Resolver o Simulado MS CONCURSOS - Nível Médio

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Português

1

Tratando-se de concordância verbal, há uma inadequação em qual alternativa?

  • A Sobraram mais de um paciente na sala de espera.
  • B Um e outro fingiam saber o paradeiro da sobrinha.
  • C Mais de um alpinista já perdeu a vida ao escalar aquela montanha.
  • D Afiam-se alicates de unha enquanto o cliente passeia por uma hora.
2

Leia a carta a seguir para responder à questão.
Entendo que há um longo processo histórico-cultural sobre o qual muitos falam na superfície, mas poucos têm coragem de pensá-lo em profundidade: somos muito mal educados no sentido dos resultados efetivos aos quais chegam os processos de Ribeirão Preto, 16 de novembro de 2013.
Oi Maria,
Fico no regalo por nossa interlocução verdadeira, pois além do sentido dado pela fisiologia, a palavra sinapse indica, do latim synapsis, e do grego súnapsis, a ação de juntar, ligação, união. É o que temos a nos unir para fugir e nos manter longe das famigeradas e desagradáveis conversas fáticas apontadas por você. Você faz, em torno desse conteúdo, uma série de perguntas iniciais que expõem o nosso comportamento médio humano de uma forma dura e verdadeira, muito distante da hipocrisia que costuma cercar as relações que costumo denominar “de superfície”.
Não somos verdadeiros o tempo todo porque convivemos na quase totalidade desse mesmo tempo em “autoengano”, conforme diz o prof. Eduardo Gianetti em seu livro homônimo (1997), ou seja, mentindo excessivamente para nós mesmos! Veja o que ele diz sobre esse ato comum e corriqueiro: “se enganar outro ser humano é uma ação que pressupõe um descompasso de informação, enganar a si mesmo não seria uma impossibilidade lógica? Se posso enganar o outro, é pelo fato de ele não saber algo que conheço. [...] A aparente contradição é afastada quando percebemos que o fulcro do auto-engano está na capacidade que temos de sentir e de acreditar sinceramente que somos aquilo que não somos. [...] Abandonados a ele, perdemos a dimensão que nos reúne às outras pessoas e possibilita a convivência social”. E Gianetti conclui, incisivo: aí está a origem “dos sofrimentos que muitas vezes causamos a nós mesmos e às pessoas que nos cercam”.
Fui longo nessa citação, eu sei, mas entendo que ela se faz necessária quando reconhecemos no pensamento do outro aquilo que explica com fundamento o que já pensamos sobre o real, afinal, o conhecimento é uma construção coletiva. Respondo às suas quatro primeiras perguntas com tal menção, pois ela resume o que penso sobre a nossa falta de verdade individual e cotidiana! Mas ainda não respondi a outra pergunta central que você fez e a reproduzo agora: “Por que a sociedade impõe que usemos máscaras em diferentes contextos sociais?”
Essas tais “máscaras sociais” são verdadeiramente complexas, pois temos nelas internalizados, e em tempo interativo simultâneo, os três principais elementos que compõem a dinâmica central da vida cotidiana, quais sejam, indivíduo, sociedade e cultura. Na sociologia, denominamos essas “máscaras” de “face” em função dos estudos de um cientista social canadense, ErvingGoffman. Em seu texto “A elaboração da face: uma análise dos elementos rituais na interação social”, Goffman nos coloca em uma condição permanente: somos atores sociais em ação teatral constante no palco social. Em sua concepção, o nosso semblante (a “face”) expõe a representação que fazemos dos nossos personagens diante de um público, de forma que ele o define assim: é “o valor social positivo que uma pessoa efetivamente reclama para si mesma através daquilo que os outros presumem ser a linha por ela tomada durante um contato específico”.
Isso significa que a nossa “face” é uma imagem desenhada e construída por nós mesmos por muito tempo e nos mais diversos tipos de interação pública em função de atributos sociais previamente aprovados e, por isso, ela é partilhada por outros indivíduos. Daí ela conotar, para além dos seus significados usuais de palavra, dignidade, autorrespeito e prestígio. Em conclusão, a nossa “face social” define-se pelo que possuímos de mais pessoal que é, simultaneamente, para Goffman, um mero empréstimo que nos foi dado pela cultura e pela sociedade, de modo que é possível perdê-la no caso de não nos comportarmos para bem merecê-la, conforme a ótica social.
Por esse motivo, sinceramente, não sei se tenho ou uso menos máscaras do que você! Percebe a profundidade do problema? Se somarmos a ideia de “auto-engano” de Gianetti ao conceito de “face” de Goffman, teremos elementos de trabalho para uma discussão profunda sobre a condição do indivíduo humano, nós, na vida social complexa dos nossos dias... Quer dar seguimento a ela? Proponha...
[...]
Você perguntou por fruto de “observação empírica e indignada”: “O homem sempre foi ruim, egoísta, sem senso de coletividade e de amor ao próximo, ou hoje apenas temos a impressão de que esses sentimentos predominam devido à rápida transmissão de informação?” “Há mais maldade hoje do que antigamente?”
Ressalvo, apesar de resistir ao caminho da resposta afirmativa, também não quero ser meramente otimista! As leituras que tenho em Antonio Gramsi levam-me a insistir em pensar com os critérios do “pessimismo da razão e do otimismo da vontade”!
socialização primária e secundária, isto é, família e escola não têm sido bem sucedidas nos seus atos diários de “fazer gente”. Isso significa que não nos educamos para a autonomia a partir dos paradigmas da prática da cooperação e do respeito ao indivíduo, mas sim para viver formas básicas de dependência familiar e pessoal ciumentas, possessivas e competitivas baseadas na máxima do provérbio da neurose individualista e insaciável da escassez, “A farinha tá pouca, no meu pirão primeiro!”.
Não acato a clássica ideia de Hobbes de que os homens são “maus por natureza”, lobos de si próprios por possuírem poder de violência ilimitado; mas também não entendo que o homem seja bom pela mesma natureza e que é a sociedade que o corrompe, como defendeu Rousseau. A meu ver, os filósofos do “contrato social” erraram na origem, mesmo que Rousseau tenha refletido muito sobre a educação, no ponto exato em que exaltaram o individualismo como princípio e base da condição existencial humana. Se nascemos presos a ele e focados apenas no leite do peito da mãe para sobreviver, e isso é um fato, essa condição concreta inicial não justifica que a nossa educação reproduza culturalmente essa condição humana primordial e primária. Por isso, educar vem, em sua etimologia, do latim, “educare”, que significa “educar, instruir” e “criar”. Essa palavra, composta por “ex”, “fora”, e “ducere”, “guiar, conduzir, liderar”, denota a ideia de que introduzir alguém ao mundo por meio da educação significa levar a pessoa para fora de si mesma, ou seja, construir com ela condições e pontes para que viva plenamente aquilo que mais existe para além dela mesma.
Partindo dessa matriz, posso afirmar que não damos à educação a importância que ela tem para a
prática da cooperação no lugar da competição, essa é a verdade e o fenômeno não é apenas brasileiro! É isso que temos que transformar para que eu venha a discordar plenamente do que você reclama em queixa pertinente: “A honra importa? Já lhe respondo: Não! O que importa, infelizmente, é o carro que se tem, a casa que se tem, a roupa que se veste, o lugar (e não a comida) em que se come e a cultura que se ingere”. “Não importa o que fez para ter essa vida, não importa se passou por cima de pessoas para ganhar esse dinheiro; importa essa aparência...” Não sei se houve mesmo, Maria, esse tempo das “pessoas mais antigas” no qual “o nome valia a honra”, pois me parece que a única “honra” que lá valia era, e é, a dos que ocupavam, e ocupam, os andares de cima da sociedade, justamente os que menos valiam, e valem, por ter menos palavras e princípios éticos nos quais se confiar. [...]
Meu abraço é um convite!
João
FERREIRA, DELSON. “Condição humana e educação”. Ribeirão Preto, SP, nov. de 2013. (não publicado)

Releia o trecho: “Essas tais 'máscaras sociais' são verdadeiramente complexas, pois temos nelas internalizados, e em tempo interativo simultâneo, os três principais elementos que compõem a dinâmica central da vida cotidiana". Analise as informações abaixo a respeito dele e assinale a alternativa correta.

I – Trata-se de um período composto por subordinação apenas.
II – Trata-se de um período composto por três orações.
III – “internalizados" é predicativo do objeto e está no masculino plural para concordar com: “os três principais elementos"

o pronome relativo que grifado exerce a função de sujeito, substituindo “os elementos".

  • A Apenas a IV está incorreta.
  • B Apenas a III está incorreta.
  • C Apenas a II está incorreta.
  • D Apenas a I está incorreta.
3
Leia o seguinte fragmento retirado do capítulo 22 - Na terra dos lápis -, do livro Marley e eu, para responder à seguinte questão.

Esperávamos que nosso primeiro Natal na Pensilvânia fosse branco. Jenny e eu tivemos de usar uma série de argumentos para convencer Patrick e Connor de que estariam deixando sua casa e seus amigos na Flórida em troca de algo melhor, e o mais persuasivo de todos fora a promessa de que teriam neve. E não era qualquer tipo de neve, mas uma grande quantidade, fofinha, como em um cartão-postal, que caía do céu em flocos grandes e silenciosos, formando montanhas, com a consistência perfeita para se fazer bonecos de neve. E a neve do Natal, bem, essa era a melhor de todas, o Santo Graal da vida no inverno do norte. (...)

Na manhã de Natal havia um tobogã novinho em folha debaixo da árvore e equipamentos de neve suficientes para uma excursão até a Antártica, mas a vista que tínhamos da janela ainda era de galhos sem folhas, gramados dormentes e campos de milho amarronzados. Acendi a lareira, deixando o ambiente agradavelmente aquecido, e disse às crianças que fossem pacientes. A neve viria quando tivesse de vir.

Chegou o Ano-Novo, e ela ainda não tinha caído. (...)

Três semanas depois do início do ano, a neve finalmente veio me salvar do meu purgatório de culpa. Chegou à noite, depois que todos haviam ido dormir, e Patrick foi o primeiro a soar o alarme, correndo para nosso quarto ao amanhecer e abrindo totalmente as cortinas.

- Olhem! Olhem! - exclamou ele. - Ela veio!

Jenny e eu nos sentamos na cama para admirar nossa absolvição. Uma cobertura branca se espalhava
pelas colinas, pelos campos de milho, pelos pinheiros e pelos telhados, estendendo-se até o horizonte.

- É claro que veio - respondi, sem querer dar muita importância. - O que eu disse a vocês?

A neve tinha quase um metro de altura e continuava caindo. Connor e Colleen não demoraram a
aparecer, o dedão enfiado na boca, arrastando seus cobertores pelo corredor. Marley acordou e se espreguiçou, batendo o rabo em tudo, sentindo a excitação. Eu me virei para Jenny e disse:

- Acho que pensar em voltar a dormir, nem pensar.

E quando Jenny assentiu com a cabeça, me virei para as crianças e gritei:

- Está certo, coelhinhos da neve, vamos nos vestir.

Pela meia hora seguinte, colocamos roupas, fechamos zíperes, calçamos botas, enfiamos gorros
e luvas. Quando terminamos, as crianças pareciam múmias, e nossa cozinha, uma réplica dos bastidores das Olimpíadas de Inverno. E concorrendo na prova Bobo no Gelo Morro Abaixo, na categoria de Cães de Grande Porte, estava... Marley, o Cão. Eu abri a porta da frente e, antes que qualquer um saísse, Marley passou zunindo por nós, derrubando a encapotada Colleen. Quando suas patas tocaram aquela coisa branca e toda estranha - “Ih, molhado! Ih, frio!” -, ele mudou de ideia e tentou subitamente mudar de direção. Quem já dirigiu um carro na neve sabe que frear repentinamente e fazer uma conversão em “U” nunca é uma boa ideia.

Marley derrapou, girando de trás para a frente. Ele caiu ligeiramente de um lado, antes de se
levantar novamente a tempo de dar uma cambalhota nos degraus da varanda da frente e bater de cabeça na neve. Quando se equilibrou um minuto depois, parecia um biscoito gigante polvilhado de açúcar. Com exceção do nariz preto e dos olhos castanhos, ele estava totalmente coberto de branco. O Abominável Cachorro das Neves. Marley não sabia o que fazer com aquela substância estranha. Enfiou o nariz e soltou um espirro violento. Enfiou a cabeça e esfregou a cara. Então, como por um encanto, como se tivesse recebido uma dose gigante de adrenalina, ele disparou pelo quintal executando uma série de saltos mortais entremeados de cambalhotas ou mergulhos de cabeça. A neve era quase tão divertida quanto bagunçar o lixo do vizinho.

Acompanhando-se o rastro de Marley pela neve conseguia-se começar a entender como
funcionava sua mente tortuosa. Seu rastro tinha inúmeras viradas, voltas e desvios repentinos, com giros erráticos em forma de oito, fazendo espirais e saltos triplos, como se estivesse seguindo algum algoritmo bizarro que só ele conseguiria entender. Logo as crianças começaram a imitá-lo, girando, rolando e brincando, amontoando neve em todas as dobras e fendas de suas roupas. Jenny nos trouxe torradas amanteigadas, canecas de chocolate quente e um aviso: a escola tinha cancelado as aulas. Eu sabia que tão cedo não conseguiria tirar da garagem meu Nissan com tração nas duas rodas, sem mencionar as subidas e descidas das estradas cobertas de neve nas montanhas, e declarei oficialmente um dia de neve pra mim também.

GROGAN, John. Tradução: Thereza C. R. da Motta e Elvira Serapicos. Marley e eu: A vida e o amor ao
lado do pior cão do mundo. Ediouro. 2006.pp274-278.

Ao relatar as traquinagens de Marley, em alguns momentos o narrador parece assumir o lugar do cão, personificando-o e exteriorizando aquilo que o animal pensaria ou sentiria em determinada situação.
Quanto a essa ideia, analise os trechos seguintes e assinale a alternativa correta:
I – “A neve era quase tão divertida quanto bagunçar o lixo do vizinho.”
II – “Quando suas patas tocaram aquela coisa branca e toda estranha - 'Ih, molhado! Ih, frio!’”
III – “Acompanhando-se o rastro de Marley pela neve conseguia-se começar a entender como funcionava sua mente tortuosa.”

  • A Somente I está de acordo com a ideia do enunciado.
  • B Somente III está de acordo com a ideia do enunciado.
  • C Somente I e III estão de acordo com a ideia do enunciado.
  • D Somente I e II estão de acordo com a ideia do enunciado.
4
Em qual das alternativas a frase apresenta um erro de concordância verbal?
  • A Falou ao plenário da câmara o professor e seus alunos.
  • B Devem haver muitas mentiras nessa aula de política.
  • C Devem existir outras candidatas interessadas neste concurso.
  • D Hoje são doze de março.
  • E Deve fazer uns dez anos que saí da casa de meus pais.
5
Marque a alternativa onde todas as palavras estão grafadas corretamente:
  • A Xícara / regua / somente.
  • B Táxi / biquíni / pajé.
  • C Pézinhos / sábio / espontâneo.
  • D Cafézinho / sonâmbulo / nódoa.
6
Leia o seguinte fragmento retirado do capítulo 22 - Na terra dos lápis -, do livro Marley e eu, para responder à seguinte questão.

Esperávamos que nosso primeiro Natal na Pensilvânia fosse branco. Jenny e eu tivemos de usar uma série de argumentos para convencer Patrick e Connor de que estariam deixando sua casa e seus amigos na Flórida em troca de algo melhor, e o mais persuasivo de todos fora a promessa de que teriam neve. E não era qualquer tipo de neve, mas uma grande quantidade, fofinha, como em um cartão-postal, que caía do céu em flocos grandes e silenciosos, formando montanhas, com a consistência perfeita para se fazer bonecos de neve. E a neve do Natal, bem, essa era a melhor de todas, o Santo Graal da vida no inverno do norte. (...)

Na manhã de Natal havia um tobogã novinho em folha debaixo da árvore e equipamentos de neve suficientes para uma excursão até a Antártica, mas a vista que tínhamos da janela ainda era de galhos sem folhas, gramados dormentes e campos de milho amarronzados. Acendi a lareira, deixando o ambiente agradavelmente aquecido, e disse às crianças que fossem pacientes. A neve viria quando tivesse de vir.

Chegou o Ano-Novo, e ela ainda não tinha caído. (...)

Três semanas depois do início do ano, a neve finalmente veio me salvar do meu purgatório de culpa. Chegou à noite, depois que todos haviam ido dormir, e Patrick foi o primeiro a soar o alarme, correndo para nosso quarto ao amanhecer e abrindo totalmente as cortinas.

- Olhem! Olhem! - exclamou ele. - Ela veio!

Jenny e eu nos sentamos na cama para admirar nossa absolvição. Uma cobertura branca se espalhava
pelas colinas, pelos campos de milho, pelos pinheiros e pelos telhados, estendendo-se até o horizonte.

- É claro que veio - respondi, sem querer dar muita importância. - O que eu disse a vocês?

A neve tinha quase um metro de altura e continuava caindo. Connor e Colleen não demoraram a
aparecer, o dedão enfiado na boca, arrastando seus cobertores pelo corredor. Marley acordou e se espreguiçou, batendo o rabo em tudo, sentindo a excitação. Eu me virei para Jenny e disse:

- Acho que pensar em voltar a dormir, nem pensar.

E quando Jenny assentiu com a cabeça, me virei para as crianças e gritei:

- Está certo, coelhinhos da neve, vamos nos vestir.

Pela meia hora seguinte, colocamos roupas, fechamos zíperes, calçamos botas, enfiamos gorros
e luvas. Quando terminamos, as crianças pareciam múmias, e nossa cozinha, uma réplica dos bastidores das Olimpíadas de Inverno. E concorrendo na prova Bobo no Gelo Morro Abaixo, na categoria de Cães de Grande Porte, estava... Marley, o Cão. Eu abri a porta da frente e, antes que qualquer um saísse, Marley passou zunindo por nós, derrubando a encapotada Colleen. Quando suas patas tocaram aquela coisa branca e toda estranha - “Ih, molhado! Ih, frio!” -, ele mudou de ideia e tentou subitamente mudar de direção. Quem já dirigiu um carro na neve sabe que frear repentinamente e fazer uma conversão em “U” nunca é uma boa ideia.

Marley derrapou, girando de trás para a frente. Ele caiu ligeiramente de um lado, antes de se
levantar novamente a tempo de dar uma cambalhota nos degraus da varanda da frente e bater de cabeça na neve. Quando se equilibrou um minuto depois, parecia um biscoito gigante polvilhado de açúcar. Com exceção do nariz preto e dos olhos castanhos, ele estava totalmente coberto de branco. O Abominável Cachorro das Neves. Marley não sabia o que fazer com aquela substância estranha. Enfiou o nariz e soltou um espirro violento. Enfiou a cabeça e esfregou a cara. Então, como por um encanto, como se tivesse recebido uma dose gigante de adrenalina, ele disparou pelo quintal executando uma série de saltos mortais entremeados de cambalhotas ou mergulhos de cabeça. A neve era quase tão divertida quanto bagunçar o lixo do vizinho.

Acompanhando-se o rastro de Marley pela neve conseguia-se começar a entender como
funcionava sua mente tortuosa. Seu rastro tinha inúmeras viradas, voltas e desvios repentinos, com giros erráticos em forma de oito, fazendo espirais e saltos triplos, como se estivesse seguindo algum algoritmo bizarro que só ele conseguiria entender. Logo as crianças começaram a imitá-lo, girando, rolando e brincando, amontoando neve em todas as dobras e fendas de suas roupas. Jenny nos trouxe torradas amanteigadas, canecas de chocolate quente e um aviso: a escola tinha cancelado as aulas. Eu sabia que tão cedo não conseguiria tirar da garagem meu Nissan com tração nas duas rodas, sem mencionar as subidas e descidas das estradas cobertas de neve nas montanhas, e declarei oficialmente um dia de neve pra mim também.

GROGAN, John. Tradução: Thereza C. R. da Motta e Elvira Serapicos. Marley e eu: A vida e o amor ao
lado do pior cão do mundo. Ediouro. 2006.pp274-278.

No que se refere à tipologia textual, Marley e eu encaixa-se em uma narrativa. Pode-se comprovar essa afirmação ao se observar o predomínio de certas características no texto, dentre elas:

  • A Emprego de figuras de linguagem, verbos de ligação, descrições de natureza expositiva e persuasiva.
  • B Presença de narrador, personagens, cenário, fato, diálogo direto, progressão temporal, verbos de ação.
  • C Presença de personagens, cenário, progressão lógica e objetiva das ideias, presença acentuada de frases nominais de cunho explicativo.
  • D Presença de narrador, diálogo, linguagem denotativa, defesa de um argumento, formas gramaticais que indicam conselho, orientação.
7

Molécula da moralidade

“O nível de confiança dentro de uma sociedade determina se ela está próspera ou se mantém-se na miséria”, afirma o norte-americano Paul Zak, precursor no estudo da Neuroeconomia - ramo da ciência que estabelece relações diretas entre cérebro, comportamento e economia. Apoiado na descoberta do hormônio oxitocina como a “molécula da moralidade”, Zak diz que tantos aspectos pessoais como a generosidade e a compaixão, até a tomada de decisões econômicas, são influenciadas pela química cerebral.
[...]
O professor de Economia, Psicologia e Administração na Universidade de Claremont e de Neurologia na Universidade de Loma Linda, ambas nos Estados Unidos, Paul Zak hoje coordena o primeiro curso de doutorado em Neuroeconomia. Criticado por ser demasiadamente entusiasta de sua própria teoria, o dr. Love, como é popularmente conhecido, costuma ser comparado por alguns de seus pares aos religiosos, por falar da oxitocina como a “Terra Prometida” - enquanto outros cientistas afirmam que as questões sociais são mais relevantes do que as biológicas para se pensar a Economia.
Diante do cenário atual de protestos sociais, a dúvida dos estudiosos é pertinente: seria uma única molécula capaz de mudar um quadro de violência, ou mesmo explicar nossa moralidade? Paul Zak afirma que não. “O que encontramos, em nossos dez anos de experimentação, é uma molécula evolutivamente antiga, responsável por um grande número de comportamentos pró-sociais que nós, geralmente, chamamos de moral ou virtude, porque nos fazem colocar as necessidades de outra pessoa antes das nossas próprias.

VASQUES, Lucas. Revista Filosofia: Ciência & Vida. n° 89, dez 2013.

Assinale a única alternativa em que se pode notar, no excerto, relação de intertextualidade.
  • A “O nível de confiança dentro de uma sociedade determina se ela está próspera ou se mantém-se na miséria.”
  • B “Apoiado na descoberta do hormônio oxitocina como a ‘molécula da moralidade’, Zak diz que tantos aspectos pessoais como a generosidade e a compaixão, até a tomada de decisões econômicas, são influenciadas pela química cerebral”.
  • C “O professor de Economia, Psicologia e Administração na Universidade de Claremont e de Neurologia na Universidade de Loma Linda, ambas nos Estados Unidos, Paul Zak hoje coordena o primeiro curso de doutorado em Neuroeconomia”.
  • D “[...] o dr. Love, como é popularmente conhecido, costuma ser comparado por alguns de seus pares aos religiosos, por falar da oxitocina como a ‘Terra Prometida’ – [...]”
  • E “[...] seria uma única molécula capaz de mudar um quadro de violência, ou mesmo explicar nossa moralidade?”
8

Leia o poema seguinte para responder à próxima questão.

        “Órion”- (Carlos Drummond de Andrade).

A primeira namorada, tão alta

Que o beijo não alcançava,

O pescoço não alcançava,

Nem mesmo a voz alcançava.

Eram quilômetros de silêncio.

Luzia na janela do sobradão.  

Leia o verso: “Eram quilômetros de silêncio”. Em seguida, assinale a alternativa incorreta:
  • A O silêncio é imposto tanto pela distância real, a distância do chão até a janela alta do sobrado, quanto pela distância figurada, a falta de comunicação entre eles.
  • B Mostra que entre o poeta e a primeira namorada não havia comunicação, não tinha um contato verbal.
  • C A comunicabilidade existente entre o eu lírico e sua primeira namorada era evidente, clara e cristalina.
  • D A expressão “Eram quilômetros de silêncio,” mostra um exagero por parte do autor. Tal figura é chamada de hipérbole.
9
Cultura imortal

Na língua banto, “zumbis” são os mortos recentes cujo corpo mantém a alma, sua identidade, mas não o espírito que lhe conferia a vontade de existir (“espírito” e “alma” não são sinônimos no imaginário quimbundo). Por isso, ficavam à mercê de feiticeiros se não fortalecessem seu espírito (em encontros rituais com os vivos), para ganharem força e rumarem para a luz. No vodu, o termo designa os que, revividos por feiticeiros, perdem a vontade própria. Segundo o dicionário Houaiss, o termo vem do quimbundo nzumbi (espírito atormentado). Para o escritor e pesquisador Nei Lopes, em quimbundo a raiz nzumbi está ligada à imortalidade, daí a relação com o nome “Zumbi”, dada ao líder do quilombo dos Palmares.

MURANO, Edgard. Revista Língua Portuguesa, n° 94, ago 2013.

“[...] ‘zumbis’ são os mortos recentes cujo corpo mantém a alma, sua identidade [...]” Nesse período há duas orações. Como se classifica a segunda oração (destacada)?
  • A Oração subordinada substantiva.
  • B Oração subordinada adjetiva.
  • C Oração subordinada adverbial.
  • D Oração coordenada sindética.
  • E Oração coordenada assindética.
10
Leia o seguinte fragmento retirado do capítulo 22 - Na terra dos lápis -, do livro Marley e eu, para responder à seguinte questão.

Esperávamos que nosso primeiro Natal na Pensilvânia fosse branco. Jenny e eu tivemos de usar uma série de argumentos para convencer Patrick e Connor de que estariam deixando sua casa e seus amigos na Flórida em troca de algo melhor, e o mais persuasivo de todos fora a promessa de que teriam neve. E não era qualquer tipo de neve, mas uma grande quantidade, fofinha, como em um cartão-postal, que caía do céu em flocos grandes e silenciosos, formando montanhas, com a consistência perfeita para se fazer bonecos de neve. E a neve do Natal, bem, essa era a melhor de todas, o Santo Graal da vida no inverno do norte. (...)

Na manhã de Natal havia um tobogã novinho em folha debaixo da árvore e equipamentos de neve suficientes para uma excursão até a Antártica, mas a vista que tínhamos da janela ainda era de galhos sem folhas, gramados dormentes e campos de milho amarronzados. Acendi a lareira, deixando o ambiente agradavelmente aquecido, e disse às crianças que fossem pacientes. A neve viria quando tivesse de vir.

Chegou o Ano-Novo, e ela ainda não tinha caído. (...)

Três semanas depois do início do ano, a neve finalmente veio me salvar do meu purgatório de culpa. Chegou à noite, depois que todos haviam ido dormir, e Patrick foi o primeiro a soar o alarme, correndo para nosso quarto ao amanhecer e abrindo totalmente as cortinas.

- Olhem! Olhem! - exclamou ele. - Ela veio!

Jenny e eu nos sentamos na cama para admirar nossa absolvição. Uma cobertura branca se espalhava
pelas colinas, pelos campos de milho, pelos pinheiros e pelos telhados, estendendo-se até o horizonte.

- É claro que veio - respondi, sem querer dar muita importância. - O que eu disse a vocês?

A neve tinha quase um metro de altura e continuava caindo. Connor e Colleen não demoraram a
aparecer, o dedão enfiado na boca, arrastando seus cobertores pelo corredor. Marley acordou e se espreguiçou, batendo o rabo em tudo, sentindo a excitação. Eu me virei para Jenny e disse:

- Acho que pensar em voltar a dormir, nem pensar.

E quando Jenny assentiu com a cabeça, me virei para as crianças e gritei:

- Está certo, coelhinhos da neve, vamos nos vestir.

Pela meia hora seguinte, colocamos roupas, fechamos zíperes, calçamos botas, enfiamos gorros
e luvas. Quando terminamos, as crianças pareciam múmias, e nossa cozinha, uma réplica dos bastidores das Olimpíadas de Inverno. E concorrendo na prova Bobo no Gelo Morro Abaixo, na categoria de Cães de Grande Porte, estava... Marley, o Cão. Eu abri a porta da frente e, antes que qualquer um saísse, Marley passou zunindo por nós, derrubando a encapotada Colleen. Quando suas patas tocaram aquela coisa branca e toda estranha - “Ih, molhado! Ih, frio!” -, ele mudou de ideia e tentou subitamente mudar de direção. Quem já dirigiu um carro na neve sabe que frear repentinamente e fazer uma conversão em “U” nunca é uma boa ideia.

Marley derrapou, girando de trás para a frente. Ele caiu ligeiramente de um lado, antes de se
levantar novamente a tempo de dar uma cambalhota nos degraus da varanda da frente e bater de cabeça na neve. Quando se equilibrou um minuto depois, parecia um biscoito gigante polvilhado de açúcar. Com exceção do nariz preto e dos olhos castanhos, ele estava totalmente coberto de branco. O Abominável Cachorro das Neves. Marley não sabia o que fazer com aquela substância estranha. Enfiou o nariz e soltou um espirro violento. Enfiou a cabeça e esfregou a cara. Então, como por um encanto, como se tivesse recebido uma dose gigante de adrenalina, ele disparou pelo quintal executando uma série de saltos mortais entremeados de cambalhotas ou mergulhos de cabeça. A neve era quase tão divertida quanto bagunçar o lixo do vizinho.

Acompanhando-se o rastro de Marley pela neve conseguia-se começar a entender como
funcionava sua mente tortuosa. Seu rastro tinha inúmeras viradas, voltas e desvios repentinos, com giros erráticos em forma de oito, fazendo espirais e saltos triplos, como se estivesse seguindo algum algoritmo bizarro que só ele conseguiria entender. Logo as crianças começaram a imitá-lo, girando, rolando e brincando, amontoando neve em todas as dobras e fendas de suas roupas. Jenny nos trouxe torradas amanteigadas, canecas de chocolate quente e um aviso: a escola tinha cancelado as aulas. Eu sabia que tão cedo não conseguiria tirar da garagem meu Nissan com tração nas duas rodas, sem mencionar as subidas e descidas das estradas cobertas de neve nas montanhas, e declarei oficialmente um dia de neve pra mim também.

GROGAN, John. Tradução: Thereza C. R. da Motta e Elvira Serapicos. Marley e eu: A vida e o amor ao
lado do pior cão do mundo. Ediouro. 2006.pp274-278.

Um dos recursos utilizados para enriquecer um texto é a intertextualidade. Pode-se dizer que ela ocorre nos trechos a seguir, exceto naquele apontado em qual alternativa?

  • A “Na manhã de Natal havia um tobogã novinho em folha debaixo da árvore”.
  • B “a neve finalmente veio me salvar do meu purgatório de culpa.”
  • C “O Abominável Cachorro das Neves.”
  • D “essa era a melhor de todas, o Santo Graal da vida no inverno do norte.”
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Cultura imortal

Na língua banto, “zumbis” são os mortos recentes cujo corpo mantém a alma, sua identidade, mas não o espírito que lhe conferia a vontade de existir (“espírito” e “alma” não são sinônimos no imaginário quimbundo). Por isso, ficavam à mercê de feiticeiros se não fortalecessem seu espírito (em encontros rituais com os vivos), para ganharem força e rumarem para a luz. No vodu, o termo designa os que, revividos por feiticeiros, perdem a vontade própria. Segundo o dicionário Houaiss, o termo vem do quimbundo nzumbi (espírito atormentado). Para o escritor e pesquisador Nei Lopes, em quimbundo a raiz nzumbi está ligada à imortalidade, daí a relação com o nome “Zumbi”, dada ao líder do quilombo dos Palmares.

MURANO, Edgard. Revista Língua Portuguesa, n° 94, ago 2013.


“[...] mas não o espírito que lhe conferia a vontade de existir (“espírito” e “alma” não são sinônimos no imaginário quimbundo).” Nesse período, a oração destacada classifica-se como subordinada adjetiva. Dessa forma, qual a função sintática do pronome relativo QUE?
  • A Sujeito.
  • B Objeto direto.
  • C Objeto indireto.
  • D Complemento nominal.
  • E Predicativo do sujeito.
12
Quanto às regras de acentuação gráfica da gramática normativa vigente, marque a única alternativa correta.
  • A Crêem, feiúra, modéstia.
  • B Jiboia, abençoo, júri.
  • C Destruido, órgão, heroico.
  • D Angú, xiita, idéia.
13

VAIDOSO, SIM!


Pesquisa mostra que os homens são responsáveis por 40% do faturamento nas lojas dos Shoppings Centers


Há algum tempo o mercado de beleza vem crescendo, mostrando que vaidade não é mais uma exclusividade feminina. Coisas do passado... Dados da consultoria britânica Euromonitor International demonstram que as vendas de produtos voltados para a beleza masculina crescem a cada dia. Já outra pesquisa revelou que os homens não resistem a uma vitrine e são responsáveis por 40% do faturamento nas lojas dos Shoppings Centers. Detalhe: no departamento de vestuário. O modelo Felipe Maximo concorda. "Homem tem que ser vaidoso, sim! É importante estarmos sempre bem apresentáveis", frisou o negro gato, que sonha com as passarelas internacionais e será destaque em uma das próximas edições. Pois é... Quando o assunto é vaidade, eles dizem SIM!


(Fonte: http://racabrasil.uol.com.br/paginas-pretas/vaidoso-sim/3218/. Acesso em 23/03/2016.)

Nesse texto do gênero jornalístico, justifica-se o título ter sido grafado em itálico: 
  • A Pela intenção do jornalista em dar destaque ao título da notícia.
  • B Por ser a reprodução de parte da fala do modelo Felipe Maximo.
  • C Pela intenção de determinar a diferença entre o título maior e o título auxiliar.
  • D Por ser uma escolha do redator e manter, dessa forma, o seu estilo.
14

VAIDOSO, SIM!

Pesquisa mostra que os homens são responsáveis por 40% do faturamento nas lojas dos Shoppings Centers

Há algum tempo o mercado de beleza vem crescendo, mostrando que vaidade não é mais uma exclusividade feminina. Coisas do passado... Dados da consultoria britânica Euromonitor International demonstram que as vendas de produtos voltados para a beleza masculina crescem a cada dia. Já outra pesquisa revelou que os homens não resistem a uma vitrine e são responsáveis por 40% do faturamento nas lojas dos Shoppings Centers. Detalhe: no departamento de vestuário. O modelo Felipe Maximo concorda. "Homem tem que ser vaidoso, sim! É importante estarmos sempre bem apresentáveis", frisou o negro gato, que sonha com as passarelas internacionais e será destaque em uma das próximas edições. Pois é... Quando o assunto é vaidade, eles dizem SIM!

(Fonte: http://racabrasil.uol.com.br/paginas-pretas/vaidoso-sim/3218/. Acesso em 23/03/2016.)

Para qual dos segmentos, extraídos do texto, há uma afirmação incorreta quanto à pontuação? 
  • A Em Quando o assunto é vaidade, eles dizem SIM! - a vírgula atende à regra gramatical.
  • B Em Há algum tempo o mercado de beleza vem crescendo - caberia uma vírgula após a palavra tempo.
  • C Em "Homem tem que ser vaidoso, sim! É importante estarmos sempre bem apresentáveis" - as aspas poderiam ser retiradas e todo o trecho destacado em itálico.
  • D Em Há algum tempo o mercado de beleza vem crescendo, mostrando que vaidade não é mais uma exclusividade feminina. - a vírgula após crescendo é dispensável.
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Receita para intolerância e injustiça
Renato Russo

Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente

Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
As dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno
Temperar com essência de espírito de porco
Duas xícaras de indiferença
E um tablete e meio de preguiça

(Fonte: http://pensador.uol.com.br/textos_de_renato_russo/. Acesso em 23/03/2016.)

Em vários pontos do texto, há uma figura de linguagem pela qual os sentimentos e atitudes humanas se tornam inanimadas, coisificadas. Ela denomina-se: 
  • A Apóstrofe
  • B Prosopopeia
  • C Eufemismo
  • D Antítese
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Leia o texto e responda a questão:

O vagabundo na esplanada. (Manuel da Fonseca, autor português). 

A surpresa, de mistura com um indefinido receio e o imediato desejo de mais acautelada perspectiva de observação, levava os transeuntes a afastarem-se de esguelha para os lados do passeio. Pela clareira que se abria, o vagabundo, de mãos nos bolsos das calças, vinha despreocupadamente, avenida abaixo. 
Cerca de cinquenta anos, atarracado, magro, tudo nele era limpo, mas velho e cheio de remendos. Sobre a esburacada camisola interior, o casaco puído nos cotovelos e demasiado grande, caía-lhe dos ombros em largas pregas, que ondulavam atrás das costas ao ritmo lento da passada. Desfiadas nos joelhos, muito curtas, as calças deixavam à mostra as canelas, nuas, finas de osso e nervo, saídas como duas ripas dos sapatos cambados. Caído para a nuca, copa achatada, aba às ondas, o chapéu semelhava uma auréola alvacenta.  
Apesar de tudo isso, o rosto largo e anguloso do homem, de onde os olhos azuis-claros irradiavam como que um sorriso de luminosa ironia e compreensivo perdão, erguia-se, intacto e distante, numa serena dignidade. Era assim, ao que se via, o seu natural comportamento de caminhar pela cidade.
Alheado, mas condescendente, seguia pelo centro do passeio com a distraída segurança de um milionário que obviamente se está nas tintas para quem passa. Não só por educação, mas também pelo simples motivo de ter mais e melhor em que pensar.  
O que não sucedia aos transeuntes. Os quais, incrédulos ao primeiro relance, se desviavam, oblíquos, da deambulante causa do seu espanto. E à vista do que lhes parecia um homem livre de sujeições, senhor de si próprio em qualquer circunstância e lugar, logo, por contraste, lhes ocorriam todos os problemas, todos os compadrios, todas as obrigações que os enrodilhavam. E sempre submersos de prepotências, sempre humilhados e sempre a fingir que nada disso, lhes acontecia. 
Num instante, embora se desconhecessem, aliviava-os a unânime má vontade contra quem tão vincadamente os afrontava em plena rua. Pronta, a vingança surgia.. Falavam dos sapatos cambados, do fato de remendos do ridículo chapéu. Consolava-os imaginar os frios, as chuvas e as fomes que o homem havia de sofrer. Entretanto, alguém disse: 
- Vê-se com cada sujeito.  
Um senhor vestido de escuro, de pasta negra e luzidia, colocada ostensivamente ao alto e bem segura sob o braço arqueado, murmurou azedamente:  
- Que benefício trará tal criatura à sociedade?  
- Devia era ser proibido que gente desta (classe) andasse pelas ruas da cidade – murmurou, escandalizada, uma velha senhora a outra velha senhora de igual modo escandalizada. E assim, resmungando, se dispersavam, cada um às suas obrigações, aos seus problemas. Sem dar por tal, o homem seguia adiante.  
Junto dos Restauradores, a esplanada atraiu-lhe a atenção. De cabeça inclinada para trás, pálpebras baixas, catou pelos bolsos umas tantas moedas, que pôs na palma da mão. Com o dedo esticado, separou-as, contando-as conscienciosamente. Aguardou o sinal de passagem e saiu da sombra dos prédios para o sol da tarde quente de verão.  
Ao meio da esplanada havia uma mesa livre. Com o à vontade de um frequentador habitual, o homem sentou-se. 
Após acomodar-se o melhor que o feitio da cadeira de ferro consentia, tirou os pés dos sapatos, espalmou-os contra a frescura do empedrado, sob o toldo. As rugas abriram-lhe no rosto curtido pelas soalheiras um sorriso de bem-estar.
Mas o fato e os modos da sua chegada haviam despertado nos ocupantes da esplanada, mulheres e homens, uma turbulência de expressões desaprovadoras. Ao desassossego de semelhante atrevimento sucedera a indignação. 
Ausente, o homem entregava-se ao prazer de refrescar os pés cansados, quando um inesperado golpe de vento ergueu do chão a folha inteira de um jornal, e enrolou-lha nas canelas. O homem apanhou-a, abriu-a. Estendeu as pernas, cruzou um pé sobre o outro. Céptico, mas curioso, pôs-se a ler. 
O facto, de si tão discreto, pareceu constituir a máxima ofensa para os presentes. Franzidos, empertigaram-se, circunvagando nos olhos, como se gritassem: “Pois não há um empregado que venha expulsar daqui este tipo!” Nas caras, descompostas pelo desorbitado melindre, havia o que quer que fosse de recalcada, hedionda raiva contra o homem malvestido e tranquilo, que lia o jornal na esplanada.  
Um rapaz aproximou-se. Casaco branco, bandeja sob o braço, muito senhor do seu dever. Mas, ao reparar no rosto do homem, tartamudeou:
- Não pode... 
E calou-se. O homem olhava-o com benevolência.
- Disse? 
 É reservado o direito de admissão – tornou o rapaz, hesitando. – Está além escrito. Depois de ler o dístico, o homem, com a placidez de quem, por mera distração, se dispõe a aprender mais um dos confusos costumes da cidade, perguntou:  
Que direito vem a ser esse? 
- Bem... – volveu o empregado. – A gerência não admite... Não podem vir aqui certas pessoas.
- E é a mim que vem dizer isso?
O homem estava deveras surpreendido. Encolhendo os ombros, como quem se presta a um sacrifício, deu uma mirada pelas caras dos circunstantes. O azul-claro dos olhos embaciou-se-lhe. 
- Talvez que a gerência tenha razão – concluiu ele, em tom baixo e magoado. – Aqui para nós, também me não parecem lá grande coisa. O empregado nem podia falar. 
Conciliador, já a preparar-se para continuar a leitura do jornal, o homem colocou as moedas sobre a mesa, e pediu, delicadamente: 
- Traga-me uma cerveja fresca, se faz favor. E diga à gerência que os deixe ficar. Por mim, não me importo.  
De acordo com o texto “O vagabundo na esplanada”, leia os itens e assinale a alternativa correta: I - A história inicia-se em uma rua do centro da cidade e, depois, a personagem principal entra em um estabelecimento, que parece ser um restaurante ou um bar. II - O trecho é predominantemente descritivo. III - As palavras tiradas do texto (esburacada, cambados, alvacenta, deambulante) são todas adjetivos. IV - Pelas vestes que usa, por sua aparência, o vagabundo passa uma imagem negativa para as pessoas que o veem. O conto contradiz essa imagem que as pessoas fazem dele. V - O vagabundo também é apresentado de maneira superior aos demais, como se estivesse acima das pessoas que o discriminavam.
  • A Apenas II, III, IV e V estão corretos.
  • B Apenas I, II, III e IV estão corretos.
  • C Apenas I, II, IV e V estão corretos.
  • D Todos os itens estão corretos.
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Atenção: Leia atentamente a charge a seguir para responder a questão.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
7. Analise as informações dadas a respeito da charge:
I – O humor da charge decorre da quebra de expectativa do leitor, pois ao ler a expressão coloquial: “você vai ver o que é bom pra tosse”, espera-se que o personagem bata no garoto.
II – A ambiguidade presente na expressão “você vai ver o que é bom pra tosse” é intencional, isto é, constitui um recurso de estilo e não um vício de linguagem.
III – A ambiguidade presente na expressão “você vai ver o que é bom pra tosse”, embora seja um dos elementos responsáveis pelo humor, ainda assim constitui um vício de linguagem, pois não importa o contexto, deve-se usar sempre o vocabulário adequado, evitando ambiguidades.
IV – O uso do vocativo “Aê, maluco!” constitui uma forma de expressão usada na linguagem informal e também pode contribuir para a expectativa de que haverá uma agressão.
V – O uso do sujeito “Aê, maluco!” constitui uma gíria condenada em situações formais e constitui um indício de agressão.
Estão corretas apenas as afirmativas feitas em:
  • A I, II e IV
  • B I, III e IV
  • C III e V
  • D I, II e V.
18
Assinale a alternativa onde a separação de sílabas está incorreta.
  • A A/bo/to/a/do – a/bran/gên/ci/a – con/tra/í/do.
  • B Di/re/i/to – es/ca/ve/i/rar – for/ra/ção.
  • C Ga/la/xi/a – ho/lan/dês – in/dus/tri/a/li/za/ção.
  • D I/ta/li/a/na/da – já/ca/ran/dá – le/ci/o/nar.
19
O algarismo arábico transformado em ordinal está correto em:
  • A 2000 – dois mil.
  • B 70 – setenta.
  • C 3000 – terceiro milésimo.
  • D 12 – doze avos.
20
Quanto ao número de fonemas e letras, assinale a alternativa incorreta.
  • A Quilo: 5 letras e 5 fonemas.
  • B Mola: 4 letras e 4 fonemas.
  • C Unha: 4 letras e 3 fonemas.
  • D Batata: 6 letras e 6 fonemas.

Matemática

21
O conjunto solução da equação cos(2x) = 1, onde 0<x<4π, possui:
  • A 2 elementos
  • B 3 elementos
  • C 4 elementos
  • D 5 elementos
22
Um copo tem o formato de um cilindro reto com raio da base medindo 4cm e altura de 10 cm. Qual o volume desse copo?
  • A 80π cm3
  • B 160π cm3
  • C 640π cm3
  • D 1600π cm3
23
Sejam x e y dois números reais. Sendo x = 2,333... e y = 0,1212..., dízimas periódicas. A soma das frações geratrizes de x e y é:
  • A 7/3.
  • B 4/33.
  • C 27/11.
  • D 27/33.
  • E 27/3.
24
Ana e Paulo correm, com velocidades constantes, em uma pista circular de 600 metros. Eles partiram do mesmo ponto, porém em sentidos opostos. Sabendo que Ana percorreu 240 metros até o ponto em que eles se encontraram novamente, então quando Ana der uma volta completa nessa pista, Paulo terá percorrido:
  • A 360 m
  • B 480 m
  • C 720 m
  • D 900 m
25
Três amigos saíram para lanchar, Azael, Miguel e Elias. Ao pedirem a conta, o valor da nota de Azael foi R$ 29,00, de Miguel R$ 23,00 e de Elias R$ 19,00. Sabendo que Azael tomou 2 sucos, comeu um lanche e tomou um copo de sorvete; Miguel tomou um suco, comeu um lanche e tomou um copo de sorvete; e Elias tomou um suco e comeu um lanche. (obs: os sucos pedidos por Azael, Miguel e Elias têm o mesmo valor, assim como os lanches pedidos por Azael, Miguel e Elias têm o mesmo valor e também os sorvetes pedidos por Azael e Miguel têm o mesmo valor). Pergunta-se: qual o valor de cada produto?
  • A Suco R$ 6,00, lanche R$ 13,00 e sorvete 4,00.
  • B Suco R$ 6,00, lanche R$ 12,00 e sorvete 5,00.
  • C Suco R$ 6,00, lanche R$ 14,00 e sorvete 6,00.
  • D Suco R$ 5,00, lanche R$ 13,00 e sorvete 6,00.
26

Sabe-se que o determinante de uma matriz A4x4 é 64. Se dividirmos todos os elementos da segunda coluna de A por 16 e multiplicarmos todos os elementos da matriz A por 2, obtemos uma matriz B4x4. O determinante da matriz B é:

  • A 4
  • B 8
  • C 32
  • D 64
27
Certa máquina de tricô produz 2,5m² de tapete por hora. Para se produzir 1m² de tapete são necessários 2,5 Kg de lã. Quantos Kg de lã serão utilizados por esta máquina, se esta trabalhar em um total de 380 horas?
  • A 380 Kg.
  • B 950 Kg.
  • C 1187 Kg.
  • D 1950 Kg.
  • E 2375 Kg.
28
Segundo dados do IBGE, a população de Itapema (SC) em 2010 era de, aproximadamente, 45.800 habitantes. Já atualmente, essa população é de, aproximadamente, 59.000 habitantes. O aumento percentual dessa população no período de 2010 a 2016 foi de:
  • A 22,4%
  • B 28,8%
  • C 71,2%
  • D 77,6%
29
Certo estabelecimento de ensino possui em seu quadro de estudantes alunos de várias idades. A quantidade de alunos matriculados neste estabelecimento é de 1300. Sabendo que deste total 20% são alunos maiores de idade, podemos concluir que a quantidade de alunos menores de idade que estão matriculados é:
  • A 160.
  • B 1040.
  • C 1100.
  • D 1300.
30
Quanto tempo a mais um capital levaria para triplicar no regime de juros simples em relação ao regime de juros compostos, se considerarmos uma taxa de juros de 10% a.m.? (Use ln 1,1 0,1 e ln 3 1,1)
  • A 2 meses
  • B 6 meses
  • C 9 meses
  • D 11 meses
31
Em uma determinada competição esportiva, uma equipe recebe 5 pontos caso vença uma partida e perde 2 pontos caso não vença a partida. As partidas dessa competição não podem terminar empatadas. Uma determinada equipe jogou 30 vezes no campeonato e obteve 24 pontos, então o número de derrotas dessa equipe foi:
  • A 12
  • B 15
  • C 17
  • D 18
32

Para encher uma caixa d’água, que está inicialmente vazia, duas bombas juntas demoram 24 horas. Se somente uma for colocada para funcionar, ela demorará 20 horas a menos que a outra demoraria sozinha. Em quanto tempo cada uma delas enche a caixa sozinha?

  • A 40 horas e 60 horas.
  • B 12 horas e 32 horas.
  • C 30 horas e 50 horas.
  • D 4 horas e 20 horas.
33
A probabilidade de qualquer uma das 3 crianças de um grupo soletrar, individualmente, a palavra PIRAÚBA de forma correta é 70%. Qual a probabilidade das três crianças soletrarem essa palavra de maneira errada?
  • A 2,7%
  • B 9%
  • C 30%
  • D 35,7%
34

Seja a função do 1º grau f : R ->R, tal que f transforma a Progressão Aritmética 3, 7, 11, 15, 19, 23..., em outra Progressão Aritmética 5, 25, 45, 65, 85, 105... Qual é a lei de formação dessa função f?

  • A f(x) = 2x – 15
  • B f(x) = x + 2
  • C f(x) = – x + 20
  • D f(x) = 5x – 10
  • E
35

Um prisma regular reto possui 18 arestas. Então podemos afirmar que ele possui:

  • A 6 vértices.
  • B 12 vértices.
  • C 16 vértices.
  • D 18 vértices.
36
João estuda à noite e sua aula começa às 18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que o término das aulas de João se dá às:
  • A 22h30min
  • B 22h40min
  • C 22h50min
  • D 23h
37
Aos domingos, Bruno faz um treino com a sua bicicleta. Em um certo domingo, após alguns quilômetros parou para tirar algumas fotos e a seguir percorreu o quádruplo da quantidade de quilômetros que havia percorrido antes de parar. Se ao todo percorreu 20 km, quantos quilômetros percorreu após a parada para as fotos?
  • A 4 km
  • B 5 km
  • C 15 km
  • D 16 km
38
A temperatura de uma cidade variou, ao longo de um dia, segundo a função f(x) = a + b. sen(nx/12 + π),onde x representa o tempo, em horas (0 ≤ x < 24). Sabendo que, nesse dia, a temperatura máxima foi de 36ºC e a temperatura mínima foi de 20ºC, então o valor de b é:
  • A 8
  • B 20
  • C 28
  • D 36
39

Seja r uma reta tal que r intercepta o eixo Oy no ponto de ordenada 1. Dada uma reta s que passa por P = (1,2) e, sendo P o ponto de intersecção entre r e s, podemos concluir que a equação reduzida da reta r é:

  • A y = x – 1.
  • B y = x + 1.
  • C y = - x – 1.
  • D y = - x + 1
40
Deseja-se saber quanto mede a base de um retângulo. Sabe-se que sua altura mede 9 cm e que ele tem área igual à de um quadrado cujo lado mede 12cm. Nessas condições, a base desse retângulo mede:
  • A 9 cm
  • B 12 cm
  • C 16 cm
  • D 24 cm

Noções de Informática

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E-mail (abreviatura de electronic mail, correio eletrônico) é uma forma rápida e prática de se comunicar com outras pessoas. Sobre isso, analise as afirmativas:
I – É possível enviar uma mensagem de e-mail para qualquer pessoa que tenha um endereço de e-mail. Você pode receber mensagens de qualquer pessoa que saiba seu endereço de e-mail e depois ler e responder a essas mensagens.
II – Além de mensagens de e-mail simples contendo texto, você pode enviar praticamente qualquer tipo de arquivo em uma mensagem de e-mail, como documentos, imagens e música. Um arquivo enviado em uma mensagem de e-mail é denominado anexo.
III – Você não pode enviar uma mensagem de e-mail para muitas pessoas ao mesmo tempo. Os destinatários podem responder ao grupo inteiro, permitindo discussões em grupo.
IV – Quando você recebe uma mensagem de e-mail, pode encaminhá-la a outras pessoas sem precisar digitá-la novamente.
Das afirmativas elencadas, qual(is) está(ão) correta(s)?
  • A Somente I e II.
  • B Somente I, II e IV.
  • C Somente I, III e IV.
  • D Somente I, II , III e IV.
42
A Internet representa a rede mundial de computadores, sendo utilizada para várias finalidades: uso científico, educacional, comercial, dentre outras. Através dos recursos da Internet, é possível encontrar informações sobre uma grande diversidade de assuntos. Sendo assim, podemos afirmar que:
I – Browsers, Programas ditos navegadores – ou paginadores – são utilizados para a interpretação e visualização na Internet de páginas web. Exemplos: Netscape®, Firefox®, Safari®, Opera®, Internet Explorer® etc.
II – Upload, É o ato de transferir para um computador local dados (geralmente arquivos) de um computador remoto, ou de um computador servidor numa rede; assim como copiar dados de uma fonte principal para um dispositivo periférico. Trata-se do processo de recebimento de dados, ou arquivos, de um computador remoto.
III – WWW. Abreviação de World Wide Web. É a tecnologia, ou conjunto de regras (protocolo), que permite “navegar”, através de paginadores (browsers), pelos sítios na Internet, bem como ter acesso a outros serviços da Internet.
Das afirmativas acima, não está(ão) incorreta(s).
  • A Somente I.
  • B Somente II.
  • C Somente III.
  • D Somente I e III.
43
Dentre os componentes de Hardware, está a memória Ram - Random Access Memory. Sobre ela é incorreto afirmar: 
  • A O módulo de memória é um componente adicionado à placa-mãe. É composto de uma série de pequenos circuitos integrados, chamados chip de RAM. A memória pode ser aumentada, de acordo com o tipo de equipamento ou das necessidades do usuário.
  • B A memória ganhou melhor desempenho com versões mais poderosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâmica), EDO (Extended Data Out - Saída Estendida Dados), entre outras, que proporcionam um aumento no desempenho de 10% a 30% em comparação à RAM tradicional.
  • C É um tipo de memória em que os dados não se perdem quando o computador é desligado, por isso é chamada também de não volátil.
  • D Onde são armazenados dados em tempo de processamento, isto é, enquanto o computador está ligado e, também, todas as informações que estiverem sendo executadas, pois essa memória é mantida por pulsos elétricos. Todo conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina, por isso é chamada também de volátil.
44
Assinale a alternativa incorreta com relação a tabelas no Microsoft Word.
  • A É possível ter uma tabela somente com uma única célula.
  • B É possível colocar uma borda diferente para cada célula da tabela.
  • C É possível mesclar células na horizontal e vertical.
  • D É possível escrever um texto na vertical em uma célula.
  • E É possível colocar uma função SE em uma célula.
45
Para que um arquivo seja executável no Microsoft Windows7 ele deve possuir a extensão:
  • A doc
  • B xlsx
  • C rar
  • D xml
  • E exe
46
Para se conseguir o efeito tachado duplo no editor de textos Microsoft Word, é usada qual combinação de Teclas?
  • A Ctrl+Shift+D
  • B Shift+D
  • C Ctrl+D
  • D Alt+Shift+D
47
O Outlook 2007 é um programa da Microsoft que auxilia na organização e gerenciamento de compromissos, mensagens e tarefas. Interprete as informações seguintes e assinale a alternativa correta.

I- Com ele é possível escrever lembretes, enviar e-mails, anotar seus contatos e organizar tarefas. A tela principal apresenta as opções de Calendário, Contatos, Tarefas e e-mail.

II- Preferencialmente a primeira opção de trabalho apresentada é o e-mail referente à data da visualização. Quando você seleciona uma determinada mensagem o conteúdo da mesma aparece ao lado. O calendário também é outro recurso do Outlook 2007 e nele você tem a possibilidade de agendar compromissos. Eles podem ser visualizados por dia, semana ou mês.

III- Podemos usar o programa para salvar seus contatos físicos e jurídicos e manter dados como e-mail, telefone e endereço. Você pode escolher como eles serão visualizados no modo contato.

IV- Para enviar e receber e-mails é importante configurar o programa para tal procedimento. Acesse o menu Ferramentas e escolha Configurações. Clique no botão Novo e haverá algumas etapas para ajudar nessa configuração. Uma das atividades nessa etapa é escolher qual servidor de e-mail será usado para enviar e receber mensagens
  • A Somente o item I está incorreto.
  • B Todos os itens estão corretos
  • C Somente os itens I e IV estão corretos.
  • D Somente o item IV está correto.
48
O backup é um procedimento especial de cópia de dados e arquivos de programas de computador de um dispositivo para o outro, com o objetivo de posteriormente os recuperar no caso de existir algum incidente, ou de se necessitar ter acesso a uma informação de uma data passada, que não esteja mais disponível no sistema. Sendo assim, podemos afirmar:
I – Este tipo de procedimento de cópia de segurança, backup completo, consiste em copiar todos os arquivos para a mídia apropriada, previamente destinada. Se os dados e arquivos que estão sendo copiados nunca mudam, cada backup completo será igual aos outros, ou seja, os arquivos copiados serão sempre iguais.
II – Ao contrário do backup completo, os procedimentos de cópias do tipo incremental primeiro verificam se o horário de alteração de um arquivo é mais recente que o horário de seu último backup. Se não for, isto significa que o arquivo não foi modificado desde o último backup, assim pode ser ignorado desta vez, ou seja, não será realizado o procedimento de cópia de segurança. Por outro lado, se a data de modificação é mais recente que a data do último backup, isso significa que o arquivo foi modificado e deve ser realizado seu backup.
III – Os procedimentos de backup diferencial são similares aos backups incrementais, pois ambos fazem cópias de arquivos modificados. No entanto, os procedimentos de cópia do tipo diferencial são acumulativos, em outras palavras, toda vez que um arquivo for modificado, este continuará a ser incluso em todos os backups diferenciais. Isso significa que cada backup diferencial contém todos os arquivos modificados desde o último backup completo, possibilitando executar uma restauração completa somente com o último backup completo e o último backup diferencial, caso precise da última versão do arquivo, ou da versão que desejar na data especificada.
Das afirmativas apresentadas, qual(is) está(ão) correta(s)?
  • A Somente I, II e III.
  • B Somente I e II.
  • C Somente II e III.
  • D Somente III.
49
Para abrir a janela do Executar do Microsoft Windows devemos pressionar qual combinação de teclas:
  • A Windows + A
  • B Windows + E
  • C Windows + M
  • D Windows + P
  • E Windows + R
50
Para copiar um arquivo de uma pasta de origem para uma pasta de destino arrastando com o mouse devemos pressionar qual tecla simultânea com o arrastar do mouse?
  • A ALT
  • B CTRL
  • C Barra de Espaço
  • D ENTER
  • E Nenhuma tecla