Resolver o Simulado Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Tecnologista - FGV - Nível Médio

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Português

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Não éramos cordiais?

A morte do cinegrafista Santiago Andrade não configura um atentado à liberdade de imprensa, ao contrário do que tantos apregoam.
É muito pior que isso: é um atentado ao convívio civilizado entre brasileiros, um degrau a mais na escalada impressionante de violência que está empurrando o país para um teor ainda mais exacerbado de barbárie.
O incidente com o cinegrafista é parte de uma coreografia de violência crescente que se dá por onde quer que se olhe.
Nunca se matou com tanta facilidade em assaltos. Nunca se apertou o gatilho com tanta facilidade. É até curioso que as estatísticas policiais no Estado de São Paulo apontem uma redução no número de homicídios dolosos, como se fosse um avanço, quando aumenta o número de vítimas de latrocínio, que não passa de homicídio precedido de roubo.
De fato, em 2013, o número de latrocínios (379) foi o mais alto em nove anos, com aumento de 10% em relação aos 344 casos do ano anterior.
Mas a violência não é um fenômeno restrito à criminalidade. A polícia age muitas vezes com uma violência desproporcional.
A vida nas cidades e, cada vez mais, no interior, é de uma violência inacreditável. O trânsito é uma violência contra a mente humana. O transporte público violenta dia após dia. Não é um atentado aos direitos humanos perder às vezes três horas entre ir e voltar do trabalho?
A saúde é uma violência contra o usuário. A educação violenta, pela sua baixa qualidade, o natural anseio de ascensão social.
A existência de moradias em zonas de risco é outra violência.
A contaminação do ar mata ou fere de maneira invisível os habitantes das cidades em que o nível de poluição supera o mínimo tolerável.
Não adianta, agora, culpar o governo do PT ou a suposta herança maldita legada pelo PSDB, ou os crimes praticados pela ditadura militar ou a turbulência que precedeu o golpe de 1964. O país foi sendo construído de maneira torta, irresponsável, sem o mais leve sinal de planejamento, de preparação para o futuro.
Acumularam-se violências em todas as áreas de vida. A explosão no consumo de drogas exacerbou, por sua vez, a violência da criminalidade comum. Não há “coitadinhos” nessa história. Há delinquentes e vítimas e há a incompetência do poder público.
É como escreveu, para Carta Capital, esse impecável humanista chamado Luiz Gonzaga Belluzzo:
“O descumprimento do dever de punir pelo ente público termina por solapar a solidariedade que cimenta a vida civilizada, lançando a sociedade no desamparo e na violência sem quartel”.
Antes que o desamparo e a violência sem quartel se tornem completamente descontrolados, seria desejável o surgimento de lideranças capazes de pensar na coisa pública, em vez de se dedicarem a seus interesses pessoais, mesmo os legítimos.
Alguém precisa aparecer com um projeto de país, em vez de projetos de poder. Não é por acaso que 60% dos brasileiros querem mudanças, ainda que não as definam claramente. A encruzilhada agora é entre ideias e rojões.
(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/02/2014)
“É como escreveu, para Carta Capital, esse impecável humanista chamado Luiz Gonzaga Belluzzo”.
Nesse segmento de texto, o autor valorizou as declarações de Belluzzo por meio do fornecimento de um conjunto de informações, à exceção de um. Assinale-o.
  • A O texto citado ter sido escrito numa revista.
  • B O pensamento ter sido publicado numa revista de prestígio.
  • C O autor do pensamento ser designado como “humanista”.
  • D O humanista citado ter sido qualificado de “impecável”.
  • E O texto citado ser de amplo conhecimento público.
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29 anos de democracia

Mais de 90 milhões de brasileiros, quase metade da população atual, não eram nascidos quando o último general- presidente, João Figueiredo, deixou o Palácio do Planalto. Outros 30 milhões ainda não eram adolescentes.

Maioria crescente dos brasileiros, portanto, terá nascido ou se tornado adulta na vigência do regime democrático. A Nova República já é mais longeva que todos os arranjos republicanos anteriores, à exceção do período oligárquico (1889-1930).

Em termos de escala, assiduidade e participação da população na escolha dos governantes, o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, moderno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência eleitoral anterior.

A hipótese de ruptura com o passado se fortalece quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distribuição de oportunidades e de mitigação de desigualdades de hoje. Sozinhas, as despesas sociais no Brasil equivalem, em percentual do PIB, a quase todo o gasto público chinês.

A democracia brasileira contemporânea, e apenas ela na história nacional, inventou o que mais perto se pode chegar de um Estado de Bem-Estar num país de renda média. A baixa qualidade dos serviços governamentais está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de políticas públicas social- democratas.

Autoritários e populistas do passado davam uma banana para o custeio -e o controle de qualidade- da educação básica. Governos democráticos a partir de 1985 fizeram disparar a despesa. Muito da redução na desigualdade de renda se deve a isso.

Ainda assim, a parte da esquerda viúva da ruína socialista vive a defender o “aprofundamento da democracia” e “mudanças estruturais” que nos livrem do modelo de “modernização conservadora” -seja lá o que esses termos signifiquem hoje.
Já ocorreu a tal “mudança estrutural”. O Brasil democrático não se parece com seu passado tristonho, embora ainda haja tanto por fazer.

(Vinicius Mota, Folha de São Paulo)

“Sozinhas, as despesas sociais no Brasil equivalem, em percentual do PIB, a quase todo o gasto público chinês.”

Nesse segmento do texto, o termo “em percentual do PIB” indica
  • A a relativização das despesas em números brutos.
  • B a supervalorização de nossos gastos.
  • C a demonstração de nossa reduzida produção econômica.
  • D a justificativa de nossos maiores gastos, em relação à China.
  • E uma comprovação de nossa maior dedicação atual ao social.
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Texto 3

Galileu, maio 2009

“Alguns alimentos têm as características modificadas quando entram em contato com o ar porque ocorre uma troca de umidade. Os pães ficam duros porque têm muita água, e os biscoitos amolecem devido ao fato de quase não levarem água”.

Em relação ao primeiro período do texto 3, o segundo período funciona como:

  • A oposição a uma afirmação anterior;
  • B retificação de algo afirmado;
  • C repetição, em outras palavras, de algo já dito;
  • D exemplificação de um fato;
  • E explicação de um conceito.
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Fora de foco

Deve-se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá-los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.

(O Globo, 21/11/2013)

Uma das maneiras de estabelecer-se a diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal é a de ver-se a diferença entre agente (adjunto) e paciente (complemento).

Assinale a alternativa em que o termo sublinhado funciona como adjunto adnominal.

  • A Desenvolvimento de remédios..
  • B Uso de animais.
  • C Vítima de diversos tipos de moléstias.
  • D Emprego de cobaias.
  • E Eliminação do sofrimento físico.
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Texto 3 - Sobre esse acontecimento referido no texto 2, o historiador grego Heródoto disse o seguinte: “Até então, não houvera de uma parte e de outra mais do que raptos; depois do acontecido, porém, os Gregos, julgando-se ofendidos em sua honra, fizeram guerra à Ásia, antes que os asiáticos a declarassem à Europa. Ora, conquanto lícito não seja raptar mulheres, dizem os Persas, é loucura vingar-se de um rapto. Manda o bom senso não fazer caso disso, pois sem o próprio consentimento delas decerto não teriam as mulheres sido raptadas." (Heródoto, História).

No texto 3, Heródoto relativizou o ocorrido, por meio da seguinte estratégia:

  • A retirando importância de uma declaração de guerra;
  • B mostrando os raptos como acontecimentos aceitáveis;
  • C indicando a colaboração de Helena no próprio rapto;
  • D revelando a licitude do ato de raptar mulheres;
  • E demonstrando que a vingança não é fruto do bom-senso.
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Os benefícios da merenda escolar

A alimentação é uma necessidade básica ao desenvolvimento do ser humano. Nas fases da infância e da adolescência, alimentos de qualidade favorecem o crescimento tanto do aspecto físico, como do intelectual, do emocional e do social.
Nesse sentido, a merenda escolar é fundamental, pois ela pode influenciar bastante no desempenho do aluno. Por isso, o Estatuto da Criança e o Adolescente (ECA) estabelece como função do Estado assegurar a alimentação de qualidade na escola.
A merenda escolar é um direito de meninos e meninas. Não pode ser pensada como “auxílio aos carentes", nem como instrumento de combate à fome ou à desnutrição.
O período em que o aluno permanece na escola deve ser de bem-estar para facilitar o aprendizado. Uma boa alimentação contribui, portanto, para um melhor desempenho escolar e, consequentemente, diminui a repetência. A merenda pode contribuir, também, para formação de bons hábitos alimentares.

(Agência Unama)

Muitos substantivos possuem verbos correspondentes; assim, “alimento" tem como verbo “alimentar".

Marque a opção em que o verbo indicado para o substantivo está incorreto.

  • A Comida / Comer
  • B Escola / Estudar
  • C Merenda / Merendar
  • D Combate / Combater
  • E Aprendizado / Aprender
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XÓPIS

Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.)



Não foram os americanos que inventaram o shopping center". A forma de reescrever-se essa frase do texto que corresponde à estrutura significativa da frase original é

  • A Os americanos não foram os que inventaram o shopping center.
  • B Os americanos não foram os inventores do shopping center.
  • C O shopping center não tinha sido inventado pelos americanos.
  • D Não foram os americanos quem inventaram o shopping center.
  • E O shopping center, quem o inventou não foram os americanos.
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XÓPIS

Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.)



A frase abaixo em que a palavra sublinhada apresenta dupla possibilidade de sentido é

  • A “...e as passagens de Paris pelas quais flanava...”
  • B “se você quiser ir mais longe,...”
  • C “foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas”.
  • D “Cidades só de calçadas...”
  • E “dedicadas às compras e ao lazer”.
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Texto I

Só falta a política de redução de riscos

Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.

A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos.

Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou-se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força-Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou-se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos.

Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica nos municípios de pequeno porte.

Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida "cotidiana", não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto.

(Carlos Machado - O Globo, 01/04/2013)

A partir do fragmento a seguir, responda às questões 01, 02, 03 e 04.

"Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os mesmos".


O segundo período do segmento do texto funciona como

  • A comprovação numérica da quantidade de pessoas afetadas por desastres naturais, citada anteriormente.
  • B explicitação específica dos tipos de desastres causados aos 96 milhões de pessoas citadas no período anterior.
  • C detalhamento da informação citada no primeiro período, com esclarecimento de casos diversos de prejuízos.
  • D consequência dos desastres naturais aludidos no Atlas dos Desastres Naturais do Brasil.
  • E exemplificação de alguns tipos de desastres, mostrando que tais problemas afetam igualmente todas as classes.
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A festa cristão

A Igreja Católica denuncia a amoralidade e o materialismo pelo vazio espiritual da moderna civilização. A decomposição das famílias, a violência, a corrupção, as drogas, a dissolução dos costumes e a falta de solidariedade com os menos afortunados seriam sintomas de um mundo sem fé.
“Ao lado do racionalismo grego, nada influenciou tanto a história do Ocidente quanto o cristianismo" , registra o filósofo Karl Popper. “O cristianismo foi o principal ingrediente do pensamento europeu. Mesmo sob ataque, manteve seus críticos em sua órbita. São ainda condenados a esgrimir com a ética e a moralidade cristã até mesmo os ateus" , observa o historiador Fernand Braudel. Humanistas prisioneiros de métodos científicos, desamparados pela fé, celebram também com o Papa Francisco “o Natal como anúncio de alegria, esperança e ternura".
O historiador Paul Johnson argumenta que “a ascensão cristã não foi acidental, mas sim o atendimento de uma ampla, urgente e mal formulada necessidade de um culto monoteísta no mundo grego. As divindades tribais não forneciam mais explicações satisfatórias para uma sociedade cosmopolita em expansão, com crescentes padrões de vida e pretensões intelectuais" . Era a versão mediterrânea da globalização derrubando deuses locais.
O mesmo pode ser dito da contaminação viral das ideias socialistas. A “morte" de Deus e o “desencantamento" do mundo exigiram uma nova religião secular e universal. O marxismo e suas pretensas bases científicas revelaram‐se não apenas um formidável equívoco intelectual mas também um trágico experimento político, social e econômico. Mas disseminaram‐se por seu apelo a nossos ancestrais instintos de solidariedade e altruísmo, heranças da moralidade dos pequenos bandos e das grandes religiões. Pois, afinal, “a predisposição à crença religiosa é a mais complexa, poderosa e provavelmente irremovível força da natureza humana" , considera o biólogo Edward Wilson.
Por outro lado, apesar de criticados por sua impessoalidade e incompreendidos pelas massas, os mercados globais formam uma extensa rede de cooperação social abrangendo bilhões de indivíduos. “Nossas dificuldades resultam de que precisamos ajustar nossas vidas, pensamentos e emoções a esses dois mundos diferentes" , diagnostica o economista Friedrich von Hayek.

(Paulo Guedes, O Globo, 23/12/2013)

Assinale  a  alternativa  que  apresenta  a  correspondência  equivocada. 

  • A Amoralidade se prende ao que é imoral.
  • B Materialismo se prende ao que é material.
  • C Corrupção se prende ao que é corrupto.
  • D Solidariedade se prende ao que é solidário.
  • E Ternura se prende ao que é terno.
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Existem milhões de pessoas em todo o mundo ligadas às chamadas redes sociais virtuais. Sendo um espaço virtual em que - por definição - o contacto físico não existe, e tratando-se de um lugar onde é fácil cada um "inventar" uma personagem ou uma personalidade, todo o cuidado é pouco. E não basta que as pessoas continuem a encarar com boa-fé as tecnologias e a pensar que "do outro lado" encontram alguém sério ou bem- intencionado: se a prevenção não é suficiente - e creio que se começa a perceber que não - então é urgente que se regule a sua utilização

(http://www.dn.pt).




Segundo o texto, as redes sociais virtuais

  • A configuram a ideia de relação pessoal fundamentada principalmente no contato físico.
  • B são mecanismos de encontro imprescindíveis às relações humanas.
  • C representam para as relações sociais uma zona constante de perigo se não encaradas com cautela.
  • D constituem-se basicamente de um modelo de distanciamento que dificulta a camuflagem das identidades.
  • E refazem o paradigma clássico dos encontros interpessoais.
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Estética ou erótica?

Será que o calor excessivo deste verão está exasperando o animus beligerante das pessoas? Em carta ao jornal, a leitora Mariúza Peralva apontou a disposição do povo de agir por conta própria e fazer justiça com as próprias mãos como sintoma de descrença nos políticos e nas instituições: “Coloca fogo em pneus, quebra ônibus, quebra vitrines, ataca a polícia que, em princípio, existe para protegê-lo, joga pedra, rojão ou o que estiver à mão para fazer suas reivindicações.” Já o leitor Cláudio Bittencourt escreveu discordando: “Quem pratica tais barbaridades não é povo.” De qualquer maneira, são cada vez mais evidentes os sinais de uma cultura da violência que tem se manifestado, com vários graus de agressividade, nas brigas de trânsito, nos conflitos das torcidas nos estádios, nas discussões de rua chegando às vias de fato.
(...) Diferentemente dos atos de violência cotidiana, que pelo menos não se mascara de justa ou pedagógica, há ainda o vandalismo dos black blocs, cuja ação iconoclasta contra símbolos do capitalismo é apresentada como uma “estética”, conforme uma autodefinição, que parece desconhecer os estragos pouco estéticos que são feitos à imagem das manifestações, sem falar na morte do cinegrafista. Aliás, segundo alguns, os nossos mascarados se inspiram menos nos anarquistas e mais nos fascistas italianos do tempo de Mussolini. Pelo menos, a justificativa ideológica é parecida com o discurso dos adeptos do Futurismo, movimento que foi criado pelo escritor Tommaso Marinetti como vanguarda artística, que desprezando o passado e a tradição (considerava os museus cemitérios), exaltava a guerra como “única higiene do mundo”. Para os futuristas, o fascismo era a realização mínima do seu programa político que, por meio de uma nova linguagem capaz de exprimir a experiência da violência, da velocidade e do progresso técnico, pretendia transformar o senso estético de uma sociedade “anacrônica”.
Lembrando as cenas dos jovens mascarados atirando pedras ou se atirando eles mesmos contra as vitrines, pode-se concluir que essa coreografia da destruição é, mais do que uma estética, uma “erótica” da violência, pelo prazer mórbido com que é praticada.

(Zuenir Ventura, O Globo, 22/02/2014)


“Será que o calor excessivo deste verão está exasperando o animus beligerante das pessoas?”. A única afirmação adequada sobre os componentes desse segmento do texto é:

  • A A expressão “Será que” introduz uma ideia de opinião do enunciador.
  • B Na frase há uma sequência de causa e consequência.
  • C A forma “este” do demonstrativo se justifica por se ligar a um termo futuro.
  • D A forma verbal “está exasperando” se refere a uma ação já transcorrida.
  • E O vocábulo “animus” é um exemplo de americanismo em nossa língua.
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Alimentos especiais

Gelatinas que podem se transformar em filezinhos ou pós que viram cenouras são alguns dos produtos específicos para idosos desenvolvidos pela indústria alimentícia japonesa, que encontrou um filão no envelhecimento da sua sociedade.

Cada vez mais empresas japonesas apostam em produtos alimentícios exclusivamente dirigidos aos consumidores de idade avançada, com características como uma textura mais suave do que o habitual ou pré-cozidos e embalados individualmente.

Esses produtos podem ser encontrados nos supermercados com rótulos como "sênior" e com características adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de consumo.

Muitos japoneses da terceira idade, com mais de 65 anos, vivem e comem sozinhos – entre 20% e 40%, segundo dados da Associação Japonesa da Dieta –, o que tem feito os fabricantes optarem em apresentar os produtos em porções individuais e quase prontos para consumo.
(Notícias Uol)

Ao dizer que a indústria japonesa encontrou “um filão” no envelhecimento da sua sociedade, o autor do texto quer dizer que essa indústria

  • A especializou-se em alimentos para idosos.
  • B encontrou um espaço comercial de grandes lucros.
  • C passou a empregar grande número de idosos.
  • D dedicou-se a produzir alimentos artificiais.
  • E fabrica particularmente alimentos de baixo preço.
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XÓPIS

Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.)



O autor do texto prepara informações pertinentes para que chegue a tratar dos “rolezinhos”; a informação que antecipa uma posição contrária a esse tipo de ocorrência é

  • A “...qualquer um pode entrar num xópi”
  • B “...dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua”.
  • C “...cidades fechadas, à prova de (...) inconvenientes da rua”.
  • D Não foram os americanos que inventaram o shopping center.
  • E “Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização...”
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Texto 1 – A locomotiva desacelera
Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia mundial. Agora, porém, a locomotiva desacelera, talvez bruscamente, encerrando um longo ciclo que se caracterizou pelo boom das commodities e, ainda, por uma expansão acelerada das chamadas “economias emergentes”. Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica.
Sob o impacto da desaceleração chinesa, os “emergentes” enfrentam baixas taxas de crescimento ou, como nos casos extremos da Rússia e do Brasil, profundas recessões. Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos estrangeiros mudam de direção, trocando os “emergentes” pelos Estados Unidos. No longo “ciclo das commodities”, desenvolveu-se a tese de que os Brics constituiriam um polo econômico e político capaz de contrabalançar o poder dos Estados Unidos. Tal tese é uma vítima ilustre da transição global que está em curso. (Mundo, outubro de 2015)
O título dado ao texto 1 exemplifica linguagem figurada; nesse título ocorre:
  • A uma comparação, a partir de uma semelhança, entre a China e uma locomotiva;
  • B uma substituição eufemística da palavra “China” pela palavra “locomotiva”;
  • C um evidente exagero ao mostrar a velocidade da economia chinesa em comparação com a das modernas locomotivas;
  • D uma maneira atenuada de referir-se à decadência da economia chinesa com o verbo “desacelerar”;
  • E uma substituição da palavra “maquinista” pela palavra “locomotiva”.
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Texto 2 - Os bebés e a TV

Os bebés têm uma necessidade muito grande de interação. É esta que permite um saudável desenvolvimento. Como as cores, os movimentos animados e os sons da televisão captam facilmente a atenção dos bebés, muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches - cerca de 73% das crianças vê televisão na creche, segundo a Deco) usam-nas como “babysitters”

A utilização excessiva da televisão pode comprometer a capacidade do bebé em explorar o ambiente, comunicar, aprender a distrair-se sozinho, acalmar-se de forma autónoma, e aprender a brincar - o que mais tarde pode comprometer o desenvolvimento da capacidade simbólica, fundamental para a saúde mental da criança.

A televisão é uma fonte de hiperestimulação desajustada para os bebés, não só por alguns conteúdos mas principalmente pelos seus ritmos bem mais acelerados e estimulantes que o ritmo da vida real. O seu uso pode deixar o bebé agitado pela quantidade de informação que o seu cérebro terá de processar (pois cada imagem televisiva é constituída por um conjunto de centenas de pontos luminosos). Um bebé pequeno não consegue acompanhar a velocidade da sequência de imagens, nem os cortes constantes de luz e de som, sendo estes ansiogénicos. Os bebés avaliam a sua segurança através dos ritmos, das rotinas, da tranquilidade, assim, qualquer presença disrítmica, como a da televisão, será geradora de ansiedade, aumentando o choro e dificultando o sono. (CAROLINA Albino, Sapolifestyle)

Entre as palavras abaixo, retiradas do texto 2, aquela cujo elemento inicial destacado tem seu valor semântico corretamente indicado é:

  • A hiperestimulação / hiper: deficiência;
  • B disrítmica / dis: dificuldade;
  • C televisão / tele: em cores;
  • D acalmar-se / a: negação;
  • E autônoma / auto: individual.
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Volta à polêmica sobre patente de remédios

Patentes de medicamentos geralmente são reconhecidas pelo prazo de dez anos, de acordo com regras internacionais aceitas por muitos países. Esse prazo inclui a fase final de desenvolvimento dos medicamentos, chamada pipeline no jargão técnico. Muitas vezes, esse período até o lançamento comercial do produto pode levar até quatro anos, de modo que em vários casos o laboratório terá efetivamente cerca de seis anos e proteção exclusiva para obter no mercado o retorno do investimento feito.

A partir da perda de validade da patente, o medicamento estará sujeito à concorrência de produtos similares e genéricos que contenham princípios ativos encontrados no original. Por não embutirem os custos de pesquisa e desenvolvimento do produto original, os genéricos e similares podem ser lançados a preços mais baixos do que os dos medicamentos de marca, que, no período de proteção exclusiva, tiveram a oportunidade de conquistar a confiança do consumidor e dos médicos que os prescrevem para seus pacientes.

A pesquisa para obtenção de novos medicamentos comprovadamente eficazes envolve somas elevadíssimas. Daí que geralmente as empresas que estão no topo da indústria farmacêutica são grandes grupos internacionais, ficando os laboratórios regionais mais voltados para a produção de genéricos e similares.

A necessidade de se remunerar o investimento realizado faz com que, não raramente, os remédios sejam caros em relação à renda da maioria das pessoas, e isso provoca conflitos de toda ordem, em especial nos países menos desenvolvidos, onde se encontram também as maiores parcelas da população que sofrem de doenças endêmicas, causadas por falta de saneamento básico, habitação insalubre, deficiências na alimentação etc.Muitas vezes para reduzir o custo da distribuição de medicamentos nas redes públicas os governos investem em laboratórios estatais, que se financiam com subsídios e verbas oficiais, diferentemente de empresas, que precisam do lucro para se manterem no mercado. Esse conflito chega em alguns momentos ao ponto de quebra de patente por parte dos países que se sentem prejudicados. O Brasil mesmo já recorreu a essa decisão extrema em relação ao coquetel de remédios para tratamento dos pacientes portadores do vírus HIV e dos que sofrem com a AIDS, chegando depois a um entendimento com os laboratórios.

O tema da quebra de patente voltou à tona depois que a Corte Superior da Índia não reconheceu como inovação um medicamento para tratamento do câncer que o laboratório suíço Novartis considera evolução do seu remédio original, Glivec. A patente foi reconhecida nos Estados Unidos e em outros 39 países, o que provocou a polêmica. O Brasil hoje é cauteloso nessa questão. Optou por uma atitude mais pragmática, que tem dado bons resultados e permitido, inclusive, o desenvolvimento de novos medicamentos no país. A quebra de patente não pode ser banalizada.


(O Globo, 07/04/2013)

O texto justifica uma série de realidades na área de patentes de medicamentos. Nas alternativas a seguir, o fato e a justificativa apresentada casam perfeitamente,
à exceção de uma. Assinale- a.

  • A Os preços dos genéricos e similares são mais baixos porque seus fabricantes não gastaram dinheiro em pesquisas.
  • B Os genéricos não são tão eficientes em sua utilização porque só apresentam os princípios ativos dos remédios originais.
  • C Os remédios são caros, em muitas vezes, em relação à renda da maioria das pessoas nos países menos desenvolvidos.
  • D Casos de quebras de patentes provém do conflito entre necessidade social e preços dos medicamentos.
  • E Os laboratórios necessitam de lucro na venda de medicamentos a fim de manterem o alto nível da pesquisa.
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XÓPIS

Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópi

No texto aparece a expressão “primeiro mundo” grafada de duas maneiras distintas: “...ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo” e “... as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira...”.

Isso se explica pelo fato de :

  • A ter havido um erro na segunda grafia.
  • B indicar uma possibilidade de dupla grafia, com o mesmo sentido.
  • C criticar a desigualdade social com a primeira grafia.
  • D ironizar a nossa realidade com a segunda grafia.
  • E mostrar uma diferença de valor entre as realidades representadas.
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Os problemas do trânsito no mundo

Marisa Diniz

Atualmente o maior desafio das grandes cidades ao redor do planeta é o trânsito. O crescimento desnorteado das cidades, o mau planejamento, a falta de investimentos em infraestrutura e transporte público vêm colaborando para o aumento da circulação de veículos, e consequentemente tem agravado o problema de congestionamento nos grandes centros urbanos.
Em algumas cidades o horário do rush é sempre incerto, pois o volume de veículos é sempre elevado em todos os horários. Algumas soluções para o problema seria o investimento em meios de transportes alternativos, mas que muitas vezes são deixados de lado por falta de recursos necessários ou projetos defasados.
A bicicleta, apesar de ser o meio de transporte mais viável aos grandes centros urban os, nem sempre acaba sendo o melhor e mais eficiente. Cidades onde não há investimentos em ciclovias, sinalizações propícias, educação de trânsito e falta de segurança acabam sendo um perigo e não uma solução.
A solução mais rápida a ser tomada é investir em transporte público de qualidade com várias opções a fim de diminuir o volume de veículos nas principais vias de acesso aos centros. Investimentos estes que poriam fim aos congestionamentos em horários de grande fluxo de veículos e que proporcionariam um atrativo aos usuários de veículos.


“investir em transporte público de qualidade com várias opções”; nesse segmento do texto, “várias opções” é o mesmo que:

  • A diferentes opções;
  • B opções variadas;
  • C muitas opções;
  • D algumas opções;
  • E poucas opções.
20

Entre as palavras abaixo, aquela que mostra uma formação distinta das demais é:

  • A promoção;
  • B proteção;
  • C internação;
  • D população;
  • E prevenção.

Matemática

21

Seja f uma função linear tal que f (7) - f (3) = 10

O valor f (15) - f (5) é

  • A 20
  • B 25
  • C 30
  • D 35
  • E 40
22

Em um encontro de artistas, o cadastro dos participantes mostrou a distribuição das pessoas de acordo com sua área de atuação. Essa distribuição pode ser vista na tabela a seguir:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Estes dados podem ser representados em um gráfico de setores como o abaixo:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

O ângulo central do setor que representa os artistas de Teatro mede, aproximadamente:

  • A 62 o ;
  • B 65o ;
  • C 68o ;
  • D 72o ;
  • E 75o .
23

Uma televisão pode ser comprada em certa loja por R$860,00 à vista ou em duas parcelas de R$460,00, uma no ato da compra e a outra 30 dias depois.

A taxa de juros ao mês que a loja está cobrando é de:

  • A 8%;
  • B 10%;
  • C 12%;
  • D 15%;
  • E 18%.
24

Uma pequena rua que liga a estrada até a porta de entrada de uma fazenda foi pavimentada com paralelepípedos. Os operários assentaram, no primeiro dia, 200 paralelepípedos, no segundo dia, 210 paralelepípedos, no terceiro dia 220 paralelepípedos e, assim por diante. A cada dia, com a prática, os operários assentavam 10 paralelepípedos a mais do que no dia anterior e o trabalho durou 20 dias.

O número total de paralelepípedos assentados nessa rua, durante esses 20 dias, foi

  • A 5900.
  • B 6200.
  • C 6500.
  • D 6800.
  • E 7200.
25
João coordena as 5 pessoas da equipe de manutenção de uma empresa e deve designar, para cada dia, as pessoas para as seguintes funções:

• uma pessoa da equipe para abrir o prédio da empresa e fiscalizar o trabalho geral;
• duas pessoas da equipe para o trabalho no turno da manhã, deixando as outras duas para o turno da tarde.

O número de maneiras diferentes pelas quais João poderá organizar essa escala de trabalho é:
  • A 10;
  • B 15;
  • C 20;
  • D 30;
  • E 60.
26

Considere os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {5, 6, 7, 8, 9}. São escolhidos ao acaso um número do conjunto A e um número do conjunto B e o produto desses números é calculado.

A probabilidade de que esse produto seja um número par é:

  • A 60%;
  • B 64%;
  • C 67%;
  • D 72%;
  • E 76%.
27
Um professor deseja dividir um grupo de cinco alunos em dois grupos: um com dois alunos e o outro com três alunos. Dos cinco alunos, dois deles são especiais.
De quantas maneiras diferentes o professor pode fazer a divisão dos cinco alunos em dois grupos, de modo que cada grupo tenha um aluno especial?
  • A 3.
  • B 4.
  • C 5.
  • D 6.
  • E 10.
28

Somando-se três números inteiros dois a dois, obtêm-se os seguintes resultados: 12, 26 e 48.

O maior desses três números inteiros é

  • A 28.
  • B 29.
  • C 30.
  • D 31.
  • E 32.
29

Francisco não tinha herdeiros diretos e assim, no ano de 2003, no dia do seu aniversário, fez seu testamento. Nesse testamento declarava que o saldo total da caderneta de poupança que possuía deveria ser dividido entre seus três sobrinhos em partes proporcionais às idades que tivessem no dia de sua morte. No dia em que estava redigindo o testamento, seus sobrinhos tinham 12, 18 e 20 anos. Francisco morreu em 2013, curiosamente, no dia do seu aniversário e, nesse dia, sua caderneta de poupança tinha exatamente R$ 300.000,00. Feita a divisão de acordo com o testamento, o sobrinho mais jovem recebeu:

  • A R$ 72.000,00
  • B R$ 82.500,00
  • C R$ 94.000,00
  • D R$ 112.500,00
  • E R$ 120.000,00
30

André, Bianca e Carlota viajaram juntos em um final de semana e combinaram que, ao final da viagem, dividiriam as despesas igualmente entre os três.

Durante o final de semana, André pagou despesas no valor de R$ 360,00, Bianca pagou R$ 420,00 e Carlota pagou R$ 600,00. No acerto de contas, André e Bianca deram, respectivamente, x reais e y reais para Carlota.
O valor de x+y é

  • A 420.
  • B 240.
  • C 140.
  • D 120.
  • E 100.
31

A figura a seguir mostra uma reta racional colocada sobre um segmento (em negrito na figura).



Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A reta é girada 180º no sentido horário em torno do ponto marcado com o número 3. O segmento, no entanto, fica fixo e suas extremidades passam a coincidir com novos números da reta.
Após o giro, a diferença entre o maior e o menor número das novas extremidades do segmento, é
  • A 0.
  • B 1.
  • C 2.
  • D 3.
  • E 4.
32

Paulo e mais 9 amigos trabalham em uma empresa de informática. Para fazer a manutenção dos equipamentos, 3 pessoas desse grupo serão sorteadas para trabalhar no próximo sábado.

A probabilidade de que Paulo trabalhe nesse sábado é de

  • A 20%.
  • B 30%.
  • C 40%.
  • D 50%.
  • E 60%.
33
Em uma unidade educacional, o consumo médio mensal de fraldas descartáveis de setembro de um ano a maio do ano seguinte é de 240 unidades. Com a chegada do inverno, nos meses de junho, julho e agosto, esse consumo mensal aumenta 15%.
O consumo médio anual de fraldas descartáveis nessa unidade educacional é de
  • A 2880.
  • B 2900.
  • C 2928.
  • D 2968.
  • E 2988.
34

Três retângulos iguais medindo 30 cm por 10 cm foram arrumados como na figura a seguir, formando um polígono de 12 vértices.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

O perímetro desse polígono é igual a

  • A 200 cm
  • B 210 cm
  • C 220 cm.
  • D 230 cm.
  • E 240 cm.
35

Em uma equipe operacional com 24 membros, a razão entre o número de mulheres e o número de homens é 3 /5 .
Nessa equipe, o número de homens a mais do que o de mulheres é de:

  • A 3;
  • B 4;
  • C 5;
  • D 6;
  • E 8.

Geografia

36

A partir do final do século XIX, a invenção do pneu e a popularização do automóvel tornaram a borracha um produto de grande valor e de grande procura pelas indústrias.
No início do século XX, metade da borracha consumida no mundo saía da Amazônia e, logo, o extrativismo do látex tornou-se o motor do processo de organização do espaço na região ao estimular

  • A a construção de rodovias, que integraram a região amazônica ao restante do país.
  • B os investimentos em construção de usinas hidrelétricas, para atender à demanda de energia.
  • C a construção dos portos de Belém e de Manaus, para exportar a produção de borracha.
  • D a incorporação de Rondônia ao território brasileiro e a fundação da cidade Porto Velho.
  • E a instalação de indústrias de base, que realizavam a transformação do látex em borracha.
37

A regionalização do espaço mundial, ao agrupar os países, possibilita comparar as diferenças e as semelhanças entre eles, além de aspectos gerais e particulares, permitindo obter uma análise mais ampla do espaço mundial.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A regionalização, proposta no mapa, divide o mundo em duas regiões, utilizando como critério

  • A o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB).
  • B o papel desempenhado na geopolítica mundial.
  • C a capacidade de inovação tecnológica.
  • D o nível de desenvolvimento socioeconômico.
  • E o potencial de atração de investimentos.
38

Para a maioria dos historiadores da geografia, Alexander Von Humboldt é considerado o primeiro a, verdadeiramente, estabelecer as novas regras do pensamento geográfico moderno.
(Gomes, Paulo Cesar da Costa. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.)

Com relação à obra de Humboldt, analise as afirmativas a seguir.

I. Humboldt retomou a observação direta e a descrição detalhada dos naturalistas e juntou a elas uma preocupação permanente de proceder a comparações gerais e evolutivas.
II. Cada observação de Humboldt era analisada separadamente e em seguida recolocada em conexão com as outras, a fim de resgatar uma verdadeira cadeia explicativa.
III. O olhar de Humboldt tinha por objeto os elementos mais variados do meio físico, mas não se limitava a eles, observava também os elementos sociais.
Assinale:

  • A se somente a afirmativa I está correta.
  • B se somente a afirmativa II está correta.
  • C se somente as afirmativas I e II estão corretas.
  • D se somente as afirmativas II e III estão corretas.
  • E se todas as afirmativas estão corretas.
39

A partir da década de 1970, o termo globalização tornou-se representativo da atual etapa expansionista do sistema socioeconômico capitalista.
Assinale a opção que apresenta uma característica desse expansionismo.

  • A Surgimento das grandes corporações transnacionais.
  • B Introdução de novas fontes de energia como o petróleo.
  • C Aumento do poder das fronteiras dos Estados nacionais.
  • D Criação dos setores industriais petroquímico e metal- mecânico.
  • E Aceleração dos fluxos de capitais, de mercadorias e de informações.
40

As diferenças de interesse entre os Estados nacionais, essenciais para as concepções da geopolítica clássica, perdem importância diante da configuração de uma "nova" geopolítica da segurança, relacionada com as ameaças globais.

Entre as ameaças globais não é correto incluir as redes de

  • A terrorismo não-estatais.
  • B narcotráfico transnacionais.
  • C espionagem de informações.
  • D tráfico de armas e munições.
  • E órgãos intergovernamentais.
41

O Brasil apresenta uma considerável tipologia climática que é decorrente de sua extensão geográfica e da conjugação entre os elementos e sistemas atmosféricos e os fatores geográficos particulares da América do Sul e do país. Com relação à região Sul do Brasil, constata-se que os climas:

  • A são controlados por massas de ar tropicais e polares, sendo predominante o clima subtropical úmido das costas orientais e subtropicais dominados por massa tropical seca. A massa equatorial amazônica também atua na formação desse tipo climático, atuando durante o outono e o inverno;
  • B têm uma maior regularidade na distribuição anual da pluviometria, com baixas temperaturas no inverno. Essas características resultam da associação entre a posição geográfica da área, seu relevo e a atuação dos sistemas atmosféricos intertropicais e polares;
  • C apresentam uma regularidade térmica anual espacial, anuindo com o regime pluviométrico. Observa-se uma sazonalidade da temperatura, sendo o verão marcadamente de quente a fresco, dominado por massas tropicais, e o inverno de fresco a frio, dominado por massas polares;
  • D das capitais Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre são do tipo mesotérmico com verões frescos, sem estação seca e com ocorrência frequente de geadas no inverno. Curitiba é considerada a capital mais fria do país, o que se deve à ação mais agressiva da massa de ar polar no inverno;
  • E são marcados pela atuação dos sistemas atmosféricos de origem continental e equatorial (no verão), que respondem por elevado índice pluviométrico regional, bastante representativo no interior, na porção litorânea e nas elevações da serra do Mar e da serra Geral.
42

As rochas ígneas ácidas são bastante comuns na crosta continental e, quando intemperizadas sob clima tropical úmido, dão origem a mantos saprolíticos espessos e ricos em argila e areia, frequentemente associados com latossolos. A classificação desse tipo de rocha é determinada:

  • A pelo teor de SiO2 superior a 65%;
  • B pelo teor de SiO2 inferior a 65%;
  • C por valores de pH superiores a 7,0;
  • D por valores de pH inferiores a 7,0;
  • E pela ausência de quartzo em lâminas petrográficas.
43

As projeções cartográficas são soluções para transformar a superfície esférica da Terra em um desenho plano. Essas transformações sempre geram algum tipo de distorção. O mapa a seguir, utiliza a projeção azimutal.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Sobre a projeção azimutal, analise as afirmativas a seguir.

I. A projeção azimutal conserva as formas e a proporção das áreas.
II. A projeção azimutal apresenta distorções mais acentuadas no centro do mapa.
III. A projeção azimutal preserva as direções verdadeiras a partir do ponto central do mapa.
Assinale:

  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente a afirmativa III estiver correta.
  • D se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • E se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
44

Leia o texto a seguir.

Planeta bola

A Organização das Nações Unidas (ONU) é a entidade global
que melhor representa a união dos povos e o espírito de
integração dos países no pós-guerra. Uma outra entidade parece
competir com a ONU quando o assunto é representar e unir as
nações ao redor do globo: a FIFA. Esta tem mais membros que a
ONU: 209 filiados, contra 193.
Como uma entidade esportiva pode atrair mais países que um
órgão político do calibre da ONU?
É que a FIFA é bem mais flexível na hora de aceitar novos
membros: ela reconhece, como "país", diversos territórios que, na
verdade, não têm tal status político. Basta ter uma federação de
futebol, um escudo e uma camisa para entrar no jogo global.

(Adaptado de Dearo, Guilherme. 20 países que fazem parte da FIFA - mas não da
ONU
. Disponível em http://exame.abril.com.br/.)

De acordo com o fragmento acima, os membros da ONU devem possuir o status de

  • A estado nacional.
  • B nação.
  • C território transnacional.
  • D povo soberano.
  • E autonomia política.
45

O território brasileiro situa-se em sua quase totalidade nos segmentos das baixas latitudes. É atravessado pela linha do Equador e pelo Trópico de Capricórnio, indicando que as marcas da tropicalidade se manifestam em quase todo o espaço nacional.
Sobre as características do ambiente tropical e seu papel no espaço geográfico brasileiro, assinale a opção correta.

  • A As diferenças sazonais marcadas pelo regime de chuvas ocorrem em uma pequena porção do território brasileiro.
  • B A vegetação arbórea só aparece onde a temperatura média do verão atinge 10º C e a amplitude térmica é elevada.
  • C A circulação atmosférica controlada pela Zona de Convergência Intertropical afeta apenas o extremo norte do território brasileiro.
  • D As baixas amplitudes térmicas anuais são registradas desde o extremo norte até, aproximadamente, 20º de latitude sul.
  • E A fraca intensidade da radiação solar produz temperaturas médias baixas e baixos índices pluviométricos.
46

O modelo de desenvolvimento econômico brasileiro, a partir dos anos 1950, levou a significativas transformações na forma de ocupação do território e na distribuição espacial da produção e da população.
A partir do fragmento acima, assinale a opção que apresenta corretamente transformações ocorridas até a década de 1980.

  • A O país passa a dispor de um parque industrial integrado setorialmente, capaz de ser posto a serviço de diferentes estratégias de crescimento.
  • B As atividades informais sofrem redução e ocorre decréscimo nos serviços e equipamentos de uso coletivo.
  • C A concentração espacial da atividade industrial se acentua e diminui a integração produtiva das diversas regiões brasileiras.
  • D A mudança espacial da produção agropecuária se deu, principalmente, pelo avanço da produção nas áreas de mata atlântica.
  • E Os pontos mais distantes do território nacional estão interligados por complexas redes ferroviárias e de telecomunicação.
47

As funções urbanas possuem uma forma espacial conhecida como rede urbana. São muitos os tipos de rede urbana segundo as suas formas, simples ou complexas. Um dos exemplos mais conhecidos de rede urbana simples é a rede dendrítica.
Sobre as características das redes dendríticas, analise as afirmativas a seguir.

I. Possuem uma cidade primaz que concentra a maior parte do comércio atacadista, da renda, da elite regional e do mercado de trabalho urbano.
II. Apresentam um grande número de pequenos centros urbanos indiferenciados entre si, no que diz respeito ao comércio varejista.
III. São formadas a partir da criação de uma cidade estratégica situada em uma posição central em relação à sua futura área de influência.
Assinale:

  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • D se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas.
48

Uma pessoa que realiza as cinco fases necessárias na fabricação de um só produto só pode fabricar uma unidade.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Cinco pessoas, cada uma delas especializada em uma das fases de fabricação, fabricam dez unidades ao mesmo tempo.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A alteração na forma de organização do trabalho caracterizada na imagem está de acordo com um determinado modelo de organização da produção.
Assinale a opção que identifica, respectivamente, esse modelo e uma característica dele.

  • A Keynesianismo / concentração espacial da produção.
  • B Volvismo / grandes aglomerações urbanas.
  • C Fordismo / flexibilidade de localização industrial.
  • D Taylorismo / grandes unidades fabris.
  • E Toyotismo / rigidez da mão de obra.
49

A mineração e o garimpo são atividades que exercem forte interferência no ambiente natural do território brasileiro desde o período colonial.
Sobre a ocorrência e a exploração de recursos minerais no território brasileiro, assinale a opção incorreta.

  • A Grandes reservas petrolíferas são encontradas nas bacias sedimentares oceânicas, nas áreas de plataforma continental.
  • B A extração de ferro, na província mineral de Carajás, aplica tecnologias modernas, mas ainda assim, interfere no ecossistema.
  • C O garimpo do ouro é feito nos leitos dos rios e nos depósitos de sedimentos dos terraços e das planícies fluviais.
  • D As principais reservas de minério de carvão, atualmente conhecidas, são encontradas na bacia sedimentar amazônica.
  • E A extração de areia, espacialmente difundida, desempenha papel importante na indústria da construção civil.
50

As crianças possuem uma percepção inata das relações de proporção e localização. O trabalho dos docentes deve desenvolver a percepção natural das crianças desde os anos inicias di Ensino Fundamental. Daí a importância de estimular a confecção de desenhos por parte dos alunos. Para isso, o professor propõe a uma turma do 3º ano do Ensino Fundamental a seguinte atividade: desenhar a sala de aula vista de cima, ou seja, a partir do ponto de vista vertical.
O docente pretende, com essa atividade, introduzir o conteúdo de

  • A legenda.
  • B curva de nível.
  • C projeção cartográfica.
  • D coordenadas cartográficas.
  • E representação cartográfica.