Resumo de Sociologia - Status social

O status também determina as funções que os sujeitos ocupam na sociedade

O termo “status social” refere-se à posição que os grupos ou indivíduos ocupam na sociedade, isso significa dizer que esse conceito denota uma diferenciação entre as pessoas, caracterizada por um grau de hierarquia.
Ao tratar de questões hierárquicas (relação de subordinação e relevância), o status social está diretamente relacionado a outras concepções, como a de classe social, estratificação social, papel social e as relações sociais em geral.
Isso porque todas essas definições são importantes para entender como a sociedade está classificada, quais valores são atribuídos às pessoas e funções desempenhadas por elas, suas responsabilidades, campo de influência e tantos outros fatores.
É importante salientar que a ideia de status social foi construída ao longo do tempo, variando de uma cultura para outra. E, assim como todas as coisas que sofrem influências culturais, os status são flexíveis.

Conceituando o termo

Na perspectiva sociológica, o status social refere-se à posição que uma pessoa ocupa dentro da estrutura social em que ela vive. E não só isso, trata-se também da condição do indivíduo, pode-se dizer que ele ocupa uma posição de prestígio, um lugar medíocre ou está em uma colocação sem valor algum. Ou seja, o status social categoriza e por conseguinte age como um limitador, dificultando a mobilidade social.
Como explicado acima, tanto o status como a hierarquia social foram utilizados ao longo da história como uma forma de “organizar a sociedade”. O problema é que o conceito (em uma escala mais geral) foi construído sob a ideia de estratificação social, ou seja, a divisão dos espaços ocupados pelos indivíduos parte, principalmente, das condições socioeconômicas.
Isso significa dizer que o status social dos indivíduos pode ser determinante para que eles tenham acesso às oportunidades, à educação, aos recursos financeiros, culturais, materiais e de relacionamento.
O sociólogo alemão Max Weber foi um dos grandes pesquisadores dessa área. Ele foi responsável por elucidar as questões que envolvem tanto a estratificação como a ideia de status e mostrou como os termos estão associados.
A palavra “estratificação” tem origem no termo estrato, que quer dizer camada. Sendo assim, quando pensamos em estratificação social, nos referimos a várias camadas, que vão da base até o topo. 
Na parte mais baixa dessa estrutura estão as pessoas que têm menos recursos, seja dinheiro, estudo, capacidade de tomar decisão, portanto, são menos influentes ou importantes. E à medida que vamos subindo, encontramos os grupos de indivíduos que têm acesso a esses recursos e por isso são mais prestigiados.
Daí, já é possível perceber o quanto essa estrutura fomenta e reproduz a desigualdade e o status social é um dos mecanismos que contribuem para esse sistema estratificado.
A depender da sociedade, o status pode sim ter relação direta com fator econômico, mas também refere-se ao papel desempenhado por alguém dentro de sua comunidade ou aos seus valores, como honorabilidade, respeitabilidade, caráter, estima social. 
Diferente dos outros métodos de estratificação, o status depende muito mais da atuação política e social, das relações familiares, de amizade, da educação e cultura do indivíduo.
Embora o fator econômico conte muito, quem busca por status social almeja a distinção, o prestígio e o acesso aos bens e serviços que essa posição lhe garante.

Tipos de status social

O status social pode ser:
Atribuído – quando não depende da vontade de quem a possui e é concedido a ele por questões familiares, de gênero, se assumiu uma responsabilidade, pelo seu nível econômico, região onde nasceu, histórico.
Adquirido – depende da ação do indivíduo, essa posição é conquistada pelo esforço próprio, através de um curso superior, cargo político, profissão, comportamento, ideias.
A teoria weberiana também demonstra como o status opera dentro dos grupos sociais.
Sociedade estamental – Weber toma como exemplo as sociedades feudais europeias. A nobreza, além dos bens financeiros, adquiriam o status social pela tradição cultural, o que rendia a esse grupo vários privilégios. Quem não fizesse parte desse estrato, não disfrutava o mesmo status de “nobre”.
Sociedades de castas – em sociedades como, por exemplo, a indiana, a posição social que os indivíduos ocupam está relacionada ao sistema de castas, que, nesse caso, é uma classificação histórica, que envolve religião, linhagem e hereditariedade. E para manter essa divisão bem delimitada, o sistema de castas promove distinção entre puros e impuros, limita o consumo de determinados alimentos, infere em questões matrimoniais, condutas, costumes, hábitos. 
Vale salientar que nesse caso, não há mobilidade social. As pessoas não mudam de casta ou status só porque fizeram ensino superior ou desempenham uma função importante.
Classes sociais – Nas sociedades divididas por classes, o componente econômico conta muito. As posses, renda, acesso a bens de serviço podem garantir um bom status sociais. Mas essa dinâmica social é bastante flexível. Ela permite, embora seja difícil, que as pessoas transitem entre as classes e desfrutem de posições diferentes.

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