Resumo de Português - Conjunções adversativas

Conheça as características dessa classe de palavras e aprenda a usá-las

As conjunções adversativas são representadas por palavras que dão a ideia de oposição e contraste. Geralmente, as conhecemos quando iniciamos o estudo das conjunções coordenativas, que refere-se justamente a estes termos que ligam as orações estabelecendo uma relação de independência entre elas.
Na língua portuguesa existe uma enorme lista de conjunções, as quais são bastante úteis para conectar as orações ou os termos que possuem a mesma função sintática. Ou seja, estes elementos são importantes para a formação de textos coesos e coerentes.
Nesse universo é possível classificá-las de acordo com o tipo de relação que estabelecem na frase ou na oração, podendo ser autônomas (coordenativas) ou dependentes sintaticamente (subordinativas).
Neste artigo vamos nos ater somente às conjunções coordenadas adversativas, que são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto e não obstante. Sem dúvidas você costuma utilizá-las com frequência no seu dia a dia, especialmente se está se preparando para o Enem e outros processos seletivos. Mas será que está empregando-as nas orações corretamente? Confira a seguir alguns exemplos de como as conjunções adversativas devem apresentar-se.


Conjunções adversativas e o uso da vírgula

Um dos pontos que vale chamar atenção é que todas as conjunções adversativas deverão ser precedidas de vírgula. Veja:
Laura caiu e bicicleta, mas não se machucou.
Samara adora dormir tarde, porém sente sono cedo.
Fabiane estudou muito para a prova, entretanto não conseguiu a aprovação.
Perceba que o uso desse sinal gráfico “sinaliza” a oração coordenada adversativa e indica a oposição de ideias ou informações entre as duas partes da oração.
A regra gramatical diz que a vírgula deve ser empregada antes da conjunção adversativa, mas há situações em que ela poderá surgir depois: quando essas estiverem precedidas por um verbo.
Exemplo:
Eu já enviei minhas desculpas, espero, entretanto, que você entenda. 
Atenção ao uso da vírgula relacionada a conjunção “mas”
Além de conjunção adversativa, o “mas” também pode assumir papel de conjunção aditiva em uma oração. Por isso é importante entender o contexto da frase e avaliar qual a ideia que essa conjunção apresenta na oração.
Exemplos:
Quando a conjunção “mas” ou a locução “mas também” levarem ao entendimento de soma ou adição, a vírgula será facultativa. Observe:
Não só os alunos, mas também os professores vibraram com os resultados das provas.
Naquele ano, não só o Brasil mas também a Argentina foram eliminados da copa do mundo.
Quando o “mas” surgir no início da frase e em seguida aparecer uma frase intercalada, essa conjunção deverá estar entre vírgulas:
Mas, disse a mãe, não sairei daqui sem ver meu filho vencer a partida.

Conjunções coordenativas

Além das conjunções adversativas, o grupo de conjunções coordenativas contempla as conjunções aditivas, alternativas, conclusivas, explicativas. Relembre:
  • Conjunções aditivas – expressam ideia de adição: e, nem, não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. 
  • Conjunções alternativas – remetem a ideia de escolhas ou levam ao entendimento sobre algo que acontece separadamente: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
  • Conjunções conclusivas – são palavras que representam consequência ou como o nome já sugere, conclusão: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. 
  • Conjunções explicativas – são conjunções que esclarecem o motivo, apresentado na oração anterior: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

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