Resumo de Biologia - Tétano

O tétano é um dos vários tipos de doenças causadas por bactérias. É transmitido a partir de objetos infectados e também pelo solo ou até mordida de animais. As pessoas mais afetadas são crianças de até cinco anos ou idosos com mais de 60. A enfermidade não é contagiosa, mas se não for tratada pode causar a morte.

Contrações musculares, dificuldade ao engolir e insuficiência respiratória são alguns dos sintomas da patologia. A vacinação é o melhor método para prevenir a doença. A imunização deve ser realizada a cada dez anos e pode ser aplicada em postos de saúde.  

Causas do tétano

O tétano é causado pela bactéria Clostridium Ttetani. Esse micro-organismo anaeróbico (que não precisa de oxigênio para o crescimento) é encontrado em todo o meio ambiente e, principalmente, nas fezes dos animais que contaminam os solos, plantas e objetos. Os utensílios pontiagudos enferrujados ou sujos são os maiores responsáveis por transmitir a doença.

Após os esporos entrarem em contato com a pele ferida, com corte ou arranhada, a bactéria passa a liberar a neurotoxina denominada tetanospasmina que se espalha pela corrente sanguínea até chegar ao sistema nervoso central.

A substância liberada é responsável por bloquear os sinas neurológicos enviados pela coluna vertebral para os músculos, o que causa os espasmos musculares característicos da enfermidade.

A mordida e arranhões de certos bichos como o cachorro e gato também podem transmitir a doença. Animais como bois, porcos e cavalos, além de pessoas que trabalham em fazendas estão muito suscetíveis à patologia. A vacinação é recomenda em todos os casos como forma de prevenção.          

Sintomas

O corpo humano leva até três semanas para apresentar os primeiros sintomas e a incubação dura, em média, de cinco a dez dias. Nos recém-nascidos, a incubação dura de quatro até 17 dias.

A característica principal do tétano é o espasmo muscular. Este sintoma pode ser provocado pela luz, barulhos e até toque. Em casos muito intensos, a contração pode gerar fratura nos ossos e até morte do indivíduo.

Outros sintomas do tétano são:

  • Febre em alguns casos;
  • Dificuldade em abrir a boca de deglutição (engolir);
  • Rigidez, no abdômen, pescoço, costas, músculo;
  • Insuficiência respiratória;
  • Hipertensão;
  • Taquicardia;
  • Contração dos músculos, pernas e braços.

Tratamento

A pessoa deve procurar um médico após surgirem os primeiros sintomas, somente assim será possível chegar ao diagnóstico correto e realizar o tratamento. O médico, então, irá realizar testes físicos e fazer perguntas sobre os sinais e seu início. Em caso de dúvidas, o médico pedirá exames laboratoriais para afastar suspeita de meningite ou até raiva.  

Após diagnóstico, o médico deve sugerir ou limpar o ferimento do paciente, além de propor o tratamento adequado para cicatrização.

Uso de medicamentos contra os sintomas e para aliviar a dor também devem ser indicados. Alguns antibióticos, sedativos e antitoxinas serão recomendados para combater as bactérias e suas toxinas. O uso de tubos de oxigênio é necessário nos casos mais graves.

Entre as recomendações de tratamento estão:

  • Limpeza da ferida com antisséptico;
  • Ingestão de água;
  • Alimentação saudável.

O tétano ainda não tem cura, no entanto, se o tratamento for realizado adequadamente a bactéria poderá ser eliminada do organismo.   

Prevenção do tétano

A vacina contra o tétano é a principal forma de prevenção. Nos adultos, ela é aplicada em três doses do duplo adulto (dT), com reforço a cada dez anos.

As crianças, por sua vez, devem tomar doses da dupla bacteriana DTP (protege contra difteria e tétano) aos 2, 4 e 6 meses, com reforços aos 15 meses e 4 anos. Todas as pessoas devem realizar imunização.

Crianças com menos de cinco anos e idosos com mais de 60 têm grandes índices de contágio. Também é recomendado que mulheres grávidas tomem a vacina, pois os recém-nascidos podem ser infectados caso o cordão umbilical entre em contato com objetos não higienizados corretamente e que contenham a bactéria.

As vacinas contra a patologia estão disponíveis na maioria das Unidades Básicas de Saúde do Brasil. Os principais tipos previnem também contra difterina e coqueluche. Os principais são:

  • Antitetánica (ATT): protege apenas adultos contra o tétano;
  • Dupla bacteriana (DT): protege as crianças contra difteria e tétano;
  • Tríplice bacteriana (DTP e DTPa): proteção para crianças contra o tétano, a difterina e coqueluche;
  • Duplo adulto (dT): proteção contra difteria e tétano;
  • Tetravalente (DTP+Hib): contra o tétano, a difteria, a meningite e a coqueluche.

Regiões mais afetadas

Os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos são os mais afetados pela doença. Países como São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola apresentam altos índices de tétano. Em 2017, países da América conseguiram eliminar o tétano materno e neonatal, responsável pelo óbito de 10.000 recém-nascidos por ano.

O Brasil passou a disponibilizar a vacina antitetânica nas redes públicas nos anos 1950. Desde então tem caído os registros da doença. No entanto, ele ainda é um problema de saúde pública e teve 973 mortes pela doença entre 2007 e 2016.