Resolver o Simulado Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE-SP) - Agente de Defensoria - Assistente Social - FCC - Nível Superior

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Serviço Social

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O assistente social que trabalha com o processo de desabrigamento tem o papel profissional de oferecer condições de apoio às famílias para a construção de relações afetivas com seus filhos e para a definição e a consecução de seus projetos de vida. Envolve também uma articulação das redes sociais e a identificação das bases comunitárias de apoio. Para o acompanhamento deste processo, a avaliação do convívio familiar terá como indicador, dentre outros,

  • A as condições dos vínculos familiares e comunitários.
  • B os contatos técnicos com lideranças comunitárias.
  • C os contatos com os filhos desabrigados.
  • D a elaboração de um banco de dados sobre serviços públicos.
  • E os contatos com os responsáveis pelos serviços de saúde para o estabelecimento de apoio às famílias.
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Considera-se como elemento constitutivo do parecer social, instrumento técnico utilizado pelo assistente social

  • A a caracterização da personalidade do usuário, sobretudo em seu ambiente familiar e social.
  • B a coleta de dados visando a comprovação das informações fornecidas pelo usuário.
  • C o estudo, diagnóstico social com análise dos fatores internos e subjetivos de natureza psicossocial, situacional e social.
  • D coleta de informações, procedendo todas as investigações relativas ao usuário com vistas ao restabelecimento da “verdade” dos fatos, ou da construção “de provas”, de forma a oferecer subsídios técnico-científicos à decisão do juiz.
  • E representações, os valores e os significados presentes no contexto sociocultural, no qual o usuário desenvolve relações sociais e de convivência.
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De acordo com Wanderley e Raichelis (2009), uma gestão pública democrática deve combinar

  • A os princípios morais com o combate à corrupção.
  • B os caminhos da ampliação da democracia representativa com os pleitos eleitorais sob o controle da justiça, de forma mais eficaz.
  • C a construção de uma sociedade livre e democrática com a perspectiva da justiça da ética e da sustentabilidade.
  • D o pluralismo do campo das ideias com o fortalecimento das ONGs de defesa de direitos sociais.
  • E o modelo burocrático de gestão com o modelo gerencial que prevê a satisfação do cliente.
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O exercício da profissão de assistente social requer prévio registro nos Conselhos Regionais – CRESS – que tenham jurisdição sobre a área de atuação do profissional. É competência do CRESS

  • A aprovar os Regimentos Internos do CRESS, previamente elaborados pelo Conselho Federal do Serviço Social.
  • B funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional.
  • C aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional.
  • D julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas por outros Conselhos Regionais.
  • E fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social nas regiões, além de sua área de abrangência.
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O Assistente Social, ao atender uma família e orientá-la sobre o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único), irá esclarecer que este é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda permitindo conhecer a realidade socioeconômica destas, com informações de todo o núcleo familiar, das características do domicílio, das formas de acesso a serviços públicos essenciais e, também, dados de cada um dos componentes da família. Portanto, o cadastro único

  • A é destinado somente para as famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou renda mensal total de até três salários mínimos.
  • B pode contribuir para que a família tenha mais facilidade de acesso ao programa Bolsa Família, pois a seleção para inclusão neste Programa é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social.
  • C pode ser destinado para famílias com renda per capita superior a meio salário mínimo, desde que sua inserção esteja vinculada à inclusão e/ou permanência em programas sociais implementados pelo poder público nas três esferas do Governo.
  • D é obrigatoriamente utilizado para inclusão no benefício da aposentadoria por invalidez.
  • E é obrigatoriamente utilizado para inclusão no Programa Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Seguro-desemprego, Carteira do idoso, Auxílio-maternidade e Auxílio-doença.
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Considera-se violência doméstica contra a criança e o adolescente:

  • A moral, sexual, relacional e cultural.
  • B sexual, econômica, psíquica e comportamental.
  • C psicológica, cultural, pública e social.
  • D física, sexual, psicológica e negligência.
  • E social, relacional, moral e econômica.
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O assistente social do Tribunal de Justiça, ao atender uma família, tendo entre um de seus membros uma criança com deficiência que não recebe atendimento na rede pública de saúde, deve

  • A oferecer todas as orientações necessárias que subsidiem para busca do seu direito, pois a legislação assegura atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde, e atendimento especializado à criança e ao adolescente portadores de deficiência.
  • B encaminhar a família para o Centro de Referência de Assistência Social − CRAS, considerando que, para tanto, é necessário que haja uma declaração de que essa criança é, de fato, uma pessoa com deficiência nos termos da Lei no 8.742/1993.
  • C agendar junto ao Instituto Nacional do Seguro Social − INSS, uma perícia para avaliação da criança, pois, para que se enquadre na condição de prioridade no atendimento da política de saúde há necessidade de que a mesma seja avaliada pelas normas da Classificação Internacional de Funcionalidade − CIF, que é fornecida pela perícia médica do INSS.
  • D solicitar junto ao Ministério Público, especificamente à Promotoria dos Direitos Constitucionais, uma senha para que a família seja atendida pelo corpo técnico vinculado à essa instância, que se configura como a única autorizada a prover os direitos sociais relacionados às prioridades previstas na Lei no 11.185/2005.
  • E informar que não há ação de garantia de prioridade para o caso específico que se coloca, pois a saúde é uma política pública de acesso universal e isso inclui: crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiências e, no caso específico da saúde, a prioridade se dá pelo nível de gravidade.
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No caso do adolescente pego em flagrante ao cometer ato infracional, mediante violência ou grave ameaça a vítima, a autoridade policial deverá lavrar auto de apreensão ou poderá substituir por boletim de ocorrência. Sua internação deverá basear-se em indícios de autoria e materialidade. Assim sendo, antes da sentença, a internação será pelo prazo máximo de

  • A três anos.
  • B três meses.
  • C quarenta e cinco dias.
  • D setenta e duas horas.
  • E sete anos.
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O planejamento é uma mediação teórica e metodológica que significa organizar, dar clareza e precisão à própria ação. Planejar envolve estabelecer metas e traçar objetivos, assim um passo indispensável do processo de planejamento é

  • A a pesquisa.
  • B a avaliação do método de trabalho.
  • C o organograma.
  • D o controle.
  • E a articução.
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Segundo Carmelita Yazbek (1993), exclusão e subalternidade configuram-se como indicadores sociais que ocultam e revelam o lugar que o segmento de classes subalternas ocupa no processo produtivo, e sua condição de vida. Ela define classe subalterna como:

  • A os sujeitos mergulhados no social, na trama da reciprocidade que constituem as relações sociais.
  • B os beneficiários dos programas sociais que se colocam de forma subalternizada na relação com o profissional e a instituição na qual buscam atendimento.
  • C o segmento proletário oriundo e herdeiro do escravismo e do modelo mercantil de produção.
  • D o conjunto de sujeitos cuja compreensão de subalternidade deve ser apreendida de forma abstrata e idealmente.
  • E os principais destinatários das políticas sociais, sobretudo aqueles que ao buscarem os serviços não o compreendem como um espaço de promoção social.
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A criação de políticas econômicas e sociais capazes de enfrentar a pobreza e as desigualdades sociais, com consequente acesso de todos os bens e riquezas socialmente produzidos é de responsabilidade do Estado. Para a implementação das políticas sociais é imprescindível que se construam metodologias de trabalho social, considerando que estas são

  • A muldimensionais e relacionais, exigindo uma abordagem trans e interdisciplinar.
  • B dimensionais e interpessoais, dentro de uma abordagem multidisciplinar.
  • C transformadoras e de estabelecimento de vínculos, praticadas pelo assistente social.
  • D centradas especificamente em referenciais técnico-operativos.
  • E interpessoais e ordenadas pela compreensão da questão social.
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Atuando como Assistente Social foram solicitadas, a você, informações referentes ao Benefício de Prestação Continuada, sobretudo de como se deve entender a composição familiar referente à renda. Conforme o disposto na Lei nº 12.435/11, a família

  • A é composta por todos aqueles que residem sob o mesmo teto, excetuando o requerente que pode ter outro endereço residencial, uma vez que a requisição do benefício pode ser induzida por qualquer pessoa da família.
  • B é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, sem que necessariamente vivam sob o mesmo teto.
  • C está estabelecida no código civil - Lei nº 10.406/2002, e é composta por pais e filhos reconhecidos por instrumento legal perante a justiça (registros de casamento e nascimento com paternidade comprovada).
  • D é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
  • E é composta por todos os membros que vivem sob o mesmo teto, podendo ser considerados também os irmãos casados e, neste caso não há necessidade de incorporação da renda dos mesmos no cálculo per capita.
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O Benefício de Prestação Continuada - BPC é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família. A partir das prerrogativas do Decreto nº 7.617/2011, é correto afirmar, no que se refere a esse benefício, a

  • A impossibilidade de acumulação do benefício com a remuneração advinda do contrato de aprendizagem pela pessoa com deficiência.
  • B possibilidade de acumulação do benefício com a atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual.
  • C pessoa com deficiência, beneficiária do BPC, ao exercer atividade remunerada, na condição de microempreendedor individual, terá seu benefício cessado, impossibilitando-o de ser reativado depois de extinta a atividade empreendedora.
  • D possibilidade de acumular com o pagamento do seguro-desemprego.
  • E pessoa com deficiência, contratada por empresas na condição de aprendiz, poderá acumular o benefício com a remuneração da aprendizagem profissional, pelo prazo máximo de dois anos.
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A abordagem da questão social ganha cada vez mais centralidade para o serviço social. Yazbek (2012), ao tratar da pobreza como expressão da questão social, a considera como


I. expressão direta do padrão de desenvolvimento capitalista, extremante desigual. Os pobres, produtos dessa relação, produzem e reproduzem a desigualdade no plano social, político, econômico e cultural.

II. categoria multidimensional, e, portanto, não se caracteriza apenas pelo não acesso a bens, mas é categoria política que se traduz pela carência de direitos, de oportunidades, de informações, de possibilidades e de esperanças.

III. o aviltamento do trabalho, o desemprego, os empregados de modo precário e intermitente, os que se tornaram não empregáveis e supérfluos, a debilidade da saúde, o desconforto da moradia precária e insalubre, a alimentação insuficiente, a fome, a fadiga, a ignorância, a resignação, a revolta, a tensão e o medo são sinais que muitas vezes anunciam os limites da condição de vida dos excluídos e subalternizados na sociedade.


Está correto o que se afirma em


  • A I e II apenas
  • B I, II e III.
  • C I e III apenas.
  • D III apenas.
  • E II e III apenas.
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Um novo espaço sócio-ocupacional para o Serviço Social surgiu a partir da institucionalização das instâncias públicas de controle democrático, que são os Conselhos. Pensar o trabalho profissional nesses espaços, fundamentado no projeto ético-político profissional em vigor, requer

  • A ter clareza de que a qualidade da participação nesses espaços já está definida a priori porque são espaços que alimentam as posturas populistas no trato da coisa pública.
  • B atribuir, aos espaços de participação da sociedade, o papel de agentes fundamentais na transformação do Estado e da Sociedade.
  • C contribuir para a ampliação de uma cultura política crítica e democrática necessária ao efetivo controle democrático dos sujeitos coletivos, que buscam na arena pública a defesa e garantia dos direitos sociais.
  • D considerá-los como espaços de legitimação do poder dominante, incentivando a participação elitista e burocrática.
  • E compreendê-los como instrumentos de colaboração e estrutura burocrática de aprovação de políticas sociais para amenizar os conflitos sociais.
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Tendo sido convidado a avaliar um projeto social em desenvolvimento no seu campo de trabalho, o Assistente Social tomou como pressuposto que

  • A processos avaliativos têm sempre repercussões com os seus sujeitos, portanto, ao identificar as falhas torna-se primordial punir seus responsáveis.
  • B avaliar é um procedimento essencialmente unilateral e seu processo de junção das diferentes visões é posterior à construção individual de pareceres.
  • C a opção pelo modelo quantitativo permite mais exatidão e, com isso, retira a perspectiva subjetiva que pode aferir resultados imprecisos e, com isso, influenciar a tomada de decisões equivocadas posteriormente.
  • D o processo avaliativo só pode acontecer com características do ex-post, pois permite escolher as melhores condições para a continuidade do projeto, além da definição clara de indicadores objetivos, na medida em que não há como definir indicadores de avaliação que afiram a conquista ou não de direitos sociais.
  • E a avaliação deve ser compreendida como base para uma tomada de decisões racional e inteligente, ou para solucionar problemas e promover o conhecimento e a compreensão dos fatores associados ao êxito ou ao fracasso de seus resultados.
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As transformações ocorridas no mundo do trabalho, no contexto do processo de globalização, e as mudanças na sociedade salarial resultam da:

I. subalternização do trabalho à ordem do mercado, da desmontagem de direitos sociais e trabalhistas que destacam a insegurança e a vulnerabilidade do trabalho, bem como a penalização dos trabalhadores.

II. crise dos Estados de Bem-Estar Social, assentada no ideário neoliberal que erodiu as bases dos sistemas de proteção social e redirecionou as intervenções do Estado no âmbito da produção.

III. melhoria nas condições de trabalho e da alternância nos sistemas previdenciários garantidores de modernos sistemas de seguridade social, sobretudo nos países de economia globalizada.

Está correto o que consta em

  • A I, apenas.
  • B II, apenas.
  • C III, apenas.
  • D I e II, apenas.
  • E I, II e III.
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O Art. 5o da Constituição Federal afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Nesse sentido, considere as seguintes assertivas:

I. A manifestação do pensamento é livre, sendo vedado o anonimato.

II. A expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação é livre, independentemente de censura ou licença.

III. A casa é asilo inviolável do indivíduo, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

IV. O acesso à informação é assegurado a todos, independentemente da fonte, quando necessário ao exercício profissional.

Está correto o que consta APENAS em

  • A I, II e IV.
  • B II, III e IV.
  • C III e IV.
  • D I e IV.
  • E I, II e III.
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Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, nos vimos confrontados com um conjunto de transformações da sociedade que gestaram manifestações da questão social. Essas manifestações expressam principalmente as grandes mudanças nas relações do trabalho, quais sejam, a

  • A flexibilização e a precarização do trabalho.
  • B globalização e a auto-determinação da classe que vive do trabalho.
  • C desmercantilização e a livre concorrência de classe.
  • D financeirização e a ampliação da solidariedade orgânica entre os trabalhadores.
  • E intensificação do trabalho e o empoderamento dos trabalhadores.
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O Assistente Social que trabalha no Tribunal de Justiça, ao prestar atendimento a adolescentes em situação de risco, poderá desenvolver a seguinte atividade:

  • A requisição de serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança.
  • B encaminhamento para recursos da comunidade.
  • C encaminhamento ao Ministério Público de notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente.
  • D expedição de notificações.
  • E representação junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas decisões.

Noções de Informática

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Pedro utiliza em seu computador o Sistema Operacional Microsoft Windows 7 Professional. Certo dia teve a necessidade de criar uma pasta no Hard Disk (HD). Após várias tentativas, conseguiu criar a pasta com o nome

  • A Gastos*Meses
  • B Valores_R$
  • C Diversos\Arquivos
  • D Controle|Clientes
  • E _Data?Hora
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Considerando diferentes organizações e métodos de acesso, em um arquivo

  • A Sequencial, as operações de modificações não são simples.
  • B Direto, são necessárias áreas de extensão, que precisam ser reorganizadas.
  • C Indexado, não ocorre atualização do índice quando da inserção de um registro.
  • D Invertido, devem-se determinar funções que gerem maior número de colisões.
  • E Direto, as listas invertidas valem apenas para aquela disposição física do arquivo.
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A criptografia é um dos principais mecanismos de segurança contra os riscos associados ao uso da internet. Por meio do uso da criptografia é possível proteger

I. os dados sigilosos armazenados em um computador, como um arquivo de senhas e uma declaração de Imposto de Renda.

II. um arquivo para que este não seja danificado ou excluído, pois os mecanismos de criptografia garantem sua integridade.

III. os backups contra acesso indevido, principalmente aqueles enviados para áreas de armazenamento externo de mídias.

IV. as comunicações realizadas pela internet, como os e-mails enviados/recebidos e as transações bancárias e comerciais realizadas.

Está correto o que se afirma APENAS em:

  • A I, III e IV.
  • B III e IV.
  • C I e II.
  • D II e IV.
  • E I e III.
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O modelo de dados mostrado na imagem a seguir apresenta o relacionamento (com integridade referencial) entre duas tabelas de um banco de dados criado com o Microsoft Access 2010 em português. Ela deverá ser utilizada para responder as questões de números 36 a 38.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Considere que na tabela Departamento o campo IdDep foi criado para receber valores inteiros e os campos NomeDep e TelefoneDep para receber cadeias de caracteres. Para inserir o valor 10 no campo IdDep, Recursos Humanos no campo NomeDep e (86)3216-9600 no campo TelefoneDep, utiliza-se a instrução SQL

  • A UPDATE TO Departamento VALUES (10, ‘Recursos Humanos’, ‘(86)3216-9600’);
  • B INSERT INTO Departamento VALUES (‘10’, ‘Recursos Humanos’, ‘(86)3216-9600’);
  • C INSERT TO Departamento VALUES (10, ‘Recursos Humanos’, ‘(86)3216-9600’);
  • D UPDATE INTO Departamento VALUES (10, ‘Recursos Humanos’, ‘(86)3216-9600’);
  • E INSERT INTO Departamento VALUES (10, ‘Recursos Humanos’, ‘(86)3216-9600’);

Português

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A carta abaixo foi escrita por uma detenta da Penitenciária Feminina da cidade paulista de Ribeirão Preto. Redigida no contexto do Programa Liberdade Consciente, ali implementado, ela foi analisada em estudo linguístico cujas referências se apresentam após a carta.

Ribeirão Preto 28.12.04

Eu S1 nascida em 23.11. [...] Se você escreve tudo daria um livro mais vou fala so um pouco de mim.

Quando nasci meus pais morava no Paraná fiquei la ate a idade de 5 anos, aí viemos para o interior de S.P. ate a idade de 14 anos eu fui uma menina que trabalhava na rossa era crente aí meus pais resolveram a se muda para Campinas é a cidade que vivo ate hoje aí foi que tudo começou comecei a trabalha de domestica comesei a conhecer outro tipo de pessoas que era muito deferente da minha vidinha da rossa, comecei a sair de noite, conhecer rapazes, deferente, bom resumindo, fui mãe com 20 anos, fui pra cadeia com 23 - 1973, sai com 30 - 1981, eu queria volta a viver mais a sociedade não deixou não tive medo continuei na luta, ate de boia fria eu tentei até que um dia fui trabalha de camareine em um hotel perto da rodoviaria, isso foi em 1989, aí fui preza outra vez daí para cá so deu desaserto na minha vida.

Hoje sou uma mulher feliz apesar do lugar. tenho 5 filhos lindos, adotei uma criança levei para a minha casa com 17 dias de nascida hoje ela tem 6 aninho ela tem um pequeno problema que, para os homens é dificio mais para Deus não é nada eu confio nele e sei um dia eu e minha fé vamos venser, minha filhinha faz tratamento na unikanpi no hospital das Crinicas em Campinas ela se chama M. nos vamos venser se Deus quizer e ele quer como disse se for fala minha vida da um livro. eu amo meus filhos meus netos que são, coizinha mais linda da minha vida mais tenho um carinho especial pela a minha M. Deixei o mundo sujo que vivi a maior parte da minha vida pela M. quando sai daqui quero volta a cuida dela como sempre fiz.


(SAVENHAGO, Igor José Siquieri. Análise discursiva de cartas da prisão: uma discussão sobre ciência e saberes. Todas as Letras. São Paulo: Editora da UPM, v. 14, S, n. 1, 2012, p. 130-131)

É correto afirmar que a autora da carta

  • A fala da família, do trabalho e da religião mas omite informações a respeito de seus delitos, tema sobre o qual não há dados específicos no relato.
  • B enfrentou dificuldades financeiras e problemas de relacionamento com os pais durante a infância, o que se infere da baixa remuneração normalmente oferecida aos que trabalham nas funções que desempenhou e dos diferentes deslocamentos que se viu compelida a fazer.
  • C utiliza inúmeros artifícios para comprovar sua religiosidade, embora suas atitudes, seja no contexto familiar, seja no contexto social, destoem daquelas idealizadas para alguém temente a Deus.
  • D pouco revela sobre seu cotidiano na penitenciária, mas permite entrever, em diferentes passagens, sérias críticas às condições de sobrevivência no sistema prisional brasileiro.
  • E manifesta certa crença em um recomeço, embora não inclua em seus planos ações ou atitudes distintas das de sua vida pregressa.
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Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.


A dor como destino

Outro dia, folheando desavisadamente um livro de Schopenhauer (há autores que jamais devemos frequentar desavisadamente...), deparei-me com este trecho:

Trabalho, aflição, esforço e necessidade constituem durante toda vida a sorte da maioria das pessoas. De fato: se todos os desejos, apenas originados, já estivessem resolvidos, o que preencheria então a vida humana? Que se transfira o homem a um país utópico, em que tudo cresça sem ser plantado, em que as aves revoem já assadas, e cada um encontre logo sua bem-amada. Ali os homens morrerão de tédio ou se enforcarão; promoverão guerras, massacres e assassinatos para se proporcionarem mais sofrimento do que o posto pela natureza.
Será mesmo que sofremos porque precisamos? É da nossa natureza ocupar-nos com nossos desejos insatisfeitos, sem os quais vivemos infelizes pela falta de uma causa para viver? Nosso grande poeta Drummond, um schopenhaueriano empedernido, chegou a escrever: “Estamos para doer, estamos doendo". E outro Andrade, o Mário, garantiu-nos: “A própria dor é uma felicidade".
De minha parte modestíssima, ouso dizer: se um dia me sentir absolutamente feliz, tentarei não me matar. Talvez também não conte para ninguém, para que não me matem. De inveja.


(Bráulio Ventura, inédito)






O autor do texto se vale de citações de Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade para

  • A somar argumentos contra a tese apresentada no texto de Schopenhauer.
  • B demonstrar que a poesia ajuda a iluminar nossos melhores sentimentos.
  • C mostrar que a Natureza, ao contrário do que muitos afirmam, é mãe e amiga dos homens.
  • D provar que esses dois poetas não aceitavam qualquer justificativa para as dores humanas.
  • E lembrar que a tese de Schopenhauer pode ecoar em formulações outras e variadas.
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Atenção: A questão refere-se ao seguinte fragmento de um pensador ilustrado do século XVIII:



Do adultério


O adultério é um crime para todos os povos da terra; o adultério das mulheres, entenda-se, visto terem sido os homens que fizeram as leis. Enxergaram-se como proprietários de suas esposas; elas são um de seus bens; o adultério as rouba, introduz nas famílias herdeiros estranhos. Acrescente-se a essas razões a crueldade do ciúme, e não será surpreendente que em tantas nações, mal saídas do estado selvagem, o espírito de propriedade tenha decretado a pena de morte para sedutores e seduzidas.


(VOLTAIRE, O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 63-64)

Ao considerar o adultério como crime que penaliza sobretudo as mulheres, Voltaire estabelece uma íntima conexão entre

  • A o preconceito masculino e a moralidade religiosa.
  • B a ética própria do século XVIII e a capacidade feminina de sedução.
  • C a origem autoral da legislação e o direito de propriedade.
  • D a volubilidade masculina e o oportunismo feminino.
  • E a administração política e os direitos da família.
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Explicar não é justificar

Os gregos e os romanos aceitavam a escravidão porque não imaginavam que uma sociedade pudesse funcionar sem
escravos. Como o filósofo Sêneca, insistiam apenas em que se reconhecessem alguns direitos aos escravos: que fosse,
por exemplo, proibido utilizá-los com finalidades sexuais. Estamos na mesma posição quando se trata da pobreza. Estamos
convencidos de que uma sociedade justa deve procurar erradicá-la.
Mas, como não conseguimos conceber os meios que permitem atingir esse objetivo, aceitamos que uma sociedade comporte
grandes bolsões de pobreza. Em contrapartida, não hesitamos em condenar a prática da escravidão.

(Raymond Boudon, O relativismo. Trad. de Edson Bini. São Paulo: Loyola, 2010. p. 41)

Os tempos e modos verbais encontram-se adequadamente correlacionados na frase:

  • A Houvesse uma prática efetiva dos valores éticos, nem nos ocorreria apelarmos para esses dispositivos legais sofisticados, que já se mostraram ineficazes.
  • B Seria preferível viermos a adotar tão somente os princípios éticos a que sejamos capazes de prestar todo o nosso respeito.
  • C Fôssemos de fato impelidos à completa justiça, não teremos tido tantos casos de discriminação social e econômica.
  • D A haver tantos dispositivos legais, muitos ineficazes, é melhor se editassem medidas práticas, que evitavam distorções tão injustas.
  • E É preferível que não adotássemos princípios justos e éticos que não fôssemos capazes de implementar e respeitar.
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A frase que respeita a ortografia é:

  • A Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de consciência e reiterar a si próprio seu empenho em vencer a itemperança.
  • B O desleixo com que passou a manuzear os objetos da coleção fez o respeitado colecionador optar pela despensa do já antigo colaborador.
  • C O debate recrudesceu, mas os mais bem-intencionados foram hábeis em dirimir as provocações, às vezes pungentes, das lideranças que se confrontavam.
  • D Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia creditar a desinteria que o abatera às vésperas do exótico casamento.
  • E O poder descricionário dos ditadores, responsável por tantas atrocidades em tantas partes do mundo, é analisado na obra com um rigor admirável.