Os seres vivos, comumente identificados por possuírem vida, podem ser definidos como organismos com células, sendo elas a condição fundamental para constituição da vida. Os homens, os animais, as plantas e as bactérias (ainda que minúsculas) são considerados seres vivos.
A ciência responsável pelo estudos dos seres vivos e da vida é a biologia. Contudo, o elemento vida é repleto de significados e mesmo com os avanços da ciência, ainda é impossível descrevê-la precisamente. Mas o conceito geral e mais aceito de vida é “período de um ser vivo compreendido entre o nascimento e a morte”.
Principais características dos seres vivos
Identificar os seres vivos pode parecer fácil, mas muitas pessoas ainda não descobriram que o vírus não é um ser vivo! Afinal ele não possui célula.
Para o se ganhar o título de “vivo”, além de organização celular ele deve possuir outras características:
- Organização celular: todos os seres vivos possuem uma (unicelular) ou mais (pluricelular) células que são responsáveis pela formação os tecidos, órgãos e sistemas que garantem a realização de atividades vitais como respiração, reprodução, digestão, etc.;
- Composição química: os organismos vivos são compostos por elementos básicos como hidrogênio e oxigênio, substância orgânicas como proteínas e vitaminas, bem como substâncias inorgânicas como os sais minerais;
- Crescimento: o desenvolvimentos dos seres vivos pode ocorrer pelo aumento do volume da célula ou pelo aumento do número de células. O organismo unicelular é formado pela própria célula, que tem apenas seu volume expandido;
- Metabolismo: as reações químicas que ocorrem dentro dos organismos vivos são chamadas de metabolismo e podem ser divididas em: anabolismo (reações de formação ou de síntese) e catabolismo (reações de degradação);
- Reprodução: os seres vivos podem gerar desentendes por meio da reprodução sexuada (com a participação de gametas femininos e masculinos) ou assexuada (sem a participação dos gametas);
- Hereditariedade: os descentes dos seres vivos carregam suas características genéticas em função dos genes existentes no núcleo das células;
- Resposta a estímulos: os organismos vivos são capazes de reagir a estímulos como luz e temperatura, por meio de órgãos ou estruturas adaptados às mudanças;
- Evolução e adaptação: os seres vivos evoluem e por isso sofrem adaptações ao longo dos anos.
Classificação dos seres vivos
Taxonomia
O ramo da biologia responsável pela sistematização e descrição dos seres vivos é chamado de taxonomia.
Esse ramo estuda o parentesco e a história evolutiva dos organismo vivos e, consequentemente, os organiza em categorias hierárquicas denominadas de táxons.
A classificação básica dos seres vivos está disposta em ordem decrescente:
- Domínio
- Reino
- Filo ou divisão (plantas)
- Classe
- Ordem
- Família
- Gênero
- Espécie
Como a variedade de seres vivos é imensa, em alguns casos as divisões existentes não são suficientes. Por isso, foram criadas subdivisões nos táxons de ordem, classe e espécie
. No caso de classe há um nível superior chamado de superclasse e um nível inferior chamado de infraclasse.
Os Chimpanzés são considerados os parentes mais próximos dos seres humanos na escala evolutiva. Eles pertencem ao mesmo reino, filo, e classe, além de compartilham 98-99% do mesmo DNA.
Confira abaixo as principais semelhanças e diferenças taxonômicas desses Seres vivos:
Ser humano | Chimpanzé-comum | |
Domínio | Eukaryota | Eukaryota |
Reino | Animalia | Animalia |
Filo | Chordata | Chordata |
Classe | Mammalia | Mammalia |
Ordem | Primates | Primates |
Família | Hominidae | Hominidae |
Gênero | Homo | Pan |
Espécie | Homo sapiens | Simia troglodytes |
Filogenia
A filogenia organiza os seres vivos de acordo com sua escala evolutiva.
Esse ramo da Biologia estuda a sequência e relações de parentesco entre as espécies, sendo representadas graficamente por uma árvore filogenética.
A árvore filogenética é ilustrada por uma raiz e suas ramificações. A raiz representa o ancestral comum, que pode dar origem a vários galhos e estes por sua vez vão se ramificando. Cada ramificação é um descendente do ancestral, com suas próprias características.
Classificação dos seres vivos segundo Reino
O Reino, em ordem decrescente, é o segundo táxon que classifica os seres vivos. O agrupamento desses organismos seguem critérios específicos da biologia, que se modificam constantemente, mas a principal característica é o grau de parentesco.
Atualmente existem cinco reinos: Animal ou Metazoa, Vegetal ou Metaphyta, Protista, Monera e Fungi
, classificados por Whittaker em 1969. A primeira classificação foi realizada por Aristóteles, que dividiu os seres vivos em apenas nos Reinos Animais e Vegetal.
A segunda classificação foi realizada por Haeckel, em 1866, que incluiu um terceiro Reino, o Protista, composto por bactérias, algas, fungos e protozoários. Já Copeland, em 1956, acrescentou o quarto reino, Monera, composto pelos organismo unicelulares: as bactérias e as cianobactérias.
Confira abaixo as principais características e os principais representantes de cada reino:
- Reino Animal: composto por seres vivos eucariontes, pluricelulares e heterótrofos. Exemplos: homem, chimpanzé, cachorro, peixe, etc;
- Reino Vegetal: comporta os organismo vivos eucariontes, pluricelulares e autótrofos (fotossintetizantes). Exemplos: orquídea, girassol, palmeira, jacarandá, etc;
- Reino Protista: abrigam os seres vivos eucariontes, heterotróficos ou autotróficos, Exemplos: ameba e algas pluricelulares;
- Reino Monera: formado apenas por seres procariontes. Exemplo: bactérias e cianobactérias;
- Reino Fungi: composto por seres eucariontes, em sua maioria pluricelulares, e heterotróficos. Exemplos: cogumelos, bolores e lêvedos.