Resumo de Biologia - Coluna Vertebral

Possui 33 vértebras, que são divididas em 5 segmentos

A coluna vertebral, também chamada de coluna espinhal ou espinha dorsal, é a estrutura responsável pela locomoção, equilíbrio, sustentação do peso e proteção dos nervos. Toda a sua formação, que inclui vértebras, discos intervertebrais, músculos e ligamentos, serve para preservar a medula espinhal e as raízes nervosas, elementos cruciais para a comunicação entre o cérebro e o restante do nosso corpo.
Quando vista, tanto de frente quanto de costas, deve ser retilínea. Mas há o desenvolvimento de curvaturas na posição lateral, chamadas de lordose (encurvação excessiva da parte inferior da coluna) ou cifose (curvatura acima de 45° na parte superior das costas), diante da perda de equilíbrio da coluna.
A curvatura anormal pode resultar em algumas doenças, a exemplo de trauma do sistema neuromuscular. Em adultos, a cifose muitas vezes está relacionada com quadros de osteoporose – condição que provoca uma redução progressiva na densidade óssea e intensifica os riscos de fratura. Já em crianças, pode ser motivada por desordens genéticas e lesões.

Anatomia da coluna vertebral

A coluna vertebral faz parte do esqueleto axial e estende-se da base do crânio até a ponta do cóccix. Para proteger a medula espinhal – tecido do sistema nervoso central (SNC) presente no canal vertebral da coluna –, apoiar o corpo e facilitar os seus movimentos, possui os seguintes elementos:
Vértebras
Todos os seres humanos nascem com uma coluna vertebral composta por 33 estruturas ósseas e rígidas. As vértebras variam de tamanho e características, mas são ligadas por um anel ósseo que sustenta o peso aplicado à coluna.
Esse corpo vertebral também possui dois pedículos e lâminas, lados que formam a parte traseira do arco que envolve o canal modular e o seguram. Existem ainda os chamados processos vertebrais, que atuam como pontos de fixação dos ligamentos e músculos do dorso.
Embora apresentem uma formação básica, as vértebras são divididas em:
Vértebras cervicais (C1 a C7) – Essas sete estruturas, situadas entre o crânio e as vértebras torácicas, formam a coluna na área do pescoço. Por causa dos seus discos intervertebrais menores e finos, é o segmento que proporciona maior mobilidade. No momento em que estão alteradas, geram dores e dão indícios de problemas na postura.
Vértebras torácicas (T1 a T12) – Contribuem diretamente para formação da caixa torácica (tronco), pois seus corpos vertebrais apresentam discos mais espessos. Em idosos, devido à fraqueza muscular e diminuição dos discos, essa região tende a ficar curvada para frente, levando a uma dificuldade respiratória.
Vértebras lombares (L1 a L5) – Possuem os maiores corpos vertebrais da coluna e constituem a parte da cintura. Em virtude dessa característica, são encarregadas da sustentação de peso corporal.
Vértebras sacrais (S1 a S5) – Localizadas entre a coluna lombar e o cóccix, integram a pelve. Exercem a função de transmitir o peso da área superior do corpo para a pelve, que realiza o equilíbrio com os membros inferiores. Também determinam a angulação da coluna vertebral.
Vértebras coccígeas – Composta por quatro estruturas ósseas fundidas, articula com as sacrais para servir de ponto de fixação dos músculos glúteos. Quando uma pessoa sofre uma queda que atinge as nádegas, pode ocorrer uma lesão no cóccix com dores prolongadas.
Discos intervertebrais
Os discos são estruturas cartilaginosas, elásticas e com pouca circulação sanguínea. Mudam de acordo com o tamanho, espessura e formato, mas são constituídos por um anel externo fibroso que envolve um núcleo gelatinoso. Como ocupam cerca de 25% do comprimento total da coluna, funcionam como amortecedores de impacto e possibilitam uma certa flexibilidade entre as vértebras. É a parte mais suscetível a desgastes e lesões.
Articulações facetárias
As facetas articulares ou zigoapofisiárias são pequenas articulações que ligam as vértebras na região posterior da espinha dorsal. Há duas articulações desse tipo entre cada par de vértebras, um do lado superior e outro do inferior. Elas facilitam a flexão e extensão das áreas cervical e torácica, além de proporcionar estabilidade nos movimentos rotacionais.


Forame intervertebral
Estrutura anatômica bilateral (direito e esquerdo) que permite a passagem das raízes nervosas e vasos sanguíneos da medula espinhal. É uma espécie de ‘túnel’ de proteção dos nervos que levam os sinais elétricos entre a medula e o resto do corpo. Através dessa interligação, o cérebro autoriza a execução de alguns movimentos e a percepção de determinadas sensações.
Cada área da medula apresenta nervos conectados a localidades específicas: os que ficam na espinha cervical, por exemplo, vão até a parte superior do braços e peito. Já os da coluna lombar, para o trecho inferior do dorso, nádegas e pernas.
Ligamentos
Tanto os corpos vertebrais como os discos intervertebrais são revestidos por dois importantes ligamentos fibrosos. O primeiro é o longitudinal anterior, que estende-se desde a base do crânio até o sacro, e tem a função de prevenir a hiperflexão da espinha dorsal. O segundo, por sua vez, é o longitudinal posterior – presente ao longo do canal vertebral, desde a vértebra C2 até o sacro. Seu principal papel é evitar a hérnia de disco.
A estabilidade da coluna vertebral ainda depende de ligamentos acessórios, a exemplo do supraespinhoso, interespinhoso, intertransverso e amarelo.

Atuação dos músculos


Os tecidos, cujas células ou fibras musculares possibilitam a contração e produção de movimentos, são fundamentais para a coluna vertebral. E os humanos possuem dois tipos de músculos que agem diretamente sobre a espinha: multífidos e dinâmicos.
Os multífidos ou músculos profundos trabalham na fixação e estabilidade da coluna. Apesar de curtas, as suas fibras são resistentes e, com isso, podem realizar movimentos rápidos e intensos ao mesmo tempo. Esses tecidos ainda ajudam na flexão do tronco e nos mantêm em uma postura ereta por longos períodos.
Já os dinâmicos, também chamados de superficiais, são longos e largos. Eles também auxiliam na movimentação do corpo, mas fadigam facilmente. Nos episódios em que tentam substituir as atividades dos profundos, ocorrem um endurecimento e baixa circulação sanguínea nos músculos, resultando em fortes dores nas costas.