se desqualificaria como tal. Surgiria uma cultura de massas que não precisaria mais se apresentar como arte, pois seria caracterizada como um negócio de produção em série de mercadorias culturais de baixa qualidade. Não que a cultura de massa fosse necessariamente igual para todos os estratos sociais; haveria tipos diferentes de produtos de massa para cada nível socioeconômico, conforme indicações de pesquisas de mercado. O controle sobre os consumidores seria mediado pela diversão, cuja repetição de fórmulas faria dela um prolongamento do trabalho no capitalismo tardio.
Muito já se polemizou acerca dessa análise, que tenderia a estreitar demais o campo de possibilidades de mudança em sociedades compostas por consumidores supostamente resignados.O próprio Adorno chegou a matizá-la depois. Mas o conceito passou a ser muito utilizado, até mesmo por quem diverge de sua formulação original. Poucos hoje discordariam de que o mundo todo passa pelo "filtro da indústria cultural", no sentido de que se pode constatar a existência de uma vasta produção de mercadorias culturais por setores especializados da indústria.
Feita a constatação da amplitude alcançada pela indústria cultural contemporânea, são várias as possibilidades de interpretá-la. Há estudos que enfatizam o caráter alienante das consciências imposto pela lógica capitalista no âmbito da cultura, a difundir padrões culturais hegemônicos. Outros frisam o aspecto da recepção do espectador, que poderia interpretar criativamente - e não de modo resignado - as mensagens que lhe seriam passadas, ademais, de modo não unívoco, mas com multiplicidades possíveis de sentido.

(RIDENTI, Marcelo. Indústria cultural: da era do rádio à era da informática no Brasil. In: Agenda brasileira. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 292 a 301)

O próprio Adorno chegou a matizá-la depois. (3o parágrafo)

... são várias as possibilidades de interpretá-la. (4o paragrafo)

... as mensagens que lhe seriam passadas... (4o parágrafo)


Os pronomes destacados acima referem-se, no contexto, respectivamente, a
  • A análise - indústria cultural contemporânea - espectador
  • B mudança - constatação - recepção
  • C análise - constatação - aspecto
  • D mudança - formulação original - espectador
  • E diversão - indústria cultural contemporânea - recepção
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O Tamanho das Pessoas...

Os Tamanhos variam conforme o grau de envolvimento...

Uma pessoa é enorme para ti, quando fala do que leu e viveu, quando te trata com carinho e respeito, quando te olha nos olhos e sorri.

É pequena para ti quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e até mesmo o amor.

Uma pessoa é gigante para ti quando se interessa pela tua vida, quando procura alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto contigo. E pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos da moda.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. O nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma.

O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... é a sua sensibilidade, sem tamanho...

Martha Medeiros

“Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo".

Indique corretamente o sinônimo da palavra sublinhada:

  • A grande
  • B mínimo
  • C apaixonado
  • D presente
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Texto I para responder à questão.

Mundo lembra 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial

Na Inglaterra, teve minuto de silêncio e tiros de canhão.

Segunda Grande Guerra custou a vida de mais de 60 milhões de pessoas.

O mundo lembra hoje uma data importante: o fim da Segunda Guerra mundial, há 70 anos. Em Paris, o secretário de estado americano John Kerry participou das comemorações ao lado do presidente francês François Hollande. Na Inglaterra, teve minuto de silêncio e tiros de canhão. [...]

Além dos horrores de uma campanha militar que não poupou civis em nenhum dos lados, a guerra foi marcada pelo holocausto: o assassinato sistemático de cerca de seis milhões de judeus pelos nazistas.

Ao lado dos aliados, o Brasil passou a integrar o conflito em 1942. Cerca de 25 mil soldados da Força Expedicionária Brasileira além de homens da Força Aérea lutaram na Itália.

O fim dos combates comemorado na Europa não significou o fim da Guerra Mundial. O império japonês, que recusava a se render, só capitulou três meses mais tarde, depois que os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre Hiroshima e outra sobre Nagasaki.

Cada uma delas matou cerca de 40 mil civis instantaneamente. Mais de cem mil morreram nos dias seguintes, vítimas de queimaduras e radiação nuclear.

A guerra ainda demorou alguns meses para terminar de fato, mesmo depois da morte de Hitler e da rendição da Alemanha nazista, mas esses dois acontecimentos são sem dúvida os marcos históricos do fim do conflito. A notícia foi amplamente divulgada, no mundo todo, e foi comemorado com entusiasmo na Europa, nos Estados Unidos e até mesmo no Brasil, numa narração emocionada do radialista Heron Domingues, do Repórter Esso, um dos principais programas de rádio na época:

“Amigo ouvinte, aqui fala o Repórter Esso, testemunha ocular da história. A rádio de Hamburgo, depois de transmitir o crepúsculo dos deuses, durante muitas horas, acaba de anunciar: “o Fuhrer morreu”. Terminou a guerra! Terminou a guerra! Terminou a guerra”.

(Edição do dia 08/05/2015. Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/05/mundo-lembra- 70-anos-do-fim-da-segunda-guerra-mundial.html.)

Ao ser digitada a frase: “Segunda Grande Guerra custou a vida de mais de 60 milhões de pessoas.” o corretor ortográfico e gramatical de um programa de computador identifica um erro em “custou a vida” e apresenta a seguinte mensagem: “Se ‘vida’ estiver completando o sentido de ‘custou’, use a crase.” Dentre as alternativas a seguir, indique a que justifica a correta escolha do digitador em não executar o comando “use a crase”.

  • A Quando ocorre a presença de numeral na frase, não há ocorrência de crase.
  • B Antes de qualquer nome feminino tomado em sentido genérico, não ocorre crase.
  • C A não ocorrência de crase está associada à transitividade do verbo “custar”, na frase em análise.
  • D Não havendo modificador que faça referência à palavra “vida”, o acento grave indicador de crase é dispensado.
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CHEGA DE PRECONCEITO CONTRA O LUCRO

Instituições sem fins lucrativos são criadas para aproveitar oportunidades de captação de recursos ou isenções de impostos, geralmente para alcançar uma causa social não atendida pelo Poder Público.

A causa ê nobre, seja ela o assistencialismo, a educação ou os serviços a comunidades carentes. Com o crescimento desse setor, aumentam as solicitações para que a sociedade colabore com seus projetos de forma não remunerada, pois “não há fins lucrativos”

Há uma grave distorção nessa expectativa. Entidades sem fins lucrativos esperam que empresas forneçam seus produtos sem custo, assim como esperam que famílias sem dificuldades financeiras deixem de cuidar de seu futuro para amparar os fragilizados. Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem- sucedidos para assistir os desafortunados, como se o papel do lucro fosse ser distribuído à sociedade.

Empresas que geram resultados não deveriam dividi-los com os incapazes de erguer um negócio. Isso premia a incompetência. Somente quando os negócios produzem retornos maiores que o esperado (fruto do nvestimento em qualidade e tecnologia), os lucros excedentes podem virar filantropia.

Não é papel das empresas prestar serviços sem remuneração. O papel das empresas é prestar bons serviços, lucrar e investir seus lucros para que esses serviços sejam melhorados, mais empregos sejam gerados e mais impostos sejam pagos - essa é a ideia. Se o Estado é incapaz de fornecer a educação que ensine a pescar, cabe a ele usar sua arrecadação para sanar os problemas.

Quanto mais as famílias abrem mão de poupar para o futuro e praticam o assistencialismo, mais dependerão do governo para custear seu futuro. É um círculo perigosamente vicioso.

Quando me pedem para prestar um serviço sem fins lucrativos, subentendo que querem que eu trabalhe sem remuneração. Não faz sentido. Tenho fins lucrativos, com orgulho. Se meu trabalho cria valor, paguem o que ele vale. Quem não tem fins lucrativos é a instituição que contrata o serviço, não quem o presta.

Não ter fins lucrativos não deve credenciar ninguém a ser incompetente na captação de recursos. Prestar serviços para uma empresa sem fins lucrativos não deve ser uma caridade forçada. Lucrar, ou produzir resultados excedentes, é essencial para o crescimento de qualquer atividade. Devemos esperar das instituições competência técnica e gerencial para levantar fundos, administrar custos e pagar suas atividades sem corroer a capacidade produtiva da sociedade. Elas deveriam gerar resultados e reinvesti-los para que o atendimento a sua causa possa crescer. É tempo de lutar por mais profissionalismo nas causas sociais.

Gustavo Cerbasi, Publicado originalmente na Revista Época em 13/04/2013 disponível no site [maisdinheiro.com.br], consultado em 12/8/2013

O trecho abaixo será utilizado para a resolução das questões de 3 a 7. “

Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem-sucedidos para assistir os desafor­tunados, como se o papel do lucro fosse ser distribuído à sociedade"

O termo “ como” , no contexto em que está inserido:

  • A confere à oração o valor circunstancial de tempo
  • B remete a uma condição hipotética.
  • C liga orações do mesmo nível sintático, relacionando-as por adição.
  • D expressa comparação, da mesma forma que: “gosto de você assim como você gosta de mim".
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Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem graça.

Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês, metido a sensato. Noivo...

- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.

- Bom rapaz. Bom rapaz.

Como se isso estivesse me interessando...

Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o “Contraponto” e leio sempre). [...]

Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...

- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fino.


(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São Paulo: Ática, 1996)


Vocabulário: Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

A locução verbal “venho afinando”, presente no primeiro período do texto, constrói um sentido de ação:
  • A passada e concluída.
  • B que ainda será realizada.
  • C pontual e ocorrida no presente.
  • D com ideia de continuidade.
  • E passada que não mais se realiza.
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Unesco: mundo precisará mudar consumo para garantir
abastecimento de água
20/03/15

Relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostra que há no mundo água suficiente para suprir as necessidades de crescimento do consumo, “mas não sem uma mudança dramática no uso, gerenciamento e compartilhamento". Segundo o documento, a crise global de água é de governança, muito mais do que de disponibilidade do recurso, e um padrão de consumo mundial sustentável ainda está distante.
De acordo com a organização, nas últimas décadas o consumo de água cresceu duas vezes mais do que a população e a estimativa é que a demanda cresça ainda 55% até 2050. Mantendo os atuais padrões de consumo, em 2030 o mundo enfrentará um déficit no abastecimento de água de 40%. Os dados estão no Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos Hídricos 2015 – Água para um Mundo Sustentável.
O relatório atribui a vários fatores a possível falta de água, entre eles, a intensa urbanização, as práticas agrícolas inadequadas e a poluição, que prejudica a oferta de água limpa no mundo. A organização estima que 20% dos aquíferos estejam explorados acima de sua capacidade. Os aquíferos, que concentram água no subterrâneo e abastecem nascentes e rios, são responsáveis atualmente por fornecer água potável à metade da população mundial e é de onde provêm 43% da água usada na irrigação.
Os desafios futuros serão muitos. O crescimento da população está estimado em 80 milhões de pessoas por ano, com estimativa de chegar a 9,1 bilhões em 2050, sendo 6,3 bilhões em áreas urbanas. A agricultura deverá produzir 60% a mais no mundo e 100% a mais nos países em desenvolvimento até 2050. A demanda por água na indústria manufatureira deverá quadruplicar no período de 2000 a 2050.
Segundo a oficial de Ciências Naturais da Unesco na Itália, Angela Ortigara, integrante do Programa Mundial de Avaliação da Água (cuja sigla em inglês é WWAP) e que participou da elaboração do relatório, a intenção do documento é alertar os governos para que incentivem o consumo sustentável e evitem uma grave crise de abastecimento no futuro. “Uma das questões que os países já estão se esforçando para melhorar é a governança da água. É importante melhorar a transparência nas decisões e também tomar medidas de maneira integrada com os diferentes setores que utilizam a água. A população deve sentir que faz parte da solução."
Cada país enfrenta uma situação específica. De maneira geral, a Unesco recomenda mudanças na administração pública, no investimento em infraestrutura e em educação. “Grande parte dos problemas que os países enfrentam, além de passar por governança e infraestrutura, passa por padrões de consumo, que só a longo prazo conseguiremos mudar, e a educação é a ferramenta para isso", diz o coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Ary Mergulhão.
No Brasil, a preocupação com a falta de água ganhou destaque com a crise hídrica no Sudeste. Antes disso, o país já enfrentava problemas de abastecimento, por exemplo no Nordeste. Ary Mergulhão diz que o Brasil tem reserva de água importante, mas deve investir em um diagnóstico para saber como está em termos de política de consumo, atenção à população e planejamento. “É um trabalho contínuo. Não quer dizer que o país que tem mais ou menos recursos pode relaxar. Todos têm que se preocupar com a situação.
O relatório será mundialmente lançado hoje (20) em Nova Délhi, na Índia, antes do Dia Mundial da Água (22). O documento foi escrito pelo WWAP e produzido em colaboração com as 31 agências do sistema das Nações Unidas e 37 parceiros internacionais da ONU-Água. A intenção é que a questão hídrica seja um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que vêm sendo discutidos desde 2013, seguindo orientação da Conferência Rio+20 e que deverão nortear as atividades de cooperação internacional nos próximos 15 anos.

ver_noticia/5215/controler:noticias
Qual das palavras a seguir NÃO apresenta dígrafo?
  • A Prazo.
  • B Crescimento.
  • C Grande.
  • D Ferramenta.
  • E Questões.
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Texto I

Só falta a política de redução de riscos

Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.

A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos.

Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou-se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força-Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou-se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos.

Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica nos municípios de pequeno porte.

Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida "cotidiana", não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto.

(Carlos Machado - O Globo, 01/04/2013)

A partir do fragmento a seguir, responda a questão.

"Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os mesmos".


Nesse segmento do texto, as palavras ou expressões que estabelecem coesão referencial com termos anteriores são
  • A destas - suas - os mesmos.
  • B Atlas dos Desastres Naturais do Brasil -destas - os mesmos
  • C mais de 6 milhões - cerca de 480 mil - quase 3,5 mil.
  • D por - como - mais de - após.
  • E destas - os mesmos.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Infere-se da charge que

  • A a terceirização é um tema polêmico.
  • B as discussões no Congresso são muito acaloradas.
  • C a opinião pública se interessa por temas políticos.
  • D os repórteres de TV modificam os fatos.
  • E a capital fica muito afastada dos estados brasileiros.
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Se tivermos que substituir os termos sublinhados nos pensamentos abaixo por um só vocábulo de sentido equivalente, a única substituição correta será:

  • A “O coração do homem é como um moinho que trabalha sem parar.” (Martin Lutero) / infatigavelmente;
  • B “Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem seu consentimento.” (Eleanor Roosevelt) / permissivamente;
  • C “Não há esperança sem medo, assim como não há medo sem esperança.” (Spinoza) / intimorata;
  • D “Espere com paciência, ataque com rapidez.” (Provérbio chinês) / passivamente;
  • E “Faça coisas bobas, mas faça com entusiasmo.” (Colette) / açodadamente.
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INSTRUÇÃO: Leia o fragmento do artigo Metas para o governo e responda às questão.

      Em grandes empresas do setor privado, é comum os gestores receberem metas de desempenho e serem continuamente cobrados pelo resultado do seu trabalho à luz dessas metas. Em vários casos, funcionários recebem bônus por desempenho. Se a empresa vai mal, os gestores devem prestar contas e podem, no limite, até perder seu emprego. Estudos têm indicado que a adoção dessas práticas responde por cerca de 25% das diferenças de produtividade entre empresas.

      E no setor público, o que acontece quando o desempenho está aquém do desejado? Com algumas meritórias exceções, nada.[...]

      Alguns podem dizer que o problema do setor público não está na falta de metas e gestão, mas sim na falta de recursos para alcançar os objetivos almejados. O remédio normalmente vem na forma de recomendações para aumentar salários e gastos. Eis então uma proposta: qualquer tentativa de aumentar o orçamento de determinadas áreas deve ser necessariamente condicional a metas claras de desempenho, havendo plena responsabilização dos gestores caso os resultados não sejam atingidos. [...]

                                                              (LAZZARINI, S. Revista Veja. Ed. nº 2497.)

A respeito de recursos expressivos empregados no texto, analise as afirmativas.

I - Em Se a empresa vai mal, os gestores devem prestar contas, o vocábulo mal funciona como substantivo e seu plural é males.

II - O sentido do advérbio aquém, em E no setor público, o que acontece quando o desempenho está aquém do desejado?, é nível ou qualidade inferior e seu antônimo é longe.

III - O vocábulo bônus, no trecho funcionários recebem bônus por desempenho, é um substantivo que não se flexiona no plural.

IV - Em havendo plena responsabilização dos gestores caso os resultados não sejam atingidos, a conjunção caso pode ser substituída por se, com as devidas alterações na forma verbal.

Está correto o que se afirma em

  • A I, II e IV, apenas.
  • B III e IV, apenas.
  • C II e III, apenas.
  • D I, II e III, apenas.
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Em que opção a forma verbal destacada foi empregada de acordo com a norma padrão?

  • A Quando eles proporem algo aceitável, podemos conversar
  • B Acredito que pulirei meu carro no próximo fim de semana.
  • C Mamãe quer que nós ceiemos à meia-noite em ponto, no Natal.
  • D Era preciso que eles reavessem logo os documentos perdidos.
  • E Angélica antevira que seus amigos sairíam sem ela anteontem.
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“O Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Pará e Amapá divulgou o resultado da venda de veículos novos no estado em março. Segundo os dados, foram comercializadas 9.804 unidades em âmbito local no mês passado, ante as 8.711 unidades de fevereiro. No entanto, no acumulado do ano, foram emplacados 26.981 veículos, contra 34.249 no mesmo período do ano passado, representando queda de 21,22%.” (CORREIO DE TOCANTINS, 19 de abril de 2016)


Assinale a alternativa que analisa corretamente o papel sintático do termo transcrito.

  • A “o resultado” – predicativo do sujeito.
  • B “de veículos novos” – complemento nominal.
  • C “segundo os dados” – adjunto adverbial de tempo.
  • D “9.804 unidades” – objeto direto.
  • E “no acumulado do ano” – aposto.
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A oração sublinhada no período “É importante que os brasileiros conheçam um Brasil melhor.” deve ser classificada como:
  • A Subordinada Substantiva Objetiva Indireta.
  • B Subordinada Substantiva Predicativa.
  • C Subordinada Substantiva Apositiva.
  • D Subordinada Substantiva Objetiva Direta.
  • E Subordinada Substantiva Subjetiva.
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Assinale a opção em que foram empregados corretamente os sinais de pontuação.

  • A Os artefatos produzidos, têm seu valor econômico, mas é preciso também, levar em consideração seu valor simbólico.
  • B De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de ser contornada; contamos, pois, com a colaboração de todos para superarmos este desafio.
  • C As pessoas, que dão valor, apenas, ao lado material da vida, não sabem, o que de valor há na vida.
  • D Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante terá a experiência, próxima da realidade, com que irá deparar-se.
  • E A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela podem-se perceber os valores que fundamentam as práticas de uma comunidade.
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Comércio ambulante: sob as franjas do sistema
Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante – significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de que maneira ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder político e econômico. Dependendo do contexto, o poder público formula políticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível “erradicação” da informalidade.
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como deficientes físicos, idosos e, em alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma parcela importante dos ocupados que não se enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...]
Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo e que acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se determinada atividade não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa tolerá-la, limitando-a arbitrariamente a um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de planejamento e vulnerável à corrupção e à violência. Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite no planejamento para muitos. No caso de São Paulo, o número de licenças de trabalho vigentes, por exemplo, corresponde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de trabalhadores ambulantes. Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o percentual é de 20%.
Dentro desse raciocínio, “domesticar” a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a lógica de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como catadores de material reciclável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de reconfiguração urbana e dos megaeventos corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou circular passa a ser não uma política afirmativa do direito à cidade, mas do deslocamento dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...]
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas aparentemente servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas.

Em “Há políticas que reconhecem a informalidade” (l. 25), ao substituir o termo destacado por um pronome, de acordo com a norma-padrão da língua, o trecho assume a formulação apresentada em:

  • A Há políticas que a reconhecem
  • B Há políticas que reconhecem-a
  • C Há políticas que reconhecem-na
  • D Há políticas que reconhecem ela
  • E Há políticas que lhe reconhecem
17
A festa cristão

A Igreja Católica denuncia a amoralidade e o materialismo pelo vazio espiritual da moderna civilização. A decomposição das famílias, a violência, a corrupção, as drogas, a dissolução dos costumes e a falta de solidariedade com os menos afortunados seriam sintomas de um mundo sem fé.
“Ao lado do racionalismo grego, nada influenciou tanto a história do Ocidente quanto o cristianismo" , registra o filósofo Karl Popper. “O cristianismo foi o principal ingrediente do pensamento europeu. Mesmo sob ataque, manteve seus críticos em sua órbita. São ainda condenados a esgrimir com a ética e a moralidade cristã até mesmo os ateus" , observa o historiador Fernand Braudel. Humanistas prisioneiros de métodos científicos, desamparados pela fé, celebram também com o Papa Francisco “o Natal como anúncio de alegria, esperança e ternura".
O historiador Paul Johnson argumenta que “a ascensão cristã não foi acidental, mas sim o atendimento de uma ampla, urgente e mal formulada necessidade de um culto monoteísta no mundo grego. As divindades tribais não forneciam mais explicações satisfatórias para uma sociedade cosmopolita em expansão, com crescentes padrões de vida e pretensões intelectuais" . Era a versão mediterrânea da globalização derrubando deuses locais.
O mesmo pode ser dito da contaminação viral das ideias socialistas. A “morte" de Deus e o “desencantamento" do mundo exigiram uma nova religião secular e universal. O marxismo e suas pretensas bases científicas revelaram‐se não apenas um formidável equívoco intelectual mas também um trágico experimento político, social e econômico. Mas disseminaram‐se por seu apelo a nossos ancestrais instintos de solidariedade e altruísmo, heranças da moralidade dos pequenos bandos e das grandes religiões. Pois, afinal, “a predisposição à crença religiosa é a mais complexa, poderosa e provavelmente irremovível força da natureza humana" , considera o biólogo Edward Wilson.
Por outro lado, apesar de criticados por sua impessoalidade e incompreendidos pelas massas, os mercados globais formam uma extensa rede de cooperação social abrangendo bilhões de indivíduos. “Nossas dificuldades resultam de que precisamos ajustar nossas vidas, pensamentos e emoções a esses dois mundos diferentes" , diagnostica o economista Friedrich von Hayek.

(Paulo Guedes, O Globo, 23/12/2013)

A Igreja Católica denuncia a amoralidade e o materialismo pelo vazio espiritual da moderna civilização”.

Assinale a alternativa que indica a forma de reescrever-se essa frase do texto que modifica o seu sentido original.

  • A Por causa do vazio espiritual da moderna civilização, a Igreja Católica denuncia a amoralidade e o materialismo.
  • B A amoralidade e o materialismo são denunciados pelo vazio espiritual da moderna civilização pela Igreja Católica
  • C A Igreja Católica denuncia não só a amoralidade como também o materialismo pelo vazio espiritual da moderna civilização.
  • D A amoralidade e o materialismo, por serem considerados responsáveis pelo vazio espiritual da moderna civilização, são denunciados pela Igreja Católica.
  • E A amoralidade e o materialismo são denunciados pela Igreja Católica como causadores do vazio espiritual da civilização moderna
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Texto 2 – No começo era o pé

Sim, no começo era o pé. Se está provado, por descobertas arqueológicas, que há sete mil anos estes brasis já eram habitados, pensai nestas legiões e legiões de pés que palmilharam nosso território. E pensai nestes passos, primeiro sem destinos, machados de pedra abrindo as iniciais picadas na floresta. E nos pés dos que subiam às rochas distantes, já feitos pedra também, e nos que se enfeitaram de penas e receberam as primeiras botas dos conquistadores e as primeiras sandálias dos pregadores; pés barrentos, nus, ou enrolados de panos dos caminheiros, pés sobre-humanos dos bandeirantes que alargaram um império, quase sempre arrastando passos e mais passos em chãos desconhecidos, dos marinheiros dos barcos primitivos e dos que subiram aos mastros das grandes naus. Depois o Brasil se fez sedentário numa parte de seu povo. Houve os pés descalços que carregaram os pés calçados, pelas estradas. A moleza das sinhazinhas de pequeninos pés redondos, quase dispensáveis pela falta de exercício. E depois das cadeirinhas, das carruagens, das redes carregadas por escravos, as primeiras grandes estradas já com postos de montaria organizados, o pedágio de vinténs estabelecido já no século XVIII. Mas além da abertura dos portos, depois da primeira etapa da industrialização, com os navios a vapor, as estradas de ferro, o pé de sete milênios da terra do Brasil ainda faz seu caminho.

                                                                          (Dinah Silveira de Queiroz)

O segmento do texto 2 em que se insere uma ideia de intensidade é:

  • A “pensai nestas legiões e legiões de pés”;
  • B “as primeiras grandes estradas”;
  • C “passos e mais passos em chãos desconhecidos”;
  • D “pés sobre-humanos dos bandeirantes”;
  • E “mastros das grandes naus”.
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Texto 1

A história do racismo no futebol brasileiro

Em tempo de Copa do Mundo, tendo o Brasil como país sede em 2014, é sempre bom lembrar elementos da trajetória da nossa “paixão nacional”. E, para abordar o assunto, ninguém melhor do que Mário Rodrigues Filho, jornalista e escritor pernambucano, que viveu no Rio de Janeiro, trabalhou nos jornais A Manhã, A Crítica e O Globo, e depois dirigiu o Jornal dos Sports até a sua morte, em 1966.

A prática de racismo no futebol não é uma novidade no Brasil e Mário Filho tratou disso. Com O Negro no Futebol Brasileiro, livro publicado em 1947, o jornalista abordou um assunto incômodo para a época: o lento e doloroso ingresso de negros e mulatos no futebol brasileiro. Afinal de contas, até pouco tempo, nossa sociedade pregava, aqui e no exterior, que a nossa democracia racial era um exemplo para o mundo de convivência harmoniosa entre negros e brancos.

Inicialmente, no nosso “esporte nacional”, ainda não era comum jogar banana ou xingar um jogador negro de “macaco” nos campos de futebol. Naquela época, futebol era coisa de branco e rico. Introduzido no Brasil pelos ingleses, no futebol não se admitia mulato ou negro nos campos, e nas arquibancadas eles eram raridade. No Brasil, o futebol tinha um sentido aristocrático: era “coisa de bacana”.

Com a vitória da equipe brasileira no Campeonato Sul-Americano em 1919, a imprensa e alguns escritores, como Coelho Neto, passaram a dar grande destaque ao futebol, que entrou no gosto do povo. Em 1921, o então presidente Epitácio Pessoa “recomendou” que o Brasil não levasse jogadores negros à Argentina, onde se realizaria o Sul-Americano daquele ano. Era preciso, segundo ele, projetar no exterior uma “outra imagem” nossa, composta “pelo melhor de nossa sociedade”. Era a política do Estado brasileiro, em relação à sua população negra, alcançando o futebol.

Em seu livro, Mário Filho lembra, dentre outros fatos, o torneio do Natal entre as equipes de futebol do Rio de Janeiro e São Paulo. No dia 25 de dezembro de 1916, paulistas e cariocas disputaram um jogo de seleções em São Paulo. Como muitos brancos se recusaram a jogar no Natal, os cariocas completaram o time com negros e mulatos. No campo, uma derrota: 9 a 1. Após o jogo, os cariocas afirmaram que a seleção não representava o verdadeiro Rio. “A real possuía família e jamais deixaria seus parentes solitários numa noite de Natal. Só negros e mulatos eram capazes de agir dessa forma.”

Ao escrever um livro para abordar a trajetória dos negros e mulatos no futebol brasileiro, Mário Filho conhecia bem o campo em que estava pisando: o do racismo cínico e hipócrita que persiste até os dias de hoje e faz muitos estragos não só nos gramados, mas em toda a estrutura da nossa sociedade.

Júlio Ribeiro Xavier. Publicado em 10/04/2012, na edição 689. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed689_a_historia_do_racismo_no_futebol_brasileiro. Acesso em 21/02/14 (texto adaptado)

Leia atentamente os enunciados abaixo, observando a concordância nominal.

I. A violência nos campos de futebol cresce a olhos vistos.

II. Os preconceituosos devem ficar o mais afastados possíveis dos campos de futebol.

III. Os preconceituosos devem ficar o mais afastados possível dos campos de futebol.

IV. O jogador negro e o mulato eram proibidos de entrar nos campos de futebol.

V. Eram proibidos de entrar nos campos de futebol os jogadores negro e mulato.

Em relação à norma padrão da língua portuguesa, há ERRO quanto à concordância nominal em  

  • A I e V.
  • B II e V.
  • C I e II.
  • D II.
  • E V.
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TEXTO II

Leia, a seguir, o trecho de uma matéria de Monica Weinberg, publicada na revista Veja, Editora Abril, edição 2397, ano 47, nº 44, de 29 de outubro de 2014, na qual Marcelo Viana, presidente da Sociedade Brasileira de Matemática, apresenta o seu pensamento, de forma crítica, sobre o desenvolvimento das condições de ensino e de pesquisas em matemática, de modo geral e, em particular, no Brasil.


A VITÓRIA DO MÉRITO



NO PANTEÃO
A matemática avançada no Brasil é um bom exemplo de como dá para alcançar a excelência em pouco tempo quando o norte é dado pelo mérito, e não por um discurso igualitarista que acaba nivelando todo mundo em uma zona de mediocridade. Nossa decisão de priorizar a qualidade foi tomada desde os primórdios, nos anos 50, e se preservou intacta graças, entre outras coisas, a uma particularidade que muito favorece a matemática: ela não demanda grandes equipes nem laboratórios para estar na fronteira, mas apenas uma mesa de trabalho, quando muito. É mais blindada, portanto, contra a burocracia, a escassez de dinheiro e a lentidão, que pesam sobre tantos círculos universitários. A matemática brasileira tem hoje relevância na cena mundial porque traz em seu DNA o rigor acadêmico como valor inegociável.

(...)

CONTRA O BICHO-PAPÃO
A matemática é uma matéria sequencial; se o aluno perde uma parte, a segunda vira um pesadelo indecifrável. Também exige do estudante que passe do plano do concreto para o abstrato, o que não é nada trivial. Os países que se saem melhor dominam bem esse processo de convidar o aluno a ir construindo os conceitos, tudo bem planejado, fruto de um trabalho árduo e sob a luz de um currículo - coisa que muitos brasileiros ainda repudiam em nome da diversidade. Não dá nem para pensar em competir com países como Coreia do Sul, China e Japão com os professores que temos hoje. Muitas faculdades deveriam, sim, ser fechadas pelo descalabro de conceder diploma a gente que não aprendeu nem o básico.

(...)

A linguagem, por sua plasticidade semântica, permite usos que podem ser considerados literais e usos considerados figurados. Assim sendo, a opção cuja palavra destacada do trecho transcrito é utilizada em seu sentido literal é

  • A "... quando o norte é dado pelo mérito ..."
  • B "... porque traz em seu DNA o rigor acadêmico..."
  • C "É mais blindada, portanto, ...".
  • D "... ela não demanda grandes equipes nem laboratórios para estar na fronteira, ...".
  • E "... a segunda vira um pesadelo indecifrável.".

Pedagogia

21

Relacione as correntes pedagógicas às respectivas características.

1. Pedagogia Libertadora

2. Pedagogia Crítico-social dos conteúdos

( ) Coloca como eixo central a relação entre educação e política e, inicialmente, aparece fora da escola.

( ) Muito utilizada por grupos de trabalhadores que precisam aprofundar os conhecimentos sobre as relações sociais.

( ) A escola aparece como espaço onde a ação dos professores e dos alunos pode contribuir para a transformação social.

( ) O conhecimento leva o aluno ao compromisso político.

Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.

  • A 1 – 2 – 2 – 1.
  • B 2 – 2 – 1 – 1.
  • C 1 – 1 – 2 – 2.
  • D 1 – 2 – 1 – 2.
  • E 2 – 1 – 1 – 2.
22
“A ida ao teatro, aliada à prática do jogo dramático em oficinas, aprimora, nos participantes, tanto a apreciação estética, formando-os enquanto espectadores, quanto a capacidade expressiva, estimulando suas possibilidades de construção de discursos cênicos cada vez mais apurados”.
(DESGRANGES, Flávio. A Pedagogia do Teatro: provocação e dialogismo. São Paulo: Hucitec, 2006. p. 96.)
As opções a seguir descrevem corretamente objetivos do ensino e da aprendizagem teatral, à exceção de uma. Assinale-a.
  • A Uso da produção cênica de outros grupos dentro da escola, através de oficinas e jogos teatrais.
  • B Apropriação dos meios criativos da cena teatral, para encaminhamento profissional futuro.
  • C Construção de uma visão crítica e reflexiva das situações dramatizadas.
  • D Domínio progressivo da linguagem teatral mediante a participação em atividades cênicas.
  • E Apreciação de novos espetáculos,para ampliar o repertório estético e cultural do aluno-espectador.
23

Para o bom desenvolvimento do trabalho docente é fator primordial a clareza de onde se quer chegar com os alunos e quais os melhores caminhos e instrumentos para fazê-lo. Esse direcionamento está diretamente relacionado

  • A à avaliação da aprendizagem.
  • B ao planejamento escolar.
  • C à organização do currículo.
  • D às normas de convivência.
24

Segundo Ghedin e Franco (2008), a relação sujeito-objeto pode ser explicada segundo a configuração de três diferentes modelos teóricos: objetivista, subjetivista e dialético.

Numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I fazendo a relação desses modelos teóricos com os seus respectivos princípios.

COLUNA I

1. Modelo objetivista.
2. Modelo subjetivista.
3. Modelo dialético.

COLUNA II

( ) Desinteresse pela recuperação histórica dos fenômenos estudados.

( ) Conhecimento não se limita à mera descrição, busca a explicação; parte do observável e vai além, por movimentos dialéticos do pensamento e da ação.

( ) Busca da neutralidade científica que isola o sujeito do objeto e recusa os envolvimentos e compromissos com o social, com o coletivo.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

  • A 2 3 1.
  • B 1 3 2.
  • C 1 2 3.
  • D 3 2 1.
25

No que diz respeito às atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado (AEE):

  • A São desenvolvidas exclusivamente nas salas de recursos e substituem as atividades escolares.
  • B Diferenciam-se das atividades de sala de aula comum e visam complementar e/ou suplementar a formação dos estudantes.
  • C Devem ser realizadas prioritariamente pelo professor da turma comum.
  • D São atividades desenvolvidas sempre fora da escola em espaços especializados.
  • E Dispensam a presença do aluno deficiente na sala de aula comum.
26

De acordo com Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) há pelo menos três tipos de manifestações de currículo, a saber: formal, real e oculto.

1 - Currículo Formal
2 - Currículo Real
3 - Currículo Oculto

( ) é aquele que recebe influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores e são provenientes da experiência cultural, dos valores e dos significados trazidos de seu meio social de origem e vivenciados no ambiente escolar.
( ) é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino, expresso em diretrizes curriculares, nos objetivos e nos conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo.
( ) é aquele que, de fato, acontece na sala de aula, em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, relacionando a primeira coluna com a segunda.
  • A 3; 1; 2.
  • B 3; 2; 1.
  • C 2; 3; 1.
  • D 1; 2; 3.
  • E 2; 1; 3.
27

O indivíduo nasce e convive em um ambiente sócio cultural em que o número é uma forma de expressão e comunicação. Interagindo com pessoas e situações do seu cotidiano, a criança resolve seus problemas por meio de trocas e ações que têm a ver com comparar, reunir, subtrair e repartir objetos. Nesse sentido, é correto afirmar que:

  • A A criança utiliza procedimentos informais que dão origem às noções de matemáticas indispensáveis à elaboração do conhecimento e à sua inserção no contexto em que vive.
  • B O reconhecimento de números em um endereço e de alguns identificadores de telefones, por exemplo, são habilidades que resultam em função das informações serem repetidas sistematicamente.
  • C As crianças nascem e crescem em uma sociedade que dispõe de um sistema simbólico expresso numa sucessão escrita, recurso esse disponível ao caminho percorrido pela humanidade.
  • D Ao chegar à escola a criança ainda não possui noções matemáticas incipientes e informais e essas experiências prévias constituirão um referencial para o planejamento da atividade do professor.
28
Kátia e Lúcia são professoras do 5º ano em duas escolas diferentes da rede estadual de Pernambuco. O planejamento anual de cada uma delas revela abordagens próprias sobre as relações entre as disciplinas.
Kátia planejou, para as aulas de Geografia, o estudo das Regiões do Brasil por meio de leituras do livro didático, pesquisas e uma prova final. O trabalho em Língua Portuguesa envolverá o estudo de tempos verbais, ortografia, produção de texto e leitura de livros de aventura.
Lúcia estudará com seus alunos o tema “Regiões Brasileiras” e planejou a leitura do livro didático, pesquisas em grupo e trabalhos individuais. Para o trabalho em Língua Portuguesa, selecionou livros que retratam as diferentes regiões brasileiras, além de propor o estudo sobre dialetos e regionalismos do Brasil, a fim de desenvolver a competência oral dos alunos. O planejamento de Língua Portuguesa também inclui o estudo de tempos verbais, ortografia e produção de texto, cujo tema será uma viagem imaginária pelas diferentes regiões do Brasil.
Sobre a abordagem das professoras a respeito das relações entre as disciplinas, assinale a afirmativa correta.
  • A As duas professoras apresentam uma organização multidisciplinar dos conteúdos.
  • B Kátia apresenta uma abordagem interdisciplinar e Lúcia apresenta uma abordagem multidisciplinar dos conteúdos.
  • C As duas professoras apresentam uma organização interdisciplinar dos conteúdos.
  • D Kátia apresenta uma abordagem multidisciplinar e Lúcia apresenta uma abordagem interdisciplinar dos conteúdos.
  • E Kátia apresenta uma abordagem interdisciplinar e Lúcia apresenta uma abordagem transdisciplinar dos conteúdos.
29

As problemáticas sociais e econômicas atuais põem a educação em questão e trazem novas demandas aos professores e à instituição escolar. Nesse contexto, a escola deve

I. analisar criticamente as teorias e os métodos educacionais antes de adotar na prática.
II. valorizar a formação permanente como parte intrínseca da profissão do educador.
III. priorizar a utilização das técnicas como instrumentalização essencial ao processo de ensino do professor.
IV. favorecer a gestão compartilhada da aprendizagem, considerando os problemas e as soluções no desenvolvimento do processo.
V. considerar obsoletos os processos, os materiais e as ferramentas de aprendizagem pré- existentes.

Estão CORRETOS apenas os itens

  • A I, II e III.
  • B I e II.
  • C II, III e V.
  • D I, II e IV.
  • E III e IV.
30
Considere a bibliografia: COMENIUS, Johann Amos. Didática Magna. São Paulo: Martins Fontes, 2011, para responder as questões de 27 a 30.

A organização escolar proposta por Comenius propunha:

I Educação para toda a juventude, exceto para os privados de inteligência.

II Instrução em todas as coisas capazes de tornar o homem sábio e piedoso.

III Uso de severidade e presença de castigos físicos quando necessário.

IV Ensino da cultura sólida e verdadeira, não vistosa e superficial.

V Exercícios difíceis e exigentes para garantir a disciplina dos alunos.

Está CORRETO o que se afirma apenas em:

  • A I, II e III.
  • B I, III e V.
  • C II, III e IV.
  • D I, II e IV.
  • E I, II, III e V.
31
Posicionamento enunciativo ou discursivo ou ponto de vista de enunciação é a perspectiva ideológica que orienta a fala de toda voz textual. Sobre o ensino dos posicionamentos enunciativos do texto, assinale a alternativa correta.
  • A Na fala de toda voz, transparece sempre um posicionamento, que pode ser individual, coletivo, genérico ou mesmo universal, conforme o grau de universalidade que tenha dentro de uma comunidade.
  • B Em um mesmo texto pode aparecer somente um posicionamento enunciativo.
  • C É função do ouvinte, entre outras coisas, decidir que posicionamento discursivo deseja verificar no texto e como fazer essa representação, isto é, por meio de que vozes e com que recursos e como articulá-los.
  • D Um enunciado ou um texto é somente uma informação.
32

Leia o texto.

“O planejamento, em relação aos diversos níveis, deve ser o instrumento direcional de todo o processo educacional, pois ele tem condições de estabelecer e determinar as grandes urgências, de indicar as prioridades básicas e de ordenar e determinar todos os recursos e meios necessários para a consecução de metas da educação." (Menegolla e Sant'Anna, 2001, p.31)

Considerando as características dos diferentes níveis de planejamento, associe a coluna da direita com a da esquerda.

(1) Planejamento Educacional

(2) Planejamento da Escola

(3) Planejamento curricular

(4) Plano de curso

(5) Plano de disciplina

(6) Plano de aula

( ) É de fundamental importância para a escola e para o aluno, pois determina os objetivos, relaciona as disciplinas, os conteúdos, as atividades e experiências que possibilitarão o alcance dos objetivos de aprendizagem.

( ) Define a organização de um conjunto de disciplinas que serão ministradas e desenvolvidas em uma escola.

( ) Torna-se necessário, tendo em vista as finalidades da educação, constituindo o instrumento básico para que todo o processo educativo se concretize.

( ) Constitui uma atividade que envolve o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição.

( ) Expressa a proposta de trabalho do professor, constituindo a previsão do desenvolvimento do conteúdo. Corresponde ao nível de maior detalhamento do processo de planejamento didático.

( ) Sistematiza a ação do professor, pois expressa a previsão de conhecimentos e conteúdos que serão ministrados, a definição dos objetivos e a seleção de procedimentos e técnicas de ensino.

Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA de associação, de cima para baixo

  • A 3, 4, 1, 2, 6, 5
  • B 2, 4, 1, 3, 6, 5
  • C 3, 4, 2, 1, 6, 5
  • D 2, 4, 1, 5, 6, 3
  • E 3, 1, 4, 2, 5, 6
33

As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, instituídas através da Resolução CNE/CEB nº 04 de 13 de julho de 2010, definem o currículo como “o conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção, a socialização de significados no espaço social e contribuem intensamente para a construção de identidades socioculturais dos educandos”. De acordo com tais Diretrizes, é CORRETO afirmar que a organização curricular na Educação Básica deve

  • A contemplar uma base nacional comum e uma parte diversificada, que constituem dois blocos distintos com disciplinas específicas para cada um deles, planejados e geridos separadamente.
  • B seguir uma estrutura fixa, contemplando apenas os componentes curriculares centrais obrigatórios previstos na legislação e nas normas educacionais.
  • C destinar, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, pelo menos 20% do total da carga horária anual ao conjunto de programas e projetos eletivos criados pela escola e previstos no projeto pedagógico
  • D adotar a transversalidade ao invés da interdisciplinaridade, pois esta última pressupõe uma concepção de que o conhecimento é algo acabado.
  • E evitar a organização do trabalho pedagógico em eixos temáticos, uma vez que essa opção metodológica limita a articulação entre conhecimentos de diferentes áreas.
34

A proposta pedagógica da Secretaria da Educação do Município de Lages prioriza princípios que orientam toda a ação a ser desencadeada, compreendendo que:

1. O ser humano é um ser histórico e social.

2. O conhecimento é patrimônio coletivo; portanto, direito de todos.

3. O ser humano é um ser a-histórico, ou seja, já nasce pronto, não sofrendo nenhuma alteração por conta da realidade em que vive.

4. A história é resultado da ação do homem, pelo trabalho.

5. A educação é uma atividade humana que tem como função básica a socialização do conhecimento historicamente produzido no contexto das novas gerações.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas

  • A É correta apenas a afirmativa 3
  • B São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
  • C São corretas apenas as afirmativas 2 e 4
  • D São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 5.
  • E São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 4 e 5.
35

Os servidores ocupantes de cargos da Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, aprovados no estágio probatório do respectivo cargo, que atenderem os seguintes requisitos de titulação, farão jus a processo de aceleração da promoção:

I. de qualquer nível da Classe D I para o nível 1 da classe D II, pela apresentação de título de especialista.

II. de qualquer nível da Classe D I para o nível 1 da classe D II, pela apresentação do diploma de graduação somado ao Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) – I.

III. de qualquer nível das Classes D I e D II para o nível 1 da classe D III, pela apresentação de título de mestre ou doutor.

IV. de qualquer nível das Classes D I e D II para o nível 1 da classe D III, pela apresentação de certificado de pós-graduação lato sensu somado ao Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) –II.

V. de qualquer nível das Classes D I e D II para o nível 1 da classe D III, pela apresentação de título de mestre somado ao Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC)– III. 

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão INCORRETAS:

  • A Apenas I, II, III.
  • B Apenas I, III, V.
  • C Apenas II, III, IV
  • D Apenas II, IV, V.
  • E Apenas III, IV, V.
36

“Inteligência é a faculdade de aprender, apreender e compreender. É a perspicácia e agilidade do cérebro em se adaptar a situações novas, é a capacidade de resolver problemas e de criar ideias, ferramentas ou produtos que sejam aceitos socialmente.” Quem é o autor que nos revelou esse conhecimento?

  • A Jean Piaget.
  • B Michel de Montaigne.
  • C Antonio Gramsci.
  • D Celso Antunes.
  • E Paulo Freire.
37

Conforme a legislação educacional em vigor, Lei nº 9.394/96, a educação escolar compõe-se de

  • A educação básica, educação profissional e educação superior.
  • B educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; e educação superior.
  • C educação básica, formada pelo ensino fundamental e médio, e educação superior.
  • D educação de jovens e adultos, educação profissional e educação básica.
38

A educação da criança pequena foi considerada, por muito tempo, como pouco importante. A partir de estudos e pesquisas sobre o assunto, conseguiu--se chegar a uma nova compreensão da educação da criança pequena que passa a ser entendida como:

1. A educação da criança pequena integra o sistema público de educação.

2. É parte da primeira etapa da Educação Básica.

3. É concebida como questão de direito, cidadania e qualidade.

4. As interações e as brincadeiras são consideradas eixos fundamentais para se educar com qualidade.

5. É opção do Estado e dever da família prover a educação infantil para as crianças pequenas.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

  • A É correta apenas a afirmativa 4.
  • B É correta apenas a afirmativa 5
  • C São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
  • D São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
  • E São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5.
39
Visando implementar as mudanças propostas pelo governo FHC, geralmente orientadas pelo Banco Mundial, em meados da década de 1990, o então ministro da Educação, Paulo Renato de Souza declarou que a reforma universitária tinha por base três grandes objetivos, identificados como: 
  • A Implantação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES); valorização do profissional docente; e implantação do sistema de cotas em todas as universidades.
  • B Inclusão social através do Programa Universidade para Todos PROUNI; política voltada à juventude com o PROJOVEM; e inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais.
  • C Avaliação Institucional e Exame Nacional de Cursos – “Provão”, Autonomia Universitária e Melhoria do Ensino (através do Programa de Gratificação e Estímulo a Docência-GED).
  • D Aumento dos recursos destinados às universidades federais; ampliação de vagas nas universidades públicas e fim dos vestibulares para ingresso nas universidades públicas (anunciando o ENEM).
  • E Aumento salarial dos professores (através de gratificações); inclusão social, através do Programa Universidade para Todos (PROUNI); e aumento dos recursos destinados às universidades Federais.
40

Analise o texto abaixo:

Estudos revelam que para a corrente ............................... o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas.

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.

  • A inatista
  • B ambientalista
  • C histórico-cultural
  • D estruturalista
  • E essencialista

Matemática Financeira

41

Dois amigos, Raul e Luan, tinham, cada um, R$20.000,00 para aplicar e optaram por condições diferentes quanto à taxa de juros composta. Raul efetuou uma aplicação a juros de 45% a.a. e Luan aplicou a 17% a.s.. Decorrido um ano de aplicação, é correto afirmar que

I. o montante de Raul é R$27.738,00.

II. Luan recebeu de juros o valor de R$7.378,00.

III. a diferença dos juros recebidos entre os dois amigos é de R$1.622,00.

IV. se Raul tivesse investido R$25.000,00, o valor dos juros percebidos seria 20% maior do que na real situação.

É correto o que está contido em

  • A I e II, apenas.
  • B I, III e IV, apenas.
  • C III, apenas.
  • D II e III, apenas.
  • E II e IV, apenas.
42

Os valores que seguem devem ser usados, quando necessário, para resolver à questão.

1,052 = 1,1025 1,053 = 1,1576 1,054 = 1,2155

Um empresário pegou, em fevereiro de 2015, um empréstimo de R$ 800.000,00, a ser pago em quatro prestações mensais, de acordo com o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price), a juros efetivos de 5% ao mês. Considere-se que esse financiamento previa uma carência de três meses, ou seja, a primeira prestação foi paga em maio de 2015. Considere-se, ainda, que os juros são capitalizados e incorporados ao principal. Fazendo-se aproximações convenientes, tem-se que o valor de cada uma das quatro prestações é de:

  • A R$ 248.734,44
  • B R$ 321.452,21
  • C R$ 468.214,36
  • D R$ 518.457,54
43

Um banco concede um financiamento de R$ 150.000,00 para a compra de um imóvel. Este financiamento deverá ser liquidado em 60 prestações mensais e consecutivas, vencendo a primeira prestação 1 mês após a data em que foi concedido o financiamento. As prestações foram calculadas de acordo com o Sistema de Amortização Constante (SAC) a uma taxa de juros de 2% ao mês. O total dos juros correspondentes as 5 primeiras prestações é igual a

  • A R$ 12.500,00.
  • B R$ 13.000,00.
  • C R$ 13.500,00.
  • D R$ 14.000,00.
  • E R$ 14.500,00.
44

O índice de lucratividade de um projeto de investimento, com a característica de ter havido somente um desembolso na data inicial e os retornos positivos nos anos posteriores, é igual a 1,60. O percentual que o desembolso representa do valor presente dos respectivos retornos é igual a

  • A 37,5%.
  • B 48,5%.
  • C 60,0%.
  • D 62,5%.
  • E 75,0%.
45

Em um cenário com hiperinflação, suponha um investimento com retorno de 3.000% a.a. capitalizado semestralmente. Dentro do regime de juros compostos, qual a taxa efetiva trimestral equivalente?

  • A 300%.
  • B 136%.
  • C 554%.
  • D 750%.
46

Um indivíduo apresenta um valor X na sua conta corrente, que não rende juros nem paga taxas. Desse valor, ele retira em um dia 20%. Do valor resultante, ele retira 30%. O valor restante, como percentual do valor original X, é

  • A 45%.
  • B 46%.
  • C 50%.
  • D 54%.
  • E 56%.
47
Carla recebeu de seu emprego o salário de R$ 2500,00. Desse valor, ela separou três quartos de quatro quintos para pagar as despesas de sua casa. Qual é o valor do aluguel de Carla, sabendo que ele corresponde a 65% do valor que ela separou?
  • A R$ 1500,00.
  • B R$ 1350,00.
  • C R$ 1135,00.
  • D R$ 995,00.
  • E R$ 975,00.
48

O Banco Comitê S.A. emprestou para a empresa Empreende S.A. a quantia de R$ 1.000.000,00, por 3 anos, a taxa de juros de 2,5%, ao ano, com pagamentos anuais. O sistema de amortização pactuado é o sistema Price. Com base nos dados, o valor a ser registrado pela empresa, considerando que a mesma não pretende liquidar o empréstimo antecipadamente, é

  • A o pagamento de três parcelas de R$ 374.137,17.
  • B um total de juros pagos, pelo empréstimo de R$ 50.411,50.
  • C uma amortização do valor principal, referente a terceira parcela de R$ 350.137,17.
  • D uma amortização do valor da segunda parcela de R$ 25.000,00.
  • E o pagamento de juros no valor de 8.539,93, relativos a primeira parcela.
49

Considerando-se que, durante seis meses, o capital de R$ 1.000,00 tenha sido aplicado à taxa de juros compostos de 1% ao mês e que 1,03 seja o valor aproximado de 1,013 , é correto afirmar que o montante obtido nessa operação foi

  • A inferior a R$ 1.062,00.
  • B superior a R$ 1.062,00 e inferior a R$ 1.071,00.
  • C superior a R$ 1.071,00 e inferior a R$ 1.075,00.
  • D superior a R$ 1.075,00 e inferior a R$ 1.080,00.
  • E superior a R$ 1.080,00.
50

Uma empresa, frente à sua disponibilidade temporária de recursos financeiros, aplicou R$ 140.000,00 para receber R$ 168.000,00 ao final de 4 meses.

Considerando exclusivamente as informações acima, essa empresa obteve, nessa operação financeira, uma taxa anual de juros simples, em percentual, de

  • A 10,0%
  • B 14,4%
  • C 60,0%
  • D 66,6%
  • E 80,0%