Resolver o Simulado Enfermeiro - Nível Superior

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Enfermagem

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Para preparar determinada medicação prescrita pelo médico, o técnico de enfermagem precisa converter litro em mililitros. Para isso é necessário que o volume, em litro, seja

  • A dividido por 100
  • B dividido por 1.000.
  • C multiplicado por 10.
  • D multiplicado por 100.
  • E multiplicado por 1.000.
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Segundo as diretrizes da American Heart Association (AHA), 2010, conforme a etiologia da parada cardiorrespiratória, na terapia medicamentosa para uso endovenoso, no atendimento de indivíduo adulto, é possível utilizar

  • A 1 mg de atropina a cada 3 minutos; 15 mg de dobutamina em bolus; 3 mg adrenalina.
  • B 2 mg de adrenalina a cada 1 minuto; 2 mg de atropina em bolus; 40 mg de adenosina.
  • C 1 mg de adrenalina a cada 3 a 5 minutos; 40 unidades de vasopressina; 300 mg de amiodarona em bolus (1ª dose).
  • D 5 mg de adrenalina; 10 mg de vasopressina (1ª dose); 1 mg de atropina a cada 2 minutos.
  • E 2 mg de atropina; 20 mg de amiodarona (1ª dose); 100 mg de bicarbonato de sódio em bolus.
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De acordo com a norma operacional de assistência à saúde (NOAS), são ações estratégicas mínimas de atenção básica na saúde da mulher as apresentadas a seguir, EXCETO:

  • A pré-natal.
  • B parto.
  • C prevenção de câncer de colo de útero.
  • D planejamento familiar.
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Quanto ao autocuidado do paciente colostomizado, deve-se orientar:

I. ao experimentar um alimento novo, faça-o em pequena quantidade para avaliar a reação do organismo.

II. evitar alimentos que possam produzir cheiro forte e causar desconforto, como cebola, alho cru, ovo cozido, repolho, dentre outros.

III. os pelos ao redor do estoma devem ser mantidos para evitar infecção.

IV. observar o brilho, a umidade, a presença de muco, o tamanho, a forma e a cor do estoma, que deve ser vermelho vivo.

É correto o que consta em

  • A I, apenas.
  • B II e III, apenas.
  • C III e IV, apenas.
  • D I, II e IV, apenas.
  • E I, II, III e IV.
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Com o fim do regime militar, as lideranças do movimento sanitário assumiram efetivamente posições em postos-chave nas instituições responsáveis pela política de saúde no País. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta quanto ao evento que foi convocado como expressão dessa nova realidade.

  • A IV Conferência Nacional de Saúde.
  • B VII Conferência Nacional de Saúde.
  • C VIII Conferência Nacional de Saúde.
  • D I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde.
  • E Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (Conasp).
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Um paciente está sendo internado para administração de radiofármaco. Atendendo as recomendações da NR (Norma Regulamentadora) 32, sobre segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde, o quarto destinado à internação desse cliente deve possuir, dentre outros,
  • A sanitário privativo e acesso controlado.
  • B biombo de material impermeável junto ao leito e paredes e pisos com cantos retos.
  • C quarto e sanitário blindados.
  • D paredes e pisos com cantos arredondados e sanitário blindado.
  • E sinalização e quarto blindado.
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sífilis  é  uma  doença  infecciosa  de  transmissão  sexual  ou  materno-fetal,  de  evolução  crônica,  sujeita  a  surtos  de  agudização  e  períodos  de  latência  clínica  de  menor  ou  maior  tempo de duração. 
No  que  se  refere  à  classificação  dessa  doença,  assinale  a  afirmativa correta.

  • A Sífilis secundária é a forma da sífilis adquirida na qual não se observam sinais e sintomas clínicos e, portanto, tem o seu diagnóstico feito apenas por meio de testes sorológicos.
  • B Sífilis terciária caracteriza-se pela presença de lesão erosada ou ulcerada, geralmente única, pouco dolorosa, com base endurecida, fundo liso, brilhante e pouca secreção serosa.
  • C Sífilis latente é aquela na qual os sinais e sintomas geralmente aparecem de 3 a 12 anos ou mais após o início da infecção.
  • D Sífilis congênita precoce caracteriza-se pelo surgimento dos sintomas tais como baixo peso, hepatomegalia e osteocondrite até o segundo ano de vida.
  • E Sífilis primária geralmente caracteriza-se pela presença de lesões cutâneo-mucosas, de 6 a 8 semanas após o aparecimento do cancro duro.
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Das lideranças de enfermagem, destacamos a democrática, uma liderança assumida por grande parte de profissionais. Em relação à liderança democrática, assinale a alternativa correta.
  • A O líder tem o objetivo de fazer se alcançar as metas, após isso, deixa os liderados à vontade para realizações de suas tarefas.
  • B O líder tem por objetivo a autonomia do grupo, fazendo-os respeitar as normas combinadas. Além disso, promove a interação e o desenvolvimento das habilidades e capacidades do grupo.
  • C O líder procura realizar a vontade de todos, a fim de manter a harmonia do setor.
  • D O líder evita responsabilidades é ausente e não toma decisões.
  • E O líder favorece a centralização do poder.
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Analise os seguintes artigos do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

I. Art. 7º – Comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional.

II. Art. 57 – Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego motivado pela necessidade do profissional em cumprir o presente código e a legislação do exercício profissional.

III. Art. 81 – Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu exercício profissional a pessoas ou entidades que não estejam obrigadas ao sigilo.

Estes artigos correspondem, respectivamente, às seguintes categorias dos preceitos éticos do exercício profissional da enfermagem

  • A responsabilidades e deveres / direitos / proibições.
  • B direitos / proibições / responsabilidades e deveres.
  • C proibições / direitos / responsabilidades e deveres.
  • D direitos / responsabilidades e deveres / proibições.
  • E responsabilidades e deveres / proibições / direitos.
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Diálise peritoneal é um procedimento específico que

  • A promove a limpeza da cavidade abdominal infectada, diminuindo o foco infeccioso.
  • B permite a infusão do dialisato diretamente na cavidade abdominal para remoção de líquidos e toxinas.
  • C promove a drenagem do líquido sanguinolento, após cirurgia abdominal.
  • D infunde solução quimioterápica para tratamento de tumores abdominais.
  • E expõe o sangue intra-abdominal à solução de diálise (dialisato) e, após a filtração, o sangue é devolvido ao paciente por um acesso vascular.

Português

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Em relação às regras da norma padrão da língua portuguesa, NÃO há erro de concordância verbal em:

  • A Pretendiam-se doar cem quilos de alimentos não perecíveis para o asilo.
  • B Mais de um candidato elogiou a iniciativa do governo naquele país do sudeste asiático.
  • C Deu quatro horas no relógio do batalhão da guarda imperial.
  • D Ao pesar os alimentos, é necessário uma balança de alta precisão.
  • E Alguns estudos sobre genética, senão todos, tem sido feitos pelo bem da humanidade.
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Procuradorias comprovam necessidade de rendimento satisfatório para renovação do FIES

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) não pode ser obrigado a prorrogar contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) a estudantes com baixo rendimento acadêmico. Essa foi a defesa da Advocacia-Geral da União (AGU) acatada pela Justiça para impedir o aditamento indevido aos financiados, sem observar as regras do Ministério da Educação (MEC).
Em duas ações, as estudantes pediam a prorrogação do financiamento estudantil, independentemente do baixo rendimento acadêmico por elas apresentado. Uma das autoras alegava que enfrentou problemas pessoais, pois sua filha estaria doente, o que a levou a ter um baixo rendimento na universidade.
A Procuradoria Federal no estado da Bahia (PF/BA) e a Procuradoria Federal junto ao Fundo (PF/FNDE) esclareceram que a Portaria Normativa MEC nº 15/2011, que dispõe sobre o Fies, estabelece que o não aproveitamento acadêmico em pelo menos 75% das disciplinas cursadas pelo estudante impede a manutenção do financiamento.
Os procuradores destacaram que ficou comprovado, no caso da primeira autora, que os documentos anexados para comprovar a enfermidade da filha se referiam a uma outra pessoa sem qualquer relação de parentesco com a estudante, além de serem de datas posteriores aos semestres que a universitária teve baixo rendimento.
No caso da segunda estudante, a AGU reiterou os mesmos argumentos, pois ela foi aprovada em apenas duas das seis matérias cursadas no primeiro semestre de Engenharia Civil do Centro Universitário Estácio da Bahia, e também usufruiu do aditamento excepcional concedido pela Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CSPA) da instituição, mas teve novamente aproveitamento acadêmico insatisfatório no 1º semestre de 2013.
As procuradorias destacaram, ainda, que a legislação atribui à CSPA a competência de excepcionalmente autorizar, por uma única vez, a continuidade do financiamento, quando há baixo rendimento acadêmico do aluno. Como a estudante obteve rendimento inferior pela segunda vez, ela perdeu qualquer direito a prorrogação do financiamento pelas regras do Fies.
Acolhendo os argumentos da Advocacia-Geral, tanto a 5ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia quanto a 9ª Vara Federal do estado reconheceram ser legal a decisão do FNDE de rejeitar o pedido de prorrogação das estudantes.

A PF/BA e a PF/FNDE são unidades da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU. Ref.: Ação Ordinária nº 40279-03.2013.4.01.3300 - 5ª Vara Federal/BA e Ação Ordinária nº 36536-82.2013.4.01.3300 - 9ª Vara Federal/BA.

(Leane Ribeiro. Disponível em: http://www.agu.gov.br.)

“Essa foi a defesa da Advocacia-Geral da União (AGU) acatada pela Justiça para impedir o aditamento indevido aos financiados, sem observar as regras do Ministério da Educação (MEC).” (1º§)

“[...] e também usufruiu do aditamento excepcional concedido [...]” (5º§)

Considerando-se o contexto, é correto afirmar em relação às expressões destacadas que devem ser substituídas por
  • A expressão equivalente já que expressam o mesmo significado
  • B expressões de sentido oposto, assegurando o sentido atribuído no texto.
  • C expressões de sentido diferente, assegurando o sentido atribuído no texto.
  • D “acréscimo” apenas, sintetizando o sentido expresso através das expressões.
  • E “indevido” e “excepcional” apenas, pois, a supressão de “aditamento” não acarreta prejuízo semántico.
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Está INCORRETA a redação do período que se encontra em:

  • A O fato de passarmos dormindo um bom período de nossas vidas subsiste como uma das grandes afrontas humanas à voracidade do modo de produção capitalista contemporâneo.
  • B Pesquisadores de diversas universidades têm investigado a atividade cerebral dos pássaros durante longos períodos de vigília, com a esperança de obter conhecimentos e descobrir como as pessoas poderiam permanecer sem dormir.
  • C Até o início do século XVII, ainda se encontra resquícios de uma hierarquia que distinguia as capacidades sobre-humanas do soberano, cujos poderes, oniscientes, ao menos simbolicamente não sucumbiam as condições desabilitadoras do sono.
  • D A maioria das necessidades aparentemente irredutíveis da vida humana, como a fome, a sede e, recentemente, a necessidade de amizade, transformou-se em mercadoria ou investimento.
  • E O sono afirma a ideia de um intervalo de tempo que não pode ser colonizado nem submetido a um mecanismo de lucratividade, e, desse modo, permanece uma anomalia e um foco de crise no presente global.
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” Atualmente a produção de petroquímicos é feita através do processamento de nafta”.

Na frase acima, quantas palavras são classificadas como polissílabas?

  • A uma palavra
  • B duas palavras
  • C três palavras
  • D quatro palavras
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A população mundial torna tornam-se cidadãos. Na América latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as maiores cidades do mundo, e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna de exportação e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios. Eles acreditam que Deus está em todas as partes, mas por experiência própria sabem que atende nos grandes centros urbanos. As cidades prometem trabalho, prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os
esperadores olham a vida passar e morrem bocejando; nas cidades, a vida acontece e chama. Amontoados em cortiços, a primeira coisa que os recém chegados descobrem é que o trabalho falta e os braços sobram, que nada é de graça e que os artigos de luxo mais caros são o ar e o silêncio.

(Eduardo Galeno, O Império do Consumo).

No final do texto o autor diz que “os braços sobram”. O termo, portanto, expressa :

  • A um caráter metonímico, o qual sintetiza a ideia de que são trabalhadores e não, especificamente, braços
  • B a ideia de comparação, ou seja, não são os trabalhadores, mas os braços.
  • C um paradoxo, já que o termo “braços” não pode substituir o sentido de trabalhadores.
  • D a ausência de termo adequado para substituir a palavra “trabalhadores”. Traduz, inclusive, uma forma de catacrese.
  • E o exagero que dá sentido à noção de massa de desempregados.
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Em nossa cultura, ...... experiências ...... passamos soma- se ...... dor, considerada como um elemento formador do caráter, contexto ...... pathos pode converter-se em éthos.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

  • A às - porque - a - em que
  • B às - pelas quais - à - de que
  • C as - que - à - com que
  • D às - por que - a - no qual
  • E as - por que - a - do qual
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Coisa de menino ou coisa de menina? - Rosely Sayão


Acompanho com regularidade blogs escritos por mães a respeito da maternidade, do relacionamento com os filhos e das dificuldades que encontram na educação deles. Fico impressionada ao constatar como há gente que reflete, que pensa a educação, que aprende com os erros cometidos e está sempre disposta a compartilhar tudo com outras mães e outros pais. Além disso, é uma delícia ler textos bem escritos, bem-humorados e criativos.
Um dia desses, em um desses blogs que sigo, vi uma foto que quase não precisou de texto para expressar a opinião dessa mãe. Duas garotas, com menos de oito anos, riam para a câmera exibindo com alegria as fantasias que vestiam. De Batman e Robin. Uma única frase acompanhou a foto: "Para meninas com personalidade". Estava claro. Essa mãe questionava o que convencionamos separar como brinquedos e brincadeiras de meninos e de meninas. É sobre essa questão a nossa conversa.
Até a primeira metade do século 20, os estereótipos a respeito do que era adequado para meninas e para meninos era quase consenso social. Azul para meninos, rosa para meninas; carrinhos para meninos, bonecas para meninas; certas profissões para homens, outras para mulheres e assim por diante. A partir dos anos 1960 tudo passou a mudar. Desconstruímos os rígidos papéis de homem e mulher e passamos a reconstruir novos, processo esse que ainda está em curso. Foram as crianças que mais ganharam com isso.
O colorido das fantasias, inclusive de bailarina, dos adereços femininos, da maquiagem, das vestimentas e dos calçados de salto etc. passou também a habitar a vida dos meninos; carros, ferramentas, espadas, bolas etc. se transformaram também em coisas de menina. Não foi - e ainda não é - sem temor por parte dos adultos que isso aconteceu. Meninas jogando futebol? Meninos brincando de casinha? Um estranhamento tomou conta de muitos pais, que manifestam resistência a esse novo estilo de vida. Os motivos? O principal, além da quebra de uma tradição, diz respeito à sexualidade, é claro.
Professoras e coordenadoras de escolas de educação infantil ainda costumam ouvir reclamações de mães sobre brincadeiras na escola que os filhos relatam e que escapam aos estereótipos em vigor, um pouco mais fracos, mas que ainda valem para muita gente. A maioria das reclamações vem da parte de mães e pais de meninos. Não é interessante esse fato?
Sabemos que preconceitos e estereótipos solidamente colocados na sociedade demoram a ser transformados e substituídos. É responsabilidade das organizações colaborar nesse processo. Muitas escolas, principalmente de educação infantil, têm dado valiosa contribuição para que esses estereótipos e preconceitos de que falamos enfraqueçam. Mas elas podem melhorar.
Aí, em pleno século 21, empresas oferecem produtos em embalagens diferentes para meninas e para meninos! Exemplo? Chocolate rosa para elas e azul para eles, com brindes considerados femininos e outros masculinos. E ainda justificam que esse é um anseio do seu grupo consumidor. Ora, se o consumidor sempre tivesse razão, o mundo estaria muito mais atrasado. Talvez não tivéssemos carros e aviões, e sim carroças de boi sofisticadas.
Muito se fala a respeito da responsabilidade social. Empresas exploram esse conceito principalmente para transformá-lo em marketing. A decisão de comercializar produtos dirigidos para meninas e para meninos é uma ação que expressa uma total irresponsabilidade social, não é verdade?


(Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação. Folha de S. Paulo, 28 maio 2013.)


Sobre a construção argumentativa do artigo, é correto afirmar:
  • A A autora alterna a 1ª pessoa do singular (“eu”) e a 1ª pessoa do plural (“nós”) de forma aleatória.
  • B Quando usa “nós” nesse texto, Sayão quer dizer “nós, os psicólogos especialistas em educação”.
  • C A autora julga que as escolas, principalmente de educação infantil, já fizeram tudo o que era necessário para enfraquecer estereótipos e preconceitos.
  • D Para Sayão, o argumento de que campanhas estereotipadas atendem os anseios do consumidor não é válido.
  • E As perguntas que a autora faz ao longo do texto mostram que ela tem muitas dúvidas em relação ao assunto.
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Sobe e desce

Ascensorista é uma das profissões que desapareceram no mundo moderno. Era certamente a mais tediosa das profissões, e não apenas porque o ascensorista estava condenado a passar o dia ouvindo histórias pela metade, anedotas sem desenlace, brigas sem resolução, só nacos e vislumbres da vida dos passageiros.

Pode-se imaginar que muitos ascensoristas tenham tentado combater o tédio, variando a sua própria fala.

Dizendo “ascende”, em vez de “sobe”, por exemplo.

Ou “Eleva-se”.

Ou “Para cima”.

— Para o alto.

— Escalando.

Quando perguntassem “Sobe ou desce?”, responderia “A primeira alternativa”. Ou diria “Descendente”, “Ruma para baixo”. “Cai controladamente”.

E se justificaria dizendo:

— Gosto de improvisar.

Mas, como toda arte tende para o excesso, o ascensorista entediado chegaria fatalmente ao preciosismo. Quando perguntassem “Sobe?”, responderia “É o que veremos...” Ou então, “Como a Virgem Maria”.

Ou recorreria a trocadilhos:

— Desce?

— Dei.

Nem todo mundo o compreenderia, mas alguns o instigariam.

Quando comentassem que devia ser uma chatice trabalhar em elevador, ele não responderia “tem altos e baixos”, como esperavam. Responderia, “cripticamente”, que era melhor do que trabalhar em escada.

Ou que não se importava, embora seu sonho fosse, um dia, comandar alguma coisa que também andasse para os lados... E quando ele perdesse o emprego porque substituíssem o elevador antigo por um moderno, daqueles com música ambiental, diria:

— Era só me pedirem. Eu também canto!

Mas, enquanto não o despedissem, continuaria inovando.

— Sobe?

— A ideia é essa.

— Desce?

— Se ainda não revogaram a lei da gravidade, sim.

— Sobe?

— Faremos o possível.

— Desce?

— Pode acreditar.

A palavra em destaque está grafada corretamente em:

  • A É preciso reavaliar o prosesso.
  • B O bancos fortalecem a estrutura finançeira do país.
  • C O mercado é sencível ao consumo.
  • D Sempre se deve fazer esse tipo de inspeção.
  • E A tacha de juros será mantida nesse percentual.
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Atenção: Nesta prova, considera-se uso correta da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.
Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.
A ÁGUA QUE VEM DO AR
Na falta de chuvas, ninguém precisa passar sede. E nem depender da dessalinização do mar, um processo caro e de logística complexa. Conheça a região no meio do deserto chileno que tira água do ar, sem gastar um pingo de energia.
Por: Fellipe Abreu; Luiz Felipe Silva. Editado por: Karin Hueck. Adaptado de: http://super.abril.com.br/ideias/a-agua-que-vem-do-ar
Acesso em 18 jul. 2015.
Entre a longa Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, no país mais esticado do mundo, está o maior deserto latino-americano, o chileno Atacama. A aridez domina a região e os municípios próximos - são quase 1.500 km de extensão onde a média de chuvas é de 0,1 mm ao ano, com áreas onde a água fica sem cair por séculos. Nesse mar de sequidão, fica a região de Coquimbo, no município de Chungungo, que é banhado pelo mar, e onde choveu apenas cinco vezes em todo o ano de 2013. Na área, a média histórica de chuvas é de apenas 100 mm ao ano - contra 1.500 mm em São Paulo, por exemplo. Mas, ao contrário da capital paulista, aqui não falta água - é possível tirá-la do ar.
O que acontece em Coquimbo é que faltam chuvas, mas sobram nuvens hiperúmidas. São as "nieblas costeras", que se formam sobre a orla, movem-se em direção ao continente e acabam aprisionadas por uma serra, num fenômeno chamado de camanchaca, as "chuvas horizontais". A camanchaca acontece em condições muito específicas de geografia, clima e correntes marítimas, e é bem comum ao longo do litoral peruano e chileno. Essa neblina é composta por minúsculas gotas de água, que, de tão leves, se mantêm suspensas no ar. Se a nuvem encontrar algum tipo de obstáculo, as partículas de água se chocam umas com as outras e começam a se concentrar. Alcançam, então, peso suficiente para cair, virar gotas de água, e deixar um rastro de umidade por onde passam. Nas regiões em que o fenômeno acontece, é comum encontrar árvores eternamente encharcadas e animais com os pelos molhados o tempo todo. A umidade é visível por aqui. Nas altitudes entre 600 e 1.200 metros, onde o fato é mais intenso, a vegetação é abundante e frondosa - ao contrário das zonas em que as neblinas costeiras não acontecem, e que têm solo seco e pouca flora. Foi observando esse contraste que, há 50 anos, pesquisadores da Universidad de Chile tiveram uma ideia: se a água não cai das nuvens, será que daria para pegá-la de dentro delas? Assim nasceu a ideia dos atrapanieblas (em português, algo como "captanuvem") - artefatos criados para tirar, literalmente, água do ar.
As engenhocas são simples: basta esticar malhas de polietileno de alta densidade (parecidas com as que são usadas para proteger plantações do sol), de até 150 metros de largura, entre dois postes de madeira ou aço. A neblina passa pela malha, mas os fios de plástico retêm parte da umidade, que condensa, vira água e escorre até uma canaleta que leva a um reservatório. O negócio é barato e eficiente: cada metro quadrado da malha capta, em média, 4 litros de água por dia, e um atrapaniebla de 40 m2 custa entre US$ 1.000 e 1.500. Para melhorar, o modelo é 100% sustentável. Não atrapalha a flora e a fauna, e funciona durante quase o ano todo, o que torna possível planejar a produção de água. Mas não para por aí: a verdadeira vantagem é que os atrapanieblas não utilizam luz elétrica. Diferentemente de outros métodos caros de obtenção de água em regiões secas, como a dessalinização do mar, eles não precisam de energia para funcionar. O vento trata de espremer as nuvens pelas malhas, e a gravidade cuida de carregar a água até os baldes. Perfeito.
Infelizmente, o projeto não é replicável no mundo todo por causa das condições necessárias de clima e temperatura. Mas países como México e Peru também utilizam a técnica. No árido Estado de Querétaro, na região central do México, e nas secas áreas costeiras do Peru - que inclui a capital Lima, onde a média anual de pluviosidade é de menos de 10 mm, mas cuja umidade relativa do ar chega a 98% -, o projeto já funciona em larga escala. O maior complexo de malha do mundo, contudo, localiza-se em Tojquia, Guatemala: são 60 captadores que, ao todo, compõem uma rede de 1.440 m2 e captam quase 4 mil litros de água diariamente, abastecendo cerca de 30 famílias. Sem gastar energia.

Assinale a única alternativa correta.

  • A A vírgula não deve aparecer antes da conjunção “e", portanto, foi incorretamente empregada no trecho: “O vento trata de espremer as nuvens pelas malhas, e a gravidade cuida de carregar a água até os baldes.".
  • B A expressão “e nem", presente no subtítulo: “E nem depender da dessalinização do mar, um processo caro e de logística complexa.", é uma locução conjuntiva e tem valor de oposição.
  • C Todas as ocorrências do termo “onde", destacadas no texto, têm o mesmo valor semântico.
  • D A simples substituição do termo “no município" por “na cidade" não alteraria a correção do seguinte período: “Nesse mar de sequidão, fica a região de Coquimbo, no município de Chungungo, que é banhado pelo mar, e onde choveu apenas cinco vezes em todo o ano de 2013.".
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A matéria abaixo, que recebeu adaptações, é do jornalista Alberto Dines, e foi veiculada em 9/05/2015, um dia após as comemorações pelos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.

Quando a guerra acabar…


Abre parêntese: há momentos − felizmente raros − em que a história pessoal se impõe às percepções conjunturais e o relato na primeira pessoa, embora singular, parcial, às vezes suspeito, sobrepõe-se à narrativa impessoal, ampla, genérica. Fecha parêntese.

O descaso e os indícios de esquecimento que, na sexta-feira (8/5), rodearam os setenta anos do fim da fase europeia da Segunda Guerra Mundial sobressaltaram. O ano de 1945 pegou-me com 13 anos e a data de 8 de maio incorporou-se ao meu calendário íntimo e o cimentou definitivamente às efemérides históricas que éramos obrigados a decorar no ginásio.

Seis anos antes (1939), a invasão da Polônia pela Alemanha hitlerista − e logo depois pela Rússia soviética − empurrou a guerra para dentro da minha casa através dos jornais e do rádio: as vidas da minha avó paterna, tios, tias, primos e primas dos dois lados corriam perigo. Em 1941, quando a Alemanha rompeu o pacto com a URSS e a invadiu com fulminantes ataques, inclusive à Ucrânia, instalou-se a certeza: foram todos exterminados.

A capitulação da Alemanha tornara-se inevitável, não foi surpresa, sabíamos que seria esmagada pelos Aliados. Nova era a sensação de paz, a certeza que começava uma nova página da história e perceptível mesmo para crianças e adolescentes. A prometida quimera embutida na frase “quando a guerra acabar” tornara-se desnecessária, desatualizada.

A guerra acabara para sempre. Enquanto o retorno dos combatentes brasileiros vindos da Itália era saudado delirantemente, matutinos e vespertinos − mais calejados do que a mídia atual − nos alertavam que a guerra continuava feroz não apenas no Extremo Oriente, mas também na antiquíssima Grécia, onde guerrilheiros de direita e de esquerda, esquecidos do inimigo comum − o nazifascismo − se enfrentavam para ocupar o vácuo de poder deixado pela derrotada barbárie.

Sete décadas depois − porção ínfima da história da humanidade −, aquele que foi chamado Dia da Vitória e comemorado loucamente nas ruas do mundo metamorfoseou-se em Dia das Esperanças Perdidas: a guerra não acabou. Os Aliados desvincularam-se, tornaram-se adversários. A guerra continua, está aí, espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém com intensos ressentimentos.

Nesse texto, o jornalista,

  • A ao organizar minuciosa e cronologicamente os episódios da Segunda Guerra Mundial, ressalta os fatos que foram mal retratados nas comemorações dos 70 anos do fim do conflito.
  • B ao trazer sua visão pessoal sobre os principais acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, defende que a imprensa privilegie o ângulo particular com que o profissional observa os fatos.
  • C ao apresentar informações e comentários sobre a Segunda Guerra Mundial, toma-a como legítima justificativa para a publicação de matéria que tem como objeto questões pessoais e íntimas.
  • D ao confessar sobressalto pelo que tinha ocorrido no dia anterior, 8/5, explica-o tanto pela associação de fatos históricos a questões pessoais, quanto pela interpretação de que há um Dia das Esperanças Perdidas.
  • E ao citar a volta dos combatentes brasileiros, critica a euforia das saudações, pois evidenciava que o povo não tinha percebido que o conflito, na mesma configuração de 1939 a 1945, continuava.

Direito Sanitário

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As Ações executadas pelo Sistema Único de Saúde abrange os seguintes campos, EXCETO:

  • A Vigilância sanitária.
  • B Vigilância epidemiológica.
  • C Vigilância domiciliar.
  • D Saúde do trabalhador.
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Com relação à vacina contra a gripe (vacina influenza), é correto afirmar que

  • A ela não pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas ou medicamentos.
  • B o Ministério da Saúde definiu em 2012 como público alvo para sua aplicação, dentre outros, os idosos com 60 anos ou mais de idade e a população prisional.
  • C ela é contraindicada para gestantes.
  • D ela deve ser aplicada em dose única com reforço a cada 5 anos.
  • E os tratamentos com imunossupressores ou radioterapia não reduzem a sua resposta imunológica.
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Uma atividade típica da Estatística Inferencial é:

  • A calcular taxas;
  • B descrever dados em tabelas;
  • C definir índices;
  • D estimar tamanho amostral;
  • E estabelecer hipóteses.
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Quantas deverão ser as doses da vacina tetra viral administradas às crianças, em situação de rotina, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS)?
  • A 5.
  • B 4.
  • C 3.
  • D 2.
  • E 1.
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Um método utilizado pelo SIH/SUS –Sistema de Informação de Internações Hospitalares do SUS para determinar a validade da Autorização de Internação Hospitalar é:

  • A consultar os respectivos Conselhos Regionais de Medicina sobre os registros do médico que preencheu a AIH;
  • B manter uma auditoria para autorização prévia nas unidades hospitalares;
  • C comparar o código utilizado com a especialidade do médico que fez o registro;
  • D cruzar as informações com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES);
  • E receber laudos e imagens que comprovem o diagnóstico e o tratamento.
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Considerando a avaliação de tecnologias em saúde, probabilidade de que indivíduos de uma população definida obtenham um benefício da aplicação de uma tecnologia a um determinado problema em condições ideais de uso diz respeito ao conceito de:
  • A Eficiência.
  • B Efetividade.
  • C Impacto social.
  • D Eficácia.
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É uma doença de notificação compulsória imediata (≤ 24 horas) pela Secretaria Estadual de Saúde a(o):
  • A acidente por animal peçonhento.
  • B coqueluche.
  • C leptospirose.
  • D febre tifoide.
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De acordo com a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional, determinada pelo Ministério da Saúde, é correto afirmar que os transtornos mentais

  • A não são de notificação obrigatória.
  • B são de notificação obrigatória quando implicarem internação hospitalar.
  • C são de notificação obrigatória, em unidades sentinelas, quando forem relacionados ao trabalho.
  • D são de notificação obrigatória, em unidades sentinelas, quando forem decorrentes do uso de drogas ilícitas.
  • E só são de notificação obrigatória quando houver determinação dos gestores estaduais ou municipais do SUS, independentemente de sua etiologia.
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Assinale a alternativa que apresenta a definição incorreta para o termo em destaque, frequentemente utilizado em Epidemiologia.

  • A Caso autóctone: caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência.
  • B Doenças quarentenárias: doenças de grande transmissibilidade, em geral graves, que requerem notificação internacional imediata à Organização Mundial da Saúde, isolamento rigoroso de casos clínicos e quarentena dos comunicantes, além de outras medidas de profilaxia com o intuito de evitar sua introdução em regiões até então indenes.
  • C Fômites: objetos de uso pessoal do caso clínico ou portador, que podem estar contaminados e transmitir agentes infecciosos e cujo controle é feito por meio da desinfecção.
  • D Pródromos: sintomas indicativos do início de uma doença.
  • E Taxa de ataque: taxa de prevalência acumulada, usada frequentemente para grupos particulares, observados por períodos limitados de tempo e em condições especiais, como em uma epidemia.