Resumo de Geografia - Clima da Caatinga

Conheça as principais características do bioma exclusivo do Brasil


O clima da caatinga é o tropical semiárido, o que significa que é marcado pelas irregularidades ou escassez das chuvas. Bastante conhecido por seu cenário de solo rachado e cactos, esse bioma brasileiro reúne muita história, cultura, particularidades e algumas curiosidades. A primeira delas, inclusive, é sobre o seu nome. A palavra caatinga tem origem tupi e significa “terra branca”, remetendo a lembrança de um local onde o sol é predominante, proporcionando períodos de seca e consequentemente a perda de folhas das plantas.
Outra informação interessante é que apesar do clima da caatinga ser marcado pelas altas temperaturas e baixa umidade, esse bioma possui a maior densidade populacional do mundo, e abriga elevado índice de espécies endêmicas, segundo o site National Geoghaphic.
A caatinga contempla a região Nordeste do Brasil e ainda uma pequena parte da área norte de Minas Gerais. Apesar de ocupar um extenso território no mapa, a região possui o domínio florestal pouco conhecida no campos da ciência, de acordo com estudos divulgados pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga (CECAT). No entanto, sabe-se que há uma rica biodiversidade e seu equilíbrio é importante para outros biomas brasileiros com os quais faz limite: a Amazônia, a Mata Atlântica e o Cerrado.

A influência do clima da caatinga na vegetação, relevo e solo

O clima da caatinga é caraterizado principalmente pelas elevadas temperaturas e longos períodos de solo seco. Sua média anual de temperatura gira em torno de 25°C a 30°C, mas pode chegar a 60°C. O calor é tão intenso que as águas dos rios e lagos evaporam, ao mesmo tempo em que a terra se transforma.
As chuvas quando caem geralmente ocorrem entre os meses de janeiro e maio, e ainda assim são torrenciais e irregulares. Toda essa dinâmica da natureza colabora para a formação do cenário que conhecemos da região. É impossível falar do clima da caatinga sem relacioná-lo a vegetação e ao relevo que completa a paisagem desse bioma.
Com solos rasos e profundos, texturas argilosas e arenosas, são pouco férteis. As chamadas “ilhas de umidade” são alguns dos locais mais propícios para o desenvolvimento da vegetação. Sobre os tipos de plantas, predomina na região árvores baixas, de porte médio ou pequeno e com caules tortuosos. As espécies existentes na caatinga não possuem folhas ou se possuem são finas e tendem a cair ou transformar-se em espinhas. Essa perda se dá justamente para evitar a transpiração e assim economizar energia. Já os caules costumam acumular água. Entre os exemplos das plantas destacam-se: barriguda, catingueira, umburana, juazeiro e o mandacaru.

Mudanças climáticas e a desertificação da caatinga

A degradação da terra da região semiárida do país tem sido cada vez mais acentuada com o passar dos anos. Com pouca água no solo e com o descontrole da temperatura, o processo de desertificação da caatinga é uma preocupação atual. São inúmeros fatores que colaboram para essa realidade, mas a ação humana e os eventos climáticos se sobressaem.
Já se sabe que o clima da caatinga é quente e possui solo seco, com índice pluviométrico muito baixo. Mas nos últimos anos os períodos de estiagens têm sido cada vez mais longos, desencadeando então ao que chamamos de seca. Tal problema é histórico e leva muitos pesquisadores a estudarem o assunto, considerando diversos fatores, especialmente os elementos geográficos, a biodiversidade e a situação socioeconômica dos estados que compõem a região semiárida.
Os impactos ambientais provocados pelo clima da caatinga e a desertificação - que vale ressaltar que é provocado pela ação do homem, podem ser percebidos através da diminuição de água dos rios e reservatórios, da perda de qualidade do solo (impactando na produção agrícola), no desequilíbrio dos ecossistemas e perda da biodiversidade, por exemplo. 
Desde o ano de 1994 a Organização das Nações Unidades (ONU) estabeleceu alguns critérios para combater a desertificação em todo o mundo, pois tal fenômeno faz parte da lista de ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. O Brasil, está entre os países que assinaram a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas (UNCCD).
Não é novidade que a degradação ambiental e a necessidade de preservação dos recursos naturais chamam atenção e são pautas de debates em todo o planeta. No entanto, como é possível perceber, avaliar as causas e consequências da desertificação e da situação atual da região semiárida do Brasil é algo mais complexo e específico, que requer estudos constantes de especialistas.

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