Por que Portugal está soltando bovinos e cavalos na natureza
Há milhares de anos, os ancestrais selvagens do gado bovino e do cavalo vagavam livremente pela região do Côa, migrando em grandes rebanhos e desempenhando um papel fundamental na manutenção dos ecossistemas de pastagens.
Os animais eram tão importantes que nossos ancestrais decidiram pintar e gravar suas imagens em cavernas e pedras.
Ao longo do Vale do Côa, representações de auroques, cavalos selvagens e outras criaturas que datam de vinte e quatro mil anos foram esculpidas nos afloramentos de xisto.
A área abriga uma das maiores concentrações de arte rupestre paleolítica a céu aberto e é reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco.
Com seus chifres longos e corpo maciço, o auroque aparece com destaque nas gravuras. Outrora o maior mamífero terrestre da Europa, o auroque foi extinto no século XVII devido à caça excessiva e à perda de habitat.
O último exemplar da espécie morreu na Polônia em 1627; um dos primeiros casos de extinção registrados.
Mas esforços recentes tentam trazer de volta esses poderosos herbívoros. A Rewilding Portugal firmou uma parceria com a Fundação Taurus, uma organização holandesa dedicada à criação de bovinos que possam prosperar nas paisagens selvagens da Europa. "Queríamos desenvolver um substituto para o que os auroques costumavam ser", diz o ecologista Ronald Goderie, diretor da Fundação Taurus, que iniciou um programa de reprodução em 2008. Embora os auroques estejam extintos, seus genes sobrevivem no gado doméstico.
A fundação tem usado um método conhecido como retrocruzamento para combinar raças de gado no sul da Europa que ainda mantêm algumas das características de seus ancestrais auroques: grande estatura, pernas longas, constituição esbelta e grandes chifres curvados para a frente. "Combinamos raças primitivas para chegar o mais próximo possível geneticamente do que o auroque já foi", diz Goderie. O objetivo é criar um bovino selvagem que possa novamente vagar livremente e que esteja preparado para lidar com predadores.
Por milênios, o pastoreio de auroques criou espaços abertos para outras espécies prosperarem. Como o mais próximo do auroque extinto retratado nas gravuras pré-históricas, Goderie afirma que os tauros desempenham uma função ecológica semelhante, vital para a biodiversidade. "O pastoreio natural levará a mais processos apropriados que estão ausentes nos ecossistemas locais, mais habitats e mais biodiversidade", diz ele.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c78jn2wd2gxo.adaptado.
Ao longo do Vale do Côa, representações de auroques, cavalos selvagens e outras criaturas foram esculpidas nos afloramentos de xisto.
Sintaticamente, é correto afirmar que, nesta frase:
- A "ao longo do Vale do Côa" representa o adjunto adnominal que auxilia na constituição do predicado.
- B "nos afloramentos de xisto" é o objeto indireto da locução verbal "foram esculpidas".
- C "representações" é o núcleo do sujeito simples da oração.
- D "cavalos selvagens e outras criaturas" constituem o sujeito composto por haver mais de um núcleo.