Resumo de História - Independência dos Estados Unidos

A Independência dos Estados Unidos, também conhecida como Revolução Americana ou Independência das Treze Colônias, foi proclamada no dia 4 de julho de 1776, tornando-se assim a primeira região pertencente ao continente americano a obter sua independência.

Contexto histórico

Os Estados Unidos foram colonizados e, a partir de então, formaram-se Treze Colônias, cada uma com características distintas. Porém, grande parte delas eram definidas como colônias de povoamento, pois grande parte dos moradores que foram habitar essas regiões eram pessoas que fugiam dos reis absolutistas durante as Revoluções Inglesas.

É importante lembrar que na América Inglesa havia uma grande diferença na colonização se comparada com a América Portuguesa e América Espanhola, e essa disparidade era chamada de self government ou autogoverno.

O autogoverno deu mais liberdade, tanto política quanto econômica, para os colonos que estavam instalados nas Treze Colônias, fazendo com que pudessem comercializar mais e escolher, muitas vezes, seus próprios líderes.

Motivos para a Independência dos Estados Unidos

Para entender os motivos que resultaram na Independência dos Estados Unidos é necessário falar da Guerra dos Sete Anos, que ocorreu entre os anos de 1756 e 1763.

Esse conflito aconteceu entre ingleses e franceses, com relação a alguns domínios coloniais, incluindo a América do Norte. Nela, algumas consequências têm relação a, por exemplo, os colonos terem contato com militares e obterem mais acesso a armas, bem como ao aumento de impostos.

Mesmo a Inglaterra tendo vencido essa guerra, ela obteve muitos prejuízos e começou a aumentar os impostos nas Treze Colônias, fazendo com que os colonos ficassem insatisfeitos.

Nesse mesmo período, o Iluminismo também chega na América Inglesa. Movimento esse que influenciou na Revolução Americana com relação a questionamentos da Coroa Britânica, já que defendia maior liberdade e mais direitos.

Esses direitos, que o filósofo inglês John Locke reforçava em suas obras literárias, chegaram ao conhecimento dos colonos. Inclusive, as teorias de Locke foram as grandes influenciadoras da Independência dos Estados Unidos.

A Coroa Britânica passou a impor leis e cobrar impostos mais rígidos dos colonos, após o fim da Guerra dos Sete Anos. Entre elas, existiu a Lei do Açúcar, que iniciou a cobrança ainda maior no açúcar e alguns outros produtos.

O problema era que ela, além de fazer os colonos gastarem mais dinheiro, começou a interferir no comércio triangular, uma forma lucrativa de negócios no qual havia a troca de produtos por escravos africanos.   

Outra regulação implementada na época foi a Lei do Selo, que fazia com que qualquer coisa que fosse publicada, como contratos, jornais e documentos públicos, em geral, deveria constar um selo pago à Coroa. A chance de censura era maior, já que se tratava de uma marca de aprovação da Coroa. 

O ápice da revolta dos colonos aconteceu após a inserção da Lei do Chá, que visava impor o monopólio dos americanos em relação ao comércio do chá nas Treze Colônias. A insatisfação foi tanta que levou cerca de 150 colonos a invadirem o porto de Boston e, disfarçados de índios, jogarem ao mar aproximadamente 340 caixas de chá. Esse episódio ficou conhecido como Festa do Chá de Boston.

A revolta fez com que a Coroa Britânica fechasse o porto de Boston, que era um dos mais importantes da época, dando prejuízo aos colonos.

Com relação ao fechamento do porto de Boston, algumas outras sanções foram instaladas, ficando definidas como Leis Intoleráveis. Entre as medidas resultantes das leis estavam:

  • O porto de Boston foi fechado até que os prejuízos fossem ressarcidos.
  • O direito de reuniões foi suspenso.
  • A colônia de Massachusetts foi ocupada por tropas britânicas.
  • Os colonos foram obrigados a abrigar e alimentar as tropas inglesas que dominaram a região.

Foi a partir de então que os colonos começaram a questionar essas intervenções da Coroa Britânica e também a cogitar uma possível separação.

Importante salientar que o processo de Independência dos Estados Unidos possui dois fatores cruciais. O primeiro deles é que não havia um sentimento nacionalista, de unidade, afinal cada colônia funcionada de seu jeito e, por mais que houvessem alianças, não havia um conceito único entre elas.

A segunda questão importante é que a ideia da separação não foi questionada desde sempre, pois, na verdade, os colonos queriam apenas participação política, tendo representantes no Parlamento inglês. Porém, a Inglaterra, ao invés de dar essa participação, colocava mais ações punitivas para os colonos.

Foi então que, em 1774, foi realizado o Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, que reuniu colonos e alguns líderes dessas colônias, para discutir o processo de divergências em relação à Coroa Britânica.  

Nesse congresso, eles tentaram negociar com a Coroa algumas questões, entre elas uma maior participação política e a retirada das Leis Intoleráveis. Porém, como resposta, ao invés de acatar as exigências, foi aumentado o número de soldados que viviam nas colônias.

No ano seguinte, em 1775, foi realizado o Segundo Congresso da Filadélfia. Dessa vez o encontro teve a participação de todos os líderes das Treze Colônias e ambos objetivando a independência, já que as negociações não foram favoráveis.

Graças a esse congresso os confrontos armados entre colonos e britânicos começaram a acontecer. Foi então que, em 4 de julho de 1776, houve a Independência dos Estados Unidos, coordenada por Thomas Jefferson.

A data é importante até hoje para os americanos, pois nesse dia ocorreu a produção da declaração escrita por Thomas e outros colonos, frisando as causas da independência. No documento continha várias ideias Iluministas, incluindo, como foi dito anteriormente, as teorias de John Locke.

Como a independência foi iniciada a Guerra de Independência, na qual os colonos lutaram, durante cinco anos, contra as tropas inglesas.

Guerra da Independência dos Estados Unidos

Um dos nomes importantes para o período de Guerra da Independência foi George Washington, que coordenou o exército e, anos depois, se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos. Além dele, os colonos contaram com o apoio de espanhóis, holandeses e franceses.

A maior dificuldade da Inglaterra era em relação à distância entre sua região e as Treze Colônias, ficando mais difícil o envio de soldados e armamentos.

O auxílio dos soldados estrangeiros favoreceram os colonos a vencerem a guerra, que foi finalizada com o Tratado de Paris, em 1783, e fez com que a Inglaterra reconhecesse a Independência das Treze Colônias.   

Porém, apenas em 1787 que essas colônias se unificaram e então se declararam Estados Unidos da América.