As substâncias psicoativas proibidas no Brasil
As drogas ilícitas são assim classificadas em virtude do posicionamento da legislação em relação a elas. Essas substâncias têm a produção, comercialização e consumo condenados pela lei. Essas proibições, contudo, não impedem que essas drogas estejam inseridas em uma rede de distribuição e consumo que desafia as instituições de justiça, nomeadamente, o tráfico de drogas.
Isso acontece, sobretudo, porque as drogas ilícitas possuem a capacidade de promover alterações comportamentais e de estado de espírito. E, muitas delas, possuem alto potencial para causar dependência química, fazendo com que a pessoa que a consome sinta a necessidade de utilizá-la com frequência. Desse modo, comercializá-la se torna uma fonte de grande rentabilidade financeira.
Quais são as drogas ilícitas mais comuns?
A relação das drogas consideradas ilícitas pela legislação brasileira inclui drogas de origem natural, produzidas a partir de plantas, como a maconha; e drogas sintéticas, que são aquelas feitas em laboratórios. Esse é o caso do ecstasy e do LSD, por exemplo. Todas elas agem diretamente no sistema nervoso. Vamos conferir um pouco mais acerca dos efeitos que elas desencadeiam!
Maconha – a droga é produzida a partir da planta, que em alguns países é usada para fins medicinais. O consumo pode se dá por inalação da fumaça, no preparo de alimentos ou consumo oral. Os principais efeitos provocados por essa droga são o relaxamento, calma, falta de equilíbrio e coordenação motora;
Cocaína - também é produzida a partir de uma planta, a , que é submetida a processos químicos dos quais resultam a produção de um pó. Essa droga é inalada ou injetada na corrente sanguínea e provoca sensações de euforia e excitação. Distúrbios cardiovasculares, parada respiratória, derrame e infarto são os principais riscos associados ao consumo da droga.
Crack – assim como a cocaína, ele é extraído da coca. Contudo, seu processo de produção envolve o acréscimo de sais. O cristal que daí resulta é fumado em cachimbos, produzindo euforia e excitação nos usuários. Seu uso pode provocar hemorragias, derrames e danos neurológicos.
Ecstasy – essa droga é popularmente conhecida como bala, em virtude de seu formato de comprimidos. Ela é produzida em laboratórios e provoca aumento da resistência física e das percepções sensoriais. O uso dessa substância está associado a depressão e pânico;
LSD – trata-se de um ácido produzido em laboratório, que provoca alucinações, euforia e aumento da sensibilidade. A substância é dissolvida na língua e seu uso está associado a ataques de pânico e perda da noção de perigo, o que pode levar o usuário à morte.
Outros males associados ao consumo de drogas ilegais
Além dos males que podem ser provocados no uso imediato, as drogas ilícitas possuem alto potencial para provocar dependência química. Esse problema afeta não somente a vida do usuário, mas também as vidas das pessoas ao seu redor e, em muitos casos, a de uma comunidade inteira. A dependência química é considerada uma doença e requer atendimento especializado, com atenção aos aspectos psicológicos e bioquímicos.
Outro grande mal provocado pelo consumo das drogas ilícitas é o narcotráfico. Esse crime é um dos grandes problemas sociais do Brasil. A guerra contra o tráfico custa milhares de vidas todos os anos. E é uma das grandes responsáveis pelos elevados números de encarceramento no país. Além disso, o tráfico de drogas também está associado a outros crimes, como roubo, homicídios e crimes patrimoniais.
Drogas ilícitas drogas lícitas
Assim, como algumas drogas legais, as drogas ilícitas promovem efeitos no sistema nervoso. Por esse motivo, elas integram o grupo de substâncias psicoativas ou substâncias psicotrópicas. A principal diferença entre esses dois tipos de drogas reside no modo como são enxergadas pela legislação. Essa classificação entre legal e ilegal se dá como reflexo, principalmente, do modo com a cultura, os valores morais e econômicos atuam em cada sociedade.
Exemplo disso é fato de que a maconha configura no grupo de drogas ilícitas no Brasil, mas o uso recreativo da substância é legalizado em parte dos Estados Unidos (11 estados), Uruguai e no Canadá. Por outro lado, o álcool, que é considerado uma droga lícita pela legislação brasileira, já foi proibido nos EUA durante os anos de 1919 e 1933. E é uma droga associada a crimes de violência contra a mulher, acidentes de trânsito e a graves problemas de dependência.
Do mesmo modo, o consumo do cigarro, que é legalizado no Brasil, é considerado um problema de saúde mundial. O produto afeta não só a saúde de quem o consume, mas também de terceiros, que inalam sua fumaça passivamente. Apesar do conhecimento dos males provocados pelo cigarro e pelo álcool, por exemplo, ambos continuam a ser produzidos, vendidos e consumidos no Brasil.