Eletropositividade é uma propriedade periódica que refere-se a tendência do átomo em doar elétrons durante uma ligação química. Essa propriedade também é chamada de caráter metálico, pois os metais têm uma maior aptidão em perder elétrons.
Quanto maior a facilidade do átomo em perder elétrons, maior a sua eletropositividade e, consequentemente, mais acentuado o seu caráter metálico. Esses elementos geralmente têm menos de quatro elétrons na camada de valência.
Com o aumento no número de camadas eletrônicas, há uma redução na força de atração do núcleo sobre os elétrons que estão na periferia. Isso facilita a perda de elétrons pelo átomo e, consequentemente, aumenta a sua eletropositividade.
O frâncio (Fr) é o elemento mais eletropositivo da tabela periódica. Ele é um metal alcalino, dificilmente encontrado na natureza e sintetizado por reação nuclear. Geralmente ele é aplicado geralmente em tarefas de investigação biológicas.
Eletropositividade na tabela periódica
Os elementos químicos, de modo geral, seguem tendências e características que variam de acordo com a localização na tabela periódica. Três fatores estão diretamente relacionadas à eletronegatividade, são elas:
- Raio atômico: essa propriedade está diz respeito ao tamanho do átomo. Ela é definida pela distância do núcleo de um átomo até a sua camada de valência.
Na tabela periódica, o raio cresce de cima para baixo na posição vertical, já na horizontal aumenta da direita para esquerda.
Em relação a eletropositividade, ela cresce com o raio atômico. Isso porque, com uma maior quantidade de camadas eletrônicas, os elétrons ficam mais afastados do seu núcleo, logo a carga negativa está mais afastada e a atração é menor.
- Famílias: as colunas da tabela, denominadas de famílias ou grupos, abrigam os átomos que possuem o mesmo número de elétrons na última camada.
Nelas, a eletropositividade cresce de cima para baixo.
- Períodos: correspondem as linhas horizontais da tabela periódica e agrupam os elementos que possuem o mesmo número de camadas eletrônicas ou níveis de energia. Sendo assim,
a eletropositividade sempre cresce da direita para a esquerda.
Exemplos
Como já dito, a eletronegatividade está relacionada a tendência do átomo em doar elétrons durante ligações químicas, que podem gerar substâncias compostas, isto é, aquelas que possuem moléculas formada por dois tipos de átomos. Confira os exemplos:
- O cloreto de sódio (Nacl) é uma substância formada por átomos de sódio (metal) e cloro (ametal).
Analisando esses dois elementos, podemos perceber que sódio tem o raio atômico maior que o cloro por estar mais à esquerda na tabela periódica.
Dito isso, nessa molécula o sódio é o elemento mais eletropositivo e tem tendência de perder elétrons para o cloro na ligação química. - Já a molécula do sulfeto de cálcio (CaS), é formada por átomos de cálcio (metal) e enxofre (ametal). O primeiro elemento apresenta um maior raio atômico, pois também está mais à esquerda na tabela periódica. Além disso, o cálcio está localizado no quarto período e o enxofre está no terceiro período (três níveis). Por esses motivos,
o cálcio é o mais eletropositivo e possui tendência de perder elétrons para o enxofre.
Eletropositividade x eletronegatividade
Enquanto a eletropositividade é a tendência do átomo em perder elétrons, a eletronegatividade é o oposto, ou seja, indica a capacidade que o átomo possui em atrair elétrons.
Os elementos químicos posicionados na parte superior e à direita da tabela periódica possuem maior eletronegatividade.
A divergência entre essas propriedades também ocorre em relação ao raio atômico. Quanto maior o raio atômico, menor a eletronegatividade do elemento.
Na ligação química covalente, os átomos partilham elétrons a fim de alcançar a estabilidade eletrônica. A quantidade de elétrons perdidos por um átomo eletropositivo e de elétrons recebidos por um átomo eletronegativo é indicado pelo número de oxidação.
O flúor (F) é o elemento mais eletronegativo da tabela período. Ele é um ametal localizado na família dos halogênios (grupo 17) e bastante abundante na crosta terrestre.
Em resumo,
Quanto maior o raio atômico = menor a atração do núcleo = maior a eletropositividade.
Quanto menor o raio atômico = maior a atração do núcleo = menor a eletropositividade.