Resumo de Biologia - Covid-19

Tire todas as suas dúvidas sobre o vírus Sars-CoV-2


A Covid-19 (“co” = corona; “vi” = vírus; e “d” representa a palavra doença) é uma doença respiratória motivada por uma nova versão (cepas) do coronavírus, chamada cientificamente de Sars-CoV-2. Essa grande família viral – descoberta desde meados de 1960 – costuma atingir em maior proporção os animais. No entanto, sete dos seus tipos são capazes de causar infecções respiratórias em seres humanos.
Alguns coronavírus até geraram contaminações, mas não ao ponto de resultar em uma pandemia. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), até o momento, a Covid-19 já infectou mais de 109 milhões de pessoas no mundo. Já no Brasil, mais de 9 milhões de casos foram confirmados pelos órgão de saúde e houve mais de 240 mil mortes.

A família dos coronavírus

A comunidade científica já identificou a existência de muitos coronavírus. A maioria atinge diretamente as espécies de animais, mas sete variações podem acarretar doenças respiratórias leves e graves em humanos. Dessas, quatro levam à sintomas brandos, parecidos com um resfriado comum, e três favorecem o desenvolvimento de sérios problemas, a exemplo de pneumonia.
Até o ano de 2002, apenas duas versões que causam doenças em humanos eram conhecidas. Uma delas, nomeada de Síndrome Respiratória Aguda Grave (vírus Sars-CoV), foi encontrada na China, mas acabou sendo transmitida para mais de 8 mil pessoas de diferentes países. A sua taxa de mortalidade ficava em torno de 10%, contudo, desde 2004, as autoridades de saúde não notificaram novos casos.
O outro coronavírus foi detectado em 2012, dessa vez na Arábia Saudita. Assim como a Sars-CoV, ocasionava pneumonia viral, porém observou-se que as chances de letalidade eram maiores. Chamada de Síndrome Respiratória do Oriente Médio, o vírus – que recebeu o nome de Mers-CoV – permanece ativo nessa região e há registros de contaminações na Europa e América do Norte. Estima-se que 35% dos pacientes vão à óbito.
Já a Sars-CoV-2, batizada de Covid-19 – em virtude da descoberta em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, China –, embora tenha semelhanças com o vírus Sars-CoV, pode provocar complicações em várias partes do organismo. Mesmo o índice de mortalidade sendo 3% e 4%, tornou-se um grave problema de saúde pública porque é transmitido rapidamente e deixa sequelas que afetam o coração, rins, sistema vascular e até o cérebro.

Covid-19: transmissão e sintomas

A Covid-19 é passada de pessoa para pessoa através das gotículas que são produzidas quando um indivíduo infectado tosse, espirra ou fala. Como essas partículas são transportadas pelo ar, o vírus se dissemina tanto em distâncias curtas quanto longas. Entretanto, quanto mais próximo for o contato (menos de um metro e meio) com a pessoa doente, mais alto é o risco de contágio.



A transmissão também pode ser indireta, ou seja, quando tocamos em superfícies com a presença do vírus e depois levamos as mãos à boca, olhos ou nariz. Por esses motivos, os sintomas são parecidos com os da gripe ou resfriado. Contudo, em alguns pacientes – especialmente idosos, hipertensos, obesos, fumantes e portadores de HIV – podem evoluir para um quadro de infecção do trato respiratório inferior. Entre os principais indícios estão:
  • Febre
  • Tosse seca
  • Falta de ar ou dificuldade para respirar
  • Calafrios ou tremores repetidos com calafrios
  • Fadiga
  • Dor de cabeça e muscular
  • Inflamação da garganta
  • Perda do olfato ou paladar
  • Congestão nasal ou coriza
  • Náuseas, vômitos e diarreia
Outra questão que justifica a preocupação com a pandemia de Covid é o fato das pessoas espalharem o vírus nas condições pré-sintomática, que significa o estágio inicial da doença, ou assintomáticas. De acordo com estudos, uma boa parte dos infectados demora mais para sentir os sinais da doença, pois o período de incubação do Sars-CoV-2 é mais longo e, com isso, podem aparecer até 15 dias após contaminação.

O que é Covid longa?

A Covid longa, Covid prolongada ou Long Covid são classificações dadas por especialistas da OMS aos pacientes que têm apresentado sequelas mesmo depois de curados. Segundo um grupo de pesquisadores norte-americanos, mexicanos e suíços, aproximadamente 80% das pessoas que contraíram a doença ainda tinham sintomas pelo menos 2 semanas após recuperação. Além disso, constatou-se que as mulheres são as que mais sofrem complicações oriundas do vírus.
Ao revisar 18 mil publicações sobre o tema, eles criaram uma lista com as 55 manifestações mais recorrentes, sendo as principais: fadiga, dor de cabeça déficit de atenção, perda de cabelo, dificuldade para respirar, distúrbios do sono e ansiedade. Por enquanto, não há um tratamento específico para esse quadro. Os especialistas estão avaliando o uso de suplementos vitamínicos, porém nenhuma tentativa se mostrou totalmente eficaz.

Dúvidas frequentes

Desde que a OMS decretou a pandemia de Covid-19, diversas notícias circularam nos meios de comunicação. Apesar da necessidade de informações – como forma de evitar medos, inseguranças e estado de pânico – muitos conteúdos falsos e sem qualquer comprovação científica acabaram compartilhados, principalmente em aplicativos de mensagens.
Para combater as fake news sobre o novo coronavírus, buscamos esclarecer algumas dúvidas em relação a doença, suas medidas preventivas e tratamentos. Confira!
Vacinas contra o coronavírus alteram o DNA humano

Mentira. É impossível a modificação do material genético humano com a aplicação de vacinas, pois elas sequer entram em contato com molécula (Ácido Desoxirribonucleico – DNA) presente no núcleo das células.
O uso de máscara leva a ‘intoxicação’ por dióxido de carbono
Mentira. Pesquisadores da Universidade de MacMaster, no Canadá, afirmaram que a proteção facial não atrapalha a respiração – mecanismo responsável pelo equilíbrio na troca gasosa entre oxigênio e dióxido de carbono (CO2). Para chegar a essa conclusão, eles analisaram os dados produzidos por oxímetros (dispositivos que mensuram a quantidade de oxigênio no sangue) em pacientes com idade média de 77 anos.
Ao avaliar os números, perceberam que a saturação, que é a porcentagem de oxigênio transportado, ficava em torno de 96,1% antes do uso da máscara e entre 96,5% e 96,3%, durante e depois. Isso significa que o oxigênio foi transportado normalmente, pois os níveis de saturação considerados ideais são a partir de 89%.
Vitamina D combate o coronavirus
Essa é uma das questões que continuam sendo estudadas pelas sociedades científicas e autoridades de saúde. Como a vitamina D é, na verdade, um hormônio, cogitou-se a possibilidade dos seus receptores atuarem no sistema imunológico, o que ainda não foi comprovado.
Existe tratamento precoce contra a Covid-19
Mentira. Estudos promovidos por entidades nacionais e internacionais comprovaram que os medicamentos que fazem parte do chamado “kit Covid”, a exemplo de hidroxicloroquina e ivermectina, não são eficazes em nenhuma fase da doença. Além disso, descobriu-se efeitos colaterais adversos, como aumento de arritmias cardíacas e lesões no fígado.