Questão 59 do Concurso Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx) - Oficial do Quadro Complementar - Exército (2013)

Para responder o item, considere o texto a seguir:


O que chamamos hoje de neurociência era algo bem distinto há mais de 100 anos. A estrutura microscópica do cérebro ainda era o principal objeto de debate, e muitos cientistas acreditavam em continuidade física das fibras nervosas e não na existência de células individualizadas.

Dois médicos interessados nesses detalhes, o italiano Camillo Golgi (1843-1926) e o espanhol Santiago Ramón y Cajal (1852-1934), trariam novos dados para o debate. Para Golgi, o cérebro era uma rede contínua e não dissociada de células e para Cajal, existia uma individualidade neuronal – a teoria do neurônio como célula independente.

Sabe-se hoje que ambos, de certa forma, acertaram: Cajal estava certo quanto à individualidade dos neurônios, mas em alguns organismos há uma espécie de continuidade física entre as células nervosas, as chamadas „junções comunicantes‟.

(Fonte: CIÊNCIA HOJE, vol 50, no. 300, jan/fev 2013)


Embora tenha sido laureado com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1906 por seus trabalhos com o sistema nervoso, Golgi ficou para sempre associado à „organela‟ celular que descobriu – denominada, hoje, complexo de Golgi. Sobre as funções celulares associadas a esta organela, é correto afirmar que:

  • A O endereçamento de proteínas sintetizadas ao nível do Retículo Endoplasmático Granular envolve a atuação de enzimas do complexo de Golgi na marcação das cadeias polipeptídicas.
  • B A interconexão entre o Complexo de Golgi e o REG esta concretizada em pontes membranosas que unem as duas organelas.
  • C A estrutura fixa e estável do Complexo de Golgi garante o trânsito seguro de moléculas desde a região mais interna do citoplasma até a membrana plasmática.
  • D A região cis do Complexo de Golgi constitui o ponto de brotamento de vesículas que formarão o compartimento lisossômico.
  • E A importância das funções exercidas pelo Complexo de Golgi explica a sua ocorrência em células procarióticas e eucarióticas.