Resolver o Simulado FGV

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Matemática

1

Observe a sequência de números naturais a seguir:

1, 3, 5, 2, 4, 7, 9, 11, 6, 8, 13, 15, 17, 10, 12, 19, ...

O 87° termo dessa sequência é o número:

  • A 87.
  • B 99.
  • C 101.
  • D 103.
  • E 105.

Raciocínio Lógico

2
Se um elefante carrega muita gente e três elefantes carregam o triplo disso, pode-se dizer que a relação entre a quantidade de elefantes e a quantidade de pessoas por eles carregadas é:
  • A exponencial pelo número de elefantes;
  • B diretamente proporcional;
  • C quadrática;
  • D inversamente proporcional;
  • E logarítmica pelo número de elefantes.
3

No primeiro dia útil de junho, Márcio fez um empréstimo de R$1000,00 em uma financeira que cobra 10% de juros ao mês. No primeiro dia útil de julho, Márcio pagou R$400,00, no primeiro dia útil de agosto, pagou novamente R$400,00 e no primeiro dia útil de setembro, fez o último pagamento liquidando sua dívida.

O valor do último pagamento de Márcio foi

  • A R$407,00.
  • B R$242,00.
  • C R$370,00.
  • D R$200,00.
  • E R$500,00.
4

Considere todos os números de três algarismos distintos cujos algarismos são 1, 3 e 5.

A soma de todos esses números é

  • A 999.
  • B 1332
  • C 1554.
  • D 1998.
  • E 2134
5

Carolina ganhou uma quantidade grande de pequenos frascos de um perfume.
Cada frasco contém 15 mL de perfume.
Carolina deseja abrir o número mínimo de frascos para encher completamente uma embalagem de 200 mL com esse perfume.
A quantidade de frascos que ela deve abrir é

  • A 13.
  • B 14.
  • C 15.
  • D 16.
  • E 17.

Matemática

6

O aniversário da cidade de Aracaju é o dia 17 de março que, em 2015 caiu em uma terça-feira. Como o próximo ano será bissexto, o mês de fevereiro terá um dia a mais. Portanto, o dia 17 de março de 2016 cairá em:

  • A uma segunda-feira;
  • B uma quarta-feira;
  • C uma quinta-feira;
  • D uma sexta-feira;
  • E um domingo.
7
Uma máquina é capaz de imprimir e encadernar cada exemplar de um determinado livro em 2min45s.
Trabalhando continuamente, o tempo que essa máquina levará para imprimir e encadernar 100 livros é:
  • A 3h45min;
  • B 3h55min;
  • C 4h15min;
  • D 4h25min;
  • E 4h35min.
8
Para conforto dos cadeirantes, as normas da ABNT recomendam que, no caso dos armários, a prateleira mais baixa fique a 30 cm do piso e a prateleira mais alta, a 1,20 m do piso.
Certo armário desse tipo possui 5 prateleiras igualmente espaçadas. A distância vertical entre duas prateleiras vizinhas é de
  • A 15,0 cm.
  • B 18,0 cm.
  • C 20,5 cm.
  • D 22,5 cm
  • E 25,0 cm.
9

Uma rodovia liga as cidades X e Y. Ao meio dia de certo dia, um carro sai de X em direção a Y com velocidade constante de 100 km/h e, nesse mesmo horário, um caminhão sai de Y em direção a X com velocidade constante de 60 km/h.

O carro e o caminhão encontram-se faltando 15 minutos para as 2 horas da tarde.

A distância rodoviária entre as duas cidades é de

  • A 260 km.
  • B 280 km.
  • C 300 km.
  • D 320 km.
  • E 340 km.
10

Uma população de bactérias cresce exponencialmente, de forma que o número P de bactérias t horas após o instante inicial de observação do fenômeno pode ser modelado pela função

P(t) = 15 x 2t +2

De acordo com esse modelo, a cada hora, a população de bactérias

  • A cresce 20%.
  • B cresce 50%
  • C dobra.
  • D triplica.
  • E quadruplica.

Português

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TEXTO 3 – A FAMÍLIA MUDOU

Nasci e vivi minha infância numa família constituída por três gerações, vivendo sob o mesmo teto, harmoniosa e amorosamente: meus avós, meus pais, meus tios casados, minhas tias solteiras e nós, os oito netos. Éramos 20 pessoas. Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à educação das crianças. Na minha família só havia, inicialmente, uma mulher que trabalhava fora, minha mãe, que era professora. Muitos anos depois, três de minhas tias solteiras foram trabalhar fora.

Lembro-me até hoje, embora muitas décadas tenham se passado, da enorme sala de jantar, com uma grande mesa retangular onde se sentavam 12 adultos, para as refeições e para as prolongadas conversas, e uma mesa oval, onde se sentavam as oito crianças e adolescentes – os netos.

Vivi uma infância tranquila numa família nuclear unida. Minha adolescência e juventude já foi passada numa família constituída por meus pais, ambos trabalhando e contribuindo para o sustento da família, meu irmão e eu. Todos os domingos nos reuníamos à família inicial, na enorme casa da Rua do Bispo, hoje integrando o espaço físico ocupado pela Universidade Estácio de Sá, em inesquecíveis almoços e ceias.

A família brasileira mudou.
TEXTO 3 – A FAMÍLIA MUDOU

Teresinha Saraiva

Nasci e vivi minha infância numa família constituída por três gerações, vivendo sob o mesmo teto, harmoniosa e amorosamente: meus avós, meus pais, meus tios casados, minhas tias solteiras e nós, os oito netos. Éramos 20 pessoas. Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à educação das crianças. Na minha família só havia, inicialmente, uma mulher que trabalhava fora, minha mãe, que era professora. Muitos anos depois, três de minhas tias solteiras foram trabalhar fora.

Lembro-me até hoje, embora muitas décadas tenham se passado, da enorme sala de jantar, com uma grande mesa retangular onde se sentavam 12 adultos, para as refeições e para as prolongadas conversas, e uma mesa oval, onde se sentavam as oito crianças e adolescentes – os netos.

Vivi uma infância tranquila numa família nuclear unida.

Minha adolescência e juventude já foi passada numa família constituída por meus pais, ambos trabalhando e contribuindo para o sustento da família, meu irmão e eu.

Todos os domingos nos reuníamos à família inicial, na enorme casa da Rua do Bispo, hoje integrando o espaço físico ocupado pela Universidade Estácio de Sá, em inesquecíveis almoços e ceias.

A família brasileira mudou.

A forma verbal “lembro-me", se colocada no plural correspondente, deveria assumir a seguinte forma:
  • A lembremos-nos;
  • B lembramos-nos;
  • C lembro-nos;
  • D lembramo-nos;
  • E lembremo-nos.
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Texto I

Cobrar responsabilidade

No início do mês, um assaltante matou um jovem em São Paulo com um tiro na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o celular. Identificado por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, o criminoso foi localizado pela polícia, mas - apesar de todos os registros que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato - não ficará um dia preso. Menor de idade, foi "apreendido" e levado a um centro de recolhimento. O máximo de punição a que está sujeito é submeter-se, por três anos, à aplicação de medidas "socioeducativas".

Não é um caso isolado na crônica de crimes cometidos por menores de idade no país. Mas houve, nesse episódio de São Paulo, uma circunstância que o transformou em mais um exemplo emblemático do equivocado abrigo legal que o Estatuto da Criança e do Adolescente confere a criminosos que estão longe de poderem justificar suas ações com o argumento da imaturidade: ao disparar friamente contra o estudante paulista, a assaltante estava a três dias de completar 18 anos. Pela selvageria do assassinato, o caso remete à barbárie de que foi vítima, no Rio, o menino João Hélio, em 2007. Também nesse episódio, um dos bandidos que participaram do martírio do garoto estava a pouco tempo de atingir a maioridade.

Nos dois casos, convencionou-se, ao anteparo do ECA, que a diferença de alguns dias - ou, ainda que o fosse, de alguns meses -teria modificado os padrões de discernimento dos assassinos. Eles não saberiam o que estavam fazendo. É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade, como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar a lei.

O raciocínio, nesses casos, é tão cristalino quanto perverso: colocam-se jovens, muitos dos quais mal entraram na adolescência, na linha de frente de ações criminosas porque, protegidos pelo ECA, e diante da generalizada ruína administrativa dos órgãos encarregados de aplicar as medidas socioeducativas, na prática eles são inimputáveis. Tornam-se, assim, personagens de vestibulares para a entrada em definitivo, sem chances de recuperação, numa vida de crimes.

É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive de recuperação diante de deslizes sociais. Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o certo e o errado à luz das regras sociais. Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que cobra obrigações daqueles a quem pretende proteger.

O país precisa rever o ECA, principalmente no que tange ao limite de idade para efeitos de responsabilidade criminal. É uma atitude que implica coragem (de enfrentar tabus que não se sustentam no confronto com a realidade) e o abandono da hipocrisia (que tem cercado esse imprescindível debate).

(O Globo, 22/04/2013)

"Não é um caso isolado na crônica de crimes cometidos por menores de idade no país. Mas houve, nesse episódio de São Paulo, uma circunstância que o transformou em mais um exemplo emblemático do equivocado abrigo legal que o Estatuto da Criança e do Adolescente confere a criminosos que estão longe de poderem justificar suas ações com o argumento da imaturidade: ao disparar friamente contra o estudante paulista, a assaltante estava a três dias de completar 18 anos".

Como o texto defende a redução do limite de idade penal previsto no ECA, o autor apresenta argumentos contrários à consideração vigente.

Nesse segmento, o principal argumento utilizado é o de que
  • A o crime foi cometido pouco antes de o criminoso atingir a maioridade.
  • B o ato hediondo recebe a proteção legal.
  • C a imaturidade não é argumento aplicável a todos os menores
  • D a intenção criminosa dos assaltantes é flagrante.
  • E a frieza mostrada na grande maioria dos crimes.
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Os benefícios da merenda escolar

A alimentação é uma necessidade básica ao desenvolvimento do ser humano. Nas fases da infância e da adolescência, alimentos de qualidade favorecem o crescimento tanto do aspecto físico, como do intelectual, do emocional e do social.
Nesse sentido, a merenda escolar é fundamental, pois ela pode influenciar bastante no desempenho do aluno. Por isso, o Estatuto da Criança e o Adolescente (ECA) estabelece como função do Estado assegurar a alimentação de qualidade na escola.
A merenda escolar é um direito de meninos e meninas. Não pode ser pensada como “auxílio aos carentes", nem como instrumento de combate à fome ou à desnutrição.
O período em que o aluno permanece na escola deve ser de bem-estar para facilitar o aprendizado. Uma boa alimentação contribui, portanto, para um melhor desempenho escolar e, consequentemente, diminui a repetência. A merenda pode contribuir, também, para formação de bons hábitos alimentares.

(Agência Unama)

Os jornais falam bastante do perigo de a alimentação inadequada provocar “obesidade".

Marque a opção que indica o significado da palavra “obesidade".

  • A Sal demais na comida.
  • B Alimentação mal preparada.
  • C Pouca quantidade de alimentos.
  • D Excesso de peso.
  • E Contaminação dos alimentos.
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Texto 3 – Carta do Leitor – Aposentadoria

O governo federal tem que escolher se quer mesmo fazer uma regra de aposentadoria para valer ou vai fazer outra pequena e de duvidosa justiça para todos. Se vai ser para valer, terá que acabar com a curiosa aberração que é a aposentadoria para mulher ser antecipada em cinco anos; absurdo inexistente em praticamente todo o mundo, além do que, no Brasil, elas vivem em média 8 anos a mais que os homens. A dupla jornada, antiga alegação, hoje é compartilhada com seus maridos e companheiros e não serve mais. O governo terá também que acabar com a aposentadoria de cinco anos menos para professores, uma vez que não há razão para esse benefício. Independentemente de sexo ou profissão, todos têm que pagar pelo mesmo número de anos. (O Globo, 9/10/2015)

A carta do leitor, transcrita no texto 3, mostra exemplos de linguagem coloquial; o segmento abaixo que exemplifica essa variedade de linguagem é:

  • A “O governo federal tem que escolher se quer mesmo fazer uma regra de aposentadoria para valer";
  • B “...vai fazer outra pequena e de duvidosa justiça para todos";
  • C “O governo terá também que acabar com a aposentadoria de cinco anos";
  • D “Independentemente de sexo ou profissão, todos têm que pagar pelo mesmo número de anos";
  • E “...absurdo inexistente em praticamente todo o mundo, além do que, no Brasil, elas vivem em média 8 anos a mais que os homens".
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Nossa Missão

Você e eu estamos na Terra para nos reproduzirmos. Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar o fora. Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é decorrência ou é passatempo. O que vem antes e depois dos nossos anos férteis é só o prólogo e o epílogo. Se a natureza quisesse otimizar seus métodos já nasceríamos púberes e morreríamos assim que nossos filhos, que também nasceriam púberes, pudessem criar seus filhos (púberes) sem a ajuda dos avós. Daria, no total, aí uns 35, 40 anos de vida, e adeus. O que resolveria a questão demográfica do planeta e, claro, os problemas da Previdência. Mas a Natureza nos dá o resto da vida - a infância e a velhice e todos os prazeres extrarreprodutivos do mundo, inclusive os sexuais - como brinde. Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaboração.

A laranjeira não existe para dar laranja, existe para produzir e espalhar sua própria semente. A fruta não é o objetivo da planta frutífera, é o que ela usa para carregar suas sementes, é o seu estratagema. Agradecer à laranjeira pela laranja é não entendê- la. Ela não sabe do que nós estamos falando. Suco? Doçura? Vitamina C? Eu?! Você e eu ficamos aí especulando sobre o que a vida quer de nós, e só o que a vida quer é continuar. Seja em nós e na nossa prole, seja na minhoca e na sua. Nossa missão, nossa explicação, é a mesma do rinoceronte e da anêmona. Estamos aqui para fazer outros iguais a nós. Isto que chamamos, carinhosamente, de "eu", com suas peculiaridades e sua biografia única, não é mais do que uma laranja personalizada. Um estratagema da Natureza, a polpa com que a Natureza protege a nossa semente e assegura a continuação da vida. Enfim, um grande mal-entendido.

E os que passam pelo mundo sem se reproduzir? São caronas. Mas ganham o brinde da vida assim mesmo. A Natureza não discrimina.

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Globo, 22/09/2013)

"Você e eu estamos na Terra para nos reproduzirmos. Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar o fora".

O último período desse segmento do texto, em relação ao período anterior, tem finalidade de
  • A repetir o que foi dito em outras palavras.
  • B corrigir uma imperfeição de expressão.
  • C explicar uma ideia anteriormente expressa.
  • D acrescentar novas informações
  • E ironizar a finalidade da vida humana.
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Esta prova tem por base texto da imprensa nacional sobre fatos de nosso momento histórico.

Texto 1

Em uma colaboração internacional sem precedentes sobre reforma fiscal, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) apresentou ontem um plano para reprimir a evasão internacional de impostos. O programa, cuja elaboração, a pedido do G-20, durou dois anos, tenta colocar fim a uma longa batalha contra brechas jurídicas que permitem que multinacionais deixem de recolher impostos nos países onde operam, colocando no holofote empresas como McDonalds, Starbucks e Google. (O Globo, 6/10/2015)

Sobre a manobra da OCDE, podem-se identificar várias circunstâncias; a circunstância corretamente indicada é:

  • A “em uma colaboração internacional sem precedentes" / modo;
  • B “plano para reprimir a evasão internacional de impostos" / causa;
  • C “tenta colocar fim a uma longa batalha contra brechas jurídicas" / finalidade;
  • D “O programa, cuja elaboração, a pedido do G-20, durou dois anos" / localização espacial e temporal;
  • E “permitem que multinacionais deixem de pagar impostos" / meio ou instrumento.
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Remédios e Venenos

No início do século XX, a indústria farmacêutica propagandeava as virtudes do ópio e da cocaína, puros e em vários remédios, para diversas finalidades, que eram consumidos livremente pela população, de crianças a idosos. Mas assim como não há registros da eficácia curativa dos remédios, também não há notícias de intoxicações e overdoses, e a ideia de "dependente de drogas" não existia.

Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido legalmente no Brasil até 1937.

(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados americanos. Como no início do século XX.

No Uruguai, ela será comercializada pelo Estado, a preços populares (um terço da cotação atual na rua), mas sujeita a inúmeras, e inúteis, restrições. Estrangeiros não podem comprar, só fumar, e os usuários locais têm cota mensal de 40 gramas, mas podem vender a um amigo. Só 30% da população apoiam, mas o tabu foi quebrado e a experiência deles será uma pesquisa valiosa para nós.

(MOTTA, Nelson. O GLOBO, 13/12/2013)

O episódio contado no segundo parágrafo, que envolve artistas da época focalizada, tem a função textual de

  • A aprovar o consumo de drogas.
  • B criticar a vida desregrada de certas classes profissionais
  • C mostrar um momento diferente no contato com drogas.
  • D provar a inutilidade de proibir o uso de drogas.
  • E demonstrar que a droga é inofensiva.
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CIDADE URGENTE

Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de comunicação.
Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90% ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?
Parece incrível, mas os grandes operadores do sistema econômico e político tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados os incômodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente seus negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns movimentos populares e organizações civis - Passe Livre, Nossa São Paulo e outros - insistem em plataformas, debates e campanhas para enfrentar os problemas e encontrar soluções sustentáveis.
A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos arranjos eleitorais.
A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão para as grandes obras de fachada, transporte inviabilizado por um século de submissão ao mercado do petróleo. A fragmentação vem do descompasso entre União, Estados e municípios, desunidos por um pacto antifederativo, adversários na disputa pelos tributos que se sobrepõem nas costas dos cidadãos.
(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda os problemas, ajuda a achar soluções.

Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014.


No título do texto, o adjetivo “urgente” se dirige a

  • A mudança de orientação política dos governos municipais.
  • B condenação de políticos e empresários gananciosos.
  • C derrota de políticos corruptos nas urnas.
  • D alteração dos modelos de gestão.
  • E construção de novos modelos de centros urbanos.
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Considerando-se os vocábulos a seguir, assinale a opção em que as três palavras recebem acento gráfico obrigatoriamente.

  • A biquinis / ate / hieroglifo.
  • B por / ama-la / chapeu.
  • C numero / vangloria / perpetua.
  • D historia / magoa / credito.
  • E teme-la / heroi / destroier.
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Texto 2 – Mandamentos do consumismo II
Adorar o mercado sobre todas as coisas. Tudo se vende ou se troca: objetos, cargos públicos, influências, ideias, etc. Em economias arcaicas, ainda presentes em regiões da América Latina, a partilha dos bens materiais e simbólicos assegurava a sobrevivência humana. Agora, ao valor do uso se sobrepõe o valor de troca. É preferível deixar apodrecer alimentos cujos preços exigidos pelos produtores deixam de oferecer a mesma margem de lucro. Segundo o mercado, tombam os seres humanos, mas seguram-se os preços.

A crítica do texto 2 se volta contra:

  • A o encarecimento geral dos preços;
  • B a desumanização das relações econômicas;
  • C a corrupção reinante no mercado;
  • D a desvalorização do produtor;
  • E a pressão inflacionária.