Eletronegatividade é uma das características presentes na tabela periódica. Ela indica a capacidade que o átomo possui em atrair os elétrons.
Essa propriedade ocorre quando o átomo faz o compartilhamento de um ou mais pares de elétrons durante as ligações químicas, a chamada ligação covalente.
Na ligação covalente, os átomos têm uma tendência a partilhar elétrons, fazendo com que as camadas eletrônicas externas fiquem mais completas, resultando em uma distribuição eletrônica mais equilibrada em suas camadas.
A força nessas ligações é superior às interligações das moléculas, podendo ser comparando à ligação iônica.
Portanto, a eletronegatividade pode ser considerada a propriedade mais relevante na tabela dos elementos químicos, por determinar o comportamento dos átomos. E, a partir destes, são formadas as moléculas.
Variação da eletronegatividade
Os elementos químicos posicionados na parte superior e à direita da tabela periódica são os que possuem maior eletronegatividade. Ao passo em que eles estejam numa posição oposta a essa, são menos eletronegativos.
Ou seja, quanto mais à esquerda e na base da tabela estiverem, menos eletronegativos eles serão. Logo, o Flúor (F) é o elemento mais eletronegativo.
Apesar de não estar posicionado à extrema direita, ele é o primeiro elemento logo depois dos gases nobres.
Por não fazerem ligações químicas e apresentarem estabilidade eletrônica, a eletronegatividade dos gases nobres é insignificante, uma vez que não possuem tendência em ganhar ou perder elétrons.
Ao contrário do Flúor, que é considerado o elemento mais eletronegativo, o Césio (Cs) e o Frâncio (Fr) são os menos eletronegativos do grupo.
Essa inversão também ocorre em relação ao raio atômico. Quanto maior o raio atômico, menor será a eletronegatividade do elemento.
Representação numérica da eletronegatividade
O modelo de cálculo de eletronegatividade proposto por Linus Pauling explica a relação de uma ligação covalente entre dois átomos diferentes (A e B).
Esta, por sua vez, é mais resistente do que a média dos pontos que fazem parte desta mesma ligação (A-A) e (B-B).
A definição de Pauling determina um ponto essencial da eletronegatividade por meio de energias de dissociação, calculada através da fórmula:
Ed (AB)= VEd(AA) Ed (BB) + 1.3 (XA – XB) ² eV
Numericamente, o valor da eletronegatividade é determinada pela expressão:
E= 0,184 ( I+A ), considerando que “I” é o potencial de ionização e “A” é a afinidade eletrônica.
Propriedades da Tabela Periódica
Raio Atômico
Ele expressa a distância entre o núcleo do átomo e a eletrosfera, a camada mais externa do centro atômico, também chamada de camada de valência. Esta é a última camada da distribuição eletrônica.
O raio atômico é calculado com base em uma molécula diatômica do mesmo elemento e a metade das distâncias entre cada um dos núcleos.
À medida que o número de camadas cresce, o raio atômico também aumenta.
Conforme o número atômico cresce, ele diminui. O raio atômico aumenta de cima para baixo e da direita para esquerda.
O raio é inversamente proporcional à eletronegatividade, ou seja, quanto menor o raio atômico mais eletronegativo será o elemento.
Afinidade Eletrônica
Também chamada de eletroafinidade, a afinidade eletrônica expressa a intensidade de energia que um átomo libera ao receber ou perder um elétron.
Os halogênios, elementos da família 7A, são os que possuem o maior índice de afinidade eletrônica.
Já os metais da família 1A possuem os menores valores de eletroafinidade. Portanto, em regra geral, a afinidade eletrônica aumenta da esquerda para direita e de baixo para cima, com base na tabela periódica.
A afinidade é diretamente proporcional à eletronegatividade. Portanto, quanto maior a eletroafinidade mais eletronegativo será o elemento.
Importante: existem exceções neste caso. O cloro, apesar de ocupar uma posição inferior, possui maior eletroafinidade do que o átomo de flúor.
Potencial de Ionização
É o momento em que um grupo de átomos deixa de ser neutro e adquire carga eletrônica.
Quando os elétrons ficam isolados do grupo original, são agregadas a cargas positivas e os cátions se formam.
Os elétrons livres se agrupam com íons negativos são formados os ânions. Quanto maior for o valor do potencial de ionização, também será maior a eletronegatividade
Saiba um pouco sobre a eletropositividade
Também considerada uma propriedade da tabela periódica, a eletropositividade indica uma tendência que o possui em perder elétrons durante uma ligação química.
Durante essas ligações, os átomos são agregados com íons positivos, formando os cátions.
O aumento da eletropositividade varia exatamente como o raio. Os elementos fixados na parte superior da tabela possuem eletropositividade baixa. A eletropositividade aumenta de cima para baixo e da direita para esquerda.
Resumo sobre eletronegatividade
A eletronegatividade é capacidade que o átomo possui em atrair os elétrons e está presente em todos os elementos da tabela periódica.
Isso acontece quando o átomo compartilha um ou mais pares de elétrons durante uma ligação química, também conhecida como ligação covalente.
Sendo assim, a eletronegatividade pode ser considerada a propriedade mais relevante na tabela dos elementos químicos, pois determina o comportamento dos átomos.
Os elementos químicos posicionados na parte superior e à direita da tabela periódica são os que possuem maior eletronegatividade. Logo, o Flúor (F) é o elemento mais eletronegativo
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