Resolver o Simulado COPEVE-UFAL - Nível Fundamental

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Português

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A MODA CAIU NA REDE. Nunca as mulheres compraram tanto na internet. O e-commerce focado em moda cresceu nos últimos anos e tem feito brilhar os olhos dos investidores estrangeiros. Em 2009, o item vestuário sequer aparecia entre os vinte mais vendidos na internet brasileira. Em 2011, o segmento já era o quinto em volume de negócios (Revista VEJA, 2 de maio/2012).

A parte sublinhada do fragmento “o item vestuário sequer aparecia entre os vinte mais vendidos”, considerando a regência, não deve ser substituída por:

  • A fazia parte dos
  • B se aproximava dos
  • C obedecia os
  • D estava entre os
  • E constituía os
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Leia o fragmento do poema de Patativa do Assaré, a fim de responder a questão 19.

No verdô da minha idade
mode acalentá meu choro
minha vovó de bondade
falava em grandes tesôro
era históra de reinado
prencesa, prinspe, incantado
com feiticêra e condão
essas históra ingraçada
tá selada e carimbada
dentro do meu coração.
[...]

(Patativa do Assaré. Digo e não peço segredo. São Paulo: Escrituras Editora, 2001. p. 15)

A respeito do fragmento poético de Patativa do Assaré, é incorreto dizer:
  • A há interesse de aproximar a fala e a escrita, com o uso de vocábulos que representam a linguagem regional coloquial.
  • B o poeta tem consciência da importância de se preservar e registrar a linguagem do povo, além de valorizar costumes e cenários da cultura nordestina.
  • C no verso “essas históra ingraçada”, somente o pronome “essas” está no plural. Isso, em termos de comunicação, provoca prejuízos semânticos.
  • D o eu lírico faz uma descrição de sua infância, empregando a coloquialidade.
  • E as palavras do poema (acalentá, tesôro, históra, prencesa, prinspe, incantado, feiticêra, ingraçada) não foram grafadas e/ou acentuadas de acordo com a norma padrão, porque é um registro da poesia oral.
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A primeira característica a ser ressaltada na poesia de João Cabral é sua linguagem poética: bastante concisa e econômica, é completamente isenta de sentimentalismos. Os substantivos prevalecem sobre os adjetivos, surgindo assim poemas despidos de qualquer acessório sentimental, com predominância, portanto, da objetividade. É o que se vê no seguinte texto, no qual o poeta fala de poesia:

Lição de poesia

A luta branca sobre o papel
que o poeta evita.
Luta branca onde corre o sangue
de suas veias de água salgada.
A física do susto percebida
entre os gestos diários;
susto das coisas jamais pousadas
porém imóveis — natureza.
E as vinte palavras recolhidas
nas águas salgadas do poeta
de que se servirá o poeta
em sua máquina útil.
Vinte palavras sempre as mesmas,
de que conhece o funcionamento,
a evaporação, a densidade
menos que a do ar.


A esta preocupação com uma linguagem precisa e econômica, que se atenha ao essencial, a poesia de João Cabral soma uma outra grande preocupação com o corte do poema, que volta a ser construído com formas rígidas e regulares. Este cuidado formal que se manifesta na obra do poeta pernambucano já se patenteia em alguns títulos de suas obras: O Engenheiro, Psicologia da Composição. A menção a “engenheiro" e “composição" reflete o ato poético de João Cabral, que está muito mais próximo da matemática e geometria do que da oratória e da retórica .

(Lajolo & Clara)


Dadas as proposições a seguir sobre o texto,

I. A respeito da tipologia textual, o excerto anterior pode ser caracterizado como predominantemente expositivo, pois nele o objetivo fundamental é a explicação do estilo poético de João Cabral.

II. Como parte de um texto predominantemente expositivo, a citação da poesia de João Cabral ilustra informações constantes no primeiro parágrafo, podendo ser desconsiderada para efeito de um resumo do texto de Lajolo e Clara.

III. Infere-se da leitura do texto que a prevalência de substantivos sobre adjetivos em um texto a este confere objetividade e racionalidade.

IV. O emprego do pronome demonstrativo no último parágrafo do texto mostra-se incorreto para referir-se às características da poesia de João Cabral apontadas no primeiro parágrafo.

verifica-se que
  • A todas estão corretas.
  • B todas estão incorretas.
  • C somente estão corretas I e III.
  • D somente estão corretas II e III.
  • E somente estão corretas II e IV.

Literatura

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Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coletânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia.
Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Um dia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica

(ASSIS, Machado de. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva Rio de Janeiro, 2007, p. 27).

Ao final, Machado de Assis diz: “Eis a origem da crônica”. Essa forma de desfecho:

  • A não pode ser vista como conclusão de um parecer acerca da crônica. Como se sabe, ele não trabalha os detalhes que dão suporte à premissa inicial no decorrer do texto.
  • B é uma estratégia estilística, inerente aos efeitos estéticos do texto literário, pois, considerando a estrutura argumentativa, esse texto de Machado de Assis desconsidera os elementos da dissertação. Então, a frase em destaque é apenas um adendo ao conjunto da reflexão machadiana.
  • C contém uma inadequação sintática: Machado de Assis não deveria ter concluído o texto com uma oração deslocada do contexto, pois aí é trabalhada uma sequência de fatos que exige destrinchar de orações.
  • D convém às formas figuradas de expressão, às conotações, às entrelinhas, às montagens sintáticas indiretas e deslineares.
  • E contempla a sequência do pensamento do autor a respeito do gênero cronístico: há uma problemática que diz respeito ao nascimento da crônica; depois, fatos que a compõem, elementos envolvidos e o fechamento.

Português

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O “se”, sublinhado nos versos abaixo, de Fernando Pessoa, inicia, em cada período, oração

“Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta crepúsculo espiritual, ponto de apoio na inteligência”

  • A adverbial de caráter condicional.
  • B coordenada.
  • C subordinada com função de complemento verbal.
  • D adjetiva.
  • E substantiva.
6

O fragmento do texto “Dorme algumas horas num colchonete e volta a viver no fantástico mundo da web” chama a atenção para

  • A configurações vitais do mundo de hoje, desenvolvidas para desestabilizar a necessidade de transcendência, de fuga.
  • B novas concepções de vida nas grandes cidades, que abdicam da deslinearidade do tempo e das inserções corporativas e virtuais.
  • C novas relações virtuais em rede dissociadas das estruturas comunicativas imagéticas e instantâneas.
  • D outra concepção de vida cotidiana que não se alheia às peculiaridades de outro mundo paralelo e virtual.
  • E formas triviais de vida cotidiana, marcadas por incursões a instâncias subjetivas dos indivíduos humanos.
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Na vida há asperezas; é inútil negá-las, contorná-las, envolvê-las em gaze (Graciliano Ramos).

O autor diz que é inútil envolver as asperezas em gaze. Ele quer nos dizer que

  • A algumas coisas podem estar ocultas.
  • B apenas as coisas boas da vida podem ser envolvidas.
  • C não adianta esconder as asperezas da vida.
  • D as asperezas podem ser escondidas.
  • E tudo depende daquilo que está oculto.
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A questão refere-se ao texto abaixo.

Embora não houvesse transcorrido, desde que apagamos as luzes, muito mais do que uma hora, eu já me sentia como se a noite inteira tivesse passado, e como se em breve a luz do sol viesse de novo nos despertar e cobrir a cidade.

DOYLE, Arthur Conan. A sociedade dos ruivos. In: Quatro Contos, Sol, São Paulo, 2006.

A oração que introduz esse parágrafo, em relação ao restante do texto, é uma oração subordinada adverbial

  • A causal.
  • B final.
  • C concessiva.
  • D consecutiva.
  • E condicional.
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As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: Os recursos da terra Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”
Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

(Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132).


Considerando aspectos da gramática normativa,o exceto "e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia” não admite a reescrita:

  • A e há tempo disponível à humanidade para usar a tecnologia.
  • B e a humanidade tem tempo para usar a tecnologia.
  • C como dispõe de tempo, a humanidade ainda pode usar a tecnologia.
  • D e deve haver tempo para que a humanidade utilize a tecnologia.
  • E há tempo suficiente a humanidade para que possa utilizar a tecnologia.
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Robert Louis Stevenson saiu de casa e fez a longa caminhada até a praia no momento exato em que o sol se punha.Por causa das árvores, da varanda não se avistava o mar, que, duzentos metros abaixo, penetrava as extremidades de dois vales cobertos de mata; para apreciar o mergulho final do sol antes de ter início a escuridão límpida, o melhor era postar-se em meio à s raízes dos mangues, apesar (disse ele a si próprio, enchendo-se de coragem) dos mosquitos e dos flebótomos. Stevenson levou algum tempo para se dar conta da presença de um outro vulto humano, porque este parecia ser apenas mais uma sombra em meio a sombras; porém a figura virou-se e por um momento deu a impressão de que estava olhando para ele. O homem usava um chapéu de aba larga semelhante ao que o próprio Stevenson tinha n a cabeça; e este, embora visse que a pele do outro era branca, não conseguia distinguir suas feições.

MANGUEL, Alberto. Stevenson sob as palmeiras. Trad. Paulo Henriques Brito. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 11

Considerando o emprego dos tempos e modos verbais, predominam no texto

  • A o pretérito perfeito e o imperfeito do indicativo
  • B o presente e o pretérito imperfeito do indicativo.
  • C o futuro do pretérito e o futuro simples do subjuntivo.
  • D o pretérito imperfeito e o futuro simples do indicativo.
  • E o pretérito perfeito e o mais-que-perfeito do subjuntivo
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A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada natural. Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transforma-la.
Ética é, em suma, uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana.

(http://www.ensinandodireitoluizamaral.com.br. Acesso em 03/12/2011)


Analise o uso da pontuação nas sentenças abaixo e assinale a opção correta.

  • A “[...] é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural, etc.” (2º§). A vírgula foi empregada para marcar a intercalação de uma informação na sentença
  • B “A ética, como morada humana, não é algo pronto e construído de uma só vez.” (1º§). A função das vírgulas é separar o sujeito do verbo.
  • C "Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão [...] e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância (3º§). Os dois pontos introduzem uma explicação.
  • D “Existe, e essa forma é o que chamamos de ética.” (2º §). A vírgula está empregada de forma errada, pois não é possível seu uso antes da conjunção “é”.
  • E “Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que [...]” (3º§). A função davírgula é separar o adjunto adverbial de tempo do predicado
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Alô, alô, Marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar, estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society
[...]

LEE, Rita. CARVALHO, Roberto de. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/ Acesso em: 30 mar. 2014.

Os dois primeiros versos do texto fazem referência à função da linguagem cujo objetivo dos emissores é apenas estabelecer ou manter contato de comunicação com seus receptores. Nesses versos, a linguagem está empregada em função

  • A expressiva.
  • B apelativa.
  • C referencial.
  • D poética.
  • E fática.
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Dorme, ruazinha... É tudo escuro...
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme o teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos...

QUINTANA, Mário. Poesias. São Paulo: Ática, 2002, p. 29.

A estrofe acima, extraída do poema “Rua dos Cataventos II", apresenta

  • A uma visão objetiva dos espaços imaginários.
  • B uma paisagem poética, destituída de caracteres subjetivos.
  • C uma relação intimista entre o poeta e a rua.
  • D um mundo transcendental e desconhecido do poeta.
  • E uma forma racional de se conceber as lembranças e imagens da rua.
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Dorme, ruazinha... É tudo escuro...
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme o teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos...

QUINTANA, Mário. Poesias. São Paulo: Ática, 2002, p. 29.

A estrofe acima, extraída do poema “Rua dos Cataventos II", apresenta

  • A uma visão objetiva dos espaços imaginários.
  • B uma paisagem poética, destituída de caracteres subjetivos.
  • C uma relação intimista entre o poeta e a rua.
  • D um mundo transcendental e desconhecido do poeta.
  • E uma forma racional de se conceber as lembranças e imagens da rua.
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Ao contrário dos valores, que são núcleos significativos mais abstratos e podem, por isso, representar mais genericamente o sentido do consenso social, as ideologias são fechadas, delimitadas, não dialogam, mas polemizam entre si e buscam a hegemonia de umas sobre as outras. Há, certamente, ideologias mais ou menos rígidas. Todavia, todas, indistintamente, opõem-se entre si como universos fechados. Assim, uma ideologia liberal pode aceitar, na vida política, a presença de uma ideologia socialista, desde que esta respeite o valor máximo da liberdade entendida de forma liberal, com suas consequências sobre propriedade, as relações econômicas etc. Em sua contraposição polêmica, as ideologias funcionam, pois, como mecanismo estabilizador, mas também atuam como mecanismo de denúncia de outras ideologias. No primeiro caso, falamos de ideologia crítica, no segundo, de crítica da ideologia. Trata-se de uma função única, vista de ângulos diferentes. (Tércio Sampaio Ferraz Jr.)


Assinale a opção onde se reescreve de forma correta, em negrito, uma das passagens do texto, mantendo-lhe o sentido original.
  • A “Ao contrário dos valores, que são núcleos significativos mais abstratos e podem, por isso, representar mais genericamente o sentido do consenso social, as ideologias são fechadas, delimitadas, não dialogam, mas polemizam entre si e buscam a hegemonia de umas sobre as outras." / Contrariamente aos valores que são núcleos cuja significação mais abstrata os fazem representar de forma mais ampla o sentido de consenso social, as ideologias são fechadas, delimitadas, não dialogam, mas polemizam entre si e buscam a hegemonia de umas sobre as outras.
  • B “Ao contrário dos valores, que são núcleos significativos mais abstratos e podem, por isso, representar mais genericamente o sentido do consenso social, as ideologias são fechadas, delimitadas, não dialogam, mas polemizam entre si e buscam a hegemonia de umas sobre as outras." / As ideologias, ao contrário dos valores, que são núcleos significativos mais abstratos e podem – por isso – representar mais genericamente o sentido do consenso social, são fechadas, delimitadas, não dialogam, embora polemizem entre si e busquem a hegemonia de umas sobre as outras.
  • C Ao contrário dos valores, que são núcleos significativos mais abstratos e podem, por isso, representar mais genericamente o sentido do consenso social, as ideologias são fechadas, delimitadas, não dialogam, mas polemizam entre si e buscam a hegemonia de umas sobre as outras." / As ideologias – fechadas, delimitadas – não dialogam, mas polemizam entre si e buscam a hegemonia de umas sobre as outras, ao contrário dos valores, que, por serem núcleos significativos mais abstratos, podem representar mais genericamente o sentido do consenso social.
  • D “Em sua contraposição polêmica, as ideologias funcionam, pois, como mecanismo estabilizador, mas também atuam como mecanismo de denúncia de outras ideologias." / As ideologias, contrapondo-se polemicamente, funcionam, portanto, não só como mecanismo estabilizador, mas também atuando como mecanismo de denúncia de outras ideologias.
  • E “Em sua contraposição polêmica, as ideologias funcionam, pois, como mecanismo estabilizador, mas também atuam como mecanismo de denúncia de outras ideologias." / As ideologias funcionam, pois, como mecanismo estabilizador, mas também atuam como mecanismo de denúncia em sua contraposição polêmica à outras ideologias.
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A questão refere-se ao trecho abaixo.

Um dia você se olhará no espelho e terá uma revelação estarrecedora. Sua mulher está dormindo com outro homem! Depois descobrirá que o que se vê no espelho não é outro, é você mesmo.

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Gazeta de Alagoas, 30 mar. 2014.

As duas inserções da palavra “se” no fragmento classificam-se, respectivamente, como
  • A pronome reflexivo – índice de indeterminação do sujeito.
  • B pronome reflexivo – partícula apassivadora.
  • C partícula apassivadora – conjunção integrante.
  • D partícula expletiva – pronome apassivador.
  • E índice de indeterminação do sujeito – pronome apassivador.
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Observe o texto abaixo.

“E para dar um efeito de cor à pele, já há protetores que vêm com tonalizante, outros que contêm estimulante natural de bronzeado e os que têm partículas iluminadoras na fórmula” (Contigo, nov. 2012).

Considerando os aspectos estruturais e significativos da língua, é correto afirmar:

  • A o trecho “já há protetores” não aceita a forma “já existem protetores”.
  • B o trecho “vêm com tonalizante” pode ser reescrito da seguinte forma: “tem tonalizante”.
  • C a primeira parte do texto “E para dar um efeito de cor à pele” evidencia uma causa.
  • D pluralizando a palavra pele, em “efeito de cor à pele”, resta da sentença a seguinte escrita: “efeito de cor à peles”.
  • E no trecho “os que têm partículas iluminadoras”, a palavra sublinhada não é um artigo definido.
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A última oração “e o livro anda devagar”, do período abaixo, expressa, dentro do contexto,

“O maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar” (Machado de Assis).

  • A um sentido essencialmente de adição de ideias.
  • B uma adversidade, uma oposição de ideias.
  • C uma circunstância temporal.
  • D a ideia de finalidade.
  • E um complemento verbal.
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Vendo que não havia remédio, senão conformar-se com a opinião do maior número, Emília fungou, fungou, e com a mais nobre humildade – grande exemplo para todos os ditadores do mundo – disse para o visconde:
Pois vamos para a Casa das Chaves, Macaco!
LOBATO, M. A chave do tamanho. São Paulo: Brasiliense, 1957, p. 207.


Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as classes gramaticais das palavras destacadas no fragmento do texto.

  • A Pronome, conjunção, adjetivo, conjunção, conjunção.
  • B Conjunção, preposição, adjetivo, conjunção, pronome.
  • C Conjunção, conjunção, adjetivo, conjunção, preposição.
  • D Pronome, conjunção, substantivo, conjunção, preposição.
  • E Conjunção, conjunção, substantivo, preposição, conjunção.
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Dados os seguintes enunciados, no que se refere à concordância verbal,

I. O problema das línguas indígenas brasileiras estão no fato de, em sua maior parte, elas serem ágrafas.
II. Ainda que houvessem muitas soluções para que as línguas fossem preservadas, nenhuma delas alcançaria resultados imediatos.
III. Quem de nós ousaria afirmar que as línguas hoje existentes no país serão preservadas por políticas linguísticas sérias?
IV. É surpreendente os dados sobre a quantidade de línguas ainda faladas no Brasil, pois muitas são desconhecidas.

verifica-se correção em

  • A I e IV, apenas.
  • B II e IV, apenas.
  • C II e III, apenas.
  • D II, apenas.
  • E III, apenas.

Administração Geral

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Para alcançar os objetivos organizacionais, a administração precisa constantemente tomar decisões com o intuito de realizar ações mais consistentes com as demandas ambientais. A qualidade na condução de uma organização está diretamente relacionada à qualidade das decisões tomadas por seus administradores. Nesse sentido, Herbert Simon entende que as decisões gerenciais estão sujeitas à racionalidade

  • A funcional.
  • B limitada.
  • C substantiva.
  • D total.
  • E absoluta.
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Dadas as afirmativas abaixo quanto às funções da Administração,

I. O planejamento consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos necessários para realizá-los.
II. A coordenação consiste em harmonizar e dar sentido de sincronia na realização do trabalho.
III. A direção consiste em tomar decisões e agir para assegurar a realização dos objetivos.

verifica-se que está(ão) correta(s)

  • A II, apenas.
  • B III, apenas.
  • C I e II, apenas.
  • D I e III, apenas.
  • E I, II e III.
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Dadas as afirmativas abaixo quanto às vantagens da centralização,

I. As decisões são tomadas por indivíduos com visão global da empresa.
II. Os tomadores de decisão são mais experientes e capacitados.
III. As decisões são mais consistentes com o planejamento.

verifica-se que está(ao) correta(s)

  • A II, apenas.
  • B III, apenas.
  • C I e II, apenas.
  • D I e III, apenas.
  • E I, II e III.
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Dadas as afirmativas abaixo quanto à natureza das organizações,

I. Organização é um conjunto de pessoas que trabalham juntas numa divisão de trabalho para atingir um objetivo comum.
II. O propósito de uma organização é contribuir com algo de valor para a sociedade, isto é, produzir bens ou serviços. As empresas grandes e pequenas que visam ao lucro fornecem bens e serviços, e as organizações sem fins lucrativos fornecem benefícios públicos, tais como assistência médica, educação, justiça e manutenção de estradas.
III. Uma organização que funciona bem atinge seu objetivo com os benefícios da sinergia, isto é, a criação de um todo maior do que a soma de suas partes.
IV. O gerente, também chamado supervisor, chefe de departamento, gerente geral, líder de equipe, coordenador, diretor de projeto, dentre outras possibilidades, é o principal ator de direção do trabalho que geralmente é realizado através do esforço de uma ou mais pessoas.

verifica-se que estão corretas

  • A I e II, apenas.
  • B I e IV, apenas.
  • C II e III, apenas.
  • D III e IV, apenas.
  • E I, II, III e IV.

Ética na Administração Pública

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“Atualmente, a palavra ética tem aparecido com frequência nos noticiários. Numa definição formal, comportamento ético é aquele aceito como sendo moralmente “bom” ou “certo” num determinado caso, como oposto de “mau” ou “errado” numa certa condição”.
SCHERMERHORN JR, JOHN R. Fundamentos de Comportamento Organizacional. Porto Alegre: Bookman, 2007.

Com relação à citação acima, pode-se afirmar que

  • A a conduta ética na Administração Pública não perpassa por temas comuns à honestidade em comunicações e contratos, presentes e diversões, gorjetas, práticas de rescisão de contratação de serviços.
  • B responsabilidade social organizacional é uma faculdade da organização de agir de forma ética e moral como instituição social. Esse conceito sugere que os membros devem certificar-se de que seus esquemas éticos se estendem à organização como um todo.
  • C a visão dos direitos morais considera comportamento ético como aquele que respeita parcialmente os direitos fundamentais compartilhados por todos os seres humanos. Essa visão está fortemente ligada ao princípio dos direitos humanos básicos, como vida, liberdade e tratamento justo pela lei.
  • D a moral é uma situação na qual uma pessoa precisa decidir se vai fazer algo que, apesar de beneficiá-la ou à organização, ou a ambos, pode ser considerada antiética.
  • E a ética no serviço público decorre de três fatores: natureza do indivíduo, natureza do serviço executado e da relação do servidor com o público.
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Segundo os Decretos números 1.171, de 22 de junho de 1994, e 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, assinale a opção que apresenta a assertiva não condizente aos padrões éticos da Administração Pública Federal.

  • A A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
  • B É dever fundamental do servidor público manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções.
  • C É vedado ao servidor público retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público.
  • D Para fins de apuração do comprometimento ético, entende- se por servidor público todo aquele que, por força de lei, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. Estão excluídos dessa disciplina aqueles que prestem atividades para a administração direta e indireta por meio de contratos ou qualquer outra forma de ato jurídico.
  • E A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.