Prova da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) - Administrador - FGV (2014) - Questões Comentadas

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Sobre a organização desse texto, pode-se afirmar que sua estrutura:

  • A se organiza a partir das duas marcas de brasilidade apontadas, embora somente uma delas seja explorada de forma sociologicamente séria;
  • B destaca, entre outras, duas marcas do brasileiro moderno, valorizando mesmo os aspectos negativos nelas contidos;
  • C cita, no título da crônica, uma marca de nossa brasilidade, que é indicada como a marca exclusiva de nosso modo de ver a vida;
  • D alude a duas marcas de brasilidade, mas destaca apenas uma delas, por ser aquela que faz parte de nossos movimentos literários;
  • E concentra atenção numa das duas marcas apontadas inicialmente, atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida.

O cronista nos diz, ao início do texto, que “o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo”; com essa frase, o cronista quer dizer que nosso país:

  • A mostra características peculiares e únicas;
  • B demonstra mais originalidade que os demais países;
  • C transforma defeitos em qualidades;
  • D possui mais bom humor que os países tradicionais;
  • E contém uma energia nova bastante original.

A frase de Oscar Wilde e Mark Twain – nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã – constrói seu humorismo:

  • A no exagero da situação;
  • B no jogo de palavras;
  • C na quebra de uma expectativa;
  • D na incoerência das expressões;
  • E na originalidade da construção.

O texto da crônica mostra, em sua estruturação, um contínuo tom irônico. O segmento abaixo que foge a essa regra é:

  • A “Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais”;
  • B “Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar”;
  • C “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”;
  • D “Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira”;
  • E “Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso”.

A linguagem coloquial aparece seguidas vezes no texto. O segmento que a exemplifica é:

  • A “A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico”;
  • B “Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra”;
  • C “Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem”;
  • D “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”;
  • E “Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá”.