Questões comentadas de Concursos do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS)

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Compreende-se corretamente do texto:

  • A O segmento a realidade mais ativa da estrutura social retrata um traço constitutivo do Estado, o que significa dizer que, sem o qual, não há de ser nominado “Estado”. (parágrafo 2)
  • B Justifica-se a menção à abertura dos portos como exemplificação de significativo fato ocorrido em 1808, pois nenhuma outra relação pode ser estabelecida entre esse acontecimento e o tema tratado pelo autor. (parágrafo 1)
  • C Em A manipulação legal e financeira apressa ou retarda a integração, a conjunção destacada evidencia que o manejo se dá em sequências regulares de alternância. (parágrafo 3)
  • D A expressão antiluso nas suas origens propicia cotejo entre duas situações observáveis no trecho em que o segmento se encontra, aproximadas por meio de uma semelhança. (parágrafo 3)
  • E O segmento a pacata, fechada e obsoleta sociedade está estruturado de forma a referir, respectivamente, uma causa e suas duas consequências inevitáveis. (parágrafo 1)
Ao Estado, a realidade mais ativa da estrutura social, coube o papel de intermediar o impacto estrangeiro, reduzindo-o à temperatura e à velocidade nativas.
Considerando a estrutura sintática da frase acima, é correto afirmar:
  • A O sujeito da frase em que está presente o verbo “caber” é o Estado.
  • B O segmento de intermediar o impacto estrangeiro exerce a função de objeto indireto.
  • C O segmento o impacto estrangeiro e o pronome, em reduzindo-o, exercem a mesma função sintática, nas orações de que fazem parte.
  • D Os segmentos mais ativa e da estrutura social exercem, ambos, a função sintática de adjuntos adnominais.
  • E No segmento à temperatura e à velocidade nativas, o único adjunto adnominal presente é nativas.

O texto, nos parágrafos indicados, comprova a correção do seguinte comentário:

  • A No processo de coesão textual, a expressão esses quistos comerciais remete a os comerciantes estrangeiros. (parágrafo 2)
  • B O emprego da palavra quistos revela a avaliação negativa que o autor faz de certas casas de comércio. (parágrafo 2)
  • C A expressão Na verdade introduz informações que evidenciam que o que poderia e deveria ser, citado nos dois períodos imediatamente anteriores, configura hipóteses que acabaram não se efetivando, inclusive porque, uma delas, é posta sob condições não atendidas. (parágrafo 3)
  • D Em nas ruas o sentimento nativista [...] ressente-se do invasor europeu, no qual identifica a arrogância colonialista, a introdução da palavra “comportamento” após a expressão destacada preserva o sentido e a correção da frase e, ainda, amplia sua clareza. (parágrafo 3)
  • E Outra formulação para apta a participar das vantagens do intercâmbio, preocupada, não raro, em desviar-lhe o rumo submisso manterá a correção e não prejudicará o sentido original assim “disposta a participar das vantagens do intercâmbio, preocupada, muito frequentemente, em deslocar o seu rumo submisso”. (parágrafo 3)

O texto legitima a seguinte inferência:

  • A A despeito de formas de governo monárquico, como as que têm como chefe um imperador ou imperatriz, serem centralizadoras, elas efetivamente impulsionam avanços significativos em vários setores da sociedade.
  • B Processos de importação de conceitos e hábitos violam sentimentos, crenças e convenções morais, sociais ou religiosas já estabelecidas, do que decorre o estado de perplexidade daqueles que estão submetidos a esse percurso.
  • C Quando nações se comunicam por meio de mercadorias que importam e exportam acabam por adaptar seus distintos interesses e expectativas, harmonização que torna impraticável a supremacia de uma delas, a não ser em breve período inicial do contato.
  • D O padrão relativamente constante de disposições morais, afetivas, comportamentais e intelectivas de um indivíduo é suscetível de subversão pelo contato direto com pessoas de outra cultura, ou mesmo indireto, por meio daquilo em que estas se expressam.
  • E A integração entre dois povos implica impactos, acomodações, manipulações legais e financeiras, condições que impõem ao Estado a gerência da incorporação, pois é ele a via que impede intromissões indevidas e desvios do projeto financeiro do país.

O que se tem no parágrafo 4, considerado em seu contexto, abona o seguinte entendimento:

  • A No processo de integração das economias, a presença do Estado brasileiro frente ao inglês foi bastante tímida: a carência de algum estímulo próprio para o desenvolvimento da atividade econômica do país fez que as diretrizes do Tesouro Nacional dessem livre passagem ao avanço da maré estrangeira.
  • B O Tesouro, na sua intensa preocupação em dar mostras do avanço da economia do país e, ao mesmo tempo, incentivar a vigorosa e necessária presença estrangeira, acabou por imprimir ritmo de progresso maior do que a nação estava pronta a suportar.
  • C Principalmente depois de 1850, o Tesouro brasileiro, de um lado, dirigiu com mãos de ferro as ações comerciais nativas, de outro, tentou incrementar medidas que as tornassem autônomas; esse comportamento paradoxal encobria um frágil desejo de independência.
  • D Considerada a forma de organização do Estado, o Tesouro era o mais dependente de resoluções dos demais domínios, o que explicou a sua ânsia de ações que lhe dessem visibilidade, como a de tentar modernizar o país em ritmo de progresso até então desconhecido, caminho da autonomia da nação.
  • E O Tesouro, ao atuar no ordenamento da economia, a manteve dependente do Estado, em dependência distinta da que o país conhecera antes; mas, simultaneamente, o Tesouro, ao empenhar-se no estímulo ao desenvolvimento, manifestou traços de soberania, ainda que imaturos.