Resumo de Biologia - Anemia

A anemia é caracterizada pela diminuição da quantidade de hemoglobina no sangue, célula responsável pelo transporte de oxigênio e gás carbônico. Geralmente, essa condição está associada a outras doenças, o que pode causar graves complicações na saúde.  

Quando o aparecimento da doença é gradativo, os sintomas incluem cansaço, tontura e falta de memória. Mas quando é de forma acelerada, os sintomas se tornam mais evidentes e provocam confusão mental, perda de consciência e aumento da sede.

Ela pode ser causada por condições genéticas, como defeitos na hemoglobina ou membrana das hemácias, deficiências nutricionais ou distúrbios hemorrágicos, que incluem cirurgias, partos e grande fluxo menstrual.

Devido as variadas causas, a anemia é o tipo de doença hematológica mais comum. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) aproximadamente 24% da população mundial (1,620 milhão) é afetada por essa condição anômala.

O grupo de risco engloba crianças, gestantes, lactantes, meninas adolescentes e mulheres adultas em fase reprodutiva. O índice é menor em homens e idosos, mas eles também podem ser afetados.

Importância das hemácias              

As hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos e eritrócitos, são as células sanguíneas. Elas possuem um formato de disco bicôncavo e medem cerca de 7,5 µm de diâmetro.

Um dos componentes da hemácia é a hemoglobina (Hb) - proteína com pigmentação vermelha que confere a cor característica do sangue. A Hb está presente no sangue dos animais vertebrados e de alguns tipos de invertebrados.

Confira abaixo os valores referência de hemoglobina para cada fase da vida, utilizados no diagnóstico de anemias:

  • Recém nascidos: 13,5 a 19,6 (g/100ml)
  • Crianças (três meses): 9,5 a 12,5 (g/100ml)
  • Crianças (um ano): 11,0 a 13,00 (g/100ml)
  • Crianças (10 a 12 anos): 11,5 a 14,8 (g/100ml)
  • Mulheres gestantes: 11,5 a 16,00 (g/100ml)
  • Mulheres normais: 12,00 a 16,5 (g/100ml)
  • Homens: 13,5 a 18,00 (g/100ml)

Tipos de anemia

Anemia falciforme – essa doença provoca a deformidade dos glóbulos vermelhos, deixando-os com a aparência de uma foice, por isso o nome falciforme. Com isso, a membrana dessas células pode se romper facilmente.

A forma anormal dos glóbulos vermelhos dificulta a passagem do sangue pelos vasos mais finos, logo a sua oxigenação também é comprometida. Veja no vídeo abaixo as principais consequências:

Anemia ferropriva – esse é o tipo mais comum da doença, sendo causada pela deficiência de ferro no organismo. Como consequência há uma diminuição da produção, tamanho e quantidade de hemoglobina.

Os principais sintomas são: fadiga crônica, cansaço após esforço, pele e mucosa descoloradas, tonturas, dores de cabeça e nas pernas, falta de apetite, taquicardia e redução do desejo sexual.

Anemia hemolítica – em pessoas normais, as hemácias resistem por até 120 dias após serem descartados do corpo. Nos indivíduos com a condição hemolítica, as células sanguíneas são destruída mais rápido, antes de serem repostas pela medula óssea.

Esse tipo também possui a forma autoimune. Nesse caso, o sistema imunológico identifica erroneamente as hemácias como corpos estranhos, desenvolvendo anticorpos que atacam e destroem as hemácias prematuramente.

Na forma branda os sintomas nem sempre aparecem, mas na medida que evoluem surgem sinais como: mau humor, cansaço frequente, fraqueza, unhas frágeis, problemas de concentração, palidez na pele e falta de ar.

Anemia megaloblásticatal condição ocorre devido a deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico (vitamina B9), que gera grandes glóbulos vermelhos, imaturos e disfuncionais.

Esse é um problema comum em vegetarianos e veganos, já que a dieta deles exclui ou restringe, por exemplo, alimentos como carnes, ovos e leites, ricos em vitamina B12. Já a deficiência de ácido fólico pode ser causada pelo alcoolismo ou má absolvição.

Os principais sintomas por deficiência de vitamina B12 são: diarreia, fadiga, falta de ar, indisposição, pele pálida, perda de apetite, problemas de concentração e língua inchada e vermelha.  

Anemia aplástica – considerado um tipo raro, essa anemia pode até causar a morte. Isso porque a medula óssea é destruída gradativamente por vários mecanismos e não consegue produzir uma quantidade adequada de hemácias.

Com o comprometimento da medula, a produção das plaquetas e dos glóbulos brancos (leucócitos) também é prejudicada. Deste modo, a anemia está ligada à atividade ineficiente dessas células sanguíneas.

A falta de hemácias provoca sintomas como falta de ar, fadiga e taquicardia. A ausência de plaquetas pode causar grandes sangramentos por hematomas e feridas mínimas. Já a falta de leucócitos leva ao agravamento de infecções e à sepse (infecção generalizada).

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais de sangue, a fim de verificar os valores de referência de hemoglobina no sangue. Outros exames complementares podem ser solicitados pelo médico para confirmar a anemia.

Para cada caso desse há um tratamento específico, que vai desde o uso de medicamentos e suplementos (anemias falciforme e ferropriva) até transfusões de sangue (anemia aplástica).