Resumo de Biologia - Auxinas

As auxinas são fitormônios, palavra do grego horman que significa “estimular”.  Isso quer dizer que os fitormônios, ou hormônios vegetais, têm como objetivo promover a comunicação entre as células, órgãos e tecidos para que as plantas tenham desenvolvimento apropriado.

Os primeiros experimentos com as auxinas surgiram no século XIX. Enquanto o biólogo, geólogo e naturalista Charles Darwin e seu filho, que atuava na área botânica, Francis Darwin, estudavam o fototropismo, movimentos causados por estímulos luminosos, perceberam que havia uma substância que provocava alongamento nas plantas sempre que recebiam luz.

Esse crescimento em curvatura era induzido por algum elemento químico presente no coleóptilo, primeira folha do embrião das plantas. Esse fenômeno continuou sendo estudado e, em 1928, o biólogo holandês Fritz Went determinou que essas substâncias eram as auxinas.

Cada um dos hormônios vegetais têm uma atuação específica. Além das auxinas, temos: as giberelinas, citocininas e ácido abscísico.  

Características das Auxinas

As auxinas controlam o fototropismo ou fototaxia. Isso quer dizer que toda vez que a planta é iluminada de um único lado, as auxinas se mudam para a região que não está recebendo luz.  Desse modo, causam alongamento nas células e fazem com que a planta se curve em direção à luz. 

O fototropismo pode ser positivo ou negativo. Ele é positivo quando a planta se curva de frente para a luz solar e negativo ou transversal quando fica em sentido oposto ou perpendicular à luz do sol.

As auxinas também regulam o crescimento da planta quando estão sob ação do geotropismo, um tipo de tropismo que acontece quando a planta é colocada na horizontal. Nessa disposição a raiz e o caule recebem mais auxinas do que as demais áreas.

O geotropismo pode acontecer de duas formas: quando as raízes se desenvolvem no sentido do centro de gravitação da Terra, ele é positivo, já quando os caules estão no sentido oposto ao centro de gravitação, ele é negativo.

A auxina se movimenta de forma unidirecional. Saindo da parte superior dos meristemas, tecidos vegetais das plantas, indo em direção a área de sustentação das folhas, caules e raízes.  

Esses fitormônios também atuam para a formação de alguns tipos de raízes, como as adventícias, presentes nos caules subterrâneos. Dão estímulo aos ovários das plantas, garantindo a formação do fruto, e atuam juntamente às gemas axilares para promover o crescimento das plantas.

A quantidade de auxinas nas plantas vai diminuindo com o passar do tempo, causando o efeito da abscisão. Esse fenômeno faz com que as folhas, frutos e flores mais velhos caiam.

Todas essas funções desempenhadas pela auxina dependem da quantidade desse hormônio. Quando a dose é muito alta, o alongamento celular pode ser inibido.

Dentre as auxinas, o ácido indolacético (AIA) é a mais encontrada nos vegetais.

Ácido Indolacético

O ácido indolacético (AIA) é produzido nos coleóptilos, primeira parte da planta que aparece na superfície, nos embriões, nas sementes, nos tubos polínicos, gemas axilares e nas células presentes nos ovários. Em todos esses casos, é necessária a incidência de luz para que se desenvolvam.

Ele se transporta dos locais de produção, como os coleóptilos, e são transportados pelas células parenquimáticas para as áreas de ação. O AIA tem produtividade baixa, mas as poucas miligramas que fabrica são suficientes para impulsionar o crescimento.

A direção do crescimento vai depender da intensidade da luz. Quando a luz for constante, a planta se desenvolverá na vertical. Se a luminosidade estiver maior nas laterais, os coleóptilos crescem em direção à luz, fazendo uma curvatura.

Uma pequena observação

Os hormônios podem causar reações diferentes na raiz e no caule de uma mesma planta.

  • A raiz é mais sensível ao ácido indolacético do que o caule. Isso quer dizer que uma dose significativa de AIA para o desenvolvimento da raiz pode não ser tão efetiva no caule.
  • Da mesma forma, uma boa dosagem de AIA para o caule pode inibir o crescimento da raiz.