Resumo de Educação Artística - História do Forró

Conheça a origem desse ritmo tipicamente brasileiro

A história do forró reúne muitas curiosidade e características que marcam bastante a cultura nordestina. Derivado do nome “forrobodó”, que significa confusão, arrasta-pé, ou farra, o forró surgiu no século XIX, na região de Pernambuco, onde eram realizados bailes populares.
Segundo historiadores, o termo forró chegou ao Brasil junto com os escravos africanos, que naquela época eram enviados para o Rio de Janeiro e para o sertão nordestino. Além de referir-se às festas, o forró tornou-se um gênero musical consagrado no Brasil e pode tornar-se Patrimônio Cultural Imaterial do país.
O estilo é marcado pelo som da zabumba, triângulo e sanfona, e é representado pela dança entre casais, que com corpos colados arrastam os pés no chão. Foi a partir de 1950 que a história do forró começou a ganhar força em todo o cenário nacional. Isso porque no ano de 1949 o cantor e compositor Luiz Gonzaga gravou a música “Forró de Mané Vito”, que caiu no gosto do povo. Foi ele quem popularizou a sanfona ou acordeon e desde então, o ritmo passou a ser reconhecido por todos os cantos do Brasil.
No início da história do forró, as composições eram inspiradas no modo de vida nordestino e do povo do sertão. As letras costumavam retratar os hábitos e costumes desse povo, desde as alegrias até as tristezas e dificuldades, falava-se muito de amor, lembranças e saudades da terra.

A história do forró e suas fases

O forró enquanto gênero musical engloba vários estilos, os chamados xote (representado pelos passos dois pra lá e dois pra cá), o baião (possui uma coreografia marcada pelos rodopios, balanços e passos marcados), o xaxado (dança com movimentos laterais, em que os dançarinos também arrastam os pés) e o tradicional “arrasta-pé”, são alguns mais conhecidos na história do forró.
Contudo, em meados da década de 70 e início da década de 80, com a chegada de novos instrumentos musicais no meio artístico, este gênero começou a ganhar uma nova “roupagem”. A repaginada não se deu apenas no som, que passou a ser produzido com bateria, guitarra elétrica, baixo elétrico, além do teclado e saxofone, a partir dos anos 90, mas também nas coreografias.
Dessa forma, é possível dizer que a história do forró possui três fases distintas. A primeira marcada na década de 50 com o baião lançado por Luis Gonzaga, não é à toa que ele ficou conhecido como o Rei do Baião. Também foi o responsável por “abrir as portas” para outros artistas do Nordeste como Jackson do Pandeiro, Marinês, Dominguinhos, Sivuca, dentre outros.
Em seguida, a partir de 1975, alguns artistas começaram a inovar na musicalidade, misturando os ritmos do pop rock com o forró tradicional. Destacaram-se nessa segunda fase Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Gilberto Gil, e Nando Cordel. Em meio a transição para a terceira fase, vale destacar alguns nomes regionais que consagraram-se no chamado forró universitário. São eles: Alcimar Monteiro, Petrúcio Amorim e Jorge de Altinho.
Já a terceira geração, iniciada nos anos 90, é conhecida pelo formato do forró eletrônico, quando a sanfona cede espaço para o órgão eletrônico. Com o ritmo mais estilizado, os artistas dessa fase mesclam outros gêneros musicais ao forró, a exemplo do sertanejo romântico. Nesse contexto, a formação de grupos compostos muitos integrantes e bailarinas tornou-se cada vez mais comum. Entre as bandas que atingiram sucesso no país e representam esse período da história do forró estão Mastruz com leite, Magníficos, Calcinha Preta, Aviões do Forró e muitas outras.

Dia Nacional do Forró

Do pé-de-serra ao eletrônico, o forró é um estilo famoso nas festas juninas. É verdade que em algumas cidades da região Nordeste, como Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) a tradição é mais intensa, mas não se pode negar que o ritmo contagia todos os estados brasileiros.
Considerado uma expressão cultural do país, o forró tem um dia especial reservado no calendário nacional. E não por acaso 13 de dezembro foi a data escolhida para celebrar a representatividade do ritmo. Instituído em 2005, o Dia Nacional do Forró também homenageia Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião, nascido nesse mesmo dia.

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