Resumo de Biologia - Animais em extinção no Brasil

São considerados animais em extinção no Brasil os seres vivos que passam por constantes ameaças de desaparecimento na natureza por diversos fatores.

Parte considerável destes animais sofrem com a ação desenfreada do ser humano através da caça predatória, para submetê-los à comercialização.

Além da perseguição de outros predadores, resultando no desequilíbrio do ecossistema e, principalmente, a destruição do habitat natural causada, sobretudo, pelo desmatamento.

O Brasil, apesar de ser considerado rico em biodiversidade, estando submetido a ações irresponsáveis do ser humano, pode extinguir muitos outros animais nas próximas décadas.

No ano de 2016, após relatos do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes (ICMBio), foi divulgado o “Livro Vermelho”, com uma lista assustadora dos animais em extinção no Brasil, ou aqueles seriamente ameaçados de desaparecerem nos anos subsequentes.

Segundo as pesquisas realizadas entre o Instituto e o Ministério, cerca de 1.173 espécies estão ameaçadas de extinção, além da arara-azul-pequena e o minhocuçu que já figuram na lista dos animais em extinção no Brasil.

Lista de animais em extinção no Brasil

O Instituto Chico Mendes, com o intuito de classificar o grau de risco de extinção de determinadas espécies, utilizou um padrão classificatório aplicado pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), categorizando os níveis de desaparecimento das espécies em três subdivisões:

  • Extinto: são aqueles animais classificados como já extintos; espécies que não existem mais na natureza;
  • Ameaçada: são aqueles animais classificados com índice considerável de vulnerabilidade; são as espécies em perigo e seriamente ameaçadas;
  • Baixo risco: são aqueles animais considerados dependentes de cuidados e maior atenção, entretanto, ainda são pouco preocupantes.

Abaixo, a lista de animais com risco elevado de surgirem na lista de animais em extinção no Brasil, a curto, médio e longo prazo.

Ararajuba

A ararajuba, cientificamente denominada de Guaruba guarouba, também conhecida como Guaruba, é tipicamente da região da Amazônia, com coloração verde e amarela.

O animal sofre com a constante destruição do bioma, o que dificulta as condições de sobrevivência. De acordo com a classificação do Livro Vermelho, ela é considerada em alto nível de vulnerabilidade.

Ariranha

A ariranha, de nome científico Pteronura brasiliensis. Algumas pessoas a conhecem como lontra gigante ou lobo do rio, é um animal predominante no Pantanal e Amazônia.

Assim como a ararajuba, é considerada em alto nível de vulnerabilidade.

As principais dificuldades para conservação desta espécie são a pesca predatória, caça desenfreada e poluição dos rios e afluentes.

Baleia-franco-do-sul

Cientificamente denominada Eubalaena australis, a baleia-franco-do-sul, também conhecida como baleia franco austral, é um mamífero aquático encontrado no litoral brasileiro.

Além da poluição dos oceanos, a franco austral sofre com a caça e pesca de forma desordenada. Segundo o Livro Vermelho, é considerada em risco de extinção.

Boto cor-de-rosa

Na ciência, sua nomenclatura é Inia geoffrensis. Predominante nos rios da bacia do Amazônia, o boto cor-de-rosa é considerado o maior golfinho da água doce.

O Instituto Chico Mendes o classificou em risco de extinção. Pesquisadores calculam que nas próximas três décadas, haverá uma redução da população desta espécie em, pelo menos, 50%.

Cervo do Pantanal

O Blastocerus dichotomus é encontrado no Pantanal, Amazônia e Cerrado, sendo considerado o maior cervídeo da América do Sul.

O desmatamento, caça irregular e destruição de hidrelétricas fazem com o que o cervo esteja na lista entre os animais ameaços de extinção no Brasil.

De acordo com a classificação do ICMBio, a espécie está em risco vulnerável de desaparecimento.

Cuxiú-preto

De nome científico Chiropotes satanas, o cuxiú-preto é um espécie de mamífero encontrada na Amazônia. Esse tipo de macaco sofre com a falta de alimentos por causa da degradação das florestas.

Ele está classificado com risco crítico de desaparecimento.

Gato maracajá

O gato maracajá (Leopardus wiedii) é normalmente encontrado nas regiões do Pantanal, Mata Atlântica, Cerrado e Pampa. Essa variação de leopardo sofreu durante muitos anos com caça predatória para venda da sua pele.

O problema mais grave que o inclui na lista de animais em extinção no Brasil é a destruição do seu habitat.

O Instituo Chico Mendes o classifica em risco vulnerável de extinção.

Lagartixa da areia

Chamada cientificamente de Liolaemus lutzae, a lagartixa da areia é uma espécie encontrada nas faixas de areia do Rio de Janeiro. De acordo com o ICMBio, houve uma redução de 80% da espécie, principalmente ocasionada pela urbanização dos grandes centros.

A espécie está classificada como criticamente ameaçada de extinção.

Mico-leão-dourado

É uma espécie quase totalmente extinta por causa dos longos anos em que foi vítima do tráfico de animais silvestres. Os animais ainda existentes são preservados nas florestas remanescentes do Rio de Janeiro.

Apesar de quase finita, a espécie é tida como em risco de extinção, segundo os critérios ICMBio.

Muriqui-do-norte

Cientificamente Brachyteles hypoxanthus, o muriqui é somente encontrado na Mata Atlântica. A espécie sofre com o constante desmatamento.

Considerado o maior primata das Américas, está classificado com sério risco de extinção, segundo o ICMBio.

Pica-pau amarelo

Celeus flavus subflavus é uma ave encontrada no estado Alagoas até o Rio de Janeiro.

Estudiosos estimam que haja apenas 250 aves deste tipo em todo território nacional. De acordo com o Livro Vermelho do Instituto Chico Mendes, ela está classificada como criticamente ameaçada de extinção.

Sapo-Folha

O Proceratophrys sanctaritae  é uma espécie encontrada em quase todo território, classificada há pouco tempo pela ciência, mas já se encontra também entre os animais em extinção no Brasil.

Descoberto em 2010, na serra do Timbó, no estado da Bahia, ele está classificado como criticamente ameaçado de extinção, de acordo com o Livro Vermelho do ICMBio (2016).

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