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Observe o texto jornalístico a seguir (texto 1).
“A operação saída para este longo final de semana, que começa com o dia de Nossa Senhora de Aparecida, e a coincidência com a festa de ontem à noite provocaram um grande colapso circulatório no Rio de Janeiro durante toda a tarde, de modo que as principais vias de saída da cidade não puderam suportar os mais de quinhentos mil automóveis que se previa que sairiam, e o caos durou até as primeiras horas da madrugada.”
Esse pequeno texto mostra um conjunto de problemas de escritura; o problema identificado abaixo que NÃO ocorre nesse texto, é:

  • A poderia haver uma separação de termos com o auxílio de pontos após “tarde” e “sairiam”;
  • B alguns adjetivos são supérfluos, como “grande”, já que nada acrescenta ao texto; 
  • C algumas expressões ou termos podem ser retirados sem prejuízo do texto, como “a coincidência com” e “da cidade”;
  • D trata-se de um período extremamente longo, que poderia ter esse problema reduzido com a substituição de termos ou eliminação de elementos inúteis;
  • E o texto mostra muitas orações subordinadas, como “que começa com o dia de Nossa Senhora de Aparecida” ou “que se previa que sairiam” que poderiam ser substituídas por termos de menor extensão.

A linguagem que empregamos nos textos que produzimos pode ser do registro formal ou do registro informal, segundo o ambiente comunicativo.

A frase abaixo que se enquadra no registro informal, é:

  • A Segunda-feira, os pilotos darão a partida para mais uma etapa do campeonato;
  • B Repentinamente, o mau tempo se espalhou por quase todos os estados brasileiros;
  • C O candidato compreendeu as razões pelas quais ele não foi aprovado no concurso;
  • D A despeito das intensas investigações, a polícia não chegou a localizar as armas roubadas do arsenal;
  • E Por mais que a gente combata a corrupção, parece que esse mal sempre reaparece, tão arraigado está entre nós.

Uma das tarefas mais complicadas na escritura é a seleção adequada de palavras utilizadas nos textos.
A opção abaixo em que a crítica indicada sobre o uso de palavras no texto dado NÃO é pertinente, é:

  • A “Um tema pelo qual estou interessado é o relacionado com os efeitos que provoca a droga a nível desportivo.” / utilização de termos desnecessários;
  • B “Em muitas partes do corpo como são as mãos, as orelhas e os pés, estão representados todos os órgãos e partes do corpo, como mostra a reflexologia.” / repetição de palavras idênticas;
  • C “O projeto governamental não foi aprovado no Senado, a despeito dos esforços dos partidos governistas, em função da grande pressão popular.” / utilização de conectores inadequados;
  • D “As coisas apresentadas na exposição tinham aspecto interessante, mas a ausência de público prejudicou o bom evento.” / emprego de palavras demasiadamente gerais ou de significado impreciso;
  • E “O aprofundamento dos debates paralelamente às novas contribuições trazidas pelos parlamentares pode dar solução ao problema das moradias.” / utilização de palavras abstratas em lugar das concretas e de vocábulos mais longos em lugar dos mais curtos.

Eis um famoso segmento do Sermão da Sexagésima, do Padre Antônio Vieira (texto 2):
“’Eis que o que semeia saiu a semear’. Diz Cristo, que saiu o pregador evangélico a semear a palavra divina. Bem parece este texto dos livros de Deus. Não só faz menção do semear, mas também faz caso do sair: Exiit (saiu), porque no dia da messe hão-nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os passos. O mundo, aos que lavrais com ele, nem vos satisfaz o que dispendeis, nem vos paga o que andais. Deus não é assim. Para quem lavra com Deus até o sair é semear, porque também das passadas colhe fruto. Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam sem sair, são os que se contentam com pregar na pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura e hão-lhes de contar os passos”.
A afirmação que está em acordo com o que é lido no fragmento acima, é:

  • A o pregador diz que “Deus não é assim” porque Deus consegue ver o que os homens não veem;
  • B todos os que semeiam a palavra divina receberão sua paga, pelo que fizeram e também pelo esforço empregado;
  • C ao designar o semeador como “o que semeia”, no texto evangélico, o autor prioriza o que é a pessoa, acima do que ela faz;
  • D o sermão faz uma comparação entre os pregadores que saem e os que ficam na pátria, mostrando a justiça de Deus ao julgá-los de forma idêntica;
  • E nas cinco primeiras linhas do texto, o orador faz uma interpretação do texto citado ao início, mostrando o valor lógico das palavras empregadas.

A função de linguagem predominante no texto 3 é:

  • A metalinguística, pois explica a origem do vocábulo “pão”;
  • B emotiva, pois mostra opiniões pessoais de quem escreve;
  • C poética, pois constrói o texto com preocupações estéticas;
  • D referencial, pois fornece dados reais sobre a história do pão;
  • E conativa, pois tenta convencer o leitor das informações dadas.