Resumo de Matemática - Metalismo

Metalismo é o conceito utilizado na economia para indicar a riqueza de um país através da quantidade de metais preciosos acumulados. Esse sistema monetário baseado em moedas de metais foi muito utilizado na Idade Moderna quando a figura de um rei detinha todo poder de um país.

O conceito caracterizado pela estratégia mercantilista tem fundamentação no bulionismo, termo traduzido do inglês “bullion”, que quer dizer “pequenos lingotes de ouro”.

A doutrina orienta o Estado a acumular quantidades significativas de metais preciosos, consideradas riquezas não perecíveis, com a justificativa de que isso seria a garantia de estabilidade financeira do país. Foi bastante aplicado entre os anos de 1453 até 1789 como troca de mercadoria.

Essa maneira de compra e venda inovou os câmbios comerciais. O metalismo surgiu com o objetivo de melhorar as trocas internacionais, assim como facilitar a organização e a precificação das mercadorias na época. 

Mercantilismo

O metalismo ficou associado ao mercantilismo a partir do século XV devido a comercialização de metais valiosos. Esses minerais possuem alto valor econômico por causa dos seus fatores químicos, os quais sofrem pouca oxidação, necessitam de alta temperatura para derretimento e ainda são materiais brilhosos, o que oferecem atratividade visual.

O sistema metalista faz parte de uma das características do mercantilismo juntamente com o protecionismo, a balança comercial favorável e o exclusivo colonial.

Na técnica do protecionismo, algumas nações encareciam os impostos alfandegários para dificultar a entrada de produtos estrangeiros na intenção de estimular o consumo interno.

O exclusivo colonial funcionava como uma regra em que as mercadorias exploradas nas colônias seriam destinadas exclusivamente à Metrópole colonizadora, sendo esta impossibilitada de negociar com outros países.

A balança comercial favorável se baseava na concepção de que o Estado não poderia depender muito de fontes estrangeiras, ou seja, o país deveria importar menos e exportar mais para poder manter o equilíbrio financeiro.

Na época dos grandes descobrimentos, os colonizadores extraíam metais das terras e transformavam em moeda de compra e venda de produtos. O ouro e a prata foram uma das primeiras formas de dinheiro que existiram na modernidade.

Como funcionava o metalismo?

A ideia surgiu entre a Idade Média e a Idade Moderna, em um amplo ambiente favorável por causa das grandes descobertas de terras novas. A utilização de metais começou como moeda de troca, na qual se estipulava um valor referente à moeda e um preço referente ao produto que se pretendia fazer a troca. Entre a moeda de metal e esse modelo de “commodity” se realizava um tipo de permuta.

Quanto mais pesada a moeda de metal, mais ela valia. Consequentemente, a mercadoria deveria ter o preço equivalente ao valor estipulado na moeda. Dessa forma, se realizavam um processo de negociação baseado no metalismo.

Os países começaram a explorar exacerbadamente os metais preciosos e a estocá-los. Naquele período, havia a noção de que quanto mais um país tivesse esses metais, mais ele seria rico e a esse comportamento foi dado o nome de metalismo.

Exploração de metal como recurso econômico

A Espanha foi um grande explorador desse recurso quando começou a conquistar territórios na América Central e América Latina, sobretudo no México e Peru. O país colonizador focou no metalismo para o desenvolvimento de sua economia, principalmente na prata, metal considerado mais rentável pelos espanhóis.

Portugal também foi um país a utilizar o metalismo na economia. No entanto, se dedicava mais na produção agrícola para trocar pelas moedas. País de referência nas grandes navegações marítimas, Portugal se utilizou dessa habilidade para explorar o ouro das colônias que conquistavam e exportar para seu país.

O Brasil colônia era abundante em ouro extraído através de mão de obra escrava, porém ficava todo sob o domínio da coroa portuguesa, o que não permitiu um intenso desenvolvimento interno do país.

Mudanças no cenário

A partir do século XVIII, a ideia do metalismo passou a ser questionada pelos fisiocratas que argumentavam dizendo ser os bens da natureza adquiridos na forma de produção agrícola a fonte de riqueza de um país. Posteriormente, o liberalismo clássico se contrapôs a esse sistema defendendo o liberalismo econômico.

O continente europeu sofreu uma enorme inflação, que obrigou Portugal e Espanha diminuírem a circulação de moedas de ouro e prata, já que eles eram os maiores possuidores desses recursos minerais. Essas contradições influenciaram no fim do metalismo.

Atualmente, o metalismo é utilizado através da compra e venda de metais preciosos na forma de commodities, como matérias-primas comercializadas no mercado global. As transações comerciais referente ao procedimento variam de acordo com a inflação de cada país.