Resumo de História - Civilização Egípcia

A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Antiguidade, concentrada na região conhecida como Crescente Fértil, atual território do Egito. Diversos povos formaram a civilização egípcia que se desenvolveu graças à fertilidade das terras que eram próximas às águas do rio Nilo.

O processo de formação da civilização se deu a partir da sedentarização dos homens. Eles passaram a se organizar em núcleos, se dedicando à atividade produtiva.

Com a domesticação de animais, a invenção dos primeiros arados e a construção de canais de irrigação, a agricultura passou a ocupar um novo lugar no cotidiano do homem.

Com o tempo, as estruturas de poder foram melhor organizadas, os núcleos deram lugar às pequenas unidades políticas e as hierarquias se estabeleceram, formando as primeiras comunidades humanas.

Os primeiros núcleos de civilização deram origem aos nomos que se reuniram em dois reinos, um do Baixo Egito, ao norte, e outro do Alto Egito, ao sul. Os nomos passaram então a dividir o espaço apropriado para agricultura daquela área localizada no meio do deserto.

O território ocupado pela antiga civilização egípcia fazia fronteiras com o Mar Mediterrâneo, ao norte, com o Deserto da Líbia, a oeste, com o Deserto Oriental Africano, a leste, e com a primeira catarata do Nilo, ao sul.

Aproximadamente em 3200 a.C.,o governante do Alto Nilo, Menés,  resolveu unificar os reinos. Foi nesse período que ele se tornou o primeiro faraó, iniciando o período dinástico, que foi dividido em três momento: Antigo Império, Médio Império e Novo Império.

História da civilização egípcia

Marcada por crises, invasões e conflitos, a história do Egito Antigo se divide em: Antigo Império, Médio Império e Novo Império. Por volta do ano 3200 a.C., o rei do Alto Egito, Menés, conquistou o Baixo Egito e unificou os dois reinos.

Nessa época, o faraó representava a encarnação dos próprios deuses, exercendo a função de chefe administrativo, militar, juiz supremo e sumo sacerdote.

Antigo Império

O Antigo Império corresponde ao período compreendido entre aproximadamente 3200 a.C. e 2300 a.C. Após Menés se tornar o primeiro faraó, ele estabeleceu a supremacia sobre os 42 nomos, iniciando o período dinástico. Com a unificação dos reinos, Menés implantou a capital do Egito em Tínis, no Alto Egito.

Os faraós do período dinástico foram considerados divindades que acumulavam os poderes político, religioso e militar. Eles governavam com poder absoluto, eram tidos como senhores de todos os homens, eram donos de todas as terras e, ainda tinham o status de deuses vivos.

No Antigo Império, o Egito viveu seu auge. O período foi marcado por diversas expedições para exploração mineral nas minas do Sinai e Mar Vermelho assim como campanhas militares contra núbios e líbios. O Egito fundou acampamentos estratégicos e uma frota marítima, adquirindo ouro, cobre, turquesa, madeira de cedro, mirra, malaquita e eletro.

Durante o Império Antigo, houve avanços nos campos da arquitetura, arte e tecnologia. O período ficou conhecido como a época das grandes pirâmides, devido à construção das pirâmides de Gizé, entre 2700 e 2600 a.C., pelos faraós Quéops, Quéfrem e Miquerinos.

Após quase cinco séculos de práticas feudais o poder econômico do faraó foi se desgastando. A partir de 2300 a.C., o Egito passou por uma crise social desencadeada por guerras internas Com a diminuição do poder do faraó, governantes regionais designados nomarcas começaram a desafiar a autoridade faraônica.

Médio Império

Por volta do ano 2000 a.C., os faraós recuperaram o poder que estava enfraquecido pela ação dos nomarcas. Com a vitória dos príncipes tebanos sobre os nomarcas, a capital egípcia que era sediada em Menfis passou para Tebas.

Com a paz interna foi restabelecida e o exército reorganizado, houve a conquista de regiões ricas em cobre e ouro como Palestina e a Núbia.

Entre 1800 e 1700 a.C., os hicsos, povos vindos da Ásia, invadiram o território egípcio. Graças ao uso de armas de ferro e de cavalos nos combates, os hicsos tomaram o poder e permaneceram dominando o Egito até 1580 a.C.

Novo Império

A recuperação do poder dos faraós egípcios ocorreu em 1580 670 a.C., com a expulsão dos hicsos pelos príncipes de tebas.

Durante o Novo Império houve uma tentativa de reforma religiosa promovida por Amenófis IV, que, por volta de 1375 a.C., unificou todos os deuses em apenas um, simbolizado pelo disco solar – Aton.

A tentativa de reforma tinha um objetivo político de diminuir o poder sacerdotal que ameaçava o poder do faraó.

Após a morte de Amenófis IV, quem assumiu foi Tutankamon, permanecendo no poder durante pouco tempo. Ramsés II e Tutmósis III foram os últimos grandes faraós do Novo Império.

Tutmósis III retomou a política imperialista. Ele entrou em guerra com os hititas e assinou a paz com os assírios. Após a sua morte, a civilização egípcia entrou em decadência e houve a sucessão de invasões no Egito. Primeiro pelos assírios, em seguida pelos persas, macedônicos e romanos.

Sociedade egípcia

A sociedade egípcia possuía uma estrutura bastante rígida, organizada por meio de critérios religiosos e econômicos. Sua organização tinha como finalidade trabalhar em função das necessidades do Estado, personificado no faraó.

O topo da hierarquia era ocupado pelo faraó, que além de chefe de Estado, era considerado a encarnação do deus Hórus.

Logo abaixo estavam as camadas privilegiadas que constituíam o Estado com o faraó: os sacerdotes, responsáveis por organizar os cultos e festividades religiosas; nobres, oficiais militares e altos funcionários, que cuidavam da administração e da arrecadação; e os escribas, responsáveis pela escrita e contabilidade do reino e pela fiscalização das obras coletivas.

A base da sociedade egípcia era composta por soldados, que garantiam a hegemonia do poder faraônico através das armas; por camponeses e artesãos, que trabalhavam nas colheitas e na organização das obras públicas; e por fim, os escravos, pessoas capturadas em guerras que trabalhavam em troca de água e comida.

Ciências na civilização egípcia

Os egípcios desenvolveram conhecimentos científicos nos campos da matemática e da astronomia. Eles usaram cálculos como raiz quadrada e as frações, além de a área do círculo e do trapézio.

Eles conhecimentos foram utilizados pelos egípcios para prever as cheias do rio Nilo, para dividir as terras e para calcular os impostos e as construções hidráulicas.

Os egípcios desenvolveram também conhecimentos na área de Anatomia Humana. Isso se explica pela prática da mumificação, que favoreceu o estudo do corpo humano, tornando possível a realização de cirurgias, o tratamento de doenças do estômago, do coração e de fraturas.

A civilização egípcia também se desenvolveu em termos de escrita, na qual utilizaram três sistemas de escrita: hieroglífica – a escrita sagrada dos túmulos e templos; hierática – uma simplificação da hieroglífica; demótica – escrita popular, usada nos contratos redigidos pelos escribas.