Prova da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (AL-AP) - Assistente Legislativo - Assistente Administrativo - FCC (2020) - Questões Comentadas

Limpar Busca

Para obter os efeitos do humor ácido que caracteriza suas crônicas, Luis Fernando Veríssimo explora nesse texto, metodicamente,

  • A o contraste entre motivações falsas e motivações verdadeiras nas criações humanas, de modo que o leitor não consiga distinguir umas das outras.
  • B uma série diferenciada de impulsos humanos que nos permitem atestar a finalidade real das invenções da modernidade.
  • C a desproporção entre a grande importância de diferentes criações humanas e um mesmo motivo trivial que as teria impulsionado.
  • D uma sequência de invenções imaginárias, às quais se atribui uma importância que efetivamente elas não poderiam ter.
  • E o critério da fantasia histórica, pela qual se considera que todas as invenções nasceram da vocação humana para o humor.

No segundo parágrafo, a fome de riqueza e poder do Homem é dada como justificativa para a

  • A criação de obras de arte de valor inestimável, como as produzidas pela genialidade de Michelangelo e de Proust.
  • B contemplação filosófica, que leva os homens a erguerem seu pensamento para as mais altas ideias.
  • C substituição do talento pessoal pelo esforço de chegar a alguma invenção de grande repercussão política.
  • D obtenção de meios que lhe permitam dominar seus semelhantes, obrigando-os às mais variadas tarefas.
  • E improvisação permanente de técnicas ineficazes, pelas quais o poderio almejado se transforma em duro fracasso.

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:

  • A verdadeira força motriz do desenvolvimento (1º parágrafo) = real intenção do progresso.
  • B arriscando-se a levar a pior (1º parágrafo) = expondo-se aos imprevistos.
  • C são produtos da contemplação (3º parágrafo) = tornam-se produtivamente visíveis.
  • D uma alternativa para a sesta (3º parágrafo) = uma alternância de repouso.
  • E um subproduto da indolência (3º parágrafo) = um efeito secundário da preguiça.

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

  • A Ao colocar na mesma frase os termos chinelos e pirâmides, o autor usufrue de seu talento para um efeito de humor no qual não estamos isentos.
  • B É notória a capacidade que tem esse cronista de, por meio de um humor sagaz e extremamente crítico, levar seus leitores ao riso irônico.
  • C Conquanto não se deve rir da técnica e da ciência, esse autor as submete ao ridículo quando as atribui o valor da preguiça que lhes motiva.
  • D Até mesmo as artes não deixam de escapar dos atributos da preguiça, cujos se tornam essenciais para seu desempenho de grandes criações.
  • E Estaria numa lei do mínimo esforço as razões segundo as quais nosso trabalho seria amenizado no caso de satisfizermos a nossa preguiça.

Há pleno atendimento às normas de concordância verbal na frase:

  • A Aos momentos de preguiça deve-se, segundo o autor, a inspiração para que se alcancem alguns resultados que, sem ela, não se revelariam possíveis.
  • B Estilingues, flechas e lanças, a se crerem nos argumentos do cronista, constitui um arsenal bélico destinado a satisfazer os impulsos que decorrem da nossa preguiça.
  • C Na história das telecomunicações não haveriam como deixar de notar os atributos da preguiça, que se manifesta como um desejável encurtamento das distâncias.
  • D Aos alquimistas ocorriam, muitas vezes, nos momentos de maior ambição, a possibilidade de se fabricar o ouro a partir de operações a se realizar num laboratório químico.
  • E Uma obra de arte, sejam nos livros, sejam nos painéis, costuma-se produzir em momentos onde não faltam aos artistas algum tempo de ócio criativo.