Resumo de Geografia - Conflito entre EUA e Coréia do Norte

O Conflito entre EUA e Coréia do Norte continua intenso e perigoso com a ameaça dos lançamentos recentes de mísseis. O encontro entre seus respectivos representantes de governo, Donald Trump e Kim Jong-Un, em junho de 2018 e em fevereiro de 2019, transmitiu a sensação de que as diferenças entre eles iriam deixar de existir.

O governo da Coréia do Norte chegou a suspender seus testes balísticos, mas os conflitos não foram superados, umas vez que o líder supremo da Coréia do Norte tornou a fazer lançamentos com mísseis de alcance reduzido, partindo de suas bases militares, em maio de 2019

Conflito entre EUA e Coréia do Norte

O conflito entre EUA e Coréia do Norte tem origem na Guerra da Coréia – confronto  militar que aconteceu entre os anos de 1950 e 1953. Essa guerra teve início quando a Coréia do Norte invadiu a Coréia do Sul.

Os Estados Unidos da América, como força primordial da Organização da Nações Unidas (ONU), apoiaram a Coréia do Sul . Já a Coréia do Norte teve ajuda da China, com o apoio logístico e político da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

As duas nações, Coréia do Norte e Coréia do Sul,  tornaram-se inimigas por causa de suas diversas diferenças ideológicas. De um lado ficou a Coréia do Norte com assistência da China e do outro a Coréia do Sul com amparo dos Estados Unidos e as forças das Nações Unidas.

O “eterno” conflito entre EUA e Coréia do Norte comprova que a Coréia do Norte é o inimigo mais antigo dos Estados Unidos. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a península coreana foi dividida com a ajuda dos norte-americanos e, assim, na década de 1950, os EUA travou uma guerra contra a Coréia do Norte.

Os EUA mantêm há quase 50 anos várias sanções econômicas contra Pyongyang – capital da Coréia do Norte. O Pentágono inflou a ameaça norte-coreana na era do pós-Guerra Fria para justificar sua vontade de dispor de um sistema de defesa antimísseis.

O conflito entre EUA e Coréia do Norte se intensificou muito no começo do ano de 1990, quando a Coréia do Norte fortaleceu o seu programa nuclear e os EUA pensaram em bombardear as instalações suspeitas de desenvolverem armas de destruição em massa.

No ano de 1994, após uma reunião de negociação do caminho de volta ao princípio da guerra, entre Jimmy Carter, então presidente dos EUA com Kim II-Sung (1912 – 1994), líder da Coréia do Norte desde a fundação, em 1948, até a sua morte.

Um acordo entre ambos foi aprovado, nele havia a exigência de que a Coréia do Norte congelasse seu programa nuclear em troca de pesados carregamentos de óleos combustíveis dos EUA. Além disso, os amaricanos deveriam promover a construção de dois reatores nucleares de água leve.

Na intenção de colocar um fim nas desavenças, fizeram um acordo no qual se comprometeram em avançar na busca da normalização absoluta de suas relações diplomáticas, que aconteceu na gestão de Kim Jong-Un.

A esperança de paz veio nos contatos entre as delegações lideradas pelo diplomata norte-coreano Kim Kye-Gwan e o norte-americano Glyn Davies sobre a desnuclearização na península coreana. Davies afirmou que colocaria outros assuntos em pauta, como direitos humanos, questões humanitárias e o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

Houve notícias de que em 29 de fevereiro de 2012 o governo norte-coreano concordou em suspender o lançamento de mísseis de longo alcance, testes nucleares e o enriquecimento de urânio em sua principal plataforma.

A Coréia do Norte chegou a permitir a entrada de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica para monitorar a desativação do reator do Centro de Pesquisa Científica Nuclear de Yongbyon, mas, ao que tudo indica, está em pleno vapor.

70 Anos de Tensão 

O conflito entre EUA e Coréia do Norte perdura desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Esses dois países têm histórias em comum, marcadas por sérios atritos.

  • No ano de 1948, a Coréia se dividiu em duas: a do Norte, governada por Kim II-Sung e apoiada pela União Soviética, e a do Sul, protegida pelos americanos.
  • Em junho de 1950, a Coréia do Norte invadiu a Coréia do Sul com apoio da China e da União Soviética, o evento ficou conhecido como Guerra da Coréia. Com o reforço militar dos EUA, Seul – capital da Coréia do Sul –  foi retomada e três anos depois a guerra acabou com um cessar fogo e nunca foi oficializado um tratado de paz. O confronto deixou aproximadamente quatro milhões de mortos.
  • Nas décadas seguintes houve mais atritos. No ano de 1968, a Coréia do Norte capturou um navio de espionagem americano e, um ano depois, derrubou o seu avião de reconhecimento.
  • No fim dos anos 90, Kim Jong-Il sucede o pai e se compromete a desmontar o programa nuclear, mas não cumpre o combinado e testa um míssil balístico de longo alcance.
  • Com o atentado às Torres Gêmeas dos EUA, em 11 de setembro de 2001, o conflito entre eles foi intensificado. No ano de 2002, George W. Bush – então presidente dos EUA, incluiu a Coréia do Norte naquilo que classificava como “Eixo do Mal”, junto com Irã e Iraque.
  • Somente no ano de 2008, Washington tirou a Coréia do Norte da lista negra de países que apoiam o terrorismo. Em troca disso, os EUA exigiram o controle das instalações nucleares do regime coreano.
  • Ultimamente, muitos americanos são detidos na Coréia do Norte.  Alguns foram soltos anos depois e outros continuam presos até hoje.

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