Questão 3 do Concurso Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso (AL-MT) - Secretária - FGV (2013)

O real poder da ciência

Desde que se conhece por gente, a espécie humana busca explicações para o mundo ao seu redor. Durante boa parte dessa história, elas foram simplistas - bastava atribuir ao incompreendido a mão invisível de um criador supremo, e tudo estava resolvido.
O advento da ciência mudou esse cenário. Os fenômenos naturais passaram a ser tratados como tais, e os mistérios do cosmo começaram a ser revelados por meio da razão e da linguagem universal da matemática.
Como seria de se esperar, as respostas que a ciência traz sobre a vida, o Universo e tudo mais são bem mais intrincadas que as dadas outrora pelos caminhos da fé. Para serem compreendidas, elas dependem da alfabetização científica, e por essa razão até hoje há muitos que preferem repudiá-las, em favor de uma visão puramente mística do mundo.
Convenhamos: não é mais possível hoje a qualquer pessoa educada repudiar a evolução das espécies pela seleção natural ou as transformações do Universo desde um estado muito quente, denso e compactado, quase 14 bilhões de anos atrás. Para alguns, até hoje, aceitar esses fatos equivale a uma agressão ao pensamento religioso. Nada poderia estar mais longe da verdade.
A ciência é, indisputavelmente, o melhor instrumento para a compreensão do Universo. É a única forma de conhecimento que fornece o poder da previsibilidade e da intervenção sobre as forças da natureza. Apesar disso, ela não é onipotente. Ao usar a ciência para estudar a natureza, o ser humano acaba chegando a mistérios de outra ordem, cuja explicação com toda probabilidade está fora do alcance do método científico.
Ou seja: ao explorar cientificamente o mundo, nós aprofundamos nossa relação com o desconhecido, em vez de destruí-la.

(SUPERINTERESSANTE, edição 324-A)


“nós aprofundamos nossa relação com o desconhecido, em vez de destruí-la". A maneira de reescrever essa frase do texto que é incorreta ou altera o seu sentido original é:
  • A em vez de destruir nossa relação com o desconhecido, nós a aprofundamos.
  • B em vez de destruir, nós aprofundamos nossa relação com o desconhecido.
  • C nós, em lugar de destruir, aprofundamos nossa relação com o desconhecido.
  • D nós aprofundamos, em lugar de destruir, nossa relação com o desconhecido.
  • E nossa relação com o desconhecido foi aprofundada, em vez de ter sido destruída.