São considerados animais da caatinga os seres que vivem nesse tipo de espaço geográfico. A caatinga é o único dos biomas a existir exclusivamente no Brasil.
Ao todo, são animais da caatinga 95 espécies de répteis, 45 de anfíbios, 240 de peixes e 975 de aves, resultando em 1225 espécies de animais vertebrados.
O bioma se estende pelos estados da região Nordeste, chegando até a região Sudoeste.
São tipos de animais da caatinga o gambá, a ararinha-azul, o veado-catingueiro, o sapo cururu, a cutia, o beija-flor, o tatu-bola, o urubu-rei, a onça-parda, o macaco-prego-amarelo, a perereca-verde-pequena, o soldadinho-do-araripe, o camaleão, o jacaré do papo amarelo, e vários outros.
A caatinga
A caatinga é o único dos biomas brasileiros a existir apenas no país.
Caatinga deriva do Tupi "ka'a", que significa "mata", e "tinga", que quer dizer branca. O bioma tem cerca de 850.000 quilômetros quadrados, resultando em cerca de 10% do território nacional.
A caatinga passa pelos estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Maranhão, Sergipe, Piauí, Alagoas e uma parte de Minas Gerais. O bioma é o mais seco, sendo considerado do clima semiárido.
Animais da Caatinga
Existem diversas espécies de animais da caatinga. Os vertebrados se dividem entre aves, mamíferos, anfíbios e peixes. Vamos conhecer um pouco sobre elas:
Ararinha-azul
Um dos animais da caatinga mais conhecidos é a ararinha-azul. A ave, única do gênero Cyanopsitta, tem a plumagem em tons de azul, sendo as pontas das asas pretas, e mede em torno de 55 a 60 centímetros. Seu peso pode variar de 286 a 410 gramas.
Nos adultos, a íris é amarela, enquanto nos jovens é cinza. Os mais velhos possuem ainda a causa mais longa do que os animais mais jovens. Os bicos são pretos e os pés marrom-escuros ou pretos. Os machos são literalmente maiores do que as fêmeas.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), a ararinha-azul está em perigo de extinção e, provavelmente, já não existe na natureza. Isso aconteceu devido ao tráfico ilegal, perda do habitat e até por disputa de espaço com abelhas africanizadas.
Atualmente os animais são cultivados em cativeiros brasileiros e em outros países. A ararinha-azul já foi tema de dois filmes de animação internacional. A sequência "Rio" e "Rio 2" mostram a vida da ararinha-azul chamada Blu e sua família.
Arara-azul-de-lear
A arara-azul-de-lear é outra das espécies de animais da caatinga que está ameaçada de extinção. A arara da família Psittacidae e gênero Anodorhynchus leari vive na caatinga baiana e é vista principalmente nas cidades de Canudos, Uauá, Sento sé, Campo Formoso, Paulo Afonso e Euclides da Cunha.
A ave pode ter entre 70 e 75 centímetros e se alimenta do licuri, um fruto da palmeira. A arara-azul-de-lear é considerada pela IUCN como “em perigo”, mas já esteve “em perigo crítico”. As medidas de conservação ajudaram os animais a se reproduzirem.
Veado-catingueiro
O veado-catingueiro, que também pode ser chamado de viado-virá, guaçutinga e virote, é uma das espécies de animais da caatinga que também é encontrado em outros biomas. Além do Brasil, o animal é visto em países da América do Sul.
De nome científico Mazama Gouazoubira, o animal é da família dos cervídeos, tem pequeno porte e pode pesar entre 11 e 25 quilos. Tem entre 50 e 65 centímetros de altura e entre 85 a 105 de comprimento. O animal não está em ameaça de extinção e é uma das espécies de cervídeos encontrada em maior número no Brasil.
Jandaia-coquinho
A jandaia-coquinho é uma ave encontrada na caatinga brasileira e em outros tipos de biomas. Apesar disso, o Brasil é o país que abriga o maior número da ave. Ela mede em torno de 27 centímetros e seu peso chega a 84 gramas.
A ave, que tem a pelagem verde, se alimenta, preferencialmente, das sementes encontradas nas frutas, como laranjas, mamões, goiabas e jabuticabas. Apesar de existir em quantidade no Brasil, a ave já desapareceu em várias regiões da Argentina. O comércio ilegal é um dos fatores de risco para a espécie.
Sapajus libidinosus
O sapajus libidinosus é uma espécie da família do macaco-prego. No Brasil, o animal vive nos estados do Maranhão, Alagoas, Paraíba, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Pode ser encontrado ainda na Bolívia.
O sapajus libidinosus habita as regiões com plantas adaptadas a climas semiáridos, como é o caso da caatinga.
Tem entre 34 e 44 centímetros de comprimento no corpo, e de 38 a 49 de cauda. Seu peso pode variar de 1,3 a 4,8 kg.
Frutas e insetos são os seus principais alimentos. O animal não está em ameaça de extinção, pois existe em várias regiões.
Entretanto, a larga escala de desmatamento é uma ameaça.
Sapo-cururu
O sapo-cururu é outra das espécies de animais da caatinga brasileira. Apesar de ser encontrado nesse habitat, o animal é visto em outros biomas e em países como Argentina, Uruguai e Paraguai. Seu nome científico é rhinella schneideri.
O macho é literalmente menor que as fêmeas, tendo cerca de 3 centímetros, enquanto as fêmeas têm em torno de 15. Se alimenta de invertebrados e até pequenos vertebrados, como aves ou roedores.
O animal possui veneno, porém não é capaz de laçar o líquido ou de morder. O veneno do sapo cururu só é liberado quando as glândulas são pressionadas e oferece riscos ao ser humano se houver ingestão.
Caso isso aconteça, pode provocar náuseas, tonturas, vômito, paralisia e até a morte.
Outros animais da caatinga:
- Azulão
- Iguana-verde
- Maracanã-nobre
- Jaguatirica
- Tamanduá-bandeira
- Tamanduá-mirim
- Carcará
- Periquito-da-caatinga
- Bem-te-vi
- Preguiça-comum
- Calango-de-cauda-verde
- Sagui-de-tufos-brancos
- Periquito-de-bochecha-parda
- Melipona fuliginosa
- Arara-vermelha
- Cardeal-do-nordeste
- Periquitão-maracanã
- Melipona interrupta
- Puma concolor ou onça-parda
- Jandaia-coquinho
- Cardeal-do-nordeste
- Jaguarundi
- Tiziu