O Amapá fica situado na região Norte e estabelece fronteira com a Guiana Francesa ao norte, oceano Atlântico ao leste, Estado do Pará ao sul e oeste e Suriname a noroeste.
É o estado brasileiro mais preservado, conservando intacta quase a toda floresta Amazônica, que cobre 73% de seu território.
A taxa de ocupação urbana do Amapá é de 89%, perdendo apenas para São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Região Norte
Essa região é a segunda maior em extensão. Sua área é de 3.853.676.948 km², o que corresponde a 42,27% do território nacional.
Formada pelo Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Estado de Roraima, Amapá e Tocantins, engloba mais de 17 milhões de pessoas.
A região Norte guarda muitos recordes. Nela, fica situada a Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo; o Rio Amazonas, o maior rio do mundo em extensão; a Bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica do mundo; e o Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil.
Contexto histórico do Amapá
Estima-se que o Estado do Amapá foi habitada há mais de dois mil anos, porém as pesquisas arqueológicas ainda não estão aprofundadas.
O que se sabe, até agora, é que uma antiga civilização deixou estruturas megalíticas entre 1000 a 2000 anos atrás. Um exemplo dessas estruturas é o Círculo Megalítico de Calçoene.
No século XVI, o espaço correspondente ao Amapá pertencia aos espanhóis, em virtude do Tratado de Tordesilhas, e integrava a Nova Andaluzia, que foi dado, em 1954, a Francisco de Orellana. Contudo, a tentativa de colonização dos espanhóis não teve êxito.
Com o surgimento da União Ibérica, o Tratado de Tordesilhas foi esquecido quando se criou, no começo do século XVII, o Estado do Maranhão e Grão-Pará, com capital em São Luís, desanexado do Brasil com capital em Salvador. Nesse período, a costa do Amapá era chamada de Cabo do Norte e era explorada pelos franceses.
Em busca da colonização da região, em 1637, foi criada a Capitania do Cabo do Norte, doada ao português Bento Maciel Parente, abrangendo o território do atual Amapá, que fazia parte do Grão-Pará. O limite com a Guiana Francesa, pelo rio Oiapoque, foi determinada com o Tratado de Utrecht (em 1713).
No entanto, os franceses não obedeceram ao tratado e continuaram invadindo a Capitania Lusitana. No ano de 1900, uma comissão de arbitragem, em Genebra, confirmou a posse do território para o Brasil, fazendo a França desistir.
Dessa forma, as terras foram anexadas ao Estado do Pará como o nome de Araguari até virar Território Federal do Amapá, em 1943.
O número de habitantes cresceu a partir do século XIX. A descoberta do ouro e a exploração da borracha levaram à expansão populacional. Já no século XX, a ocupação do território foi definida pela mineração.
O Amapá passou a ser considerado Estado com a Constituição de 1988.
Clima e temperatura
O Estado tem um clima equatorial. A região enfrenta um curto e não muito severo período de seca, enquanto que em grande parte do ano existe uma média alta de pluviosidade. A temperatura média é 26.6 °C, já pluviosidade média anual é de 3322 mm.
O mês de setembro é considerado o mês mais quente do ano, a temperatura média chega aos 27.5 °C. A temperatura mais baixa do ano é registrada no mês de fevereiro, a média desse mês é de 25.6 °C.
A diferença de precipitação entre o mês mais seco e o mês mais chuvoso é de 484 mm. As temperaturas médias, ao longo do ano, variam 1.9 °C.
Relevo e vegetação
O estado do Amapá exibe três tipos de relevo:
Planície Litorânea
Esse tipo de relevo é caracterizado por ambientes favoráveis a inundações, pois sua superfície é muito plana, dificultando o escoamento da água.
Baixo Planalto Terciário
São planaltos levemente elevados e planícies litorâneas.
Planalto Cristalino
Esse tipo de relevo é predominante no Estado, ocupando boa parte do território. Localiza-se em uma região que reúne várias serras, colinas e morros.
Devido ao clima, apresenta cobertura vegetal bem variada e com a presença de florestas. As florestas são classificadas em floresta de várzea e floresta de terra firme.
Nos locais próximos ao litoral encontra-se os mangues ou manguezais. Cerca de 73% da área estadual é coberta pela Floresta Amazônica.
Hidrografia
Aproximadamente 39% da hidrografia do Amapá faz parte da bacia do Amazonas. Ela é composta por rios que exercem grande influência na economia da região, desde as atividades pesqueiras até o transporte hidroviário
.
Grande parte dos rios do Amapá deságuam no oceano Atlântico. Os principais rios são:
Rio Araguari | Rio Caciporé | Rio Maracapi | Rio Tartarugalzinho |
Rio Oiapoque | Rio Jari | Rio Amapari | Rio Tartarugal Grande |
Rio Pedreira | Rio Vila Nova | Rio Amapá Grande | |
Rio Gurijuba | Rio Matapi | Rio Flexal |