Questões de Literatura

Limpar Busca
“Uma das características mais marcantes do texto literário é a sua função _______________ por oposição à função _______________ do texto não-literário.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. 
  • A utilitária / estética
  • B estética / utilitária
  • C poética / informativa
  • D denotativa / conotativa 
Leia o texto a seguir:
ATO PRIMEIRO

Sala ricamente adornada: mesa, consolos, mangas de vidro, jarras com flores, cortinas etc., etc. No fundo, porta de saída, uma janela etc., etc.

CENA 1
AMBRÓSIO
(só, de calça preta e chambre) — No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo o homem pode ser rico, se atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que, resolvido a empregar todos os meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos, era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda serei. O como não importa; no bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver de responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa. 
(PENA, Martins. O noviço. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.)

De acordo com as características estruturais do texto apresentado, pode-se afirmar que:

  • A Constitui a literatura de catequese, tipo de texto escrito cujo público-alvo era os indígenas. 
  • B Tem como principal finalidade apresentar as ações que ocorrerão em um contexto de encenação.
  • C Aproxima-se de gêneros textuais, tais como o romance e a novela em relação ao narrador como elemento textual.
  • D Apresenta uma estrutura que, ao ser adaptada para o teatro, passa a ser considerada pertencente ao gênero dramático. 

Leia o seguinte fragmento do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis:


“Vivo só, com um criado. A casa em que moro é própria; fi-la construir de propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo, mas vá lá. Um dia, há bastantes anos, lembroume reproduzir no Engenho Novo a casa em que me criei na antiga Rua de Mata-cavalos, dando-lhe o mesmo aspecto e economia daquela outra, que desapareceu. Construtor e pintor entenderam bem as indicações que lhes fiz: é o mesmo prédio assobradado, três janelas de frente, varanda ao fundo, as mesmas alcovas e salas. Na principal destas, a pintura do teto e das paredes é mais ou menos igual, umas grinaldas de flores miúdas e grandes pássaros que as tomam nos bicos, de espaço a espaço. Nos quatro cantos do teto as figuras das estações, e ao centro das paredes os medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com os nomes por baixo... Não alcanço a razão de tais personagens. Quando fomos para a casa de Mata-cavalos, já ela estava assim decorada; vinha do decênio anterior. Naturalmente era gosto do tempo meter sabor clássico e figuras antigas em pinturas americanas. O mais é também análogo e parecido. Tenho chacarinha, flores, legume, uma casuarina, um poço e lavadouro. Uso louça velha e mobília velha. Enfim, agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é pacata, com a exterior, que é ruidosa.”


Grande parte desse fragmento é destinada à descrição da casa onde vive o narrador. Essa descrição tem função 

  • A estética, pois se destina a suscitar e emoção do leitor.
  • B simbólica, pois evoca emoções, estados de alma do personagem.
  • C documental, pois dá à narrativa uma dimensão pedagógica.
  • D referencial, pois situa o ambiente da ação.
  • E avaliadora, pois mostra a valorização dos objetos descritos.

Observe o seguinte segmento poético, que retrata a morte da índia Lindoia:


                Leva nos braços a infeliz Lindóia

                O desgraçado irmão, que ao despertá-la

                Conhece, com que dor no frio rosto

                Os sinais do veneno, e vê ferido

                Pelo dente sutil o brando peito.

                Os olhos, em que o Amor reinava, um dia.

                Cheios de morte: e muda aquela língua.

                Que ao surdo vento, e aos ecos tantas vezes

                Contou a larga história de seus males.


Esse famoso trecho pertence a um famoso poema épico do arcadismo brasileiro, que é: 

  • A “Caramuru”, de Santa Rita Durão.
  • B “Vila Rica”, de Cláudio Manoel da Costa.
  • C “A Confederação dos Tamoios”, de Gonçalves de Magalhães.
  • D “O Uraguai”, de Basílio da Gama.
  • E “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga

Observe o seguinte texto e assinale a afirmação correta sobre ele:
            'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço             Brinca o luar — dourada borboleta;             E as vagas após ele correm... cansam             Como turba de infantes inquieta.             'Stamos em pleno mar... Do firmamento             Os astros saltam como espumas de ouro...             O mar em troca acende as ardentias, —             Constelações do líquido tesouro...             'Stamos em pleno mar... Dois infinitos             Ali se estreitam num abraço insano,             Azuis, dourados, plácidos, sublimes...             Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...             'Stamos em pleno mar... Abrindo as velas             Ao quente arfar das virações marinhas,             Veleiro brigue corre à flor dos mares,             Como roçam na vaga as andorinhas...

  • A A forma “Stamos” indica a forma antiga de conjugar o verbo “estar”.
  • B Há um paralelismo perfeito entre os primeiros versos de cada estrofe.
  • C A métrica perfeita, os versos decassílabos filiam esse fragmento poético ao Classicismo.
  • D Trata-se do fragmento inicial de um poema lírico, com a temática de amor pela natureza.
  • E Faz parte de um famoso poema abolicionista, expressão de uma poesia oratória.