Prova do Companhia do Metropolitano de São Paulo (METRÔ-SP) - Advogado - FCC (2014) - Questões Comentadas

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A qualidade que o autor do texto ressalta em seu amigo e colega de redação Guilherme Cunha Pinto diz respeito.

  • A à modéstia de um jornalista que sabia admitir o limite de suas virtudes profissionais, que nada tinham a ver com sua real personalidade.
  • B ao modo como esse jornalista conduzia suas matérias, nas quais se reconheciam detalhes dos fatos analisados ou das pessoas entrevistadas.
  • C ao estilo da linguagem desse jornalista, na qual despontavam os recursos de uma clássica elegância retórica, que passara a ser evitada nas redações.
  • D às oscilações de humor do companheiro, marcadas ora pela extrema modéstia, ora pela euforia de quem reconhecia traços de genialidade em si mesmo.
  • E aos cuidados que o companheiro demonstrava na condução de suas reportagens, marcadas pelo tom impessoal e por uma rigorosa objetividade.

Atente para as seguintes afirmações:

I. A frase Meu texto é melhor que eu é precedida por visíveis sinais de inquietação de Guilherme Cunha Pinto, que sugerem os momentos de uma tensa autoanálise desse jornalista.

II. O autor do texto reconhece como uma das virtudes principais do colega a capacidade de dar forma verbal àquilo que parece definitivamente resistir à corporeidade da expressão.

III. A relevância do jornalista Guilherme Cunha Pinto destaca-se, sobretudo, na oposição a um jornalismo praticado com mão pesada e visão preconcebidas coisas.

Em relação ao texto está correto o que se afirma em :

  • A I, II e III.
  • B I e II, apenas.
  • C I e III, apenas.
  • D II e III, apenas.
  • E II, apenas.

O autor do texto, ao se valer do segmento:

  • A uma discussão sobre quem era melhor (3º parágrafo), está se referindo à competição que havia entre ele e seu amigo Guilherme.
  • B Os que foram apenas leitores (3º parágrafo), está identificando aqueles que liam apressada e desatentamente as matérias do colega.
  • C mero recolhedor de aspas (4º parágrafo), está acusando o vício comum, entre jornalistas, de apresentarem como suas as declarações alheias.
  • D Olhava-as com amorosa curiosidade (4º parágrafo), está se referindo à astuciosa tática utilizada pelo colega para obter confissões de seus entrevistados.
  • E “Picasso morreu, se é que Picasso morre” (4º parágrafo), está ilustrando a originalidade da perspectiva afetiva adotada pelo colega jornalista em seu trabalho.

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

  • A me veio com esta (1º parágrafo) = atalhou-me para discordar.
  • B me enchiam de uma inveja benigna (3º parágrafo) = via-me tomado por um franco ressentimento.
  • C algo chapado, previsível (4º parágrafo) = uma coisa insólita, prematura.
  • D ajustar os fatos a uma pauta (4º parágrafo) = enquadrar as ocorrências num roteiro prévio.
  • E jornalismo inquisitorial (4º parágrafo) = reportagem especulativa.

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

  • A Uma das causas da admiração manifesta pelo autor do texto está em que seu amigo cultivava qualidades raras num jornalista, em cujo poder de detalhe era reconhecido por todos os leitores.
  • B Em vez de optar por simplificações grosseiras, onde se esmeravam outros jornalistas da época, Guilherme preferia-lhes o cultivo dos detalhes pessoais, mais reveladores do que aquelas.
  • C A especial qualidade jornalística de Guilherme estava em adotar uma perspectiva pessoal e verdadeira na abordagem sem preconceito dos fatos ou das pessoas entrevistadas.
  • D Mesmo quem parecesse uma personagem desinteressante costumava ganhar, sobre a perspectiva de Guilherme, um ângulo muito mais revelador, onde se adquiria novos traços.
  • E Ao dar a notícia da morte de Picasso, o jornalista não se conteve em sublevar o mero fato, acrescentando-o seu ponto de vista mais pessoal e respeitoso em relação aquele artista.