A música “Disparada” (Texto 01) foi inscrita no Festival da Record de 1966, e defendida pelo intérprete Jair Rodrigues.
Pode-se inferir da letra que o “eu-lírico”:
- A Contesta, com seus versos, a alienação por que passa o povo (“boi”), mas não sinaliza para a capacidade de tomada de consciência daqueles que são oprimidos.
- B Releva indignação com o comportamento das pessoas (“gente é diferente”), uma vez que, ao não se permitirem ser “ferradas”, assumem uma postura alienada acerca da realidade.
- C Pede licença para cantar “as coisas” que irá “contar: o direito à terra e a viver dela, em uma defesa explícita da reforma agrária.
- D Assume uma postura crítica da realidade, em uma linguagem metafórica, no combate às opressões e às injustiças sociais, muito bem sintetizada no trecho “num reino que não tem rei”.
- E Defende a tomada de consciência daqueles tidos como oprimidos em uma sociedade marcada pela exclusão e opressão, mas se percebe incapaz de transformar sua própria condição de “boi” (oprimido / manobrado).