Resumo de Filosofia - Silogismo

Formado por premissas (maior e menor) e uma conclusão


Silogismo, que tem origem na palavra grega (“conclusão” ou “inferência”), é uma forma de raciocínio baseada na dedução. Esta linha de pensamento, criada pelo filósofo Aristóteles, utiliza duas preposições iniciais para se chegar a uma terceira, que no caso é a conclusão. 

Silogismo: características e composição

De acordo com Aristóteles, o silogismo apresenta três principais características: mediado, dedutivo e necessário. A mediação se faz presente porque utiliza o raciocínio para a compreensão do plano real. A dedução, por sua vez, parte de preposições universais para alcançar outras premissas verdadeiras. Já a necessidade estabelece uma ligação entre as premissas. 
Além dessas propriedades, é formado por termos que compõem três proposições distintas:
  • Primeira premissa: chamada de premissa maior, funciona como uma afirmação geral. É constituída pelo termo maior e o termo médio.
  • Segunda premissa: definida como premissa menor, é uma afirmação específica. Inclui o termo médio e o termo menor.
  • Conclusão: determina a relação lógica entre as duas premissas anteriores, pois elas servem de evidência. E, por isso, engloba os termos maior e menor. 
Para melhor compreensão desse raciocínio lógico (silogismo categórico), vejamos o exemplo: 
“Todos os homens são mortais. (Premissa maior)
 Sócrates é homem. (Premissa menor)
 Logo, Sócrates é mortal.” (Conclusão)

Regras para formação


Há algumas regras que possibilitam a composição de um silogismo categórico, ou seja, a construção do raciocínio por meio da lógica. Abaixo, confira quais são:
O silogismo sempre deve apresentar três termos (maior, menor e médio) que precisam ter o mesmo sentido.
Todo engenheiro conhece a disciplina de cálculo.
Pedro é engenheiro.
Logo, Pedro conhece a disciplina de cálculo.
O termo médio pode integrar as premissas, mas não a conclusão. Além disso, em toda extensão do silogismo, ele deve aparecer ao menos uma vez.
Todos os homens são corajosos.
Todos os brasileiros são homens.
Logo, todos os brasileiros são corajosos. 
Os termos não podem ser maiores na conclusão do que nas premissas, pois assim a dedução resultará um raciocínio distorcido. 
Todo ato de amor louvável.
Muitos seres humanos realizam atos de amor. 
Logo, todos os seres humanos são louváveis. 
*Neste exemplo, a conclusão correta deveria ser: Muitos seres humanos são louváveis.
Se as duas premissas são afirmativas, a conclusão também precisa ser. 
Toda fruta é saudável.
A Manga é uma fruta.
Logo, a manga é saudável. 
Caso o silogismo seja construído por duas premissas negativas, nada poderá ser concluído. O mesmo acontece se as duas preposições forem específicas. 
Alguns políticos são mentirosos. 
Alguns brasileiros são políticos. 
Logo, alguns políticos são mentirosos. 
*No caso acima, chega-se a um raciocínio inconclusivo. 
A conclusão sempre é de acordo com a “parte fraca”. Isto é, funciona conforme a premissa negativa e/ou particular. 
Nenhuma serpente é confiável
A jiboia é uma serpente.
Logo, a jiboia não é confiável. 


 


Tipos de silogismos

Os silogismos ainda possuem diferentes classificações. Eles podem ser regulares, irregulares e hipotéticos. Os irregulares são subdivididos em:
Entima – É um tipo formado sem a presença de pelo menos uma das premissas, ficando apenas subentendida. Um exemplo é a frase do filósofo René Descartes: penso, logo existo. 
Epiquerema – Quando uma ou ambas preposições aparecem acompanhadas por provas. Ex: Todos os percussionistas deveriam estudar música. O conhecimento da música leva a um domínio maior dos ritmos. Como você é percussionista, logo deveria estudar música. 
Polissilogismo – É a categoria mais complexa, pois é construída através da sequência de dois ou mais silogismos. Por isso, a conclusão de um deve servir de premissa do outro. Ex: 
Tudo que estimula a saúde é louvável. 
O esporte estimula a saúde. 
Logo, o esporte é louvável.
A natação é um esporte.
Logo, a natação é louvável. 
Sorites – É composto por quatro premissas, que são ligadas até que se chegue à conclusão. Ex:

“Todos os leões são felinos de grande porte.

Todos os felinos de grande porte são predadores.
Todos os predadores são carnívoros.
Logo, todos os leões são carnívoros.” (ABSTRACTA, 2020)
Os silogismos hipotéticos também são definidos em três categorias: condicionais, quando a premissa traz uma hipótese (não nega e nem afirma nada); disjuntivos, quando a premissa maior é uma alternativa; e o dilema, que é constituído por duas hipóteses que levam à mesma conclusão. 

Silogismo x falácia 

A falácia é conhecida como o “falso silogismo”, pois caracteriza-se por uma falha no raciocínio. Termo de origem latina, , que significa “aquilo que engana ou ilude”, remete aos argumentos que aparentemente são lógicos e verdadeiros, mas que conduzem a erros nas conclusões. 
Este tipo de recurso também recebe classificações distintas. Entre eles, encontram-se: generalização excessiva, falsa analogia, deduções falsas, argumentos autoritários e círculo vicioso. 

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