Resumo de Biologia - Aedes Aegypti

O Aedes Aegypti é o mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. O mosquito é originário da África, mas foi disseminado pelo homem, sendo considerado hoje um mosquito cosmopolita.

Por ser um inseto da família Cullicidae, é diferenciado dos outros mosquitos por conta da presença de listras brancas em seu corpo. No Brasil, também é conhecido como “mosquito da dengue” e acredita-se que chegou ao país através das embarcações que trouxeram os escravos africanos na época do Brasil Colônia.

Características do Aedes Aegypti

O Aedes Aegypti é menor do que os mosquitos que são facilmente encontrados. Ele é preto, com listras brancas na cabeça e nas pernas. Os mosquitos possuem ainda um desenho que parece com uma taça em seu tórax. As suas asas são translúcidas e  produzem um ruído quase imperceptível ao ser humano.

Assim como os machos de qualquer espécie de mosquito, o macho do Aedes Aegypti alimenta-se somente de frutas. A fêmea é que precisa de sangue para o amadurecimento dos seus ovos.

O mosquito Aedes Aegypti vive cerca de 30 dias, e a fêmea pode colocar entre 150 e 200 ovos. Ele é um inseto urbano, que se adapta às regiões tropicais e subtropicais, não resistindo às baixas temperaturas dos locais com altitudes elevadas.

Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti

O Aedes Aegypti é o mosquito transmissor de algumas doenças. As principais são: dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Essas doenças são conhecidas como arboviroses. Veja no vídeo:

É importante destacar que a transmissão só acontece através dos mosquitos infectados. Saiba mais um pouco sobre essas doenças:

  • Dengue

A dengue é uma doença causada pela fêmea do mosquito Aedes Aegypti, e o primeiro caso no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, aconteceu em Boa Vista, Roraima, em 1981.

A dengue costuma aparecer com mais frequência no verão e em regiões urbanas. Ela é considerada uma doença grave, pois pode evoluir para a dengue hemorrágica, e a síndrome de choque da dengue, que provoca sangramento e queda da pressão arterial.

Ela pode  manifestar-se de várias formas. Alguns sintomas comuns são: fraqueza, mal-estar, náuseas, dores no corpo e febre alta. É preciso buscar orientações médicas, pois os indicativos  muitas vezes são confundidos com os da gripe, por exemplo.

  • Zika

A zika é um vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti. No Brasil, o primeiro caso aconteceu em 2015, mas em fevereiro de 2016 foi declarado como uma emergência mundial de saúde. Ela também é conhecida como febre zika ou doença do zika vírus. Esse nome foi dado porque o primeiro caso, em um macaco, aconteceu na floresta zika, em Uganda. O primeiro caso em humanos aconteceu em 1947, na Nigéria.

Os sintomas são febre e manchas vermelhas no corpo, geralmente confundidos com outras doenças, inclusive a dengue. Os demais indícios menos comuns são: dor de cabeça, coceira, hipertrofia ganglionar, dores nas articulações, entre outras.

  • Chikungunya

A doença surgiu na Tanzânia, sul da África, em 1952. No Brasil, o vírus começou a aparecer em 2014, com a maioria dos casos no Amapá e na Bahia. A patologia pode evoluir em três fases: aguda, subaguda e crônica.

A primeira fase dura até o décimo quarto dia, com dores articulares que, quando chegam na fase subaguda, podem durar até três meses. Quando os sintomas ultrapassam esse período, chega-se na fase crônica.

Os sintomas em geral são semelhantes aos da dengue: febre alta, náuseas, dor de cabeça, fadiga, manchas vermelhas na pele. O que diferencia uma doença da outra é que, no caso da chikungunya, as dores articulares são muito mais fortes. Quando a pessoa é infectada uma vez pelo vírus, se torna imune pelo resto da vida.

  • Febre amarela

A transmissão pelo Aedes Aegypti é uma das formas de contágio da febre amarela, que pode ser classificada em silvestre ou urbana.

A febre amarela silvestre é mais comum nas florestas tropicais e seus maiores transmissores são os macacos. Já a febre amarela urbana é mais comum nas áreas povoadas, com maior presença do mosquito transmissor. É importante destacar que as pessoas não passam o vírus da febre amarela entre si e os macacos também não são capazes de transmiti-la para os humanos. A difusão ocorre pelo mosquito infectado.

Os principais sintomas são: febre, dor de cabeça, icterícia, perda de apetite, fraqueza, entre outros. Uma forma eficaz de prevenção da doença é a vacina, que é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.

Prevenção contra o mosquito

Para ocorrer a transmissão, a fêmea do mosquito pica a pessoa infectada pelo vírus, mantém esse vírus na saliva, e o retransmite. Isso se dá no ciclo homem- Aedes Aegypti-homem.

A sequência do Aedes Aegypti contém quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. Essas larvas se desenvolvem em água parada, por isso o seu controle é difícil. Os mosquitos depositam os seus ovos em locais como latas, garrafas, pneus, caixas d’água, além de plantas, como as bromélias.

Veja abaixo algumas formas de prevenir o contato com o mosquito:

  • Colocar telas nas janelas;
  • Usar roupas que protejam o corpo, e usar repelente nas áreas que ficarem descobertas;
  • Evitar o acúmulo de água;
  • Colocar areia nos vasos de plantas;
  • Colocar desinfetante nos ralos;
  • Limpar a caixa d’água e mantê-la bem fechada;
  • Não jogar lixo nas ruas.